segunda-feira, 30 de junho de 2014

Boa noite, amigos!



Através de jornalionline

Por Agência Lusa
publicado em 29 Jun 2014 - 18:28
// 
Portugal


Fórum de Jornalistas. "Liberdade de imprensa sofre um dos momentos mais negros"





inShare
7






AMEAÇA À LIBERDADE DE IMPRENSA , EM PORTUGAL.
PORTUGAL, ALIÁS, ONDE TUDO ESTÁ AMEAÇADO , COM A NOVA DITADURA passos-portas-cavaco!


A












No Manifesto, o fórum afirma que o jornalismo “nesta altura, está em risco”


O Fórum de Jornalistas quer que o Sindicato realize “com a máxima urgência” um novo Congresso, afirmando num manifesto que "a liberdade de imprensa sofre um dos momentos mais negros da sua história", desde abril de 1974,

Num comunicado divulgado hoje, o fórum, que reuniu na quinta-feira passada em Lisboa, decidiu criar três grupos de trabalho que irão analisar um diagnóstico da situação do jornalismo, de sensibilização da opinião pública para a degradação das condições de trabalho e suas consequências para a liberdade de imprensa, e a qualidade da democracia.

Os grupos e trabalhos, ainda abertos à participação de jornalistas, como explicou à Lusa Sofia Lorena, uma das participantes, deverão apresentar a suas conclusões em setembro, quando o fórum conta voltar a reunir-se.

“Entretanto, as discussões de cada grupo serão refletidas no blogue forumjornalistas.wordpress.com, onde todos poderão comentar esses trabalhos e fazer bem-vindas sugestões”, lê-se no mesmo documento.

No Manifesto, o fórum afirma que o jornalismo “nesta altura, está em risco”.

“Em causa está o próprio paradigma do direito e do dever de informar como sustentáculos fundamentais de uma sociedade moderna, livre e democrática”, lê-se no documento.

“É urgente pensar em soluções conjuntas para garantir que as centenas de jornalistas que nos últimos anos perderam os seus empregos possam, se essa for a sua vontade, voltar a trabalhar”, segundo o mesmo documento.

O Fórum lança ainda um apelo, segundo o qual “é obrigatório não prescindir de eleger os órgãos representativos em cada órgão de comunicação social (Conselho de Redação, Comissão de Trabalhadores e delegados sindicais)” e lança uma proposta: “importa pensar se não será útil formar um colégio que junte representantes de cada um para tornar mais eficazes ações de luta e projetos jornalísticos”.

No comunicado o Fórum propõe iniciativas futuras como “ações de luta e protesto, lançamento de projetos de colaboração (vigílias, debater a eventualidade de uma greve geral; criação de um espaço de ‘coworking’ para precários, exploração das possibilidades de ‘crowdfunding’ e de organização de cooperativas”.

O Fórum propõe ainda o “lançamento de um blogue com histórias individuais e coletivas de coragem da classe e retratos de alguns dos despedidos ou ameaçados de despedimento - o que fizeram, como contribuíram para a existência de uma opinião pública mais informada”.

DA RÚSSIA...


Rússia não vai ficar "de braços cruzados" face ao conflito no Iraque

Publicado em 2014-06-28

2 0 0



O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Ryabkov, afirmou, em Damasco, que a Rússia não vai ficar "de braços cruzados" face à ofensiva de grupos "jihadistas" no Iraque.


"A Rússia não vai ficar de braços cruzados face às tentativas de grupos de propagar o terrorismo nos países da região", disse Ryabkov numa conferência de imprensa depois de um encontro com o presidente sírio, Bashar al-Assad.

O vice-ministro, cujo Governo é o principal apoio internacional do regime sírio, respondia a uma pergunta sobre a ofensiva liderada pelo grupo ultra-radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) em cinco províncias do norte e oeste do Iraque.

"A situação é muito perigosa no Iraque e ameaça os fundamentos do Estado iraquiano", acrescentou Ryabkov, citado pela agência France Presse com a indicação de que as palavras do ministro, em russo, foram traduzidas para árabe.

O responsável russo insistiu que, na Síria como no Iraque, a solução tem de partir de "um verdadeiro diálogo nacional".

Questionado sobre a decisão dos Estados Unidos de reforçar o apoio à oposição armada moderada da Síria, Ryabkov repetiu a mesma ideia, afirmando que "não há alternativa a uma solução política".
Bom dia! Já leu o JN de hoje? Espreite a primeira página.

DE PORTUGAL...

Segunda-feira, 30 de Junho de 2014

Gestor demitido no caso dos swaps reclama 270 mil euros em tribunalhttp://publico.pt/n1660955

Testamento vital disponível a partir de amanhã http://publico.pt/n1660785

Mais de 38 mil idosos perderam o complemento solidário num anohttp://publico.pt/n1660967

PORTUGUESES NOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO DO REGIME DE HITLER

As vítimas portuguesas nos campos de concentração do regime nazi.

Vítimas portuguesas da II Guerra Mundial
sicnoticias.sapo.pt
Na II Guerra Mundial, Portugal teve um papel neutral, mas isso não impediu que houvesse vítimas portuguesas. Não em combate, mas nos campos de concentração do regime nazi. A SIC mostra-lhe a segunda parte de uma investigação do jornal Público, que revela a identidade de portugueses vítimas do...

DA ITÁLIA...

Cerca de 30 corpos foram encontrados, esta madrugada, a bordo de um barco com imigrantes, no Canal da Sicília

Encontrados cerca de 30 corpos em barco de imigrantes no canal da Sicília
sicnoticias.sapo.pt
Cerca de 30 corpos foram encontrados, esta madrugada, a bordo de um barco com imigrantes, no Canal da Sicília, que separa Itália da costa norte de África, de acordo com agências italianas, que citam a marinha e a guarda-costeira.

DA NIGÉRIA...QUEM PÕE TERMO AO HORROR SATÂNICO?????????????

Através de TVI24:

INTERNACIONAL
Boko Haram volta a espalhar o terror
Massacre em aldeias fez pelo menos 30 mortos

Por: tvi24 / CLC | 2014-06-30 09:03

Dezenas de pessoas foram mortas em três aldeias no nordeste da Nigéria. Terão sido vítimas de ataques de grupos armados, suspeitos de pertencerem ao Boko Haram.

Os rebeldes disparam a matar contra os fiés, terão usado bombas no ataque e pelo menos quatro igrejas terão sido incendiadas.

As três localidades situam-se no estado de Borno, onde foram raptadas mais de duzentas raparigas em abril.

Pelos menos 30 corpos foram recuperados, mas há ainda cadáveres a serem retirados dos arbustos, onde as pessoas se esconderam, revela um dos membros de um grupo de vigilantes que tem tentado fazer frente à violência dos Boko Haram.

No ataque foram queimadas ainda várias casas e os sobreviventes de uma aldeia contaram já que os soldados nigerianos demoram muito tempo a reagir ao ataque e que quando chegaram ao local recusam o embate direto com os extremistas. Os soldados nigerianos terão apenas disparado «ao longe» para impedir o massacre.

A dimensão do ataque está ainda por calcular, uma vez que ainda não foi possível chegar a todas as aldeias atacadas e assim verificar a dimensão do violento ataque.

O Pensamento de UNAMUNO (1864-1936), in NET

De UNAMUNO (1864-1936), in Net

"O Solitário

O solitário leva uma sociedade inteira dentro de si: o solitário é multidão. E daqui deriva a sua sociedade. Ninguém tem uma personalidade tão acusada como aquele que junta em si mais generalidade, aquele que leva no seu interior mais dos outros. O génio, foi dito e convém repeti-lo frequentemente, é uma multidão. É a multidão individualizada, e é um povo feito pessoa. Aquele que tem mais de próprio é, no fundo, aquele que tem mais de todos, é aquele em quem melhor se une e concentra o que é dos outros.
(...) O que de melhor ocorre aos homens é o que lhes ocorre quando estão sozinhos, aquilo que não se atrevem a confessar, não já ao próximo mas nem sequer, muitas vezes, a si mesmos, aquilo de que fogem, aquilo que encerram em si quando estão em puro pensamento e antes de que possa florescer em palavras. E o solitário costuma atrever-se a expressá-lo, a deixar que isso floresça, e assim acaba por dizer o que todos pensam quando estão sozinhos, sem que ninguém se atreva a publicá-lo. O solitário pensa tudo em voz alta, e surpreende os outros dizendo-lhes o que eles pensam em voz baixa, enquanto querem enganar-se uns aos outros, pretendendo acreditar que pensam outra coisa, e sem conseguir que alguém acredite."

Miguel de Unamuno, in 'Solidão'

Poema de Guerra Junqueiro (1850-1923)

Poema de Guerra Junqueiro (1850-1923), in O Citador 

Adoração

Eu não te tenho amor simplesmente. A paixão
Em mim não é amor; filha, é adoração!
Nem se fala em voz baixa à imagem que se adora.
Quando da minha noite eu te contemplo, aurora,
E, estrela da manhã, um beijo teu perpassa
Em meus lábios, oh! quando essa infinita graça
do teu piedoso olhar me inunda, nesse instante
Eu sinto – virgem linda, inefável, radiante,
Envolta num clarão balsâmico da lua,
A minh'alma ajoelha, trémula, aos pés da tua!
Adoro-te!... Não és só graciosa, és bondosa:
Além de bela és santa; além de estrela és rosa.
Bendito seja o deus, bendita a Providência
Que deu o lírio ao monte e à tua alma a inocência,
O deus que te criou, anjo, para eu te amar,
E fez do mesmo azul o céu e o teu olhar!...

Guerra Junqueiro, in 'Poesias Dispersas'

Poema de Joaquim Monteiro (?)







Poema de Joaquim Monteiro (?), in NET

Delírio de amor…

Quem és tu…. Que me acompanhas
nesta Veneza de águas tangendo ais.

Quem és tu.... Mulher misteriosa
que na gôndola teu corpo ondeias,
serpenteando desejos em meus olhos.
Qual máscara, qual mistério te habita,
se teu coração desordenado bate,
de cada vez, que na água se precipita,
a vara timoneira da paixão.

Quem és.... Neblina de águas sibilinas,
nos canais à tona transportada,
com aromas de espadas ancestrais,
que pelos teus cabelos, se travaram
de razões, em labaredas passionais.

Quem és tu.... Que nos frescos retratada,
em palácios de mercadores anunciada,
no intimo de cada nota escutada,
de comensais amores, em oiro proclamada.

Quem és.... Num quarto de cambraia desposada
depurada de todas as mesuras, de salão,
estás agora, nua, de castiçal na mão,
à espera de despudorada noite de paixão.

Quem és.... Que me levas assim em tua gôndola
por canais de prata alucinada
deixando em cada esquina de luz coada
o fantasma de meu ser, assim tomado.

Morro em teus braços a sorrir,
afinal, depois da mascara retirada,
não és mais que a mulher lunar,
por mim sonhada e amada no delírio.

Joaquim Monteiro

2011-02-22

domingo, 29 de junho de 2014

Boa Noite, meus amigos!




através de YouTube



CADEIA COM "ELES"!!!


AS VERDADEIRAS CAUSAS DA CRISE, ABRAM OS OLHOS.www.youtube.com
RESUMO do programa Negócios da semana, O vice-presidente da TIAC, Paulo Morais, e o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público discutem o peso da corrupção em Portugal e as relações de promiscuidade
GEORGES ORWELL...UM PROFETA!
ASSIM "PROMETE" O DESGOVERNO passos-portas-cavaco...
...
através de YouTube



CADEIA COM "ELES"!!!


AS VERDADEIRAS CAUSAS DA CRISE, ABRAM OS OLHOS.www.youtube.com
RESUMO do programa Negócios da semana, O vice-presidente da TIAC, Paulo Morais, e o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público discutem o peso da corrupção em Portugal e as relações de promiscuidade entre responsáveis

MEDITEMOS, PORQUE É MAIS QUE HORA DE AGIR!!!!!!!!!!!


BPN: Quem nos andou a roubar - Reportagem SICwww.youtube.com
Reportagem de Pedro Coelho, Luís Pinto e Ricardo Tenreiro para a SIC, transmitida a 22/12/2012

vídeo de CORRUPÇÃO À VISTA DE TODOS. ACORDEM.
há 7 minutos

Através de "Corrupção à vista de todos"!

O Serviço Nacional de Saúde à beira da Extinção!
Listas de espera de oncologia estão a aumentar. SNS EM QUEDA
NESTE VIDEO DENUNCIA-SE A DESUMANIDADE QUE GRASSA NO SNS.
LISTAS DE ESPERA AUMENTAM.
NESTE OUTRO VIDEO VEJA COMO OS MÉDICOS FAZEM PARA DESTRUIR O SNS. .. AUMENTAR LISTAS DE ESPERA, CHANTAGEAR OS DOENTES, OBRIGA-LOS A IR AO PRIVADO https://... Ver mais

O Pensamento de Bertrand Russel (1872-1970)







O Desgaste da InvejaDe todas as características que são vulgares na natureza humana a inveja é a mais desgraçada; o invejoso não só deseja provocar o infortúnio e o provoca sempre que o pode fazer impunemente, como também se torna infeliz por causa da sua inveja. Em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o que os outros têm. Se puder, priva os outros das suas vantagens, o que para ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si próprio. Se uma tal paixão toma proporções desmedidas, torna-se fatal a todo o mérito e mesmo ao exercício do talento mais excepcional.





Por que é que o médico deve ir ver os seus doentes de automóvel quando o operário vai para o seu trabalho a pé? Por que é que o investigador científico pode passar os dias num quarto aquecido, quando os outros têm de expor-se à inclemência dos elementos? Por que é que um homem que possui algum talento raro de grande importância para o mundo deve ser dispensado do penoso trabalho doméstico? Para tais perguntas a inveja não encontra resposta. Afortunadamente, porém, há na natureza humana um sentimento compensador, chamado admiração. Todos os que desejm aumentar a felicidade humana devem procurar aumentar a admiração e diminuir a inveja.

Bertrand Russell, in "A Conquista da Felicidade"

HISTÓRIA DE PORTUGAL: O REGICÍDIO DE 1908







ATRAVÉS DE WIKIPÉDIA










O Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, ocorrido na Praça do Comércio (na época mais conhecida por Terreiro do Paço) em Lisboa, marcou profundamente a História dePortugal, uma vez que dele resultou a morte do Rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe, marcando o fim da última tentativa séria de reforma da Monarquia Constitucional, e consequentemente, uma nova escalada de violência na vida pública do País.



Índice [esconder]
1 Antecedentes
2 O Atentado
3 As consequências imediatas
4 O Processo
5 Os Responsáveis
6 Conclusão
7 O centenário do regicídio
8 Bibliografia
9 Notas
10 Ligações externas


Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O atentado foi uma consequência do clima de crescente tensão que perturbava o aspecto político português. Dois factores foram primordiais: em primeiro lugar o caminho traçado desde cedo pelo Partido Republicano Português como solução para a erosão do sistema partidário vigente, e em segundo lugar a tentativa, por parte do rei D. Carlos como árbitro do sistema político, papel que lhe era atribuído pela Constituição, de solucionar os problemas desse mesmo sistema, apoiando o Partido Regenerador Liberal de João Franco (que viria a instaurar uma ditadura). Desde a sua fundação que o objectivo primário do Partido Republicano era o da simples substituição do regime. Esta atitude teve a sua quota parte de responsabilidade no crime, mas os ânimos foram acirrados pelo estabelecimento de uma ditadura administrativa, por parte de João Franco, com o apoio do rei, em 1907.

O progressivo desgaste do sistema político português, vigente desde a Regeneração, em parte devido à erosão política originada pela alternância de dois partidos no Poder: o Progressista e o Regenerador, agravou-se nos primeiros anos do Século XX com o surgimento de novos partidos, saídos directamente daqueles. Em 1901 João Franco, apoiado por 25 deputados abandonou o Partido Regenerador, criando o Partido Regenerador Liberal. Em 1905 surge a da Dissidência Progressista, fundado porJosé Maria de Alpoim, que entrou em ruptura com o partido Progressista, do qual se separou com mais seis deputados eleitos pelo mesmo partido. À intensa rivalidade entre os partidos, agravada por ódios pessoais, juntou-se a atitude e acções críticas do Partido Republicano, contribuindo para o descrédito do regime, já de si bastante desacreditado devido às dividas da Casa Real.

Era esta a conjuntura quando D. Carlos se decidiu, finalmente, a ter uma intervenção activa no jogo político, escolhendo a personalidade de João Franco para a concretização do sempre falhado programa de vida nova. Este, dissidente do Partido Regenerador, solicitou ao Rei o encerramento do Parlamento para poder implementar uma série de medidas com vista à moralização da vida política. Tal pedido já havia sido antes feito ao monarca pelos líderes dos dois partidos tradicionais, mas este sempre recusara, atendendo ao princípio que o rei reina, mas não governa. Agora, no entanto, D. Carlos achou chegado o momento de intervir, depositando a sua confiança no homem que julgava à altura e encerrou o parlamento.

É evidente que o novo governo não podia ser bem recebido pelos que dele não beneficiariam, pelo que se acirrou toda a oposição, desde os partidos monárquicos aos republicanos. Estes, aos quais um renovar do sistema politico monárquico retiraria protagonismo, ou mesmo razão de ser, vão assumir uma atitude maquiavélica: Como então dizia Brito Camacho, relativamente a João Franco, "havemos de obrigá-lo a transigências que rebaixam ou às violências que comprometem". Foram eficazes os ataques pessoais, tanto a D. Carlos como a João Franco, tanto da parte daqueles, como dos dissidentes progressistas, com os quais se entenderam. Vão aproveitar a questão dos adiantamentos, logo em Novembro de 1906, visando principalmente um ataque à figura do monarca. Mobilizam-se particularmente com a questão da greve académica de 1907. O regicídio foi uma mera consequência indirecta dessa estratégia.1

Já marcadas novas eleições, e prevendo-se um resultado favorável ao partido no poder, como era costume, decidiram-se os republicanos e os dissidentes pela força, estes apoiaram indirecta ou directamente organizações secretas como a Carbonária ou a Maçonaria. Esta tentativa de golpe de estado fracassa, devido à inconfidência de um conspirador. A 28 de Janeiro de 1908 são presos vários líderes republicanos, naquele que ficou conhecido como o Golpe do Elevador da Biblioteca. Afonso Costa e o Visconde de Ribeira Brava são apanhados de armas na mão no dito elevador, conjuntamente com outros conspiradores, quando tentavam chegar à Câmara Municipal. António José de Almeida, o dirigente Carbonário Luz Almeida, o jornalista João Chagas, João Pinto dos Santos, e Álvaro Poppe contavam-se entre os noventa e três conspiradores presos. José Maria de Alpoim consegue fugir para Espanha. Alguns grupos de civis armados, desconhecedores do falhanço, ainda fizeram tumultos pela cidade.

Em resposta a este golpe, e como reflexo de um endurecer de postura por parte do regime, até aí dominado por um fair play que permitia aos republicanos intervenções livres, o governo apresenta ao rei o Decreto de 30 de Janeiro de 1908. Este previa o exílio para o estrangeiro ou a expulsão para as colónias, sem julgamento, de individuos que fossem pronunciados em tribunal por atentado á ordem pública,2 e tem sido durante muito tempo considerado como a principal causa para o regicídio. Conta-se que, ao assiná-lo, o rei declarou: ”Assino a minha sentença de morte, mas os senhores assim o quiseram.” É de notar, no entanto, que o decreto, assinado a 30 de Janeiro, só foi publicado a 1 de Fevereiro, e os preparativos para o atentado datam com certeza de antes dessa data: atente-se ao testamento feito pelo regicida Buíça, datado de 28 de Janeiro.
O Atentado[editar | editar código-fonte]



O Rei, a Rainha e o Príncipe Real encontravam-se então em Vila Viçosa, no Alentejo, onde costumavam passar uma temporada de caça no inverno. O infante D. Manuel havia regressado dias antes, por causa dos seus estudos como aspirante na marinha. Os acontecimentos acima descritos levaram D. Carlos a antecipar o regresso a Lisboa, tomando o comboio, na estação de Vila Viçosa, na manhã do dia 1 de Fevereiro. Com cuidado para que a sua já preocupada mãe não se aperceba, o Príncipe real arma-se com o seu revólver de oficial do exército. Durante o caminho o comboio sofre um ligeiro descarrilamento junto ao nó ferroviário de Casa Branca. Isto provocou um atraso de quase uma hora. A comitiva régia chegou ao Barreiro ao final da tarde, onde tomou o vapor "D. Luís", com destino ao Terreiro do Paço, em Lisboa, onde desembarcaram, na Estação Fluvial Sul e Sueste, por volta das 5 horas da tarde, onde eram esperados por vários membros do governo, incluindo João Franco, além dos infantes D. Manuel e D. Afonso, o irmão do rei. Apesar do clima de grande tensão, o monarca optou por seguir em carruagem aberta, envergando o uniforme de Generalíssimo, para demonstrar normalidade. A escolta resumia-se aos batedores protocolares e a um oficial a cavalo, Francisco Figueira Freire, ao lado da carruagem do rei.

Há pouca gente no Terreiro do Paço. Quando a carruagem circula junto ao lado ocidental da praça ouve-se um tiro e desencadeia-se o tiroteio. Um homem de barbas, passada a carruagem, dirige-se para o meio da rua, leva à cara a carabina que tinha escondida sob a sua capa, põe o joelho no chão e faz pontaria. O tiro atravessou o pescoço do Rei, matando-o imediatamente. Começa a fuzilaria: outros atiradores, em diversos pontos da praça, atiram sobre a carruagem, que fica crivada de balas.

Os populares desatam a correr em pânico. O condutor, Bento Caparica, é atingido numa mão. Com uma precisão e um sangue frio mortais, o primeiro atirador, mais tarde identificado como Manuel Buíça, professor primário expulso do Exército, volta a disparar. O seu segundo tiro vara o ombro do rei, cujo corpo descai para a direita, ficando de costas para o lado esquerdo da carruagem. Aproveitando isto, surge a correr de debaixo das arcadas um segundo regicida, Alfredo Costa, empregado do comércio e editor de obras de escândalo, que pondo o pé sobre o estribo da carruagem, se ergue à altura dos passageiros e dispara sobre o rei já tombado.

A rainha, já de pé, fustiga-o com a única arma de que dispunha: um ramo de flores, gritando “Infames! Infames!” O criminoso volta-se para o príncipe D. Luís Filipe, que se levanta e saca do revólver do bolso do sobretudo, mas é atingido no peito. A bala, de pequeno calibre, não penetra o esterno (segundo outros relatos, atravessa-lhe um pulmão, mas não era uma ferida mortal) e o Príncipe, sem hesitar, aproveitando porventura a distracção fornecida pela actuação inesperada da rainha sua mãe, desfecha quatro tiros rápidos sobre o atacante, que tomba da carruagem. Mas ao levantar-se D. Luís Filipe fica na linha de tiro e o assassino da carabina atira a matar: uma bala de grosso calibre atinge-o na face esquerda, saindo pela nuca. D. Manuel vê o seu irmão já tombado e tenta estancar-lhe o sangue com um lenço, que logo fica ensopado.

A fuzilaria continua. Dª Amélia permanece de pé, gritando por ajuda. Buíça volta a fazer pontaria (sobre o infante? sobre a rainha?) mas é impedido de disparar sobre a carruagem pela intervenção de Henrique da Silva Valente, simples soldado de Infantaria 12, que passava no local, e que se lança sobre ele de mãos nuas. Na breve luta que se segue o soldado é atingido numa perna, mas a sua intervenção é providencial. Tendo voltado o seu cavalo, o oficial Francisco Figueira carrega primeiro sobre o Costa, que ferido pelo príncipe é atingido por um golpe de sabre e preso pela polícia, e de seguida dirige-se a Buíça. Este ainda o consegue atingir numa perna com a sua última bala e tenta fugir, mas Figueira alcança-o e imobiliza-o com uma estocada.

Com os regicidas imobilizados, o zelo excessivo dos polícias presentes levou a que acabassem abatidos no local, o que dificultou as posteriores investigações sobre o atentado. Segundo alguns relatos, Alfredo Costa já estaria moribundo, mas sabe-se que Manuel Buíça, mesmo ferido, resistiu à sua apreensão pela polícia. Também vítima da polícia foi um transeunte inocente, Sabino Costa, empregado de ourivesaria e monárquico, provavelmente confundido com outro regicida oculto na multidão. De facto, o condutor, a golpes de chicote, fez arrancar a carruagem, virando a esquina para a rua do Arsenal, procurando aí refúgio. É nessa altura que um atirador desconhecido ainda consegue atingir D. Manuel num braço (segundo outras versões, o tiro de raspão atingiu-o ainda antes de a carruagem virar para a rua do Arsenal, mas esse tiro já não podia partir dos dois regicidas mencionados, já a braços com a polícia). A carruagem entra no Arsenal da Marinha, onde se verifica o óbito do Rei e o do Herdeiro do Trono. Quando o Infante D. Afonso, que havia começado a correr desde o seu carro no fim do cortejo, chegou ao Arsenal, teve como primeiro instinto acusar João Franco como responsável pela tragédia. A mãe de D. Carlos, a rainha Dª Maria Pia foi chamada ao Arsenal, onde encontrando-se com Dª Amélia lhe diz desolada: “Mataram-me o meu filho.”, ao que esta respondeu: “E o meu também.”

Julgando que se tratava de um novo golpe de estado, a população de Lisboa refugia-se nas suas casas e a cidade fica deserta. Mas as tropas permanecem nos quartéis e a situação permanece calma: o atentado não foi um sinal para o golpe, que já havia sido frustrado, antes o acto de quem ainda tinha armas na mão, porventura influenciados pela repressão que se previa da parte do governo. À noite as rainhas e o novo rei foram escoltados para o palácio das Necessidades, pois temia-se novo atentado. Depois veio a tarefa macabra de levar os corpos para o palácio, o que foi feito sentando-os em duas carruagens, como se fossem vivos, a cabeça de D. Luís Filipe tombando sobre o ombro do seu tio, o infante D. Afonso, agora o novo Príncipe Real. Não foram efectuadas autópsias, sendo os corpos embalsamados sob a supervisão do médico da Casa Real, Tomás de Melo Breyner, tarefa penosa não só pela proximidade às vitimas como também pelo estrago feito pelas balas.
As consequências imediatas[editar | editar código-fonte]

A Europa ficou revoltada com o regicídio, uma vez que D. Carlos era estimado pelos restantes Chefes de Estado europeus [carece de fontes], e ainda mais pelo facto de não se ter tratado de um acto isolado, mas sim uma organização metódica. Jornais de todo o mundo publicam imagens do atentado, baseadas nas descrições, com elementos mais ou menos fantasiosos, mas sendo sempre presente a imagem de Dª Amélia, de pé, indiferente ao perigo, fustigando os assassinos com um frágil ramo de flores. Em Londres, os jornais exibiam fotos das campas dos regicidas, cobertas de flores, com a legenda “Lisbon’s shame!”.3 É preciso não esquecer, para além do próprio carácter do acto, que se tratava de uma Europa à altura maioritariamente monárquica. No entanto, no próprio país, a reacção não foi a esperada, valendo do rei de Inglaterra,Eduardo VII, amigo de D. Carlos e do Príncipe D. Luis Filipe, a frase: “Matam dois cavaleiros da Ordem da Jarreteira na rua como cães e lá no país deles ninguém se importa!”

Após o atentado, pediu a demissão o Governo de João Franco, que não impedira a morte do Rei. De facto, à imprevidência do chefe de governo cabe a maior parte das responsabilidades pela falta de uma escolta adequada, ainda mais tendo em conta o contexto de um golpe falhado, quando civis armados ainda andariam pela cidade. João Franco sabia-se alvo de atentados planeados, mas nunca desconfiou que o ódio visava também o rei. Presidindo ao Conselho de Estado, na tarde de dia 2, com o braço ao peito e envergando o seu uniforme de aspirante da marinha, o novo rei D. Manuel II confessou a sua inexperiência e falta de preparação e pediu orientação ao conselho. Este votou a demissão de João Franco e a formação de um governo de coligação, a que se chamou o Governo "de Acalmação", presidido pelo independente contra-almirante Ferreira do Amaral. Este ministério incluía membros dos partidos Regenerador e Progressista além de independentes, e visava fazer o país voltar à normalidade parlamentar, acabando-se o governo em ditadura. De facto abandonou-se completamente a posição de força seguida por D. Carlos e pelo seu último ministério: anularam-se as medidas ditatoriais anteriormente publicadas, soltaram-se os presos politicos, amnistiaram-se os marinheiros que se haviam revoltado em 1906, e consentiu-se que se fizessem comícios republicanos em que se fazia a apologia do atentado e se considerava os assassinos como beneméritos da Pátria. Outro facto permitido foi a romagem de cerca de vinte e duas mil pessoas às sepulturas dos regicidas. O evento fora organizado pela Associação do Registo Civil, que fornecia as flores e dava além de 500 réis a cada pessoa, 200 réis a cada criança que aparecesse junto das campas.4

Esteve presente na reunião do Conselho de Estado que votou estas decisões, e do qual fazia parte, o Marquês de Soveral, embaixador de Portugal em Inglaterra, e que por acaso se encontrava em Portugal à altura. Próximo da família real, também votou pela demissão de João Franco e pelo estabelecimento do Governo de Acalmação. Quando, pouco tempo depois, reassumiu as suas funções de embaixador e se encontrou com o rei da Grã-Bretanha, Eduardo VII, também este seu amigo pessoal, o monarca britânico brindou-o com as palavras: “Então que raio de país é esse, em que se mata um rei e um príncipe e a primeira coisa que se faz é demitir o ministério? A revolução triunfou, não é verdade?" ”Foi só então", diria mais tarde o marquês de Soveral “que compreendi o erro que tinhamos cometido.”5

De facto, ao demitir-se o ministério o regime deu aos republicanos o argumento de que só eles é que tinham acabado com a ditadura. Depois da hesitação inicial, em que se chegou a propor um pacto de colaboração com o regime, cedo voltaram à carga, decidindo em congresso o derrube pela força do regime: Congresso de Setúbal, 24 a 25 de Abril de 1909.6 Esta hesitação deveu-se aos próprios conceitos do partido. Aos republicanos mais distintos, alguns dos quais ficaram verdadeiramente chocados pelo crime, o regicídio não interessava a menos que fosse acompanhado pelo triunfar da revolução. Temiam a reacção do povo rural mais conservador, e estavam cientes do desagrado da Inglaterra para com qualquer atentado à pessoa física do rei. No entanto, não podiam virar as costas aos seus apoiantes, o povo miúdo da cidade de Lisboa, já exacerbado pela propaganda republicana no seu ódio ao regime. Condenavam o acto, mas como se fosse por obrigação enquanto piscavam o olho ao povo que lhes enchia os comícios e se filiava no partido. Foi isto, mais o idolatrar dos regicidas e o recurso à violência depois da Proclamação da República, que fez incidir sobre o partido as suspeitas posteriores da autoria do crime. Independentemente da questão de autoria moral, o certo é que, face à fraca reacção, ou mesmo a falta dela, por parte do regime, os republicanos organizaram-se nos seus propósitos de o derrubar pela força, o que viriam a conseguir pela intentona seguinte, a de 5 de Outubro de 1910. É de notar que por esta altura, e não tendo nem voltado ao expediente da ditadura, nem evitado as suas costumeiras divisões, os políticos monárquicos já haviam percebido o seu erro: como consequência deste último golpe, o governo deu ao rei para assinar um decreto de suspensão de garantias, para poder lidar firmemente com os agitadores. Infelizmente para a monarquia, essa acção foi invalidada pela vitória republicana no golpe. Embora geralmente mal vista devido às associações negativas com o termo ‘ditadura’, o governo de João Franco, ou um outro do género, apresenta-se em retrospectiva como a única solução prática para a situação que tentou solucionar: basta lembrar que a Primeira República mostrou-se ainda mais ingovernável, e as únicas acções reformistas efectivamente levadas a cabo pelo novo regime tiveram lugar durante a vigência do Governo Provisório, que governou, efectivamente, em ditadura

BOM DIA, AMIGOS! BOM DOMINGO!

Bom dia, amigos!

BOM DIA, AMIGOS! BOM DOMINGO!

Bom dia, amigos!

Poema de Agustina Bessa Luís(1922- )

Poema de Agustina Bessa Luís (1922- ), in Net -comunidade.sol.pt

"Não quero cantar amores,

Amores são passos perdidos,

São frios raios solares,

Verdes garras dos sentidos.

São cavalos corredores

Com asas de ferro e chumbo,

Caídos nas águas fundas,

Não quero cantar amores.

Paraísos proibidos,

Contentamentos injustos,

Feliz adversidade,

Amores são passos perdidos.

São demências dos olhares,

Alegre festa de pranto,

São furor obediente,

São frios raios solares.

Dá má sorte defendidos

Os homens de bom juízo

Têm nas mãos prodigiosas

Verdes garras dos sentidos.

Não quero cantar amores

Nem falar dos seus motivos.*

("Garras dos sentidos"

Agustina Bessa Luis

Sobre Jacinto Prado Coelho(1920-1984), grande ensaísta português, excerto de um texto, através de cvc-camões.pt

















...







"Até 1984 não deixou nunca de se dedicar a tarefas que demonstraram sempre a sua placidez e tolerância aliadas a uma exigência de trabalho aturado e rigoroso, um lúcido e visível escrúpulo no dar a conhecer uma investigação variada que tanto privilegiava autores maiores (Camões, Garrett, Cesário, por exemplo) como autores ditos menores (João Xavier de Matos em particular e o sec. XVIII português em geral), tanto quanto autores quase desconhecidos (Matias Aires, Francisco Dias Gomes). Não há, pode dizer-se, autor ou época da Literatura Portuguesa que desconhecesse. Por isso ninguém mais capaz de harmoniosamente aliar o ensino na Universidade com atividades congéneres. Publicou textos, pouco acessíveis ao grande público, de autores do sec. XVIII, XIX e XX (cf. Bibliografia) que antecedia de cuidadosa apresentação e estudo.
Pertenceu à Sociedade Portuguesa de Escritores, de que foi Presidente até ao seu encerramento em 1965; foi codirector, primeiro, e diretor, depois, da Revista Colóquio/ Letras, da Fundação Calouste Gulbenkian, membro de várias Academias como a Academia das Ciências de que foi presidente e vice-presidente, Academia Brasileira de Letras, a Real Academia Galega, e Sociedades como a Hispanic Society, a Associação Internacional de Críticos Literários de que foi vice-presidente (e presidente do Centro Português da mesma Associação). Estas atividades não foram incompatíveis com o ingente trabalho de execução (encarregou-se de inúmeras e múltiplas entradas), coordenação e publicação do Dicionário das Literaturas Portuguesa, Galega e Brasileira, com reedições várias entre 1960 e 83, trabalho sempre em aberto, pois título e número de volumes foram, o primeiro, ligeiramente alterado e os segundos substancialmente aumentados.

Não admira que, com tão intenso e constante labor, tivesse assumido desde muito cedo a existência e necessidade da literatura como uma realidade imperiosa na sua evidência estética, ainda que multímoda e complexa. Se começou com um trabalho intitulado A Educação do Sentimento Poético (1944), o ensino da literatura não deu explicitamente azo a muitos trabalhos, mas condicionou, como pressuposto, todos os seus estudos. Privilegiou uma escrita que demonstrava, pela sua clareza, uma preocupação didática e mostrou assim que a pertinente atenção ao valor da literatura, era não só um serviço de justiça à arte a que se dedicava, mas uma função pedagógica em vista ao equilíbrio que lhe competia desenvolver. Com efeito, no capítulo de Ao Contrário de Penélope, intitulado “Como Ensinar Literatura”, desenvolve um pensamento que não deixa lugar a dúvidas quanto à sua concepção de literatura e ao modo como sempre encarou a sua responsabilidade docente: “Ler colectivamente (em diálogo com a obra literária, em diálogo de leitor com outros leitores) é, com efeito, além de prazer estético, um modo apaixonante de conhecimento [...] Não há, suponho, disciplina mais formativa que a do ensino da literatura [...] Saber idiomático, experiência prática e vital, sensibilidade, gosto, capacidade de ver, fantasia, espírito crítico – a tudo isto faz apelo a obra literária, tudo isto o seu estudo mobiliza. [...] A literatura não se faz para ensinar: é a reflexão sobre a literatura que nos ensina”. Elucidativos excertos que vêm coroar conceitos e práticas desenvolvidas durante toda uma vida.

Apesar de o sec. XX ter sido atravessado por inúmeras controvérsias acerca da literatura e das metodologias mais convenientes ao seu estudo, de posse desse conhecimento, J.P.C. manteve princípos e conceitos que orientaram o seu trabalho: a literatura como produção estética em forma de linguagem (sem que isso implicasse aderir a meros formalismos); a literatura como organismo desenvolvido em sistemas - os géneros, por exemplo - sem que isso implicasse a redução da leitura a esquemas sistemáticos; a possibilidade de múltiplas aproximações à literatura e portanto a aceitação de metodologias diversas não exclusivas.

Classificava a sua leitura crítica do texto literário como “leitura imanente” (termo comum no sec. XX em teorias advogadas quer pela Estilística, quer pelo, assim designado, New Criticism, quer pelo Formalismo Russo) o que correspondia a uma consideração da obra literária enquanto tal, e não enquanto documento social ou biográfico, embora considerasse que o conhecimento do autor, da sua biografia, do seu enquadramento cultural, ajudava a essa leitura. Na apreciação e análise dos textos literários reconhecia (como quase inevitável) a qualidade de constituirem um todo coerente e uno. A propósito de Fernando Pessoa, por exemplo, afirmava no prefácio que antecede o estudo que lhe dedicou: “a própria diversidade [...] vale como expressão dramática de identidade”.[...] “expressão dramática” é já em si uma forma de expressão, implica uma representação cénica, a certeza de que a expressão literária (ou poesia) não existe senão em forma de”. Por outras palavras, a coerência e unidade da obra com valor estético não se opõe a uma ambiguidade e fluidez significativa. Ou ainda, a complexidade da literatura é inerente à sua própria condição estética de ser linguagem; sem que, no entanto, essa condição obrigue a um absoluto caráter intransitivo da literatura – o seu ensimesmamento – ou se torne o caminho para uma leitura desconstrutiva que o seu tempo não chegou a conhecer como prática metodológica.

sábado, 28 de junho de 2014

A Administradora do blog lusibero.blogspot.com está no FACEBOOK, na página https://www.facebook.com/mariaelisa.ribeiro.75



https://www.facebook.com/mariaelisa.ribeiro.75--




O Blog lusibero.blogspot.com no FACEBOOK




https://www.facebook.com/mariaelisa.ribeiro.75

MEUS AMIGOS: O BLOG lusibero.blogspot.com acaba de ultrapassar o lindo número de 135000 visitantes! A todos os amigos, o meu "muito obrigada!"









AMIGOS: o meu blog http:// lusibero.blogspot.com-acabou de ultrapassar os 135.000 visitantes!
Obrigada a todos os que têm contribuído para este número lindo!

Visualizações de páginas de hoje
112
Visualizações de página de ontem
254
Visualizações de páginas no último mês
6 670
Histórico total de visualizações de páginas
135 015
Não controlar as suas próprias visualizações de página


GostoGosto · · Promover · Partilhar


QUANTOS ANOS TEM A LÍNGUA PORTUGUESA?
E assim fica feita a homenagem que nós, comunistas, devemos à bela língua portuguesa, que na verdade só poderá ter nascido de um poema de amor e não da certidão de óbito de um obeso.
Uma língua que nos cumpre defender hoje com unhas e dentes, livrando-a do garrote do chamado novo acordo ortográfico, imposto por um vende-pátrias denominado Sócrates, do mesmo partido que nos vendeu aos alemães.In http://www.lutapopularonline.org/index.php/pais/104-politica-geral/1166-quantos-anos-tem-a-lingua-portuguesa?showall=1&limitstart

QUANTOS ANOS TEM A LÍNGUA PORTUGUESA?
Por iniciativa do deputado Ribeiro e Castro, do CDS/PP, e subscrito por inúmeros académicos da língua, literatura e cultura portuguesas das universidades dos países da lusofonia, conjuntamente...
LUTAPOPULARONLINE.ORG|DE LUTA POPULAR

DE PORTUGAL...MAIS UMA TRISTE NOTÍCIA!




Notícias ao Minuto - Portugal na rota do tráfico de crianças com destino à Europa
www.noticiasaominuto.com
Nos últimos quatro anos, foram sinalizadas em Portugal 95 crianças vítimas de tráfico humano, na sua maioria trazidas por uma rede sediada em Luanda, que já está na mira das autoridades portuguesas e angolanas, noticia o Expresso.

De Portugal...

A selecção portuguesa de futebol chegou esta manhã a Lisboa, após ter falhado a qualificação para os oitavos-de-final do Mundial2014, tendo contado com o apoio de algumas dezenas de pessoas no aeroporto da Portela.

Passava pouco das 06h15 quando a comitiva lusa surgiu na porta VIP do aeroporto da Portela, onde já estavam perto de 40 pessoas, que madrugaram para verem e saudarem os atletas que estiveram no Mundial, ainda que fossem igualmente audíveis algumas vozes dissonantes, a criticar o desempenho da selecção na prova.

Já sem Fábio Coentrão, os 22 jogadores que terminaram a competição aterraram em Lisboa, surgindo cabisbaixos e retribuindo timidamente as saudações das pessoas ali presentes. "É sempre bom receber o carinho dos portugueses. Saímos com um sabor amargo, mas demos tudo", afirmou o avançado Éder aos jornalistas, enquanto o extremo Varela garantiu que a selecção já pensa na qualificação para o Euro2016.

foto de Correio da Manhã.
há 9 minutos

Eu bem dizia, aqui há tempo....!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Monumentos portugueses para arrendamento.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/cultura/monumentos-portugueses-para-arrendamento

#CMjornal
União Europeia: Quem é Jean-Claude Juncker?

Quem é Jean-Claude Juncker?
www.jornaldenegocios.pt
Decano dos líderes europeus, Jean-Claude Juncker esteve 18 anos à frente do pequeno Grão-Ducado do Luxemburgo. É, a par de Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças da Alemanha, o único político da União Europeia ainda em funções que assistiu ao nascimento do euro em...
De Pe Vieira (1608-1697), in O Citador

Em Portugal cada um Quer Tudo

E quando os homens são de tal condição, que cada um quer tudo para si, com aquilo com que se pudera contentar a quatro, é força que fiquem descontentes três. O mesmo nos sucede. Nunca tantas mercês se fizeram em Portugal, como neste tempo; e são mais os queixosos, que os contentes. Porquê? Porque cada um quer tudo. Nos outros reinos com uma mercê ganha-se um homem; em Portugal com uma mercê, perdem-se muitos. Se Cleofas fora português, mais se havia de ofender da a metade do pão que Cristo deu ao companheiro, do que se havia de obrigar da outra metade, que lhe deu a ele. Porque como cada um presume que se lhe deve tudo, qualquer cousa que se dá aos outros, cuida que se lhe rouba. Verdadeiramente, que não há mais dificultosa coroa que a dos reis de Portugal: por isto mais, do que por nenhum outro empenho.
(...) Em nenhuns reis do mundo se vê isto mais claramente que nos de Portugal. Conquistar a terra das três partes do mundo a nações estranhas, foi empresa que os reis de Portugal conseguiram muito fácil e muito felizmente; mas repartir três palmos de terra em Portugal aos vassalos com satisfação deles, foi impossível, que nenhum rei pôde acomodar, nem com facilidade, nem com felicidade jamais. Mais fácil era antigamente conquistar dez reinos na Índia, que repartir duas comendas em Portugal. Isto foi, e isto há-de ser sempre: e esta, na minha opinião, é a maior dificuldade que tem o governo do nosso reino.

Padre António Vieira, in 'Sermões'
De Victor Hugo (1802-1885), in Pesquisa Google

O Sofrimento do Hipócrita

Ter mentido é ter sofrido. O hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. O odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpétuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjôo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. 0 verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se. O traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. O hipócrita é um titã-anão.

Victor Hugo, in "Os Trabalhadores do Mar"

Poema da nossa Florbela Espanca

De Florbela Espanca (1894-1930), in Net

Perdi os Meus Fantásticos Castelos

Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!

Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!

Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...

Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Tema(s): Ilusão

CONTRA MAIS UMA "CARGA" DE IMPOSTOS SOBRE PENSIONISTAS E APOSENTADOS DO ESTADO!

Através do Grupo "APRe!"

«Deputados do PCP e do Bloco de Esquerda e do PEV entregam hoje no Tribunal Constitucional um pedido de fiscalização sucessiva do aumento das contribuições para a ADSE, que entrou em vigor em Maio», enquanto o «dirigente do PS João Proença afirmou a "clara oposição" do partido à medida, mas considerou que mais do que um problema de constitucionalidade, "é uma questão de imoralidade"».

PCP, BE e PEV entregam hoje no TC pedido de fiscalização dos aumentos da ADSE
Deputados do PCP e do Bloco de Esquerda e do PEV entregam hoje no Tribunal Constitucional um pedido...
JORNALDENEGOCIOS.PT