"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Poema do ciclo "MODERNISMO"
Luxuriantes, perigosas, sombrias,
belas avenidas da vida amazónica,
centrais do ar que respiro e suspiro.
No meio dos pantanais,
perdido por bandas inóspitas,
passaste, “Imperador da LÍNGUA PORTUGUESA”,
por lodaçais incógnitos, dos índios em defesa…
Minha Amazónia, pulmão do meu Planeta!
És a minha CRETA onde, em suaves ondas,
viajam as anacondas!
O mundo novo, em estertor,
trata-te com desamor.
Amo-te, Natureza viva, nos mais recônditos milésimos
das palavras do douto senhor, do “Sermão da Sexagésima”.
Amo-te, vida natural, no que tens
de mais brutal, seja homem ou animal!
Perco-me, nessa floresta…
Respiro com o jaguar;
Solto do papagaio o pio;
Penso nas feras do Mundo
e tremo, de horror, com frio…
“Vejo” os peixes do rio,
cabecitas fora de água,
atentos e magoados, ante a dor do missionário,
que, por levar paz às almas,
teve que andar arredio…
Invejo tudo o que ouvistes,
no “SERMÃO de SANTO ANTÓNIO”…
C6F -144/15 –SET/09
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Muito bem, mais um bom registo.
ResponderEliminar"Perco-me, nessa floresta…
ResponderEliminarRespiro com o jaguar;
Solto do papagaio o pio;
Penso nas feras do Mundo
e tremo, de horror, com frio…
“Vejo” os peixes do rio,
cabecitas fora de água,
atentos e magoados, ante a dor do missionário,
que, por levar paz às almas,
teve que andar arredio…
Invejo tudo o que ouvistes,
no “SERMÃO de SANTO ANTÓNIO”…"
E mis não digo.
Um bem haja por ser quem é.
beijinho
A Amazónia precisa de quem se preocupe; afinal, que ar respiraremos nós, que cada vez mais assistimos a crianças com problemas respir´tórios? Que mundo queremos para os nossos filhos? A pegada ecológica que deixamos é já muito maior do que alguma vez será possível recuperar. O nosso Pde António sabia o que dizia...provavelmente, não imaginava é o que seriam os dias de hoje, apesar de o seu texto manter uma dilacerante actualidade.
ResponderEliminarDaniel Santos: mais uma vez, obrigada, pela gentil apreciação...
ResponderEliminarABRAÇO DE LUSIBERO
Daniel Silva: eu até já adivinhava as partes que mais se identificam contigo...
ResponderEliminarBeijos de lusibero
Terra de ENCANTO: pensas como eu, o mundo é só um bocadinho de cada um de nós... O resto é de todos... Temos o dever moral de ser como Pe Vieira já queria que fôssemos ,há 400 e tal anos!
ResponderEliminarBEIJOS DE LUSIBERO
Poder-se-ia falar de ecologia em poema ?? Duvidava... Já não duvido mais. Maravilha!! Um beijo Graça
ResponderEliminarGRAÇA: fico tão feliz por teres gostado deste poema! Adoro a Amazónia, embora só a conheça através das palavras do Pe VIEIRA e das imagens da ODISSEIA e do NATIONAL GEOGRAPHIC.
ResponderEliminarBEIJOS DE LUSIBERO