segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Boa noite, amigos de Lusibero!(Foto google)

Poema de Camilo Castelo Branco, em Português do século XIX



Poema de Camilo Castelo Branco , in Net




A Maior Dor Humana

Que immensas agonias se formaram


Sob os olhos de Deus! Sinistra hora

Em que o homem surgiu! Que negra aurora,

Que amargas condições o escravisaram!

As mãos, que um filho amado amortalharam,

Erguidas buscam Deus. A Fé implora.

E o céo que respondeu? As mãos baixaram

Para abraçar a filha morta agora.

Depois, um pai que em trevas vai sonhando,

E apalpa as sombras d’elles onde os viu

Nascer, florir, morrer!…

Desastre infando!

Ao teu abysmo, pai, não vão confortos,

És coração que a dor impedreniu,

Sepulchro vivo de dois filhos mortos.







(NOTA: PORTUGUÊS do século XIX)

S. Miguel de Seide , 27 de junho de 1887.

Sem ajuda extraordinária do Estado, Segurança Social é deficitária. Não tem excedente como dizem PSD e CDS
PSD-CDS acenam excedente na Previdência, mas ela é deficitária

Paulo Portas e Pedro Passos Coelho, no Algarve
LUÍS FORRA/LUSA

26/08/2015 | 20:30 | Dinheiro Vivo


Sem ajuda extraordinária do Estado, a Segurança Social tem um défice efetivo de 253 milhões de euros nos primeiros setes meses deste ano, e não um excedente de 630,7 milhões como dizem PSD e CDS (coligação PAF - Portugal à Frente) num novo cartaz de pré-campanha eleitoral hoje divulgado que faz eco de dados publicados pelas Finanças na terça-feira.

O facto não é sequer novo, mas a coligação de direita insiste em acenar ao eleitorado com uma situação "boa" ao nível do sistema previdencial. O registo é entusiasta ao ponto de dizer que "também estamos a melhorar na Segurança Social".


Os números mostram que a situação financeira de fundo não é boa e que a mensagem positiva nem sequer é consistente com o discurso quase dramático que o PSD e o CDS têm ensaiado (desde há meses) em volta da situação da Previdência. À direita, muitos dizem ser insustentável.

Por isso, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas defendem que tem de haver uma reforma a sério na Segurança Social, propondo, por exemplo, um teto para as contribuições (e direitos atuais e futuros). E abrindo o sistema público a formas privadas de poupança para eventualidades.

Governo, PSD e CDS protegem-se e reclamam que para fazer essa reforma profunda é preciso incluir o PS na discussão. Em pleno ano eleitoral, o PS diz não estar interessado.

A reforma da Previdência e a abertura do sistema aos privados (que já acontece de facto, veja-se o crescimento do sector social e das IPSS) é também uma das exigências da troika, que agora avalia o país no âmbito do pós-ajustamento.

Previsões da Esquerda...


Se as sondagens acertarem, "PSD e CDS vão levar uma banhada", diz Jerónimo


LUSA

29/08/2015 - 20:47


Líder do PCP diz que eleições são escolha entre "trajecto ruinoso" seguido até agora ou "um caminho novo".Jerónimo de Sousa CARLOS LOPES/ARQUIVO




16







TÓPICOS

Governo
PS
PSD
PCP
CDU
Jerónimo de Sousa
Eleições
Seixal
Festa do Avante
Presidente da República
Eleições legislativas
Assembleia da República
partidos e movimentos
CDS


O secretário-geral do PCP defendeu este sábado que o que está em causa nas legislativas de 4 de Outubro é ou "insistir no trajecto ruinoso seguido ora pelo PS ora pelo PSD e CDS" ou abrir "um caminho novo".

Jerónimo de Sousa, que falava na Quinta da Atalaia, Seixal, perante trabalhadores que preparam o recinto para a Festa do Avante, pediu um reforço da votação da CDU nas eleições legislativas.

"Aquilo está em causa nas eleições de 4 de Outubro é a escolha entre dois caminhos: ou insistir no trajecto ruinoso da política seguida ora pelo PS ora pelo PSD e CDS ou abrir um caminho novo, a construção de uma política alternativa patriótica e de esquerda com o reforço da CDU para que a CDU pese mais para que esse caminho novo, para que essa alternativa se afirme", disse.

"Este partido está em condições, com o seu reforço, de assumir todas as responsabilidades. Está pronto e preparado para participar nas soluções, incluindo nas soluções governativas", disse o secretário-geral do PCP, convicto de que, se as sondagens acertarem, a actual maioria PSD/CDS vai levar "uma banhada" nas eleições.

Jerónimo de Sousa deixou ainda críticas aos que defendem uma maioria absoluta saída das próximas eleições legislativas e afirmou que sempre que isso aconteceu "nunca houve foi estabilidade na vida das pessoas".

"O próprio PS vem, em nome da estabilidade, no seguimento daquilo que afirmou o Presidente da República, geralmente tão calado, mas que veio a terreiro defender uma maioria absoluta em nome da estabilidade governativa. É preciso lembrar ao Presidente da República e é preciso lembrar fundamentalmente ao povo português que sempre que existiram maiorias absolutas, fosse do PS, fosse do PSD, houve estabilidade governativa, o que nunca houve foi estabilidade na vida das pessoas pela política de direita que foi realizada", apontou.

O líder comunista alertou ainda que "vai haver por aí muita mistificação, muito engano" e afirmou que o que está em causa nas legislativas não é a eleição de um primeiro-ministro, é a escolha dos 230 deputados da Assembleia da República.

Segundo Jerónimo de Sousa, "outra mistificação é a ideia (apresentada pelas sondagens) de que existe um debate técnico".

"Mesmo essas sondagens, que têm sempre um valor relativo, indicam esta coisa espantosa: é que tendo em conta os resultados de há quatro anos atrás, verificamos que as sondagens dão 30 e tal por cento ao PSD e o CDS" quando esses partidos "tiveram mais de 50% dos votos há quatro anos".

Se as sondagens acertarem, "o PSD e o CDS, os partidos do Governo, vão levar uma banhada, vão sofrer uma derrota pesada nestas eleições para a Assembleia da República", disse Jerónimo de Sousa, recebido já em clima de festa pelos presentes na Quinta da Atalaia.

A 39.ª edição da Festa do Avante vai decorrer nos dias 4, 5 e 6 de Setembro.

In "The New York Times"


In Latin America’s Rich
Lands, Poor People
By Evelyn Nieves Aug. 26, 2015 Aug. 26, 2015 Comment

Email
Share
Tweet
Save
More


There it was, the mighty Amazon, biggest jungle on earth, more wondrous than even Sir David Attenborough could convey. And it was dying.

It was worse than Gustavo Jononovich had expected. Mr. Jononovich, a freelance photographer from Buenos Aires, had traveled in 2008 to Santarém, Brazil, in the heart of the Amazon, to document how ramped-up soy production was affecting life in the rain forest. But what he saw was shocking, “a sea of useless dry land that was once a jungle.”

The stark black-and-white images he made in Santarém — aerials of denuded land, ravaged landscapes, a lone tree, bending in the wind, where a forest patch once stood — reflect the horror he experienced. By documenting deforestation, he hoped to show that the Amazon, which produces about a fifth of the world’s oxygen and one in 10 known species on earth, remained in danger, despite receding from the headlines.
Photo

A displaced family from the rural outskirts of Santarém, Brazil. 2008.Credit Gustavo Jononovich

His project wasn’t done, though. That desiccated swath of former forest he saw led Mr. Jononovich to reflect on what humans are doing to the planet, to what end.

“I became interested in the way that our consumption of natural resources and energy in order to maintain our living habits and needs is affecting the environment and people’s lives,” he said.

For the next five years, Mr. Jononovich traveled through seven countries in South America, exploring the exploitation of natural resources and its consequences in Brazil, Argentina, Ecuador, Peru, Venezuela, Chile and Bolivia. His project, “Richland,” which will be a book, is an in-your-face examination of the shortsighted way people take what they want from the planet, wrecking the environment and wreaking havoc on the health and well-being of communities.

“Richland refers to the riches of the Latin American soil in terms of natural resources’ abundance,” he said. “It’s a pretty ironic name. Latin American countries share the same history of degradation, and natural resources in the region are both a blessing and a curse.”
Photo

Anthony, 11, who had birth defects, in the river of a community affected by oil pollution. Orellana, Ecuador. 2011.Credit Gustavo Jononovich

In every country he traveled to, Mr. Jononovich trained his camera on a single emblematic issue.

In La Oroya, Peru, a lead-mining town high in the Andes (deemed one of the world’s 10 most-polluted places by the Blacksmith Institute, a New York-based environmental group), he examined life around a paradox, a giant copper and lead smelter run by a United States-based company that provides the community with its livelihood but is also poisoning it.

“La Oroya is a small place,” he said, “you can see the smelter’s smokestack all the time. It’s huge and located just in front of the town.” Virtually all of the children in La Oroya have high levels of lead in their blood, the soil in the city and surroundings have been contaminated and the hills around the smelter have been reduced to a barren desert by sulfur dioxide emissions.

The tension poor residents in resource-rich societies confront — their need to make a living versus their health and the well-being of their environment — plays out repeatedly in “Richland.”

In Venezuela, Mr. Jononovich documented the illegal diamond and gold trade in Bolivar, where about 200,000 miners risk their lives and endure extreme living conditions in order to extract one nugget that might change their lives forever. In Ecuador, he visited the Oriente, or “Rainforest Chernobyl,” an area in the Ecuadorean Amazon reeling from the environmental devastation caused by more than three decades of oil drilling by Texaco. To cut costs, Texaco (now run by Chevron) used substandard extraction technology, leading to extreme pollution in both the air and water. What he saw up close was people with cancer, children with birth defects.
Photo

Patagonia, Chile. 2012.Credit Gustavo Jononovich

Finally, in the last year of documenting “Richland,” in 2012, Mr. Jononovich ventured to Bolivia’s Uyuni Salt Desert, home to at least half of the world’s reserves of lithium, in demand now more than ever as it powers cellphones, laptops and hybrid cars. Then he traveled throughout Chile and Argentina to follow the construction of dams in Patagonia and examine the importance of water and our need and dependence on electricity.

His images, which have won grants and awards and have been exhibited in several shows, are not pretty, which of course is the point.

“In the name of progress,” he said, “we drill the earth, we suck the oil that’s beneath, we move mountains, dry out rivers. This thought is the one that compelled me to do this project. I tell the consequences of the way in which we live, which is not compatible with our planet earth. It seems to work, but for how long?”

Follow @enievesAP and @nytimesphoto on Twitter. You can also find us on Facebook and Instagram.
Correction: August 26, 2015
An earlier version of the slideshow incorrectly spelled the Santarém region in Brazil. The current slideshow reflects this change.

DO IRÃO, in "Público"


Irão estreia segundo filme alguma vez feito sobre a vida de Maomé


BOZORGMEHR SHARAFEDIN (no Dubai (Reuters))

30/08/2015 - 16:13


Há apelos ao seu boicote, por ser blasfemo já que mostra a figura do profeta, o que é proibido pelo islão. Mas o filme aprovado pelo ayatollah Khameni pode tornar-se o filme mais visto do mundo muçulmano.





Cartaz do filme numa rua do Bagdad
BEHROUZ MEHRI/AFP








1 / 5



Showing image 1 of 5




3







TÓPICOS

Médio Oriente
Irão
Religião
Cinema


Um filme sobre Maomé realizado no Irão deve bater todos os recordes de bilheteira no mundo muçulmano. Mas, depois da estreia de quinta-feira deMaomé, Mensageiro de Deus – o primeiro filme de uma trilogia sobre a vida do profeta – muitos religiosos sunitas estão já a exigir que seja proibido.

Esta é a produção cinematográfica mais cara de sempre no Irão. Dirigido por Majid Majidi, um realizador com nomeações para o Óscar, custou 40 milhões de dólares. "Decidi fazer este filme para lutar contra a nova vaga de islamofobia no Ocidente. A interpretação ocidental do islão está cheia de violência e terrorismo", disse Majidi ao Hezbollah Line, uma revista conservadora iraniana.

Este filme de 171 minutos relata a infância do profeta muçulmano. O seu rosto não é mostrado no ecrã, respeitando as proibições tradicionais islâmicas. A câmara mostra o actor que desempenha o papel de Maomé em criança apenas visto por trás, ou a sua sombra. Foi concebida uma câmara especial para representar o ponto de vista do profeta pelo director de fotografia italiano Vittorio Storaro, já oscarizado. A identidade do actor que está no papel de Maomé não foi divulgada.

No entanto, a Al-Alzhar do Cairo, a mais prestigiada instituição do islão sunita, não se satisfez com estas precauções e apelou a um boicote do filme do Irão. "Este assunto já está resolvido. A sharia [lei islâmica] proíbe dar corpo aos profetas", diz uma declaração da Al-Azhar. Não é permitido pelo islão que alguém desempenhe papéis contraditórios entre si; por vezes vemo-lo como um bêbado, outras vezes como um mulherengo… e depois como um profeta. Isto não é admissível".

A rivalidade regional entre a Arábia Saudita, sunita, e o Irão de maioria xiita intensificou as suspeitas mútuas entre os seguidores dos dois ramos do islão nas últimas décadas. Mas até agora não há comentários oficiais sobre o filme vindos de Riad, onde o islão nasceu há mais de 1400 anos.

"A maior parte das reacções são políticas", comentou Sami Yusuf, uma das maiores estrelas musicais do mundo islâmico, e que canta na banda sonora do filme. "Tenho a certeza de que aos especialistas da Al-Azhar e outros que criticam o filme ainda não o viram. Estão contra só porque é uma exportação cultural do Irão".

Yusuf disse ainda que "é uma pena" que existam apenas duas grandes produções sobre a vida de Maomé, quando há tantas sobre a vida de Jesus Cristo e outros profetas bíblicos.

As tentativas de representar Maomé já causaram protestos violentos por diversas vezes, por serem consideradas uma blasfémia pelos muçulmanos. A publicação de cartoons por um jornal dinamarquês em 2005 desencadeou violentas manifestações em que várias pessoas morreram, ataques a embaixadas e boicotes de consumo. Em Janeiro deste ano, militantes islâmicos atacaram o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, matando 12 pessoas, e justificaram o ataque dizendo que vingavam a publicação de caricaturas do profeta por aquela publicação.

O primeiro dos líderes supremos do Irão, o ayatollah Khomeini, lançou umafatwa (um édito religioso) apelando à morte do escritor britânico Salman Rushdie em 1988, por ter escrito o livro Versículos Satânicos, que considerou uma blasfémia pela forma como trata o profeta Maomé e o islão.

O filme Maomé, Mensageiro de Deus é apenas o segundo filme sobre o profeta muçulmano. O primeiro, A Mensagem, de 1976, foi realizado pelo sírio Moustapha al-Akkad. O actor norte-americano Anthony Quinn desempenhou o papel do tio de Maomé, Hamza. O rosto do profeta não aparecia no ecrã, mas ainda assim alguns muçulmanos sentiram-se ofendidos. Akkad foi morto num ataque suicida em 2005, em Amã – embora não se saiba por certo se o atentado estava relacionado directamente com ele e com o filme.

"Não se pode estudar a vida de Maomé sem ficar apaixonado por ele e pela personagem. Se o filme der a conhecer melhor o nosso profeta a todas as pessoas do mundo, para ficarem a saber como era bom, sentimos que o nosso dever está cumprido", disse o cantor Yusuf.

Maomé, mensageiro de Deus foi filmado quase integralmente no Irão. A cidade de Meca foi recriada em grande escala e nos seus mais pequenos pormenores. Na África do Sul foram filmadas cenas com elefantes, depois da Índia ter recusado receber a equipa de filmagem, temendo a reacção dos países muçulmanos ao filme.

O actual líder supremo iraniano, ayatollah Ali Khameni, visitou as filmagens, para demonstrar o seu apoio ao projecto. O filme foi estreado em 143 cinemas no Irão, no mesmo dia em que se foi apresentado no Festival de Cinema de Montreal, no Canadá.

Com Mahmoud Mourad e Shadi Bushra, no Cairo

in "Público"


Colapso do Citius continua sem explicações um ano depois


MARIANA OLIVEIRA e ANA HENRIQUES

31/08/2015 - 07:11


No top das preocupações surge, sem excepção, a falta de funcionários FERNANDO VELUDO/NFACTOS




3







TÓPICOS

Ministério Público
Ministério da Justiça
Juízes
Magistrados
Advogados
Paulo Brandão
Elina Fraga


O sistema informático já funciona mas os efeitos dos 44 dias do colapso do Citius no arranque da nova organização dos tribunais – a lançada faz amanhã um ano –, ainda se sentem no dia-a-dia de muitos tribunais.

Um ano depois do caos se ter instalado, ainda não há conclusões sobre o que esteve na origem do problema.

A Inspecção-Geral das Finanças, a quem o Ministério da Justiça pediu uma auditoria ao “processo de adaptação do Citius”, só começou os trabalhos oito meses após o colapso e só prevê ter conclusões no próximo mês.

Por outro lado, os problemas informáticos impossibilitam um balanço detalhado da reforma, já que, justamente por causa desses constrangimentos, ainda não há dados estatísticos sobre os processos pendentes ou terminados e, as que existem, não são fiáveis.

A migração informática fez com que processos já concluídos passassem a estar classificados como “pendentes” e não transferiu outros, que ainda hoje, apenas se encontram na versão anterior do programa.

Ainda assim, é possível fazer o balanço do primeiro ano da reorganização do funcionamento dos tribunais, que concentrou os processos por área de especialidade (Família e Menores, Execuções, Crime, etc), acabando praticamente com os tribunais de competência genérica. E o cenário não dá para sorrisos. Em áreas como a cobrança de dívidas e as falências, há centenas de milhares de processos parados à espera de funcionários para os tramitar. Em jurisdições sensíveis, como família e menores, por vezes os recursos só permitem tramitar os processos mais urgentes.

Alguns cidadãos passaram a percorrer distâncias maiores para recorrer à Justiça e deslocam-se de transportes públicos, táxi ou à boleia dos advogados, bombeiros e das polícias.

Muitos juízes estão limitados na marcação dos julgamentos porque as instalações ainda não estão adequadas às necessidades do novo modelo, que concentrou muitos serviços nas sedes dos distritos. É aí que correm os litígios mais graves em termos criminais e cíveis, ficando as diversas especialidades dispersas pela comarca, que deixou de corresponder à área de um município passando a abarcar um distrito. Neste ano, realizaram-se ou estão em curso obras em dezenas de edifícios, para resolver os problemas detectados. Os maiores constrangimentos de qualquer modo estão ultrapassados.

Mas também há resultados positivos e muitos juízes-presidentes das novas comarcas e procuradores-coordenadores têm a expectativa de que o próximo ano permita um balanço bem mais positivo.

No top das preocupações surge, sem excepção, a falta de funcionários, um problema que não decorre da reforma, mas que a mesma agudizou.

Na comarca dos Açores, por exemplo, estão por preencher 43% do global dos quadros definidos pelo próprio Ministério da Justiça, que, em muitas outras comarcas, são considerados insuficientes. “O quadro dos oficiais de justiça nos serviços judiciais é de 152 funcionários, mas só estão ao serviço 85, havendo um défice de 67”, escreve o presidente da comarca, José Neves, no primeiro relatório semestral de balanço. De fora ficam os 15 que faltam no Ministério Público. O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça, Carlos Almeida, lembra que os 23 gabinetes de gestão das comarcas tiveram que ser preenchidos com oficiais de justiça saídos das secretarias.

O presidente da comarca de Faro, Sénio Alves, fala na necessidade imperiosa – e urgentíssima – de preencher um quadro legal deficitário em 30% e fala numa “situação aflitiva”. “A escassez de oficiais de justiça permite, em alguns casos, o funcionamento da secção no limite dos casos urgentes”, escreve no relatório semestral.

Apesar da míngua, as novidades neste campo são boas. A Direcção-Geral da Administração da Justiça conta colocar na segunda semana de Setembro 517 oficiais de justiça em vários tribunais do país. Vários magistrados insistem, contudo, que este reforço não vai permitir resolver a escassez, apenas atenuar o problema. “Os Açores deverão receber 57”, resume o procurador-coordenador, João Carreira. Esse reforço deverá ajudar a colmatar a “iminente ruptura” do Departamento de Investigação e Acção Penal de Ponta Delgada, o maior da comarca. “Estamos a acudir a processos de natureza urgente e pouco mais”, admite Carreira. Há também falta de procuradores. Por isso, a comarca vê-se obrigada a recorrer aos chamados substitutos, licenciados em Direito que não são magistrados que representam o Ministério Público em três das ilhas do arquipélago.

In "Público"


Há cada vez mais pedidos para licença de maternidade de oito meses


SAMUEL SILVA

31/08/2015 - 07:31


Número de pais que gozam três meses extras de licença aumentou 56% em cinco anos. Pedidos de subsídio parental alargado não têm parado de crescer desde a sua criação, sendo concedido praticamente apenas as mulheres. Entre os homens aumenta o número dos que ficam em casa a cuidar de filhos doentes.





REUTERS/JUMANA EL HELOUE






1 / 3



Showing image 1 of 3




3







TÓPICOS

Famílias
Universidade do Porto
Crianças
questões sociais

MAIS
Algumas das propostas sobre natalidade que estarão em debate
Se tem filhos pequenos, saiba que direitos vai passar a ter
Maioria das prestações sociais continua em queda
Empresas obrigam mulheres a garantir que não vão engravidar durante cinco anos


“Este é um tempo que não volta atrás e eu pude ver os meus filhos crescer dia a dia." Luísa não disfarça o entusiasmo quando fala da sua experiência. Ela é uma das quase 14 mil pessoas que, nos últimos cinco anos, puderam gozar de um período adicional de licença de parentalidade, entre os cinco e oito meses da vida da criança, e guarda muitas memórias felizes desse tempo. Desde a entrada do subsídio parental alargado, o número de beneficiários aumentou 56%. Esta evolução regista-se exclusivamente entre as mulheres, sendo cada vez mais residual a percentagem de homens que recorre a este apoio do Estado.

Luísa tem dois filhos e gozou deste apoio, disponível desde 2010, em ambos. A diferença entre as duas experiências é apenas uma: “No segundo filho, que nasceu em 2013, já sabia que ia ficar em casa até aos oito meses. E por isso a tranquilidade era outra.” Esse tempo extra passado em casa com as crianças permitiu-lhe viver de perto “um tempo único na vida deles”. “Em vez ter a avó ou uma ama a ligar-me a contar as evoluções que eles vão tendo, pude vivê-las directamente”, explica.

O subsídio parental alargado é atribuído durante três meses, entre o quinto e o oitavo mês de vida das crianças. O apoio é concedido à mãe, ao pai ou a ambos alternadamente e a licença tem que ser gozada imediatamente a seguir ao termo do subsídio parental inicial ou do subsídio parental alargado do outro progenitor. Este período alargado de licença de parentalidade foi estabelecido em 2009 no Regime Jurídico da Protecção Social na Parentalidade e começou a poder ser gozado a partir de 2010. Desde então, o número de beneficiários não tem parado de crescer.

Em cinco anos, o número de pessoas a quem foi concedido o subsídio parental alargado aumentou 56%, passando de 2270 pais e mães que receberam este apoio do Estado em 2010 para 3535 no ano passado. Esta evolução “revela um maior conhecimento por parte das famílias da sua existência”, constata a professora da Universidade do Porto Isabel Dias, especialista em sociologia da família.

Os dados mostram também que são as mulheres quem continua a desempenhar o principal papel de cuidadora das crianças. “Elas são uma espécie de Estado-providência da família”, diz Dias. O aumento na concessão do subsídio tem-se verificado exclusivamente entre as mulheres que representaram, em 2014, quase 90% de todos os subsídios concedidos. Entre os homens, o número de beneficiários manteve-se praticamente estável ao longo dos cinco anos: no ano passado registaram-se os mesmos 379 pedidos que em 2010 e o número nunca foi maior do que os 403 registados em 2013.

Uma hipótese possível para explicar a sobre-representação das mulheres entre os beneficiários deste apoio está na própria modalidade de concessão do subsídio. O apoio do Estado nos três meses extra de licença de parentalidade é de 25% do vencimento. “Em média, as mulheres têm salários mais baixos do que os homens, por isso as famílias fazem essas contas e percebem que o impacto da perda de vencimento será mais reduzido se forem as mulheres a ficar em casa”, avalia a socióloga Isabel Dias.

Esta especialista da Universidade do Porto aponta ainda outro problema à forma como é concedido este apoio: o seu valor reduzido faz com que apenas as famílias com maiores recursos possam aceder a ele. Para os agregados familiares com vencimentos mais baixos é bastante mais difícil fazer face a uma perda de 75% no rendimento de um dos elementos. “É um corte muito grande e foi o principal grande contra que encontrei nesta experiência”, conta Luísa, que é magistrada e tem, por isso, um vencimento superior à média salarial nacional. “Nem todas as famílias conseguem suportar um corte destes, mas tive este privilégio e sei que tomei a decisão correcta.”

Ao contrário do que acontece com o subsídio parental alargado, o número de homens que beneficiam do subsídio de assistência a filho tem aumentado ao longo dos últimos anos. Em 2010, a percentagem de homens que ficavam em casa para prestar assistência a um filho por motivo de doença ou acidente era de 8,7% do total. No ano passado, esse valor aumento 2,1 pontos percentuais. Uma evolução que revela “uma certa tendência para nos aproximarmos de modelos europeus, mais paritários”, valoriza Isabel Dias. A socióloga compara, porém, os números relativos a estes dois apoios: “Não obstante a modernização de algumas tendências em Portugal, as mulheres continuam a ser as maiores sacrificadas quando falamos de questões familiares.”

O subsídio para assistência a filho é uma prestação pecuniária atribuída ao pai ou à mãe para prestar assistência imprescindível e inadiável, desde que ambos exerçam actividade profissional e o outro progenitor não requeira o subsídio pelo mesmo motivo, ou esteja impossibilitado de prestar assistência. No caso de filho com mais de 18 anos a atribuição do subsídio depende ainda de este estar integrado no agregado familiar do beneficiário. Este apoio teve uma evolução negativa ao longo dos últimos cinco anos, descendo 4,4% (de 76.029 em 2010 para 72.715 em 2014). Ainda assim o resultado do último ano foi melhor do que 2013, o ano do período em análise em que menos pessoas pediram este apoio: 67.898.

Bom dia e boa semana, amigos de Lusibero!


De John Steinbeck...



De John Steinbeck (1902-1968), in O Citador:

"
A Mente Livre Está em Perigo
A nossa espécie é a única espécie criativa, e tem apenas um único instrumento criativo, a mente e espírito únicos de cada homem. Nunca nada foi criado por dois homens. Não existem boas colaborações, quer em arte, na música, na poesia, na matemática, na filosofia. De cada vez que o milagre da criação acontece, um grupo de pessoas pode construir com base nela e aumentá-la, mas o grupo em si nunca inventa nada. A preciosidade reside na mente solitária de cada homem.


E agora existem forças que enaltecem o conceito de grupo e que declararam uma guerra de exterminação a essa preciosidade, a mente do homem. Através das mais variadas formas de pressão, repressão, culto, e outros métodos violentos de condicionamento, a mente livre tem sido perseguida, roubada, drogada, exterminada. E este é um rumo de suicídio colectivo que a nossa espécie parece ter tomado.

E é nisto que eu acredito: que a mente livre e criativa do homem individual é a coisa mais valiosa no mundo. E é por isto que eu estou disposto a lutar: pela liberdade da mente tomar qualquer direcção que queira, sem direcção. E é contra isto que eu vou lutar com todas as minhas forças: qualquer religião, qualquer governo que limite ou destrua o indivíduo. É isto que eu sou e é esta a minha causa. Posso até compreender que um sistema baseado num padrão tenha que destruir a mente livre, pois esta é a única coisa que pode inspeccionar e destruir um sistema deste tipo. Concerteza que compreendo, mas lutarei contra isso por forma a preservar a única coisa que nos separa das restantes espécies. Pois se a mente livre for morta, estaremos perdidos."

John Steinbeck, in 'A Leste do Paraíso'

domingo, 30 de agosto de 2015

Boa noite, amigos de Lusibero!


DA POLÓNIA...

INCÊNDIO ÀS PORTAS DA CIDADE DE COIMBRA- PORTUGAL


Incêndio ameaçador perto de casas em aldeia de Coimbra
Há cerca de uma hora que bombeiros lutam para salvar entre 30 a 40 casas que são ameaçadas pelas chamas, em aldeia de Coimbra.

DR
PAÍS FOGOHÁ 7 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO




Aldeia de Vale de Cabras, uma freguesia periférica de Coimbra, e também de Castelo Viegas, estão a ser ameaçadas por um incêndio que começou cerca das 13h30 da tarde, de acordo com a TVI24.
PUB



A estação de televisão anunciou que, em Vale de Cabras, existem cerca de 30 a 40 casas que estão em perigo. Os populares estão fazer um esforço para salvar o que conseguem.

As estradas muito estreitas e o emaranhado de casas não facilitam o trabalho dos bombeiros, sendo que o fogo está a cercar as habitações depois de consumir a floresta, quintais e hortas em torno das mesmas.

[Notícia em atualização]PARTILHE ESTA NOTÍCIA COM OS SEUS AMIGOS

In "Notícias ao Minuto"


Agressões reais em campanha de alerta. Um exemplo de coragem
Uma mulher de 27 anos decidiu usar as suas próprias feridas deixadas pela violência doméstica para inspirar mulheres na mesma situação a quebrar o silêncio.


LIFESTYLE EUAHÁ 7 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO







PreviousNextFacebook/TST Photography


Brooke Beaton, de 27 anos, é uma norte-americana originária da Dakota do Sul que sofreu violência doméstica às mãos do namorado, conta o Daily Mail.
PUB



O incidente foi a 22 de agosto e no dia seguinte, Brooke ligou a uma amiga, fotógrafa freelancer, para fazer uma sessão. O tema? ‘O silêncio esconde a violência’.

As imagens foram partilhadas no perfil de Facebook da amiga, T.S.T Photography, no dia 24 de agosto, com um texto sobre o caso de Brooke e com a hashtag ‘Silence Hides Violence’.

Não tardou em que se tornassem virais e no dia seguinte, 25, quase 300 mil pessoas tinham visto as fotografias. Agora a história de Brooke é contada pela imprensa internacional como um exemplo de coragem e de incentivo.PARTILHE ESTA NOTÍCIA COM OS SEUS AMIGOS

Jovem suicida-se por medo de enfrentar violador em tribunal
Mãe quer que filha seja exemplo para que outras vítimas não tenham medo de falar.


MUNDO JUSTIÇAHÁ 4 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO






PreviousNextFacebook


Ceri, de 20 anos, suicidou-se com uma overdose de medicamentos por ter medo de comparecer em tribunal para enfrentar o homem que a violou sexualmente, noticia o The Mirror. A mãe da jovem, Eleri Linden, contou que durante 45 minutos tentou salvar a filha.
PUB



A jovem foi violada após uma noite com os amigos, em que celebrava o facto de ter entrado para a universidade. Ceri terá entrado num carro a pensar que se tratava de um táxi e pediu ao homem que aguardasse um momento até que os seus amigos chegassem. Este arrancou sem o seu consentimento e longe daquele local procedeu ao crime de violação.

Amedrontada pelo facto de ter que recordar toda a situação em tribunal, a jovem terá preferido suicidar-se, pois não estaria com forças para ouvir as afirmações do criminoso que dizia que a culpa era da jovem, pois teria sido ela a provocá-lo, seduzi-lo e tentado beijá-lo. Este afirma ainda que estes teriam tido relações com o seu consentimento

A mãe de Ceri conta que esta tomou uma grande quantidade de medicamentos para a pressão arterial.

“Como a maioria das vítimas ela tinha receio de que aproveitassem o facto de ela ter estado a beber para a culpar pelo que aconteceu”, refere a mãe, que acrescenta que acaba “de perder a sua melhor amiga”.

“Espero que não se esteja a abrir um precedente. As mulheres vítimas de violação devem ser encorajadas a falar pois, francamente, já sofreram que baste”, refere.PARTILHE ESTA NOTÍCIA COM OS SEUS AMIGOS

Poema meu
















POEMA

ERA UMA VEZ...

Da janela aberta para o mundo
vê-se a montanha, deitada sob o abraço
nocturno das estrelas-em-mar-de-luz./


Dá para a rua, também…sempre a Mesma, sempre Outra,
sempre ocasional, como a hora que se aceita ser esse
o momento especial para viver./

Vê-se o Passado no Presente segundo,
e interroga-se o projecto de Futuro…/

Pensa-se a Infância, fábrica de sonhos,
de fábulas e de mentiras, que dura só no Imperfeito./

Depois, tem-se a coragem de repetir o “Era uma vez…”,
da vez que fomos fadas oníricas a cavalo de um sonho,
desfeito em brumas do tempo, louco por vencer o Tempo./

Da minha janela via um Olimpo,
no Quando as verdades conservavam
as mentiras, que tinham o seu quê de verdade./

…e ouvia as noites escuras em tom de azul sinfonia,
_______________na sombra de cada nota que acordava
__________________na alegria crepuscular de cada som do luar./

Flutuo no Tempo…ando para trás e para diante…
_____________confundo as vias por onde viajei, com as minhas melodias…
______________…saio de labirintos de faunos audazes, vorazes enganos dos dias…

O Vento continua nas costas do Tempo
que passa na altivez de Sempre, dispersando cinzas
de poeiras da distância-da-infância … Imperfeito do Passado./

Maria Elisa Ribeiro

Junho/015

De Bertrand Russel...(in Net)-1872-1970




Dizer Mal dos Outros, Ouvir Falar Mal de Nós
Uma das formas mais universais de irracionalidade é a atitude tomada por quase toda a gente em relação às conversas maldizentes. Muito poucas pessoas sabem resistir à tentação de dizer mal dos seus conhecimentos e mesmo, se a ocasião se proporciona, dos seus amigos; no entanto, quando sabem que alguma coisa foi dita em seu desabono, enchem-se de espanto e indignação. Certamente nunca lhes ocorreu ao espírito que da mesma forma que dizem mal de não importa quem, alguém possa dizer mal deles. Esta é uma forma atenuada da atitude que, quando exagerada, conduz à mania da perseguição.
Exigimos de toda a gente o mesmo sentimento de amor e de profundo respeito que sentimos por nós próprios. Nunca nos ocorre que não devemos exigir que os outros pensem melhor de nós do que nós pensamos a respeito deles e não nos ocorre porque aos nossos olhos os méritos são grandes e evidentes ao passo que os dos outros, se na realidade existem, só são reconhecidos com certa benevolência. Quando o leitor ouve dizer que alguém disse qualquer coisa desprimorosa a seu respeito, lembra-se logo das noventa e nove vezes que reprimiu o desejo de exprimir, sobre esse alguém, a crítica que considerava justa e merecida, e esquece-se da centésima vez em que, num momento de desatenção, afirmou a respeito dele o que julgava ser a verdade. Esta é a recompensa, perguntará a si próprio, de toda a minha longa indulgência? O problema, visto do lado oposto, apresenta-se de uma forma diferente: ele nada sabe das noventa e nove vezes em que o leitor se calou, conhece apenas a centésima vez em que falou.

Bertrand Russell, in "A Conquista da Felicidade"

Poema de Cesário Verde










Eu e Ela
Cobertos de folhagem, na verdura,
O teu braço ao redor do meu pescoço,
O teu fato sem ter um só destroço,
O meu braço apertando-te a cintura;

Num mimoso jardim, ó pomba mansa,
Sobre um banco de mármore assentados.
Na sombra dos arbustos, que abraçados,
Beijarão meigamente a tua trança.

Nós havemos de estar ambos unidos,
Sem gozos sensuais, sem más idéias,
Esquecendo para sempre as nossas ceias,
E a loucura dos vinhos atrevidos.

Nós teremos então sobre os joelhos
Um livro que nos diga muitas cousas
Dos mistérios que estão para além das lousas,
Onde havemos de entrar antes de velhos.

Outras vezes buscando distração,
Leremos bons romances galhofeiros,
Gozaremos assim dias inteiro,
Formando unicamente um coração.

Beatos ou apagãos, via à paxá,
Nós leremos, aceita este meu voto,
O Flos-Sanctorum místico e devoto
E o laxo Cavaleiro de Faublas...

Cesário Verde, in 'O Livro de Cesário Verde'

Bom dia, amigos!


sábado, 29 de agosto de 2015

Boa noite, meus amigos de LUSIBERO!


NO "DN"- PORTUGAL


Ministros europeus querem patrulhas e bilhetes com nomes nos comboios internacionais


por Dn.pt com LusaHojeComentar




França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Suíça querem reforçar a segurança depois do ataque no dia 21 num comboio de alta velocidade, que fazia a ligação entre Amesterdão e Paris.


Ministros europeus apelaram hoje para a criação de patrulhas multinacionais e a utilização de bilhetes com os nomes dos passageiros nos comboios internacionais de longa distância na sequência do ataque 'jihadista' frustrado de há uma semana.

As medidas integram uma declaração comum divulgada no final de uma reunião em Paris de ministros de nove países, que pediram igualmente à Comissão Europeia para reforçar a legislação sobre armas de fogo e aos serviços de informações para intensificarem a sua cooperação.

O aumento do controlo de passageiros e bagagens nas principais estações de comboio também foi pedido, no sentido de se reforçar a segurança depois do ataque no dia 21 num comboio de alta velocidade, que fazia a ligação entre Amesterdão e Paris e que foi impedido por passageiros.

A França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Suíça consideram ainda "indispensável realizar operações de controlo simultâneas e coordenadas em determinadas rotas", declarou o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, lendo a declaração.

Os 26 países da zona Schengen aboliram as fronteiras físicas e o princípio da livre circulação de pessoas não permite a reintrodução do controlo sistemático nas fronteiras.

BOAS NOTÍCIAS DO MAR...


Desde 1986 que não se via este náutilo


NICOLAU FERREIRA

28/08/2015 - 14:32


A 180 metros de profundidade, perto da Papuásia-Nova Guiné, em Julho foram filmados náutilos da espécie Allonautilus scrobiculatus. Este “fóssil vivo”, que vem de uma linhagem com 500 milhões de anos, foi descoberto em 1984.





O raro Allonautilus scrobiculatus que não era visto há quase 30 anos
PETER WARD






1 / 3



Showing image 1 of 3




1







TÓPICOS

Biologia
Oceanos
Oceanografia
Biodiversidade


Uma concha encaracolada, olhos laterais e tentáculos, os náutilos são membros da classe dos cefalópodes, como os polvos, as lulas e os chocos, mas a sua anatomia remete-nos para tempos remotos. A sua linhagem surgiu há cerca de 500 milhões de anos, muito antes dos primeiros vertebrados se aventurarem pelos continentes da Terra. Os antepassados dos náutilos viram ainda os dinossauros surgirem há 230 milhões de anos e desaparecem há 65 milhões de anos. Hoje, existem apenas seis espécies destes “fósseis vivos” divididas em dois géneros. A espécie Allonautilus scrobiculatus, descoberta em 1984 perto da ilha da Papuásia-Nova Guiné, foi vista pela última vez em 1986. Agora, cientistas voltaram a filmar este raro animal marinho, soube-se agora.

“Antes deste avistamento, apenas dois humanos tinham visto o Allonautilus scrobiculatus”, diz Peter Ward, do Departamento de Biologia da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, citado num comunicado daquela universidade. “O meu colega Bruce Saunders, da Universidade de Bryan Mawr [na Pensilvânia], viu-o primeiro, e eu vi-o passadas poucas semanas.”

Estes primeiros avistamentos de que fala o biólogo Peter Ward foram feitos há mais de 30 anos, em 1984. Bruce Saunders ainda voltou a observar estes animais marinhos em 1986, e desde então nunca mais foram avistados.

Os membros da espécie Allonautilus scrobiculatus vivem em profundidade. Em 1984, ao estudar estes animais, os dois cientistas verificaram que havia diferenças anatómicas entre esta espécie e as outras quatro espécies que pertencem ao género Nautilus, nomeadamente nas guelras, nas mandíbulas, na carapaça, nos órgãos sexuais masculinos, evidenciando que os náutilos continuaram a evoluir.

“Algumas características dos náutilos – como a carapaça que lhe dá a marca de ‘fóssil vivo’ – podem não ter mudado durante muito tempo, mas outras partes mudaram”, sublinha Peter Ward, apontando também para uma particularidade distintiva das carapaças do Allonautilus scrobiculatus. “Têm na sua carapaça uma cobertura grossa, viscosa e com pêlos”, explica. “Quando vimos esta cobertura pela primeira vez, ficámos espantados.” Por causa destas diferenças, Peter Ward e Bruce Saunders sugeriram em 1997 a criação do género Allonautilus.

Luta pelo isco
Em Julho último, Peter Ward voltou à pequena ilha de Ndrova, que fica a nordeste da Papuásia-Nova Guiné, e procurou aqueles cefalópodes. Para isso, a equipa instalou iscos com peixe e carne de galinha, para atrair os animais, uma vez que se alimentam de animais mortos. Os iscos foram colocados a uma profundidade entre 150 e 400 metros. Ao lado dos iscos, instalaram-se também câmaras para filmar, durante 12 horas, a movimentação ao redor.

Numa das filmagens, os cientistas viram a aproximação primeiro de umAllonautilus scrobiculatus, depois de outro náutilo, e observaram-nos a lutar pelo isco. De seguida, surgiu um peixe-lua. “Durante duas horas, o peixe-lua não parou de bater nos náutilos com a sua cauda”, descreve Peter Ward.

Os cientistas apanharam vários náutilos de espécies diferentes, num método que usava água fria para assegurar a sobrevivência dos animais, que estão acostumados a viver em uma determinada profundidade e a uma certa temperatura. Estas capturas permitiram aos cientistas medir o tamanho dos animais, além de retirarem amostras de tecido, da concha e do muco que eles deitam. Com esta informação, a equipa pôde determinar a idade e o sexo de cada animal.

Não se encontraram Allonautilus scrobiculatus noutros locais. Para Peter Ward, esta espécie está isolada junto daquela ilha. Como só podem viver entre determinadas profundidades e a uma certa temperatura, é difícil estes animais movimentarem-se pelo mar. “Este pode ser o animal mais raro do mundo. Precisamos de saber se o Allonautilus existe em mais algum lugar, e não o saberemos se não o procurarmos noutros sítioss.” A pesca e a procura das conchas dos náutilos já devastaram algumas populações de outra espécie e são uma ameaça potencial para este fóssil vivo, acrescenta o comunicado.

No "Público": mais migrantes mortos! A tragédia continua!


Mais 26 refugiados encontrados num camião na Áustria


ALEXANDRE MARTINS

29/08/2015 - 17:12

(actualizado às 19:28)


São da Síria, do Afeganistão e do Bangladesh. Três crianças estavam em estado crítico e os médicos dizem que "não aguentariam muito mais tempo".Vigília em Budapeste pela morte de 71 refugiados num outro camião, descobero na quinta-feira ATTILA KISBENEDEK/AFP




0







TÓPICOS

Europa
Áustria
Hungria
Médio Oriente
Síria
Ásia
União Europeia
Migração
Refugiados

MAIS
Cada vez há mais crianças a chegar à Europa sozinhas
Portugal pondera receber mais refugiados, particulares querem saber como ajudar
Migrantes ou Refugiados? "As palavras importam", avisa ACNUR
Já tinham morrido refugiados na Europa, mas nunca sufocados dentro de um camião


Enquanto os governos da União Europeia continuam a falar cada um para seu lado, as redes de tráfico de refugiados continuam a alimentar o seu negócio macabro – apenas 48 horas depois de terem sido encontrados 71 corpos num camião na Áustria, junto à fronteira com a Hungria, a polícia austríaca travou este sábado um outro camião a poucos quilómetros da fronteira com a Alemanha. No interior estavam 26 pessoas, entre elas três crianças, desidratas e em estado crítico.

Um porta-voz da polícia austríaca, David Furtner, disse que os refugiados foram encontrados com vida "por muito pouco", depois de as equipas médicas terem dito que eles "não aguentariam muito mais tempo".

O camião foi travado numa operação da polícia na localidade de St. Peter am Hart, no distrito austríaco de Braunau am Inn, com vista para a Alemanha – a cidade de Simbach am Inn, já no estado alemão da Baviera, fica a apenas oito quilómetros, e até Munique são mais 130.

O condutor ainda acelerou quando foi abordado pela polícia, mas acabou por ser detido mais à frente. As autoridades dizem que se trata de um cidadão romeno de 29 anos. Entre os 26 refugiados há pessoas nascidas na Síria, no Afeganistão e no Bangladesh.

Na quinta-feira, a polícia austríaca foi alertada para a presença de um outro camião na berma de uma auto-estrada no estado de Burgenland, que faz fronteira com a Hungria. Quando as portas foram abertas, as equipas médicas não conseguiram sequer perceber quantos corpos tinham à sua frente, devido ao estado de decomposição – no início podiam ser 20, 30, 40 ou 50, ninguém sabia muito bem o que dizer; as contas finais revelaram-se ainda piores, com 71 pessoas mortas, provavelmente por asfixia, entre elas quatro crianças, oito mulheres e 59 homens.

A caça ao condutor desse camião começou de imediato, e acabou por levar à detenção de três búlgaros e um afegão na Hungria. Os três homens estão detidos desde quinta-feira e ficaram a saber este sábado que vão permanecer na cadeia para que a investigação possa continuar, com o objectivo de chegar aos verdadeiros responsáveis – os senhores das redes do tráfico de refugiados, que controlam a chamada rota dos Balcãs, no Leste da Europa, e a rota do Mediterrâneo, onde cada vez mais pessoas morrem afogadas em naufrágios ou asfixiadas nos porões dos barcos.

Sabe-se que o camião encontrado na quinta-feira tinha partido da cidade de Kecskemét, a 80 quilómetros de Budapeste, em direcção a Sul, até à fronteira com a Sérvia. Foi daí que começou a viagem para a Áustria, durante a qual os 71 refugiados acabariam por morrer.

A acusação "está focada no tráfico humano cometido por uma organização criminosa, incluindo tortura de pessoas, com o objectivo de obter ganhos financeiros", disse Gabor Schmidt, procurador do Ministério Público da Hungria. Se vierem a ser julgados, os quatro detidos podem ser condenados a penas de dois a 16 anos de prisão por tráfico de pessoas, e serão depois acusados de homicídio na Áustria, onde o camião foi encontrado.

A confusão entre os países da União Europeia, com os seus governos e populações com diferentes atitudes – e proximidade – em relação aos refugiados e migrantes, tem levado à tomada de medidas avulsas, muitas vezes com motivações aparentemente contraditórias. Enquanto a Hungria está prestes a concluir a construção de um muro com quatro metros de altura e 175 quilómetros de comprimento, para impedir a entrada de uma média de 3000 refugiados por dia, a Alemanha decidiu suspender o Regulamento de Dublin, e permitir que centenas de milhares de sírios peçam asilo no país – segundo as normas da União Europeia, um refugiado só tem direito a pedir asilo no primeiro país a que chegou, o que deixa a Grécia e a Itália a lidarem quase sozinhas com o drama.

A chanceler alemã, Angela Merkel, está também a tomar a iniciativa para alterar a forma como a União Europeia tem lidado com o fluxo de refugiados e migrantes. Segundo a revista alemã Der Spiegel, a Comissão Europeia prepara-se para apresentar um plano, defendido pela Alemanha, com o objectivo de ajudar financeiramente os países africanos de onde mais pessoas tentam escapar a guerras e perseguições, com a condição de que esses países voltem a receber os migrantes a quem não seja concedido asilo, e que lhes garantam boas condições no regresso.

A maioria dos refugiados e migrantes que tentam chegar à Europa através do Mediterrâneo partem da Líbia, no Norte de África, um país com um governo reconhecido internacionalmente, com sede em Tobruk, perto do Egipto, e outro em Trípoli, apoiado por várias milícias islamistas. A fragmentação do país, com parcelas de território controladas por inúmeros grupos armados, tem também alimentado a presença do autoproclamado Estado Islâmico.

NUM GESTO DE DESESPERO, paulo rangel do psd PERDE AS ESTRIBEIRAS, NUMA CAMPANHA ELEITORAL QUE SE AVIZINHA "PORCA".


PS acusa Rangel de "partidarização da justiça" e exige clarificação de Passos


LEONETE BOTELHO

29/08/2015 - 17:56


Francisco Assis considera declarações de eurodeputado do PSD de "extrema gravidade" e de pôr em causa a separação de poderes, prejudicando a democracia.Francisco Assis NUNO FERREIRA SANTOS




2







TÓPICOS

PS
PSD
Pedro Passos Coelho
José Sócrates
Justiça
Porto
António Costa
Constituição
Paulo Rangel
partidos e movimentos

MAIS
Paulo Rangel elogia ataque à "corrupção e promiscuidade"


Paulo Rangel detonou a granada e Francisco Assis devolveu-a ao campo do adversário. O eurodeputado socialista exigiu este sábado à tarde uma "clarificação urgente" de Pedro Passos Coelho sobre a "operação clara de partidarização da justiça" que acusou o homólogo social-democrata de ter feito de manhã.

Na última 'aula' da Universidade de Verão do PSD, Paulo Rangel fez uma clara leitura política das investigações a José Sócrates e a Ricardo Espírito Santo: "Alguém acredita que se os socialistas estivessem no poder haveria um primeiro-ministro sob investigação" ou que "o maior banqueiro estaria sob investigação?"

Francisco Assis convocou os jornalistas para, no Porto, reagir com firmeza: "É uma operação clara de partidarização da justiça, a partir do momento em que um alto dirigente político admite a intervenção política na justiça", e isso "é de uma gravidade extrema, pois põe em causa princípios fundamentais, desde logo o princípio da separação de poderes", considerou o eurodeputado do PS.

Por isso, e porque tais declarações foram feitas por "uma figura de referência do PSD" e "no âmbito de uma iniciativa partidária, a Universidade de Verão do PSD", Assis desafiou directamente Pedro Passos Coelho. "É preciso colocar a questão ao líder do partido, que tem de dizer se se reconhece ou não e e se se demarca ou não deste estilo de intervenção política" que, afirmou, "abre as portas às mais diversas teorias da conspiração, não só neste caso como em outros".

Francisco Assis não poupou nas palavras para qualificar a declaração de Paulo Rangel: "Esse jogo prejudica a nossa democracia", "polui o debate democrático´" e "impede a discussão dos problemas do país".

Em contraponto, fez questão de salientar o "respeito pela separação de poderes" que o PS e em particular o seu líder, António Costa, têm defendido. "O PS tem participado no debate eleitoral com grande elevação e, neste caso em particular, com grande respeito pela separação de poderes".

Passos não comenta casos
Mesmo antes da comunicação de Francisco Assis, Passos Coelho já tinha sido confrontado pelos jornalistas com as declarações de Paulo Rangel, mas sacudiu o seu impacto político e preferiu centrar-se no sistema de justiça.

"Espero que ele tenha razão e que as pessoas possam acumular uma percepção positiva sobre o nosso sistema de justiça", afirmou o primeiro-ministro, à margem de uma deslocação a Chaves.

Mas assinalou o grau de perturbação que aquelas declarações podem trazer: "São tudo elementos que se perturbam com facilidade, pelo que eu não farei nenhum comentário sobre casos de justiça, mas sim sobre a afirmação de que há hoje uma percepção de que a justiça funciona melhor".

Dans "Le Figaro.fr"


Le geste désespéré d'un père pour faire scolariser son fils autiste
HOME ACTUALITE SOCIÉTÉ

Par Mathilde Belin
Publié le 27/08/2015 à 19:57




La famille d'Émilien s'est vu refuser l'aide d'une auxiliaire de vie pour l'assister en classe de CP. Ce cas souligne le manque de moyens adaptés à la scolarisation des enfants autistes en France.



PUBLICITÉ


Téléviseurs :Pour plus de sensations !J'en profite
1/5


Le père d'un enfant autiste a menacé de mettre fin à ses jours ce jeudi matin à Strasbourg pour réclamer la scolarisation ordinaire de son fils. L'homme est monté en haut d'une grue du quartier de l'Eurométropole vers 4h30 et y a attaché une banderole flanquée de ces mots: «Une rentrée pour Émilien.»

La famille du garçon de 7 ans, qui doit intégrer une classe de CP à la rentrée, s'est vu refuser vendredi dernier le prolongement de l'aide d'un auxiliaire de vie scolaire, alors que l'enfant en bénéficiait déjà depuis deux ans. Cette aide permet à Émilien d'être scolarisé à Sand (Bas-Rhin) dans une école ordinaire, et l'accompagne au quotidien.


La Maison départementale des personnes handicapées (MDPH) proposait à la famille de scolariser Émilien dans un établissement spécialisé à Molsheim, à trente minutes du domicile familial. Une alternative refusée par les parents: «On aurait un enfant absent du domicile, on ne l'aurait que trois heures par jour et donc les formations que j'ai suivi (pour accompagner au mieux son fils, ndlr), je les aurais faites pour rien», déplore la mère d'Émilien, au micro de France Bleu Alsace.


«Mon mari est prêt à sauter. Il restera en haut tant qu'on ne recevra pas une notification de la MDPH pour 5 demi-journées de suivi par un auxiliaire de vie scolaire qu'on a demandées», a expliqué la mère de l'enfant. Finalement, le père d'Emilien a obtenu gain de cause après cinq heures passées en haut de la grue. La MDPH a accepté de prolonger le soutien d'un auxiliaire de vie scolaire. Mais son geste désespéré montre à quel point les pouvoirs publics peinent encore à trouver des solutions adaptées pour scolariser les enfants atteints d'autisme.
Les carences des pouvoirs publics

La MDPH, par le biais d'une commission, se prononce sur les prestations éducatives adéquates aux enfants handicapés. Son avis est simplement consultatif, les parents gardent le dernier mot en vertu de la loi du 11 février 2005, Elle garantie l'égalité des droits et des chances des personnes handicapées et a permis, depuis, de doubler le nombre d'enfants handicapés scolarisés en milieu ordinaire.

Mais à de nombreuses reprises, l'Etat a montré ses carences en matière de prises en charge des enfants autistes. Manque de places dans les établissements spécialisés, réticence des enseignants à accueillir les enfants autistes, échec de l'accompagnement en milieu ordinaire… Déjà en 2011, le collectif Autisme plaidait pour une solution éducative adaptée à ce handicap, alors qu'il rapportait que 80% des enfants autistes étaient laissés à la porte de l'école. Certaines familles vont même jusqu'à s'exiler en Belgique ou en Suisse pour permettre à leur enfant de bénéficier d'une scolarisation adaptée à leur maladie.

En juillet dernier, l'Etat a été condamné à indemniser sept familles d'enfants autistes pour avoir négligé leur scolarisation. La secrétaire d'Etat chargée des personnes handicapées, Ségolène Neuville, a alors reconnu le «retard historique» de la France dans ce domaine.

"Le Figarofr"Un Appel Dramatique


L'appel à la France d'un député d'Alep
HOME FIGARO VOX VOX MONDE

Par Boutros Merjaneh
Mis à jour le 26/08/2015 à 14:11
Publié le 26/08/2015 à 12:12




FIGAROVOX/TRIBUNE - Boutros Merjaneh, député syrien, et Nader Allouche, journaliste, lancent un appel à la France pour qu'elle vienne en aide aux habitants d'Alep où la mortalité a explosé.
PUBLICITÉ


Téléviseurs :Pour plus de sensations !J'en profite
1/5


Boutros Merjaneh est député indépendant d'Alep au Parlement arabe syrien.

Nader Allouche est journaliste franco-libanais.

Texte cosigné par François Rochebloine (Député de la Loire - UDI/ Vice-Président de la délégation française à l'Assemblée parlementaire du Conseil de l'Europe). Gérard Bapt (Député de la Haute-Garonne/ Parti socialiste - Président du Groupe d'amitié parlementaire France/ Syrie). Jean-Frédéric Poisson(Député des Yvelines/ Préisdent du Parti chrétien-démocrate).Jean-Pierre Vial (Sénateur de la Savoie/ Les Républicains - Président du Groupe d'amitié parlementaire France/ Syrie).Jérôme Lambert (Député de Charente/ PRG - Groupe parlementaire RRDP (Radical Républicain Démocrate et Progessiste)

«Les yeux n'aident pas à voir si la conscience est aveugle», disait l'écrivain Joubran Khalil Joubran. Pour la deuxième année consécutive, les groupes armés à Alep, qui ont pris possession de la station de pompage et d'épuration de l'eau, ont décidé de couper l'accès à l'eau, dont ils privent intentionnellement la population d'Alep, qui compte encore 2, 5 millions d'habitants. Nous, Boutros Merjaneh, le député indépendant d'Alep au Parlement arabe-syrien, et le journaliste et militant franco-libanais Nader Allouche, nous en appelons à la conscience de la France. La température dépasse les 45 degrés à Alep. La mortalité due à la déshydratation et à l'insalubrité de l'eau a explosé. Il n'est plus question de politique: être contre Bachar al-Assad et soutenir la rébellion. C'est aujourd'hui une question humanitaire urgente. Des centaines de milliers de personnes sont en danger de mort dans la ville du député Boutros Merjaneh, parce que les rebelles ont bloqué l'accès à l'eau de la population civile.


Des centaines de milliers de personnes sont en danger de mort à Alep, parce que les rebelles ont bloqué l'accès à l'eau de la population civile.

L'année dernière, l'eau avait été coupée du 2 au 21 mai. Puis le 2 juin 2014, des groupes armés ont dynamité les canalisations de la station de pompage, et ils ont empêché les équipes d'entretien de procéder aux réparations nécessaires. Le Croissant Rouge, le CICR (de Genève) et les agences de l'ONU ont essayé d'intervenir. L'eau n'est revenu dans les maisons que le 17 aout 2014. La population d'Alep a vécu sans accès direct à l'eau pendant 3 mois, en plein été. Il faisait jusqu'à 50 degrés.

Cette année, les groupes armés ont coupé l'eau depuis le 30 juin. Nous ignorons qui sont vraiment ces groupes. Certains s'appellent les rebelles, d'autres al-Nosra, la filiale d'al-Qua'ïda en Syrie.

Depuis 52 jours, Alep n'a plus d'eau. Le peuple a soif. Il meurt littéralement de soif. Nous en appelons à la conscience de la France qui a des relations privilégiés avec les belligérants de l'opposition et leurs parrains: que la France fasse pression sur les Etats commanditaires de ces groupes pour qu'ils acceptent de rétablir l'accès à l'eau de la population d'Alep. L'hostilité de la France contre le gouvernement arabe-syrien ne peut pas justifier de soutenir que des groupuscules, quels qu'ils soient, assoiffent une ville de 2, 5 millions d'habitants. Il ne s'agit plus de politique internationale. Il s'agit de morale et d'éthique. Une ville se meurt.


Nous désespérons de ce que personne dans la communauté internationale ne parle du martyre de cette ville. Aucun média important n'a consacré de couverture aux souffrances des Aleppins.

Cette attitude constitue une infraction aux Conventions de Genève et aux résolutions de l'ONU qui interdisent le recours de toutes les parties à des actions qui porteraient atteinte aux besoins vitaux de la population civile, a fortiori en ce qui concerne l'accès à l'eau.

Nous demandons que la communauté internationale répare ces méfaits dans Alep en libérant immédiatement la station de pompage et d'épuration de l'eau, qui pourrait être mise sous le contrôle des agences de l'ONU afin d'assurer l'accès à l'eau de tous à Alep.

Mais nous désespérons de ce que personne dans la communauté internationale ne parle du martyre de cette ville. Aucun média important n'a consacré de couverture aux souffrances des aleppins. Il n'y a eu aucun sujet sur les conditions de vie dans Alep, qui sont les plus difficiles de Syrie depuis que la guerre a gagné la ville.

Quotidiennement, le peuple arabe-syrien fait face à la mort, mais il continue à vivre, blessé mais résistant. Le peuple arabe-syrien n'a jamais voulu que la paix. Il la désire ardemment et le député Boutros Merjaneh a toujours soutenu l'idée du dialogue national entre les belligérants syriens pour trouver une solution politique pacifique à la question syrienne. Nous sommes consternés que certains de nos frères arabes continuent d'alimenter le déferlement d'armes en Syrie, qui est pourtant le coeur de l'Arabité. Nader Allouche rappelle à cet égard qu'il n'y a pas de pays plus arabe que la Syrie. C'est pourquoi nos voisins doivent le respect à notre patrie, qui est le sanctuaire de l'Arabité ; notre arabité commune. Nous appelons à ce que ces pays arrêtent de soutenir des groupes armés violents, portés par une idéologie sectaire, qui les a conduit à couper l'eau dans Alep.

Albert Einstein disait: «le monde est dangereux non à cause de ceux qui font le mal, mais à cause de ceux qui regardent et laissent faire».

Capa de "Público"



Sábado, 29 de Agosto de 2015

Milhares de professores voltam a fazer as malas e 24 mil não têm colocação

Crise na Europa: Portugal poderá receber mais refugiados


Preço das viagens entre Funchal e continente dispara com aproximação da entrada em vigor do subsídio de mobilidade

Leia mais em www.publico.pt

PORTUGAL e os REFUGIADOS


Portugal pondera receber mais refugiados, particulares querem saber como ajudar


NUNO RIBEIRO e ALEXANDRA CAMPOS

29/08/2015 - 00:06







4







TÓPICOS



MAIS
As voltas e reviravoltas da festa de boas vindas para refugiados na Alemanha
Já tinham morrido refugiados na Europa, mas nunca sufocados dentro de um camião
Perguntas e respostas: São imigrantes, refugiados?
Novo naufrágio ao largo da Líbia pode ter feito mais 200 mortos
Camião encontrado na Áustria tinha 71 corpos, polícia detém quatro suspeitos
51 corpos encontrados no porão de um barco no Mediterrâneo


A dimensão da crise humanitária provocada pela vaga de refugiados que assola a Europa leva Portugal a rever, em altas sucessivas, o número de refugiados que vai receber. A quota de 1400 pessoas atribuída pela União Europeia vai subir, numa primeira fase, para 1500. Admitem-se, contudo, novas revisões embora sem precisar um número.

Saber quantos refugiados vai receber Portugal é uma questão ainda em discussão entre o Governo português e as instâncias europeias. “A pressão dos acontecimentos leva a admitir que sejam mais no futuro, em 2016”, diz ao PÚBLICO fonte governamental. Precisar um patamar é impossível, até porque a crise ganhou uma dimensão há pouco impensável.

Diplomatas e funcionários com férias interrompidas têm sido a constante dos últimos dias no Palácio das Necessidades. O ministério de Rui Machete dirige um grupo interministerial com representantes da Administração Interna, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da Segurança Social, do Emprego e Instituto de Formação Profissional, das direcções-gerais da Saúde e Educação, e do Alto Comissariado para as Migrações com uma missão urgente. A de preparar o acolhimento de refugiados.

“O autoproclamado Estado Islâmico (EI) está a afundar a Europa, não é apenas pela guerra da Síria, do conflito no Iraque ou do caos na Líbia, mas também pela eliminação das minorias”, afirma, ao PÚBLICO, um diplomata. “Assim, o EI nem precisa de cometer atentados”, destaca. A falta de coordenação e de gestos solidários da Europa comunitária, e o aparecimento de fenómenos de intolerância são exemplos do braço-de-ferro do radicalismo. Um desafio que as democracias ainda não ganharam.

No Conselho Português para os Refugiados (CPR), organização não-governamental que gere dois centros de acolhimento para requerentes de asilo e refugiados, “são às centenas os telefonemas, e-mails, e até as visitas” de pessoas a querer saber o que podem fazer para ajudar e, eventualmente, acolher os estrangeiros, impressionados com as imagens do drama das pessoas que, nos últimos meses, tentam entrar na Europa, arriscando a vida, diz a assessora da direcção de informação do CPR Mónica Fréchaut. “São manifestações espontâneas de pessoas indignadas com o que está a acontecer”, acentua.

Lembrando que Portugal vai receber “uma gota de água no oceano”, Mónica explica que, a quem se tem oferecido para dar apoio, a resposta é a de que isso poderá acontecer numa segunda fase. “Isso é possível, mas, para já, não está nada organizado nesse sentido”, reforça.

Também a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já se ofereceu para acolher 350 pessoas e a do Porto, 20. E há várias autarquias que manifestaram disponibilidade para receber refugiados, como as de Sintra, Santarém, Batalha, Oliveira do Hospital e Idanha-a-Nova.

Há ainda pessoas a oferecerem-se como voluntárias para ajudar os que vão chegar. “Tudo somado, já temos um número muito alargado”, destaca Mónica Fréchaut, que lembra que não ser esta a primeira vez que Portugal recebe, de uma assentada, um volume elevado de refugiados.

Recorda a “operação Kosovo”, em 1999, quando “mais de dois mil kosovares” foram acolhidos. Na altura foram identificados espaços de acolhimento espalhados por todo o território nacional, tendo a Protecção Civil “operacionalizado” o acolhimento e o CPR ajudado “na identificação e no apoio jurídico”. “Foi necessário organizar aulas de português e tentar integrá-los no mercado de trabalho”, lembra Mónica, que nota que a maior parte acabou por regressar ao seu país ao fim dos dois anos. “É preciso que os cidadãos percebam que estas pessoas não representam um fardo financeiro para Portugal”, acentua.

Na quinta-feira, a presidente do CPR, Teresa Tito de Morais, defendeu que já deveria estar organizada no terreno a plataforma de acolhimento. Sublinhou que o CPR tem sido contactado por várias empresas com empregos para oferecer. Em 2014, houve 442 pedidos de permanência em território nacional. As famílias e os adultos são encaminhados pelo CPR para os centros de acolhimento para refugiados na Bobadela e para o centro de acolhimento para crianças, no Parque da Bela Vista, em Lisboa. Os dois estão neste momento che
ios.