domingo, 30 de janeiro de 2011

NOTA LITERÁRIA-A POESIA TROVADORESCA

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NOTA LITERÁRIA

A lírica trovadoresca
Foi na região Galaico- Portuguesa que se assistiu, entre os séculos XII e XIV, ao despontar de um maravilhoso movimento poético que se denominou como POESIA TROVADORESCA, porque cultivada por TROVADORES.
Ora, como se sabe, o homem sentiu, desde sempre, a necessidade de manifestar os seus sentimentos e emoções, através de uma linguagem especial, organizada com ritmo, de modo a poder ser cantada.
A POESIA TROVADORESCA, como manifestação dos mais variados sentimentos e vivências, é constituída por centenas e centenas de POEMAS aos quais foi dado o nome genérico de “CANTIGAS” : CANTIGAS DE AMIGO, CANTIGAS DE AMOR e CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER, precisamente porque se transmitiam através do canto.
É fácil de imaginar que o povo, naqueles tempos, era todo analfabeto e foi pelo canto que, de geração em geração, elas foram passando de boca em boca, cantadas nas romarias, nos arraiais, nas festas, nos trabalhos caseiros e não só.
Na Idade Média, toda a vida das populações se fazia em função do castelo do senhor feudal e da igreja. A nobreza, por sua vez, de formação guerreira, procurava defender, com as armas, as suas terras e o Poder; o clero mantinha uma certa ordem estabelecida e procurava difundir os valores religiosos e as normas de conduta social. Era o Povo, a terceira classe social, quem cultivava as terras, engrossava os exércitos do senhor e fazia tudo quanto fosse trabalho manual. Mas era dominante na vida medieval a componente religiosa. Podemos e devemos dizer que a sociedade da Idade Média era regida pela ideia teocêntrica de que DEUS era o centro de todas as coisas e de que a vida, na terra, nada mais era senão um difícil e penoso caminho para chegar ao ALÉM. DAÍ, se repararmos, a enorme quantidade de igrejas, mosteiros, catedrais, conventos…em honra do divino. A arte das construções era como que um meio e um modo de purificação do homem, relacionado com a religião. É claro que era também um modo de o clero e a nobreza dominarem o povo ,que era obrigado a prestar vassalagem, de um modo ou outro, aos senhores da sociedade…Isso permitiu, de certo modo, uma espécie de estabilidade ao território europeu.
Floresceu o comércio, as normas de cavalaria, defendia-se o nome da mulher, deram-se as Cruzadas e espalharam-se culturas entre os reinos. Destacava-se a Região da PROVENÇA e o território GALAICO-PORTUGUÊS.
Ao que se sabe, quase todas as literaturas se iniciam por obras em verso. A nossa região não foi excepção. São escassas as informações sobre os dados biográficos dos autores da primeira grande forma lírica europeia: precisamente as CANTIGAS TROVADORESCAS! O gosto de fazer poesia alastrou, um pouco por toda a parte, até porque, naturalmente, as pessoas tinham que se divertir nas feiras, festas e arraiais. São muitos os trovadores directamente ligados à corte portuguesa, sobretudo no tempo dos reis D.Afonso III e D.Dinis, ele próprio um trovador.
A característica fundamental das nossas CANTIGAS DE AMIGO é o PARALELISMO, que as tornou especialmente estudadas, desde sempre, pelos mais ilustres historiadores da LÍNGUA.
As cantigas trovadorescas foram, com o tempo, sendo recolhidas por especialistas, em quatro grandes CANCIONEIROS: CANCIONEIRO DA AJUDA, CANCIONEIRO DA VATICANA, CANCIONEIRO DA BIBLIOTECA NACIONAL e CANCIONEIRO DAS CANTIGAS DE SANTA MARIA, este da autoria de AFONSO X, avô de D.DINIS, dedicado, principalmente, a NOSSA SENHORA.
Fico-me, hoje, por aqui. Em próximas oportunidades, referir-me-ei a cada tipo de CANTIGA.
MARIA ELISA

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

POEMA:DÓI-ME O SOL....

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DÓI-ME O SOL…



Acordei no centro do meu mundo…
No meio de uma madrugada
De nevoeiro profundo…
Escorria o orvalho, das verdes folhas do bosque…
…caia nas minhas mãos,como o choro dos meus olhos
Marejados de desgosto…

Irrompe o SOL das encostas,
Expostas aos laivos quentes
Do indiferente ASTRO-VIDA!

Move-se a VIDA; despertam os insectos,
As aves…os duendes da magia!

Molho a saia, ao percorrer estes ares de alegria,
Que contrastam com a tristeza da melancolia
Dos relvados molhados…

Erva encharcada, colinas a rolarem
Procurando a luz do SOL…
Pedras de musgo cobertas
A secarem entreabertas…
E o frio da manhã a lamber
Minhas feridas encobertas!

Procuro no meu caminho,
Saudades que aqui deixei…
Procuro o absurdo da Infância que não FOI!
Mas o teimoso nevoeiro
Que por aqui paira rasteiro
Por cima deste relvado,
Escondeu o que É PASSADO!

Cheira-me a NATUREZA pura,
A ervilhas-de-cheiro, a erva-doce dos campos,
A salgueirinha dos montes…
MAS/…
Falta-me o odor de ti,
…aqui…onde choro minhas dores
No chão molhado…tão duro…

Oiço o teu riso ,de ENTÃO…
Sereno, alegre, convicto…

Adoro este cheiro a nevoeiro
Que já não vês,
Mas que me fala de ti
Da verdade do teu cheiro…

Sabes? Os ramos das árvores conseguiram
Entrar pelas janelas da velha casa do nevoeiro…
…querem esconder as verdades e murmurar
Histórias do amor primeiro…

As folhas soltam das VIDA correm
Pelos espaços vazios de nós,
Com a força do Vento matreiro…

DÓI-ME o SOL…
DÓI-me a luz do nevoeiro…
DÓI-me a SAUDADE do TEMPO INTEIRO!

Do fundo do corredor
Lanço um outro olhar à dor…
…………………………….
…………………………….
E corro para te saudar,
Se saíres do nevoeiro, amor…

O SONHO AMORDAÇADO galopa léguas sem fim…
EU SEI QUE NÃO VENS PARA MIM…


C9J-14- (mod 46) - Jan./011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

POEMA: ALMA PEREGRINA...


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“ALMA PEREGRINA…”


Vermelho ofuscante: é a cor do Astro-Rei
Que cai por detrás das rochas erectas
Do deserto traiçoeiro onde o Ocaso
É deslumbre passageiro…

Dunas distantes de areias planas
Na viagem do caminheiro,
São natural abrigo da vida que a noite desértica
Esconde, na tenda do beduíno,
Abrigada do frio da noite…

Minh’alma peregrina descansa,
Acarinhada pelo deleite da seda amistosa
Em que poiso a face, curiosa…

( Silêncio fulcral!
Paz ímpar no areal…)

E sonho guerreiros destemidos, aparando os vendavais…
Traiçoeiros elementos nesta paz, sem igual!

Noite gélida!
Areia molhada vidrada endurecida
Por um orvalho anormal…
Cavalos possantes gemem baixinho
Dando à vida o ar de um momento especial…

Estrelas cintilantes dançam no céu do deserto,
Num desvanecer atento ao frio fragor do orvalho!

Os meus sentidos vivos vibram
Ao som de um rubro imaginar…
O contacto dos pés com a alma fria do sentir,
Deixa-me ver que a vida está a SOFRER!

Momento mágico!
-diferente do desfecho trágico
Do REI de Álcacer-Quibir…

Tempos tão idos, vindos ao meu encontro!

É o chegar de desfechos inesperados
Na memória daquela outra história que atingiu
Antepassados, presentes, vivos, desabridos, descontentes!
OUTRAS GENTES…

Do outro lado do Mundo,
Toda a vida, num segundo, desperta,
Numa floresta…

(Viajo depressa no Tempo, cavalo da minh’ilusão!)

Galgo montanhas tamanhas altivas
Que fazem recear o amanhecer…

Poiso, por fim, perto do ninho da águia,
Atenta astuta sábia
Que entende o meu “acontecer”…

(MAGIA-NA-VIGIA-DO-MEU NOVO DIA!...)




C7G -3/25 – NOV/09

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Reeleição de Cavaco Silva...Que novidade????

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Já se presumia que Cavaco fosse ganhar a reeleição...Os portugueses são assim...não aprendem...

Esperei ,pacientemente, que sua EXª fizesse o "discurso da noite dos Óscares".

Espantoso, no mínimo, o seu dirigir-se às "massas": ganhou "numa grande vitória" ,como ele disse! Reparem que a abstenção se cifrou na casa dos 53%!a maior de todas em qualquer tipo de eleições, em PORTUGAL, desde sempre!e assim sua Exª sentiu-se "um reizinho" de todos os portugueses!
Não, amigos, não me enganei ao dizer "reizinho"...pois, na realidade, vistas as contas com o nº de eleitores dos restantes partidos, a reeleição, descontando a abstenção, fica-se ali pela faixa dos 25 a 28%...

Chocou-me o discurso; primeiro, pelo triste e aberrante conteúdo; segundo, por o reeleito não ter permitido perguntas a ninguém, muito menos aos jornalistas que, em democracia, têm o dever de explorar as situações ao ponto de esclarecer o povo!
Atitude inqualificável, prepotente , autoritário e convencido, o tal discurso foi, sobretudo, um aviso do que pode vir a ser a sua segunda magistratura!
há que referir o "aviso" aos jornalistas, num tom de autoritarismo que não se viu na sua primeira eleição, em 2006!
Um discurso de rancor e vingança contra quem deu conta dos problemas da sua vida particular, que foram surgindo da boca dos outros candidatos, sem que sua exa se dignasse explicar o assunto das acções e da casa no Algarve...Um discurso de aviso à liberdade de imprensa, bem à moda de sócrates,que deve pôr de sobreaviso os homens da Comunicação Social...O "reizinho", agora, está cheio de genica, pois já foi reeleito , não voltará a ser eleito e, por conseguinte, nada tem a perder!
Em 2006, o discurso era de santidade, consenso cínico, porque ele já pensava em concorrer de novo, no momento oportuno.

"EU SOU O PRESIDENTE DE TODOS OS PORTUGUESES!"Presidente de todos os portugueses?Está enganado, sr. dr. CAVACO...Eu e mais 53% de portugueses não votámos em si!
No entanto, como é dever de uma cidadã do eleitorado de esquerda( e de direita, também!)vossa EXº terá de mim o respeito que nos deve merecer o mais alto representante do país! é que eu lembro-me da alegria que senti em 25 de Abril , de 1974, como me lembro do júbilo do povo logo no 1º de Maio, todos juntos em COIMBRA , ao lado de japoneses e outros estrangeiros, que nem sabiam o que estávamos a comemorar!...Nas outras terras, de norte a sul do país, havia -ainda! trabalhadores...Hoje, fruto do fecho das fábricas, dos períodos de crise, que ,em PORTUGAL, é sempre pior que no resto da EUROPA, dos planos do governo para roubar cada vez mais dinheiro aos pobres, para pagar os erros do governo e dos corruptos...
ainda haverá trabalhadores a comemorarem o 1º de MAIO????

Não, SR. PRESIDENTE, não esqueço o seu "discurso de rancor, na vitória, porque V.EXª dividiu os portugueses, quando o dever de um homem no seu caso deve ser de unir a sociedade...

Falaremos , novamente...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

POEMA: RÉDEAS SOLTAS...

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RÉDEAS SOLTAS…




Imponente cavalgar…
Os nobres animais rasgam a planície
no seu veloz caminhar
olhos fixos no ponto que não marca distâncias
no tempo.vão ao INFINITO.

Cinzentos, belos, possantes.
Crinas ao vento que corta os elementos,
rasgam velozmente os campos desertos.
Ancas fortes, cheias, possantes.
. Pernas longas, elegantes….
Um TODO DE PERFEIÇÃO!

Cavalgam para a distância que os separa
…do seu MOMENTO-ÂNSIA…

Despertam meu coração num refulgir
de um frenesi louco…de ti, amor,
que fui sorvendo…pouco a pouco…

Como eles,- imponente!-
perdes-te pelas vielas do meu corpo.
PLANÍCIE DO TEU DESEJO.
…Rouco respirar
afaga minha seda a DAR…………
……..CAVALO LOUCO….
.ofegante.cavalo louco!!!!!!!!
…e DOU TUDO!
…que não é pouco…
***SOU EU
***MEU SER!
INTEIRO……………..
…A ARDER…sem hesitar!

RELAXADO.
Toma-me…
Outra vez
Outra vez
Outra vez….

No céu, fundem-se as estrelas………………
Na TERRA , fundimo-nos nós no silêncio
da planície, onde nobres cavalos relincham!

Ouve minha voz.
Toma meu refúgio.
Cobre-me…tenho frio!
Desapareceu meu vazio
Pois tudo de ti é MEU…
Minhas vias de calor, fortalecidas pelo vigor
do teu sangue fervente,
…esperam tua boca
_ qual planície louca
por semente sã!-

Teus beijos quentes vivem em mim…
…assim-dádiva
…assim-pedaço de TI…
…cavalo meu ofegante…TU!

Dou-te meu olhar-sentir,
a tocar teu peito ardente…

NÃO CONSIGO REPOUSAR, AO LADO DO TEU AMOR………..



Maria Elisa Ribeiro
C9I-6 ( mod) 37/ OUT/010

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011




“PARTIR”…


Pego em memórias de mim
Com um especial jeitinho
E vou-me…
Para onde, afinal?
Não o sei!
Só sei que preciso
De partir,
Para, um dia, poder chegar.
Onde?
Não o sei!
Sei só que quero partir
Para, um dia, voltar!








Cad.4D-114-Junho/08

"LUSIBERO" FEZ DOIS ANOS!

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Com as preocupações do dia a dia, com outras ocupações, com períodos de doença e desalento, a verdade é que o meu blog foi crescendo até chegar ao nº de visitantes e seguidores que hoje o enriquecem!
Sinto-me satisfeita com o que tenho feito por o valorizar! Descurei um pouco as idas aos outros blogs, por falta de tempo, pois continuo a ser PROFESSORA DE PORTUGUÊS, noutro contexto.
Enriqueci a minha maneira de estar na vida, estando em várias associações que se preocupam com o minorar o sofrimento alheio, redobrei o ritmo de escrita da minha POESIA, entrei no FACEBOOK...Tudo experiências ricas, mas que roubam tempo...Tenho estado a revisitar os meus amigos...e chegarei, aos poucos, a comentar-vos, novamente!

Quis tentar fazer um "selo comemorativo", mas os meus conhecimentos ainda não são suficientes...
Mando-vos um beijo, a todos, sem excepção!- pois todos me merecem respeito, consideração e carinho!

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro

sábado, 15 de janeiro de 2011

Resumo das impressões da semana ...política e não só...


Têm sido férteis em notícias, os dias que preencheram esta semana, que hoje finda.
Como é impossível lembrar tudo, fiquemos pelas que mais me marcaram:


a)José Mourinho ganhou mais um merecido prémio.E não foi um prémio qualquer, como nunca o foram os que tinha ganho antes: que se roam de inveja os mesquinhos, mas foi o PRÉMIO DE MELHOR TREINADOR DE FUTEBOL DO MUNDO!Pelo Prémio, por todos os prémios, pela dignificação do nome de PORTUGAL, tão em baixo na memória do mundo, saúdo o nosso homem.Senti-me cheia de ardores patrióticos ao ouvir O SEU DISCURSO DE AGRADECIMENTO ,EM PORTUGUÊS, LÍNGUA-PÁTRIA! LÍNGUA DE CAMÕES QUE OS ANALFABETOS DA CULTURA querem fazer desaparecer por trás de um obscuro, no mínimo!,ACORDO ORTOGRÁFICO!
VIVAM MOURINHO E A LÍNGUA PORTUGUESA!

b)-A morte do cronista social Carlos Castro, num hotel de NOVA IORQUE, tem feito vender jornais e revistas,numa demonstração de "voyeurismo", sem par!A tragédia dos NADAS que fazem os TUDOS ,de certas vidas!
Que a justiça actue, como deve actuar, procurando a verdade!Nem contra ,nem a favor ,seja de quem for...Apenas...JUSTIÇA!

c)-Notáveis as loucuras verbais e presenciais de sócrates ,a ver se salva o que já não tem salvação: a desgraça em que pôs este pobre país, transformado num lodaçal da idade média!
No momento em que, PAUL KRUGMAN, Prémio Nobel da ECONOMIA, vem dizer aos portugueses e à EUROPA, que é ruinosa a venda da dívida pública portuguesa, sócrates, o pequeno "iluminado", salta da sua pequenês, vaidade e mediocridade, para achar um sucesso o que os grandes cérebros vêem como ruína do país!
Ignomínia de um alegado louco arrogante, versus a sabedoria de um gigante coerente!
E cavaco Silva...lá vai andando , a correr para apanhar o combóio para BELÉM...

d)Campanha eleitoral ao rubro, com acusações de todos contra todos, doa a quem doer, que isto é a valer!não há novidades quanto ao retirar o país da miséria, a não ser o convencimento e "as verdades" de cada um, com o atirar de "bosta" constante aos dizeres dos outros! Vergonha nacional!
Lembram-se do sorriso angélico de CAVACO nas primeiras presidenciais, com falinhas de consenso ,de amor ao povo e à verdade da cooperação governativa?Pois...isso foi parra que deu uva...deu-lhe um mandato de 5 anos...como presidente da república das bananas e "dos bananas"...
Afiados os dentes para concorrer ao segundo mandato, que parece "que já cá canta", o homem até já ameaçou usar a "bomba atómica" da política portuguesa, que é a dissolução da assembleia da república! Assim ,matará dois coelhos de uma cajadada só! vai ele para a presidência e prepara o caminho para eleições legislativas, para que os seus amigos das grandes empresas e seus ex-ministros, tenham uma fatia do bolo em que este pobre país está transformado! Fala ele de experiência...de que lhe valeu a experiência e o tanto SABER, nos anos em que sócrates desbaratou a riqueza do país?
O seu é um discurso de meter medo ... de rancor...! porque deixou, voluntariamente, o "sucialismo" dar cabo das esperanças dos portugueses!Não acredito nele ,nem em nenhum outro! Quem nos vai devolver os salários que nos estão a roubar para pagarem as dívidas dos ladrões do BPN e BPP?
Quem vai devolver a dignidade do emprego aos milhares de desempregados que estes tipos provocaram?
Descrédito nacional de que se estão a aproveitar os "sarkozys" e as "MERKEL" da EUROPA rica, já com a vontade de purificar o EURO deitando de lá para fora "os novos romenos indesejados...os portugueses ,pobres e de mãos estendidas!
MEUS amigos: mais não digo, por agora...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

POEMA: LOUCURA...


Ouso desejar-te...

...desejo-te, ousando!



Fixo os olhos em teu corpo

sem púdicos impedimentos,

querendo viver tormentos

na ânsia de o apertar!



Passo as mãos pela beleza

exposta ao meu olhar...

Sinto-te tão frágil

pendente deste ousar!

Beijo-te os olhos cerrados

(em atitude de esperar)

descansados , confiantes...

Enovelo os teus cabelos

com os dedos escaldantes

tal fossem já teus amantes...

Percorro os teus segredos

-perdidos que estão os medos!-

Ansiosa...tresloucada...morrendo um pouco...

...mais e mais a ti pegada!

respiro-te com minha boca...

...mais ansiosa e mais louca...



Rápido,

na minha mão vibra o teu coração,

fornalha ardente, tão quente...

que entramos em comunhão!



E no palco deste amor

que me dás e eu te dou,

nada é mais natural

que o fogo que advém

de um orgasmo divinal!



Tua voz viril ,

sussurra palavras loucas...

sem-nexo-com-nexo...

perdidas de atrevidas

ao viverem nosso sexo!



Transpiro de perdição!

Perco-me nas tuas mãos!

Não te dou o coração...tenho que o manter guardado

para voltar a amar-te...assim...a suar-te...



Minnha boca apanha a tua

no paladar de teu corpo...

E vibras...

Não...não, amor ,não te levantes!

Vou voltar para me enroscar,

no teu corpo a rebolar

no meu... a desejar recomeçar...

Nunca fui folha caída!

Sinto-me com nova vida...

...a que acabaste de DAR-ME!



Só não quero mais SONHAR

O QUE ACABO DE VIVER...



C10J-11/(MQC)-JAN/011

Maria Elisa Ribeiro

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Um "cheirinho "de LITERATURA: AQUILINO RIBEIRO

FOTO DO GOOGLE
São tantos “os monumentos literários” da nossa história das Letras, que se torna difícil escolher um deles, em momento oportuno. Hoje optei por Aquilino Ribeiro (A.R.) pelo que este escritor nos pode dar de riqueza da acentuação, pontuação, uso das linguagens popular, familiar e gírias, nomeadamente.
Ler A.R. é ver o povo nas suas mais genuínas tradições, usos e costumes. Mas também na boa dis posição que lhe vai começando a faltar, nos dias de hoje!
O escritor Fernando Namora referia-se a A.R. como “aquele jovem que trouxera a província para a cidade”. A verdade é que A.R. soube, como poucos, levar por caminhos difíceis a valorização da nossa literatura, em todos os planos. A sua criação literária, expressa em romances como: “O Malhadinhas”, “Terras do Demo”, “Andam faunos pelos bosques”, “A casa grande de Romarigâes ”, “Quando os lobos uivam”, etc., dão-nos um panorama de genuíno amor pelas nossas terras e pelas características ímpares do povo oriundo da alta montanha, que, apesar de toda a modernidade, é o que ainda somos.
Aquilino lê-se, às gargalhadas, o que é salutar! Da obra”Terras do demo”, retirei um pequeno extracto, na página 123 de uma edição de 1973, do Círculo de leitores:”Quinze dias esteve com os pés para a cova; fez-se branco como a cal, depois verde, tornou a pintar de vermelho…a beber umas colherzinhas de leite, mas resulho nem à fina força lhe passava nos gorgomilos…ora chorão, ora raivoso… (…). E, na página199, a respeito de heranças, do morto ainda com os ossos quentes, “…ainda o corpo não fora removido para o celário e já os herdeiros… faziam uma matinçada de cães famintos…”Padre Vieira, no século XVII, num dos seus sermões, trata este tema das heranças e dos desentendimentos dos herdeiros, de um modo mais moralista sem deixar de ser irónico.
O que mais impressiona quem lê A.R. é o seu amor contagiante pala Natureza, em todos os seus extremos, cuja beleza ressalta das palavras do escritor, no sangue vivo da raça portuguesa.
Homem instintivo, nascido e criado na região de Sernancelhe, louvou de um modo, por vezes pagão, a beleza e naturalidade do mundo serrano. Partilhou, com Teixeira de Pascoaes e António Patrício as doutrinas da Saudade, proclamadas na revista “SEARA NOVA”, ele que, por força das divergências políticas com o regime salazarista, várias vezes esteve preso e várias vezes, também, fugiu da cadeia, fazendo ao regime aquilo que ele considerava “o manguito político”.Observador atento da realidade social, pôs sempre em contraste a conduta da gente simples, por vezes ingénua, com a dos trampolineiros da hipocrisia e da mentira do subir na vida, a qualquer custo.
Em “O Romance da Raposa”, perfeito e acabado exemplo do que acabo de afirmar, A.R. compraz-se em demonstrar, por meio das ladinices da “rapozeta”, como procedem na vida todos aqueles que, por meio de truques, procuram e conseguem! suplantar os sérios e honestos, com as suas falinhas mansas. Este romance é, todo ele, uma metáfora da vida!
No romance “A Grande Casa de Romarigães”, riquíssimo em textos de verdadeira prosa poética na descrição de paisagens naturais, repare-se como A.R. começa a descrever o nascimento da floresta:”O vento, que é um pincha-no-crivo devasso e curioso, penetrou na camarata, bufou, deu um safanão… (…) Também ali perto, por uma tarde fosca de Outono, chegou um gaio, voejando de chaparro em chaparro, a grasnar mal-humorado…trazia no bico uma bolota. Dispunha-se a comer a merenda bem amargada, quando deu com os olhos no mariola do vizinho com quem bulhara na Primavera por causa da gaia, hoje sua mulher.”
Puras mimésis, animismo de uma Natureza que enche a alma, onde transparece a mesma técnica de Torga no amor por tudo quanto mexe, no bosque.
Nas obras “Mónica” e o “ Arcanjo Negro”-que estiveram proibidas até 1947- Aquilino envereda por uma crítica velada ao regime salazarista, através de Metáforas como “más estrelas” ,”negrume” e onde até mesmo o verbo “envelhecer” remete para o negrume que era, já no seu tempo ,o regime de Salazar. Nestas obras nota-se um certo pessimismo histórico, como se não houvesse nada que levasse um intelectual a ter esperanças de mudança. Infelizmente, só em 1974 se deu a ansiada reviravolta…
Para terminar esta simples abordagem da estética aquiliniana, gostaria de dizer que, em qualquer época da vida literária portuguesa, os escritores e outros intelectuais estiveram em consonância com as realidades do país; no entanto, nunca “há bela sem senão...!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

REFLEXÕES: PELA NOITE DENTRO…


Lareira acesa…Meia noite, quase…
Num recanto de beleza ímpar, frente ao fogo que me aquece, na intimidade do meu pijamazinho verde-escuro, desdobro-me em meditações à medida da necessidade expressa das Emoções. Sinto o calor das achas acesas e vejo, em cada chama fulgurante, um momento de tensão.
Oiço, na TSF, a música suave do “OCEANO PACÍFICO”…
Não é música clássica…é música que alegra a noite!
Ali, do outro lado da sala, estão SCHUBERT, BACH, DEBUSSY, MOZART…Sabem que conto com eles, no momento aprazado…
Assim, só…vêm-me à cabeça, por força dos comandos naturais da Emoção, pensamentos que trato por “tu”, nos momentos de solidão. São reflexões…são dramas do meu interior postos a nu, problemas íntimos para os quais conto com a “solene” companhia do meu gatão, o meu “PISCO”, um dos ditos animais sem inteligência, que, confortavelmente espraiado pela carpete, vai dormitando, quentinho também, em cima dos meus pés, que lhe dão a certeza da minha presença mística.Lembra-me o” reverendo BONIFÁCIO” do clã MAIA, da obra”OS MAIAS”, de EÇA DE QUEIRÓS…
Pego nele, de quando em vez, afago-lhe o pelo grosso, ele sente-se regalado e regala-me a vista e o coração…Por momentos, esqueço a terrível solidão…Mas depois, parto para a aventura do meu passeio interior dissertando sobre os momentos menos alegres, ao sabor do silêncio da noite na minha casa, que transpira as minhas inquietações.
Amo, apesar de tudo, estes momentos de solidão, que a música da noite me proporciona ao sabor das ondas da rádio…
Apaguei o PC, desliguei a NET onde pululam tantas outras almas sós, que se acalmam, tão pobremente, com uns ursitos e uns beijitos que lhes vão mandando os seres virtuais, em que acreditam…
Estava a ler C.DRUMOND DE ANDRADE… (…) “A FEDERICO GARCIA LORCA”-“sobre teu corpo, que há dez anos/se vem transfundindo em cravos/ de rubra cor espanhola/ aqui estou para depositar/vergonhas e lágrimas. / (…)”
Mas acabei com esta tarefa! Decididamente, quero que o mundo, para o qual irradio, “sinta” a dor de pensar, a tristeza do passar despercebida, a infinitude/finitude do PASSADO que é, hoje, PRESENTE!
Na “SIC Notícias”, está o jornalista/apresentador de serviço, a dar as mesmas monótonas notícias das últimas 24 horas…SOLIDÃO!
Não posso desabafar com ninguém esta dor de ouvir, a todas as horas, o mesmo cenário de desilusão perante a crise, perante uma sociedade onde os valores da formação do homem estão completamente invertidos, a mesma bacoca e ofensiva convicção de Sócrates de que “está tudo a correr bem”, o número de falências e os desempregados a aumentarem, o triste caso BPN, os dinheiros do suor dos portugueses, velhos e desamparados, de que a “trupe “ precisa para se salvar, ao sabor de uma justiça flutuante, que se move para um lado e outro, sem poisar onde deve….
Cá dentro do meu “muro”, é a tristeza da noite só, que fala…São os anos que passaram no contexto da vida natural, daquela que fez com que eu Existisse para ALÉM de mim, que me fazem sofrer nesta melancolia de abandono. Sensação hostil e massacrante…
Longe, nas cavernas de um qualquer IRAQUE, IRÃO, AFEGANISTÃO, uma qualquer mulher dá à luz no meio da maior solidão, do maior terror, sem poder gritar….sem assistência médica…lavando o pequeno ser com as lágrimas do desespero, fugindo da malvadez animal que a pode ferir…HOMEM-ANIMAL-TERROR!
E as crianças e mulheres do DARFUR, violadas como gado, tal como no massacrado HAITI…
De que me posso queixar EU, afinal? se posso ser livre de rir ou chorar ,em frente da minha cómoda lareira??????
SOLIDÃO...É NÃO VER A VERDADEIRA SOLIDÃO!
E tornam-se negras na alma as nuvens da auto-comiseração…
Reagir é preciso! O mundo morto precisa de almas vivas…e sou capaz de viver para além destes muros de separação…O resto não importa, quando se sabe do viver triste de quem se sente só, como eu, à lareira…
A solidão pode ser estar num bosque desarborizado…não ver o mar a “barulhar”…pode ser uma criança de mão estendida, a pedir… pode ser, ter que rir no circo da vida… ouvir uma voz funda que não fala, mas vai subindo de uma distância infinita, do coração para os olhos com o poder de abafar as melodias dos tenores, dos violinos, de orquestras inteiras, a encherem uma casa…
Chove copiosamente. Duro Inverno da Terra e do sentimento…Continuo à lareira…E penso: não sei quando deixei de ser criança, mas, de certeza, foi aí que começou esta dor que não finda, que faz eco cá dentro, como o que a chuva e o vento fazem lá fora…Já lá vai tanto tempo…
Vou parar de escrever SONHOS, pois a ESPERANÇA é uma coisa terrível que nos mantém a viver noutro lugar…um lugar que não existe…ESPERANÇA…PARADOXO DE DESESPERO?
Sinto uns braços à minha volta…É a VIDA, colada à minha pele com toda a paixão! Quero e devo corresponder-lhe, com responsabilidade e amor! Impõe-mo, a minha DIGNIDADE!
A música que tenho estado a ouvir e que me inspirou, caiu-me em cima como uma rede…
Ocorre-me este pensamento de UNGARETTI:”Amo as minhas horas de alucinação…e também as de vadiagem, de imaginário perseguido no ÊXODO, para uma terra prometida…”
E sinto sono…Vou dormir e esquecer que podemos ser sós , estar sós, acordar sós…


Maria ELISA-10/ jan/011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Poema:ILUSÃO...

Foto google



Afogou-se o sonho
em Álcacer-Quibir;
comprometeu-se um outro porvir…

Areias do deserto, de sangue cobertas,
alteraram esperanças de sonhos grandiosos.
Até os cavalos, caídos, chorosos
como seus donos, -já não poderosos!
quedaram-se…imóveis,
olhos entreabertos…

Portugal mirrou ,chorou ,desfaleceu.
Passou a ver salvação no nevoeiro,
enquanto o cabelo se lhe embranqueceu
não tendo restado, nenhum! por inteiro…

Duras aragens escaldantes
sopram, hoje, de tempos tão distantes!

Oásis sonhados assomam, (estranhamente…)
querendo dar alento, renovado, à pobre gente!

Não seguiremos por esses trilhos! Decididamente!

Palmeiras que choram em areais distantes
já nos não comovem;
“Canelas” que cheiram odores fragrantes,
também nos não movem.

Resta o orgulho do querermos SER…
…e esse é só nosso! Isso, até MORRER!


Julho/08-C5E-22-08E

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

NOTÍCIAS DO PAÍS...(as "PRESIDENCIAIS"...)


Começa ,agora , em pleno, a campanha para as próximas eleições presidenciais.
Mas, como nós sabemos, já começou há muito tempo, pelo menos, abertamente ,por parte de MANUEL ALEGRE...E mais "SOFT" ...por parte de Cavaco Silva, embora não menos agreste...
O tema dos últimos dias e que está a pôr em franja os nervos do "CÂNDIDO" presidente que agora temos, é ,como se sabe , aquela estranha história das acções do BPN que CAVACO SILVA(CS) vendeu e que se recusa a dizer a quem...
As coisas estão a ficar tão quentes que o SR PRESIDENTE até se deu ao luxo de se irritar ,hoje, com uma jornalista que o interpelou sobre o assunto!
Já alguém tinha visto o cândido candidato a soletrar"já ---dis---se-----que----não---digo---nem----mais---uma ----palavrinha---sobre----esse----assunto!A senhora jornalista parece que não percebe o que eu digo!"

A "púdica virgem", deixou estalar o verniz!A personalidade tão capaz de ser o "salvador" do país ,pelo qual ainda nada fez, apesar dos seus conhecimentos de PROFESSOR DE ECONOMIA...está a ficar nervosa(o)!

Sendo eu uma cidadã a quem estão a roubar do ordenado quase tudo o que ganho, para os "DIAS LOUREIROS" andarem a passear pelo mundo, depois de terem roubado- alegadamente!- todo o BPN, que já nem se sabe a quantia que está em causa! e dado que sou um dos portugueses que tem de pagar a dívida dos ladrões famosos de PORTUGAL, acho legítimo que o dr CS nos diga mais alguma coisa, uma vez que quer voltar para a "cadeira de oiro de PORTUGAL", com um mandato mais de PRESIDENTE SALVADOR!e as reformas vão acumulando....

SIM, pergunto eu, a quem é que vendeu as acções? Desde que não tenha sido a OLIVEIRA E COSTA OU A DIAS LOUREIRO!...porque o não diz?
Esqueletos no seu armário, sr CS???Não pode! VSª quer ser o MAIS ALTO MAGISTRADO DA NAÇÃO, outra vez!
A perder "as estribeiras" do modo que hoje se viu...será que os portugueses ficam a ver, impávidos e serenos, o voto a deslizar pela caixa dentro, com a cruzinha no seu nome?
São capazes disso...Já se viu tanta coisa estranha neste país...

MAS...vamos continuar a ver as cenas dos próximos capítulos...A coisa promete!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Íntimo consenso...

Enlaça-me...

Rodeia meu corpo

com teus braços fortes...

Prende-me ao teu hálito...

Deixa-me sentir o teu refúgio...

Percorre meu corpo

com teus dedos ...passa-os

pelas minhas costas

expostas ao teu desejo.

Vá...retoma o abraço insatisfeito...

Beija meu pescoço...

...assim...lentamente...

Deixa que sinta o quente calor

do vulcão em que me estreito...

...tua boca quente a arder de desejo...



Assim...

Desfaz meus cabelos

entre teus olhos...

Deixa-me olhar o céu...

ver as estrelas no dia escuro

do nosso quarto...

Deixa que perca os sentidos

antes de me perder em ti!



Sôfrego! ESPERA...



Chove em mim...

A janela do quarto

entreaberta,

permite sentir

os odores do salgueiro,

matreiro...

que exala odores genesíacos...

embriagantes...

Teu corpo morre

a viver em mim...

que morro a viver em ti...



Deixa-me fazer assim:

...engulo teus beijos

carentes de VIDA/MOMENTO

no leito quente...

escorregadio...

...incapaz de permanecer

sereno, no seu lugar!

"TUDO PÁRA QUANDO A GENTE FAZ AMOR!"



Vá...vive-me!

Deixa que te viva

no suor natural

que faz tremer

nosso olhar!



Puxa-me, agora,

quando desprendo de mim,

para me segurar em ti...



E...

a semente lançada à TERRA

remexe-se, numa guerra violenta

a viver o desabrochar!



A VIDA revolve o nosso viver...



Só assim me posso DAR...



Sonho noites ímpares de

revolução ....

erótico/sentimental!



MAU SINAL...



Ficou teu cheiro no AR-DO-MEU-SONHAR...

ASPIRO-O...A ARFAR...





C10J-2--JAN/011 (mqc)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Poema: DAR-ME...

FOTO GOOGLE



“DAR-ME…”



Enrodilhada nos braços
Que a cúmplice Noite tece,
Dou meu corpo, nesta Alma
Com que o Amor me aquece…

A teu lado
Aconchegada,
Cubro-me com teu calor
Esperando a alvorada
Que,
Queixosa e amargurada
Inveja o nosso ardor…

Não há mentiras no DAR-SE!

Sem purismos farisaicos
Há Amor a escorrer
Nesta força do Amar-se,
Na ternura do Viver…

E as paredes , tão nossas,
Ouvem os suspiros doces
Da vontade da entrega,
Da alma que, enfim, sossega…

Fora,
O vento uiva apagando nossos ais!

A LUA em QUARTO-CRESCENTE, ajeita-se…
Espera por mais!

Semente do teu Querer
Alia-se ao meuVIVER…

Sem alma ,nada tem força
Na criação!
É como o dia sem tarde,
Ora calma, ora não!

EU e tu
Corpo nu…
Sol e Lua
Se sou tua…

Volta a Primavera!
A Terra espera
A semente
P’ra germinar
A florir…
TAL COMO EU…A SORRIR!



C7G-30/43- DEZ/09(MDS)

sábado, 1 de janeiro de 2011

POEMA:VIVALDI

FOTO GOOGLE


VIVALDI…


Aperto forte do coração…
Beijo ardente de paixão…
Um anseio de tremer…
Minha carta de apresentação
Que eu não dei…não!

Tudo espero que recebas
Quando passar por ti
O Vento do ar que respiramos…
As nuvens movem-se.
Arredam-se do caminho desse carinho
Para que o sintas depressa!
É urgente que saboreies
Esse cheiro da minh’alma
Que não se aparta da tua!

Pela rua,
Indiferentes ao sorriso de MIM- criança enamorada
Correm outras crianças na felicidade da inocência
Sem sentirem os Sentidos ACTIVOS
De seres OUTROS…mais vivos…

Pelo ar ,
Passam aviões, indiferentes ao Amor
Que corre pelas nuvens,
Direito ao teu coração…
Não me perturbam, não!
Sei que o deixarão passar para que possa chegar
Depressa ao retábulo sagrado ,que é teu coração,
Onde me deito a sonhar…

A NATUREZA que amo e que sou
Envia-me a sua música pura
Anunciando a resposta…
É meu, teu coração!
Árvores, arbustos, colheitas floridas
Aves a cantar, fontes a jorrar…
AR, ÀGUA, TERRA, E EU…FOGO!
Cantamos a nossa vida!

É VIVALDI que acorda nossas quatro estações!
Somos nós que as recebemos
De mãos erguidas, no ar que elas respiram
Ao som da música do amor!
É MOZART na melancolia dos seus doridos trinados…
…entrando em mim…longe de ti…
É, por fim, BEETHOVAN, no seu “HINO À ALEGRIA”
Da vida do nosso dia…

Não tardes, amor, que é hora de levares
A rubra flor da minha chama
Que por ti clama!

VEM A MIM, QUE TE RESPIRO…TE CANTO…TE ENCANTO
Sente-me no ar que passa…no sol que queima…
Na chama que se derrete…


C9I- 4/51- OUT/010




52

ANO NOVO...


MEUS AMIGOS QUERIDOS:
com todos no coração, quero,hoje, desejar que este novo ano, que se adivinha menos risonho, contribua para que formemos uma cadeia de união na amizade que nos une, para que, em conjunto, possamos transmitir ,uns aos outros, a força de que precisamos para o enfrentar!

Eu já ficaria feliz por ter saúde e por vos ver a todos recuperados...
PAZ...desejo-a, acima de tudo! Concórdia!Não imagino o mundo sem ela! É o maior desejo de uma pacifista e de uma mulher-natureza!

Estou a recuperar ,lentamente, de problemas de saúde e de dores várias...Estou convosco! DÊM-ME tempo para retomar as minhas visitas aos vossos sítios...
ANO BOM PARA TODOS!
MARILISA