"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
terça-feira, 8 de setembro de 2009
POEMA DO CICLO "ONDAS DE INQUIETAÇÃO...
Ao olhar o mar hoje no auge do seu fascínio,
perscruto horizontes distantes de antigos marinheiros,
em romagens longas, constantes, até aos cumes do delírio
confiantes…
O pensamento revive tempos passados
de inevitável martírio, em que o mar misterioso
prometia um futuro glorioso,
com odores de perfume, em delírio…
Espanha, tão ali ao lado, marcava nossos confins.
O mar, tão ali ao lado, prometia outros “marfins”…
Então, quais peregrinos das ondass
sem bordões para o caminho,
este país de pastores e pobres agricultores
sonhou o seu “Graal”, em longínquos areais.
Partimos…mas não bastou!
Afinal, “nem tudo vale a pena
quando a alma não é pequena”…
As canelas, as pimentas e os marfins
desapareceram, com o vento dos tempos,
deixando,
para além dos conhecimentos,
esta gente grandiosa,
permanentemente angustiada e ansiosa!
C5 E -2 Jan./08
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Bonito poema, Maria. Foram tempos nobres, esses. Beijos para si
ResponderEliminar" O pensamento revive tempos passados"... sempre com muita saudade. Um beijo Graça
ResponderEliminarBelo poema, e assim o horizonte - como sentiam os marinheiros - desperta!
ResponderEliminarBjs no coração
Vivemos com os olhos postos nesse passado glorioso e perdemos o rumo do futuro que tarda em não chegar. Seremos permanentes insatisfeitos? Ou um povo sem rumo? Ou um povo que se esgana para crescer e ser, mas não tem uma liderança capaz? Ou vivemos à espera sem agir? O que se passa, que nos leva a esta inércia, a esta aceitação de que "um dia será melhor" ou " que grande povo que fomos". Continua por cumprir Portugal, não é?
ResponderEliminarFomos tão grandes marinheiros que nos ancorámos nesse passado e acabámos encalhados sem futuro...
ResponderEliminar"O mar, tão ali ao lado, prometia outros “marfins”…
ResponderEliminarEntão, quais peregrinos das ondass
sem bordões para o caminho,
este país de pastores e pobres agricultores
sonhou o seu “Graal”, em longínquos areais.
Partimos…mas não bastou!
Afinal, “nem tudo vale a pena
quando a alma não é pequena”…
As canelas, as pimentas e os marfins
desapareceram, com o vento dos tempos,
deixando,
para além dos conhecimentos,
esta gente grandiosa,
permanentemente angustiada e ansiosa!"
Inteligente descrição de um povo que se perdeu... e ainda nao se reencontrou.
Beijo amigo
FRANCISCO:foram tempos tão nobres, que ficámos à sombra da bananeira, à mercê de tipos como sócrates, ferreira leite e outros derivados lacticínios, pois anda tudo o que pode ,por aí a "mamar"...
ResponderEliminarBEIJO DE LUSIBERO
TERRA DE ENCANTO: que tristeza, este povo, que não ata nem desata...É por esse país de banqueiros versus mais de 500 mil desempregados que a minha poesia chora...
ResponderEliminarBEIJINHO DE LUSIBERO
"LOBINHO": escolhes sempre a parte mais sentida dos meus humildes poemas e deixas-me sem palavras para retorquir...Continuamos a sonhar e a chorar outras "palmeiras"...
ResponderEliminarBEIJITO DE LUSIBERO
NOTA.Ppor vezes atraso-me e abro o blog mais tarde....
LBJ:É bem verdade que a estagnação, provocada pelos "sistemas" está a dar cabo deste nosso país...É já um "chavão"... mas tenhamos esperanças....
ResponderEliminarABRAÇO DE LUSIBERO
Graça PEREIRA: tens razão, GRAÇA, mas só a saudade não resolve os problemas, não é , amiga?
ResponderEliminarBEIJO DE LUSIBERO
TEREZA:o horizonte desperta, mas em Portugal, andam todos a dormir e já lá vão ,em poucos meses, mais de 500 mil desempregados...
ResponderEliminarBEIJO DE LUSIBERO
Histórias de Reinos distantes que continuam a dilapidar nossas atualidades...
ResponderEliminarNós colhemos as especiarias e os marfins mas eles nunca nos pertenceram.
Pobres marinheiros que desbravam os mares mas não são donos das suas pérolas.
Sempre belas palavras, Maria
Beijinhos
Obrigada pelas sensatas palavras, Malu!
ResponderEliminarBEIJO DE LUSIBERO
Olá Maria !
ResponderEliminar....500 Anos de má administração..."Salvo os bolsos de alguns, para miséria de outros"...nem o ouro das descobertas nos pôde salvar...resta-nos seguir o ditado, "a esperança é a última que morre".
Beijo
Norberto
É isso mesmo ,NORBERTO!
ResponderEliminarOBRIGADA POR VIRES AMENIZAR O "AMBIENTE"...
BEIJO DE LUSIBERO
Tens uma prendinha na Terra...vai lá buscar! Beijinhosssssss
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