domingo, 31 de janeiro de 2016

Boa noite, amigos de Lusibero! Have a nice and happy new week!


O desaparecimento das crianças migrantes...(www.dn.pt)


Mais de 10 mil crianças migrantes desaparecidas na Europa


Crianças refugiadas em Berlim

| EPA/KAY NIETFELD

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Autoridades perderam o rasto a milhares de crianças. Cerca de metade desapareceu em Itália e mil na Suécia

Mais de 10 mil crianças migrantes não acompanhadas desapareceram na Europa, estima a Europol, agência de polícia europeia, que teme que muitas delas sejam exploradas, incluindo sexualmente, pelo crime organizado.

Os números, que foram divulgados na Internet pelo semanário britânico The Observer, foram hoje confirmados à AFP pelo gabinete de imprensa da Europol.

De acordo com Brian Donald, diretor da Europol citado pelo The Observer, os números divulgados respeitam a crianças a quem se perdeu o rasto após o seu registo pelas autoridades europeias - e a estimativa é conservadora, acrescenta. Cerca de metade delas desapareceu em Itália.

Destas 10 mil desaparecidas, nem todas "serão exploradas para fins criminais", adiantou. Algumas destas crianças migrantes ter-se-ão reunido com membros da sua família, "só que não sabemos onde estão, o que fazem ou com quem", acrescentou. No entanto, Donald confirmou que a Europel já recebeu provas de que algumas crianças refugiadas foram vítimas de exploração sexual.

Cerca de um milhão de migrantes chegaram à Europa no ano passado, naquela que é a pior crise migratória nesta região desde a Segunda Guerra Mundial, dos quais 27% são crianças, estima a Europol. "Nem todas elas estão sozinhas, mas temos que uma parte" das crianças entra na Europa sem companhia, explicou.

Segundo a organização Save the Children, cerca de 26 mil crianças não acompanhadas por adultos terão entrado na Europa no ano passado.

De acordo com Brian Donald, há uma "infraestrutura criminal" pan-europeia sofisticada que tem como alvo os migrantes com fins diversos.

Sobre a Polónia... in www.dn.pt


Um Salazar polaco? Não, só catolicismo e absoluta arrogância


Jaroslaw Kaczynski, ao contrário do falecido gémeo Lech, nunca conseguiu conquistar o palácio presidencial em Varsóvia, mas mesmo assim, hoje, é ele quem manda na Polónia

| D.R.

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Jaroslaw Kaczynski manda sem ser presidente ou primeiro-ministro. Estilo messiânico assusta oposição, Bruxelas e mercados

No seu gabinete num moderno edifício envidraçado do coração de Varsóvia, a curta caminhada do gigantesco Palácio da Cultura oferecido por Estaline ao regime comunista, Boguslaw Chrabota bebe um chá enquanto garante que "não vem aí nenhuma ditadura", muito menos um Salazar, como já se falou nalguns media polacos. O que não significa que o diretor do 'Rzeczpospolita' não esteja preocupado com os efeitos do "estilo agressivo" do governo liderado por Beata Szydlo mas controlado por Jaroslaw Kaczynski, antigo primeiro-ministro, irmão do presidente que morreu em 2010 num acidente de avião e atual chefe do partido Direito e Justiça (PiS).

"Preocupa-me o futuro da economia. Foram demasiadas promessas na campanha, desde os 500 zlotys por filho até aos medicamentos para os mais velhos, e o dinheiro tem de vir de algum lado. Por isso os novos impostos para os bancos e as lojas", sublinha Chrabota, apontando o gráfico na primeira página que mostra os 3,6% de crescimento em 2015, invejado Europa fora.
"A Polónia, ao contrário da Hungria, tem uma vibrante sociedade civil"




Há empresas portuguesas também na mira: o Millennium, cujos balcões em tom grená são omnipresentes, e a Jerónimo Martins, dona dos supermercados Biedronka. "Existe a ideia de que as empresas estrangeiras, sobretudo alemãs, contribuem pouco e o PiS, que junta conservadorismo moral a preocupação social, rentabilizou nas urnas o preconceito", afirma Piotr Wilczec, professor da Universidade de Varsóvia, situada perto desse rio Vístula que divide a Polónia em duas, com a mais tradicionalista a ser a metade sul e oriental, na qual o PiS em outubro alicerçou a sua maioria absoluta.

Reacionarismo do PiS

Wilczec não tem dúvidas em destacar o "reacionarismo" do PiS, que na campanha contou com o apoio da Rádio Maria, próxima da Igreja. E sabendo o papel histórico dos bispos para preservar a alma nacional, fosse quando o país desapareceu entre 1795 e 1918 fosse no tempo do bloco soviético, reconhece que a simpatia da hierarquia católica vale votos. Mas o que mais o incomoda é "a arrogância com que falam e o primitivismo das ações". E dá o exemplo dos desafios à União Europeia mas sobretudo dos escândalos com a nomeação dos juízes do Tribunal Constitucional e das mudanças na chefia da televisão pública. "No fundo, fizeram o mesmo que todos, e no caso dos juízes até há culpas da Plataforma Cívica [PO], os de antes, mas agora é pouco subtil."
A história como antídoto contra os tiranetes




Tal como Chrabota, também Wilczec ouviu a comparação com Salazar. Foi lançada por duas figuras, o ex-senador Joséf Pinion e o chefe da Fundação Batory, Aleksander Smolar. O antigo exilado político explicou ao DN o contexto: "Comparei Kaczynski não só com Salazar como com Franco. Não no sentido de vir a tornar-se um ditador, mas sim pela defesa do conservadorismo católico e pelo isolacionismo." Smolar admite que o preocupa que o PiS chame "líder do Estado" a Kaczinsky, mesmo que o presidente seja Andrzej Duda, seu delfim, tal como Szydlo. "Podemos suspeitar que tem desejo de ser ditador, mas só isso. Na Polónia continua a haver democracia."

Defesa da democracia

Sentada no café Sara, no velho bairro judaico de Cracóvia, Elzbieta Pitlarz confessa ter "medo de uma ditadura". E por isso esta historiadora da arte foi fundadora dos Comités de Defesa da Democracia (KOD), que promovem manifestações. Nasceram na internet, organizaram-se e, como diz Pitlarz, "inspirámo-nos nos Comités de Defesa dos Trabalhadores que nos anos 1970 exigiam aos comunistas que respeitassem a sua própria Constituição". O primeiro protesto foi em Varsóvia a 19 de dezembro, depois noutras cidades. "Se o PiS respeitar a lei, aceitamos o governo. Mas não gosto de os ver a usar as técnicas de propaganda do comunismo. E estão a destruir a economia. Se a União Europeia decretar sanções, quem sofre é o povo, não Kaczynski."

Os comités não recusam o apoio de ninguém, mas preferem não estar associados a partidos, explica um sociólogo de Cracóvia, para quem há também uma justificação para o escasso número de jovens nos protestos (o que levou o PiS a dizer que são queixas de gente bem instalada): "Quem conheceu o comunismo sabe o que vale a democracia. Quem já nasceu depois de 1989, e do triunfo do Solidariedade, acha tudo certo, talvez mudem se um dia censurarem a internet." Mesmo assim, o académico também recusa falar da chegada de uma ditadura, o que é diferente dos tiques de autoritarismo do PiS. E nota que se a maioria absoluta (obtida com 37% dos votos) lhes reforçou a autoconfianca, por outro lado "têm manifestado grande incompetência técnica". Um exemplo são os 500 zlotys por bebé, uns 120 euros mensais, que o sociólogo até acha bem para contrariar a quebra da natalidade: "É para todos ou não? Vai para qual dos pais se forem divorciados? Afasta as mulheres do mercado de trabalho? Quanto custará?"

Na casa no bairro de Ursynow, "pequena como todas em Varsóvia", Mariana Biela ajuda Marta a adormecer. Tem dias e veio juntar-se a Teresa de 7 anos e Mateus de 4. Para a tradutora portuguesa casada com um polaco, aquilo que ouviu do PiS até é positivo, como os 500 zlotys. O marido, Stanislaw, que diz identificar-se com o partido nas questões morais, contesta porém a fórmula: "Porque em vez de me darem dinheiro, não me descontam nos impostos?" No seu círculo de amigos há mesmo quem veja o lobby dos liberais da PO nos ataques ao PiS vindos de Bruxelas. E a forma como a primeira-ministra respondeu à União Europeia tem sido elogiada, até por uma revista que faz capa com Szydlo e põe como título "xeque-mate".

Quem não acredita numa rutura com a União Europeia é Chrabota. "Kaczynski sabe que o progresso da Polónia deve-se muito aos fundos de coesão. "A raison d"État obriga-o a seguir as regras europeias, mesmo que não goste. Vai, porém, contrariar o federalismo e opor-se à moeda única e aos refugiados", sublinha este diretor de um jornal que defende a Polónia no euro.

Zloty contra euro

Sobre a manutenção do zloty nenhuma novidade no horizonte, diz Ryszard Kokoszczynski. "É uma forte convicção a moeda nacional, que no entanto não impede que nas sondagens uns 70% apoiem a União Europeia", sublinha o administrador do Banco da Polónia. Com a ajuda da desvalorização do zloty, a economia polaca passou ao lado da crise, crescendo 28% desde 2008. Já António Castro, a viver na Polónia há 18 anos, vê como segredo deste sucesso o próprio povo, que é "trabalhador, resistente, empreendedor e pronto para aprender". Nota o dirigente da Câmara de Comércio Polónia-Portugal que "há uma nova classe jovem muito bem preparada".

É manifesto exagero então a denúncia de deriva autoritária? Depende. A Standard & Poor"s degradou a nota da Polónia e outras agências de rating podem seguir o exemplo, alerta Chrabota. Como nota Andrejz Celinski, que foi ministro da Cultura num governo de esquerda, "a Polónia está a perder tempo e energia". Ideias partilhadas por Ligia Krajewska. Mas mais do que com a economia é com a própria democracia que a ex-deputada da PO está preocupada: "O ataque contra o Tribunal Constitucional, a aprovação de leis que ameaçam a liberdade civil, a politização dos meios de comunicação social públicos, a Justiça, a liquidação duma administração apolítica, tudo isto leva-nos na direção de uma ditadura." Só faltou a comparação com Salazar.

Enviado especial a Varsóvia

O Pensamento de PESSOA...



De Fernando Pessoa ...

"Os Meus Sonhos São Mais Belos que a Conversa Alheia

Não faço visitas, nem ando em sociedade alguma - nem de salas, nem de cafés. Fazê-lo seria sacrificar a minha unidade interior, entregar-me a conversas inúteis, furtar tempo senão aos meus raciocínios e aos meus projectos, pelo menos aos meus sonhos, que sempre são mais belos que a conversa alheia.
Devo-me a humanidade futura. Quanto me desperdiçar desperdiço do divino património possível dos homens de amanhã; diminuo-lhes a felicidade que lhes posso dar e diminuo-me a mim-próprio, não só aos meus olhos reais, mas aos olhos possíveis de Deus.
Isto pode não ser assim, mas sinto que é meu dever crê-lo. "


Fernando Pessoa, 'Inéditos'

Poema de W. B. Yeats



Poema de Yeats:

O PRAZER DO DIFÍCIL

Tradução: Augusto de Campos


O prazer do difícil tem secado
A seiva em minhas veias. A alegria
Espontânea se foi. O fogo esfria
No coração. Algo mantém cerceado
Meu potro, como se o divino passo
Já não lembrasse o Olimpo, a asa, o espaço,
Sob o chicote, trêmulo, prostrado,
E carregasse pedras. Diabos levem
As peças de teatro que se escrevem
Com cinqüenta montagens e cenários,
O mundo de patifes e de otários,
E a guerra cotidiana com seu gado,
Afazer de teatro, afã de gente,
Juro que antes que a aurora se apresente
Eu descubro a cancela e abro o cadeado.

-WILLIAM BUTLER YEATS-
William Butler Yeats

Bom dia e feliz Domingo, amigos de Lusibero!


sábado, 30 de janeiro de 2016

Boa noite, amigos de Lusibero!


Este artigo foi escrito no ano em que se comemoraram os 50 anos da publicação desta obra de Vergílio Ferreira. Foi há 5 anos, talvez! Mas, distraída, não pus a data.





"ROMANCE"APARIÇÃO": 50 anos de publicação


LITERATURA PORTUGUESA

Memórias literárias

“APARIÇÃO”, de VERGÍLIO FERREIRA: 50 ANOS!


Completaram-se, há 4/5 anos os 50 anos da publicação da obra de VERGÍLIO FERREIRA (VF), “APARIÇÃO”. Não pude, como Professora de Português, deixar passar, em branco essa data, pelo valor do autor, como escritor e da obra, em particular, pelo que representa no estudo do EXISTENCIALISMO português, de meados do século passado.
Embora tenha já publicado no blogue e nos jornais onde escrevo, durante o presente ano, um texto sobre VF, nascido em 1916 e falecido em 1996, não quero chegar ao fim do ano sem lembrar esta data, pelo amor que tenho à obra do escritor, de um modo geral, pelo respeito que me merecem as Doutrinas Existencialistas e pela riqueza literária desta obra, em particular.
No ano posterior à sua publicação, em 1960, por conseguinte, foi VF agraciado com o Prémio Literário “CAMILO CASTELO BRANCO”, tal o impacto de “APARIÇÃO” nos meios literários nacionais. Outros prémios se seguiram, dos quais destaco: em 1985 -“Prémio do Centro Português da Associação Nacional de Críticos Literários”; em 1990, Prémio Femina; em 1991, Prémio Europália; em 1992,o significativo PRÉMIO CAMÕES…
Declaradamente agnóstico, mais para o fim da sua vida, embora de formação católica, tendo, inclusivamente, frequentado o Seminário durante mais de 6 anos, é com o romance “APARIÇÃO” que VF se apresenta como um ser humano angustiado com o problema da existência de DEUS e com a verdade fatal que a todos atinge, na figura sinistra da MORTE.
Li esta obra muito cedo, talvez cedo demais para compreender com maturidade o “recheio” filosófico da mesma. O romance nada me dizia e só a minha teimosia me fazia voltar à página anterior, constantemente, para perceber de que tipo de” aparição” aquilo tratava…
Nos programas do 12º ano de PORTUGUÊS de 1996, esta e outras obras entraram como alternativa, de leitura obrigatória! Enveredei pela escolha deste romance, com uma responsabilidade extrema, como se pode calcular, pois os alunos tinham que perceber, comigo, par a par, o tema que, finalmente, percebi que tínhamos em mãos! “APARIÇÃO”, afinal, não era nenhum fantasma…SANTO DEUS! Quanto andei para lá chegar…
A “APARIÇÃO” é nós, seres humanos, é cada um de nós, de cada vez que vencemos etapas da nossa realização pessoal, a caminho do aperfeiçoamento, possível e permitido, por Alguém Superior ao homem! É cada um de nós, aos nossos próprios olhos, sempre que afastamos os escolhos que nos impedem de nos cumprirmos! (capítulo II, página 23, 18ª edição, BERTRAND): ” Meu pai optou… Mas eu, sentia como sinto, que alguma coisa ficara por explicar e que era EU próprio… que me aparecera…quando a vi fitar-me do ESPELHO…”. Depois, continuando a sua descoberta, através da personagem “ALTER-EGO”, DR. ALBERTO SOARES, no capítulo IX, página 88 e seguintes, diz isto: ”O instante em que me afirmo é uno como um tronco. (…) Somente agora que são EU, não os entendo. SEI que mudei, mas não SINTO ter mudado (…)”.
Ora acontece que, em meados do século XX, a Europa é assolada por uma vaga de fundo de ideias sobre a existência do HOMEM (O EXISTENCIALISMO!), liderada por filósofos e ideias de filósofos como SARTRE, SIMONE DE BEAUVOIR, MALRAUX, CAMUS, HEIDEGGER, JASPERS e tantos mais que questionavam, não só o papel do homem na Terra, como também a existência de DEUS. Por conseguinte, para conseguir SER, ou nos apoiamos na ideia de DEUS ou não…VF esteve num seminário, quando jovem, por um período superior a seis anos, que o marcaram, profundamente, quer pela rigidez das regras do internato, quer pela solidão inerente e pelo desconforto, que moldaram o carácter do jovem seminarista, tornando-o mais introspectivo e permeável às ideias dos filósofos existencialistas ateístas e teístas.
Esta dor de DEUS e a angústia da SUA existência provocavam fracturas emocionais indescritíveis no escritor e em todos os seres pensantes; notou-se isso já no romance”MANHÃ SUBMERSA”… Mas é em “APARIÇÃO” que vêm “à tona de água” todos os problemas de fé provocados também, a nível existencial, pela rigidez da vida, no seminário. Como corrente humanista, o Existencialismo teve como precursores o filósofo Sócrates e SANTO AGOSTINHO.
Em termos restritos e mais recentes, remonta a KIERKEGAARD que dizia estar o Sujeito implicado, ao longo da vida, na sua realização pessoal pelo que, o homem, é ”LIBERDADE ABSOLUTA”, “ESTANDO CONDENADO A SER LIVRE”…
No romance “APARIÇÃO”, o DR. ALBERTO SOARES não consegue, como Professor de Filosofia, passar aos seus alunos a “Mensagem” da “Liberdade Absoluta” e acaba por ser mal interpretado pelo louco Carolino, seu aluno- problema, que, a certa altura, entende ser um deus, capaz de, com as suas mãos, dar a VIDA ou tirar a VIDA a qualquer ser! tenta então matar o Professor, desfaz o pescoço de uma galinha “enquanto o diabo esfrega um olho” e acaba por matar a estranha SOFIA CERQUEIRA, a qual, segundo o narrador- autor, já desde pequenina “que tinha percebido tudo”, onde é que a vida nos vai levar, sendo, por isso, a coisa mais natural do mundo vivê-la em toda a plenitude …do mal, principalmente e se possível!
Neste romance, VF. apresenta-nos a ideia do filósofo HEIDEGGER de que o Homem é “UM-SER-PARA- A- MORTE” já que, abandonado por um deus que o condenou a uma liberdade com a qual ele não sabe o que fazer!, o pobre HOMEM não pode, sequer, impedir a sua fatalidade final…
Convém, no entanto, penso eu, vermos que o Homem nunca é só um determinado fim, no sentido de que nunca está completo… E nós, seres humanos, sabemos bem como HOJE não somos o que fomos ONTEM e vice-versa…
Ao dizermos EU, no nosso dia-a-dia, já estamos a SER e a caminhar para a nossa concretização ou realização, como se preferir. Em nós está a presença de nós próprios, como o pai de Alberto lhe explicou, naquele dia em que ele, pequenino, se viu ao espelho e pensou que alguém estava no seu quarto. É, decididamente, uma obsessão, esta tentativa de explicarmos a existência de DEUS… como difícil deve ser a insistência em negá-Lo… ALBERTO SOARES (CAPÍTULO III) explica o seu ateísmo de um modo breve e repentino… pouco ou nada esclarecedor, por consequência: ”DEUS está morto, PORQUE SIM!”. No capítulo IX, afirma: ”DEUS MORREU, DEUS NÃO É A MINHA META, É O MEU PONTO DE PARTIDA.”
A ensaísta MARIA JOAQUINA NOBRE JÚLIO, in “O DISCURSO DE VERGÍLIO FERREIRA COMO QUESTIONAÇAO DE DEUS” diz o seguinte, numa citação de Maria Leonor Carvalhão Buescu e Carlos Ceia, in “PORTUGUÊS 12º Ano, página 380,1ª tiragem de 1999: ”A par do alto conceito que VF tem do homem, penso que ficou claro (…) o alto conceito (…) que tem de DEUS.
DEUS é, para ele, mistério insondável e não é o DEUS manipulável das religiões, mas O ABSOLUTAMENTE OUTRO. (…) Quando fala de deuses, no plural, concebe-os como criações dos homens, ídolos (…) sempre inferiores e não o GRANDE-DEUS, o SUPER-DEUS. (…) Não sendo politeísta e muito menos panteísta, não crê nesses deuses manipuláveis ou criados pelos homens…DEUS é, para ele, outra coisa, ABSOLUTAMENTE TRANSCENDENTE AO HOMEM E AO MUNDO (…)”.
A este ponto, convém recordar que Kirkegaard diz que a vida se apresenta, hoje, de tal modo problemática ao homem, que se torna absurdo demonstrar a existência de DEUS!
O grande escritor português deu, com esta “tremenda” obra, uma pequena amostra do incomensurável, indefinível, inexplicável problema que é o ter-se a ideia de DEUS. Não nos satisfaz, pois cada um de nós tem a sua própria resposta… ou não tem nenhuma! Sem respostas… resta-nos a força interior, emocional da… FÉ!



BIBLIOGRAFIA:
“O Discurso de Vergílio Ferreira como Questionação de DEUS”- Mª Joaquina Nobre Júlio, in “Português A”- 12º Ano,TEXTO EDITORA –Lisboa, 1999,1ª tiragem;
“Uma leitura DE APARIÇÃO de VERGÍLIO FERREIRA, BERTRAND EDITORA /NOMEN, 1995

Em www.diariodigital.sapo.pt


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28-01-2016 às 11:50

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Stephen Hawking prevê quatro cenários possíveis para o fim do mundo







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A humanidade corre o risco de ser extinta graças a perigos criados por ela própria, disse o físico britânico Stephen Hawking, traçando quatro cenários possíveis para o fim do mundo.

Hawking foi convidado nas denominadas Reith Lectures, um evento que desde 1948 convida pessoas de projeção pública para uma série anual de palestras transmitida pela emissora de rádio BBC Radio 4.

Segundo o cientista, o progresso na ciência e tecnologia criará «novas formas de as coisas darem errado».

«Apesar de serem baixas as possibilidades de um desastre no planeta Terra num ano próximo, tal vai-se acumulando com o tempo e transforma-se numa quase certeza para os próximos mil ou dez mil anos», disse Hawking.

Hawking já fez antes vários alertas a respeito dos perigos que a humanidade tem estado a criar.

Inteligência artificial


Stephen Hawking acredita que os esforços para criar máquinas que pensem sozinhas são uma ameaça à existência humana.

«O desenvolvimento de uma inteligência artificial total (AI) pode levar ao fim da raça humana", disse o físico à BBC.

Salientou que as formas primitivas de inteligência artificial desenvolvidas até ao momento já provaram ser úteis, mas Hawking teme as consequências de se criar algo que possa igualar-se ou até superar os humanos.

«(As máquinas) iriam evoluir sozinhas, refazer o próprio projeto a uma velocidade cada vez maior. Humanos, que são limitados por uma evolução biológica lenta, não poderiam competir e seriam substituídos», considera.

O cinema americano já abordou a questão como uma ameaça em vários filmes como «2001: Uma Odisseia no Espaço» (de 1968), «Bladerunner» (de 1982), e a série de filmes «O Exterminador do Futuro», entre outros.

Guerra nuclear

Se as máquinas não nos matarem, poderemos fazer isso por conta própria.
«O fracasso humano que eu mais gostaria de corrigir é a agressão», disse Hawking numa palestra no Museu da Ciência de Londres, em 2015.

«Pode ter sido uma vantagem para a sobrevivência na época dos homens das cavernas, para conseguir mais comida, território ou parceiros para reprodução, mas agora é uma ameaça que pode destruir todos nós».

As armas de destruição em massa atuais são capazes de acabar com a vida na Terra, e a proliferação dos arsenais nucleares é uma grande preocupação mundial.

«Uma grande guerra mundial significaria o fim da civilização e talvez o fim da raça humana», disse Hawking.

Vírus criado por engenharia genética

As armas nucleares podem não ser a pior ameaça entre as invenções da humanidade.
Em 2001, Hawking disse ao jornal britânico Daily Telegraph que a raça humana enfrenta a perspectiva de ser exterminada por um vírus criado por ela própria.

«A longo prazo, fico mais preocupado com a biologia. Armas nucleares precisam de instalações grandes, mas a engenharia genética pode ser feita num pequeno laboratório.

Você não consegue regulamentar cada laboratório do mundo. O perigo é que, seja por um acidente ou algo planeado, criemos um vírus que nos possa destruir», disse o cientista.

«Não acho que a raça humana vá sobreviver aos próximos mil anos, a não ser que nos espalhemos pelo espaço. Há muitos acidentes que podem afectar a vida num único planeta», sublinhou.

Novamente, receios como este já foram retratados por Hollywood. Filmes como «12 Macacos», «Eu Sou A Lenda» e a série «Resident Evil» são apenas alguns dos que mostram um cenário no qual vírus feitos pelos homens destroem a sociedade.

Aquecimento global

Stephen Hawking descreveu ainda um cenário futurístico apocalíptico no documentário «A Última Hora», de 2007.

«Uma das consequências mais graves das nossas ações é o aquecimento global, causado pela emissão de crescentes níveis de dióxido de carbono resultantes da queima de combustíveis fósseis. O perigo é que o aumento da temperatura se transforme em (um processo) autossustentável, se é que já não está assim», alertou.

«Secas e devastação de florestas estão a reduzir a quantidade de CO2 que é reciclada na atmosfera», afirmou.

«Além disso, o derretimento das calotas polares vai reduzir a quantidade de energia solar reflectida de volta para o espaço e assim aumentar ainda mais a temperatura. Não sabemos se o aquecimento global vai parar, mas o pior cenário possível é que a Terra se transforme num planeta como Vénus, com uma temperatura de 250 graus na superfície e chuvas de ácido sulfúrico», afirmou.

«A raça humana não pode sobreviver nestas condições», disse Hawking.

Depois, à medida que iam crescendo eram treinados para a caça e por fim, quando se tornavam jovens fortes, eles eram treinados como guerreiros mercenários. Tinham uma forma de lutar muito aguerrida e sempre ofensiva, e constantemente havia lutas entre tribos lusitanas e também com outras tribos vizinhas com o objetivo de conquistar essas terras. Quando os romanos invadiram a Península Ibérica, foram conquistando progressivamente as terras do leste e do sul. No entanto, quando chegaram às tribos lusitanos, a dificuldade aumentou. Essas tribos, que sempre haviam lutado entre si, uniram-se numa causa que era comum a todas elas: a luta contra os ameaçadores exércitos romanos. Até conquistarem os terrenos das tribos lusitanas, os romanos tiveram que guerrear durante vários anos e, por fim, conseguiram o que tanto queriam mas, através de uma trama que envolvia traição. Entre os lusitanos houve um guerreiro que se destacou na luta contra os romanos. O seu nome era Viriato. in diversas fontes da net Viriato era um aristocrata, proprietário de várias cabeças de gado, que quando criança, à semelhança de todos os lusitanos, tinha sido pastor. Mais tarde, tornou-se caçador e depois guerreiro. Os lusitanos homenagearam Viriato com os títulos de Salvador e Benfeitor, à semelhança do que costumava acontecer com os reis de alguns povos da Europa. Não sendo o rei dos lusitanos, Viriato era mesmo assim o seu líder durante o tempo em que esses povos se uniram na luta contra Roma. O seu passado como pastor era semelhante ao dos grandes líderes de outras civilizações tais como Rómulo de Roma e Davi de Israel. Esse passado conferia-lhes qualidades especiais como governantes pela forma como lidavam e defendiam os seus povos de quaisquer ameaças. Segundo diversos historiadores, Viriato era um homem que seguia princípios de honestidade, justo e que sempre cumpria com os tratados e alianças que fazia com outros povos. Por isso, ele detestava os romanos que, diversas vezes, não cumpriram com os acordos estabelecidos entre ele e os seus representantes. O Guerreiro. Após ser eleito chefe dos lusitanos, Viriato começou por defender as suas montanhas das investidas de Roma e depois passou ao ataque. O objectivo era conquistar as terras à volta das tribos lusitanas para ampliar a área do campo de batalha e assim afastar as zonas de combate das suas terras. Em 147 A.C., os lusitanos renderam-se perante as tropas de Caio Vetílio, que os haviam cercado. Mas, Viriato opôs-se terminantemente contra essa derrota. Ele organizou as suas tropas e foi lutar contra os romanos, acabando por derrotá-los no desfiladeiro de Ronda, que faz a separação entre a planície de Guadalquivir e a costa marítima da Andaluzia, onde acabaria por matar o próprio Caio Vetílio. Depois deste, as tropas de Viriato foram derrotando vez após vez as forças romanas sob os comandos de Caio Pláucio, Cláudio Unimano, Caio Nigidio e Fábio Máximo. Em 140 A.C., os lusitanos comandados por Viriato infligiram uma pesada derrota sobre Fábio Máximo Servilliano, matando cerca de 3000 romanos em combate. Perante isso, Servilliano rende-se e em troca da sua vida ele oferece a Viriato promessas e garantias da autonomia dos lusitanos. Mas, quando a notícia deste tratado chegou a Roma, o Senado considerou-o demasiado humilhante e, voltando atrás com a sua palavra, declara novamente guerra aos lusitanos. Desta feita, em 139 A.C., Roma enviou o general Servílio Cipião, mas este também continua a ser constantemente derrotado por Viriato, de modo que, Viriato decide enviar três comissários da sua confiança, Audas, Ditalco e Minuros, com o objectivo de forçar Cipião a pedir uma nova paz. Mas, Cipião recorreu ao suborno destes comissários e prometeu-lhes que dava uma recompensa se estes matassem Viriato. E assim aconteceu! Enquanto Viriato dormia, estes homens assassinaram-no, trazendo um desfecho trágico para Viriato e para os lusitanos. Mas este desfecho era também muito vergonhoso para Roma pois como uma superpotência que era, recorrer a suborno era algo desastroso. Depois da morte de Viriato, o exército lusitano passou a ser comandado por Táutalo Sertório. Mas as tropas lusitanas estavam muito enfraquecidas moralmente e acabaram por ser derrotadas. Quanto aos traidores, eles refugiaram-se em Roma após o assassinato de Viriato, reclamando o prémio prometido. No entanto, os romanos ordenaram a sua execução em praça pública, onde ficaram expostos com os dizeres “Roma não paga a traidores”. Dos lusitanos, pouco resta no país que hoje se chama Portugal, com excepção da sua denominação de Lusos e da conhecida personagem de Viriato. Os Lusíadas, VIII, estância 6 Este que vês, pastor já foi de gado, Viriato sabemos que se chama, Destro na lança mais que no cajado: Injuriada tem de Roma a fama, Vencedor invencibil, afamado; Não tem co'ele, não, nem ter puderam O primor que com Pirro já tiveram.

Leonor Beladona Luis para monarquicos.com
Os lusitanos eram povos de várias tribos que habitavam no oeste e noroeste da Península Ibérica antes de estas terras serem conquistadas pelos romanos.
Desde crianças, os membros deste povo trabalhavam como pastores.
Depois, à medida que iam crescendo eram treinados para a caça e por fim, quando se tornavam jovens fortes, eles eram treinados como guerreiros mercenários.
Tinham uma forma de lutar muito aguerrida e sempre ofensiva, e constantemente havia lutas entre tribos lusitanas e também com outras tribos vizinhas com o objetivo de conquistar essas terras.
Quando os romanos invadiram a Península Ibérica, foram conquistando progressivamente as terras do leste e do sul.
No entanto, quando chegaram às tribos lusitanos, a dificuldade aumentou.
Essas tribos, que sempre haviam lutado entre si, uniram-se numa causa que era comum a todas elas: a luta contra os ameaçadores exércitos romanos.
Até conquistarem os terrenos das tribos lusitanas, os romanos tiveram que guerrear durante vários anos e, por fim, conseguiram o que tanto queriam mas, através de uma trama que envolvia traição.
Entre os lusitanos houve um guerreiro que se destacou na luta contra os romanos.
O seu nome era Viriato.
in diversas fontes da net
Viriato era um aristocrata, proprietário de várias cabeças de gado, que quando criança, à semelhança de todos os lusitanos, tinha sido pastor.
Mais tarde, tornou-se caçador e depois guerreiro.
Os lusitanos homenagearam Viriato com os títulos de Salvador e Benfeitor, à semelhança do que costumava acontecer com os reis de alguns povos da Europa.
Não sendo o rei dos lusitanos, Viriato era mesmo assim o seu líder durante o tempo em que esses povos se uniram na luta contra Roma.
O seu passado como pastor era semelhante ao dos grandes líderes de outras civilizações tais como Rómulo de Roma e Davi de Israel. Esse passado conferia-lhes qualidades especiais como governantes pela forma como lidavam e defendiam os seus povos de quaisquer ameaças.
Segundo diversos historiadores, Viriato era um homem que seguia princípios de honestidade, justo e que sempre cumpria com os tratados e alianças que fazia com outros povos.
Por isso, ele detestava os romanos que, diversas vezes, não cumpriram com os acordos estabelecidos entre ele e os seus representantes.
O Guerreiro.
Após ser eleito chefe dos lusitanos, Viriato começou por defender as suas montanhas das investidas de Roma e depois passou ao ataque.
O objectivo era conquistar as terras à volta das tribos lusitanas para ampliar a área do campo de batalha e assim afastar as zonas de combate das suas terras.
Em 147 A.C., os lusitanos renderam-se perante as tropas de Caio Vetílio, que os haviam cercado. Mas, Viriato opôs-se terminantemente contra essa derrota. Ele organizou as suas tropas e foi lutar contra os romanos, acabando por derrotá-los no desfiladeiro de Ronda, que faz a separação entre a planície de Guadalquivir e a costa marítima da Andaluzia, onde acabaria por matar o próprio Caio Vetílio.
Depois deste, as tropas de Viriato foram derrotando vez após vez as forças romanas sob os comandos de Caio Pláucio, Cláudio Unimano, Caio Nigidio e Fábio Máximo.
Em 140 A.C., os lusitanos comandados por Viriato infligiram uma pesada derrota sobre Fábio Máximo Servilliano, matando cerca de 3000 romanos em combate. Perante isso, Servilliano rende-se e em troca da sua vida ele oferece a Viriato promessas e garantias da autonomia dos lusitanos.
Mas, quando a notícia deste tratado chegou a Roma, o Senado considerou-o demasiado humilhante e, voltando atrás com a sua palavra, declara novamente guerra aos lusitanos.
Desta feita, em 139 A.C., Roma enviou o general Servílio Cipião, mas este também continua a ser constantemente derrotado por Viriato, de modo que, Viriato decide enviar três comissários da sua confiança, Audas, Ditalco e Minuros, com o objectivo de forçar Cipião a pedir uma nova paz.
Mas, Cipião recorreu ao suborno destes comissários e prometeu-lhes que dava uma recompensa se estes matassem Viriato. E assim aconteceu! Enquanto Viriato dormia, estes homens assassinaram-no, trazendo um desfecho trágico para Viriato e para os lusitanos. Mas este desfecho era também muito vergonhoso para Roma pois como uma superpotência que era, recorrer a suborno era algo desastroso.
Depois da morte de Viriato, o exército lusitano passou a ser comandado por Táutalo Sertório.
Mas as tropas lusitanas estavam muito enfraquecidas moralmente e acabaram por ser derrotadas. Quanto aos traidores, eles refugiaram-se em Roma após o assassinato de Viriato, reclamando o prémio prometido.
No entanto, os romanos ordenaram a sua execução em praça pública, onde ficaram expostos com os dizeres “Roma não paga a traidores”.
Dos lusitanos, pouco resta no país que hoje se chama Portugal, com excepção da sua denominação de Lusos e da conhecida personagem de Viriato.
Os Lusíadas, VIII, estância 6
Este que vês, pastor já foi de gado,
Viriato sabemos que se chama,
Destro na lança mais que no cajado:
Injuriada tem de Roma a fama,
Vencedor invencibil, afamado;
Não tem co'ele, não, nem ter puderam
O primor que com Pirro já tiveram.

Em Lisboa- Portugal

Em Lisboa- PORTUGAL

Azulejos Portugueses: maravilhas da Europa!


Os típicos Azulejos Portugueses são um dos 12 tesouros da Europa
Enviado por Escapadelas em Sáb, 2015-01-24 14:00

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Os típicos azulejos portugueses são um dos 12 tesouros da Europa para o The New York Times. O jornal norte-americano escolheu-os como símbolo principal da cidade de Lisboa numa lista que traça o perfil de uma dúzia de metrópoles europeias a partir dos seus maiores ícones, que vão desde a arte de rua aos chapéus ou à seda.

Haverá um país mais azul que Portugal?, pergunta-se Seth Sherwoord, que assina o excerto do artigo dedicado à azulejaria nacional publicado na secção de Viagens do jornal do passado domingo, destacando a forma como o azul e branco dos azulejos se unem ao azul do céu e do Atlântico e ao espírito melancólico do Fado.






Um pouco por todo o território português, os tradicionais desenhos azuis dos azulejos estão espalhados por igrejas, mosteiros, castelos, palácios, universidades, jardins, estações de comboio, halls de hotéis e fachadas de edifícios, escreve Sherwoord.

O resultado, acrescenta, é uma terra embelezada com santos cristãos, episódios bíblicos, reis portugueses, glórias históricas, cenários idílicos, atividades de lazer aristocráticas, paisagens marítimas, desenhos florais e, principalmente, motivos geométricos.

O norte-americano dá destaque à casa Solar, um estabelecimento com 60 anos de existência situado em Lisboa que se especializa nos azulejos - desde o século XV até à década de 1930 - e que chegou, recentemente, a Nova Iorque, pela mão de um familiar do dono que abriu naquela cidade um novo 'showroom' para os dar a conhecer aos EUA.

O azul e o branco são as protagonistas, mas cores como o amarelo, o verde e o castanho também desempenham, por vezes, papéis secundários, explica o artigo, que revela que os preços dos azulejos podem começar nos 20 euros e ir até aos 9.300 euros no caso de um painél do século XVIII disponível na Solar.

Na peça publicada no The New York Times, Seth Sherwood dá ainda destaque ao nome de Rafael Bordalo Pinheiro, um ilustrador e ceramista do século XIX muito aclamado e cujo trabalho já foi adquirido pelo British Museum [em Londres, Inglaterra].

Fote: NY Times | Foto: Casa do Ferreira das Tabuletas na Rua da Trindade em Lisb
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Pompéi redécouvre son histoire
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Par Olivier Michel 5
Publié le 29/01/2016 à 11:04




REPORTAGE - Après plusieurs années de mauvaise gestion, la ville ensevelie sous les cendres par l'éruption du Vésuve le 24 août 79 est à nouveau l'objet de toutes les attentions. Conservateurs, archéologues et anthropologues multiplient les nouvelles découvertes.


En pleine campagne, au milieu des pins parasols, des lauriers-roses et des poivriers, il est facile d'imaginer que Pompéi, à quelques kilomètres de Naples, fut une ville splendide où il faisait bon vivre. Jusqu'au 24 août 79 à 13 h, presque exactement. Ce jour-là, l'éruption du Vésuve la raye de la carte et ensevelit, sous plusieurs mètres de cendres brûlantes, ses 12.000 habitants. En quarante-huit heures, la cité n'est plus.

Aujourd'hui le site, classé au patrimoine mondial de l'Unesco depuis 1997, est une ville fantôme que l'on vient découvrir du monde entier, avec le secret espoir d'y apercevoir, au détour d'une rue, quelques ectoplasmes incandescents en fuite, ou d'y entendre le volcan gronder. Mais la visite commence malheureusement par la triste réalité: il faut d'abord garer sa voiture au parking Zeus, situé juste après ...

The CHALLENGER'S EXPLOSION


NOTÍCIASspace
A explosão do vaivém Challenger ficou na memória de todos

28/01 09:36 CET

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| updated at 29/01 - 14:16

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Trinta anos depois da explosão do vaivém espacial Challenger em plena descolagem, uma nova geração de espaçonaves continua a beneficiar das modificações feitas após o acidente com o módulo da NASA.

O Challenger deixava o Centro Espacial Kennedy, na Flórida, na fria manhã de 28 de janeiro de 1986 quando se incendiou e explodiu causando a morte dos sete tripulantes a bordo, entre os quais a professora-astronauta Christa Corrigan McAuliffe, primeira mulher civil a participar numa missão espacial.

O voo iria durar somente 73 segundos antes da nave explodir no ar, após falha de vedação da borracha de um dos dois foguetes de lançamento.

Há 26 anos, um amador captou, no antigo formato Super 8, o momento da explosão do vaivém da NASA. O acidente foi presenciado por centenas de pessoas.

O desastre expôs as fragilidades dos projetos de vaivém espaciais e os problemas operacionais do programa espacial dos Estados Unidos, mas ao mesmo tempo impulsionou o progresso e ajudou também ao início de uma indústria de transporte espacial comercial que atualmente desenvolve naves espaciais para passageiros.



As investigações sobre o acidente também concluíram que a pressão para manter um planeamento de voo contribuiu para o fracasso do Challenger. Na época, a frota de quatro vaivéns da NASA descolava várias vezes ao mês, sendo o único sistema de transporte espacial dos EUA.

Um mal que veio por bem

Após o acidente, o então presidente Ronald Reagan proibiu o transporte de satélites comerciais nos módulos espaciais da Nasa, obrigando assim a estrutura militar a desenvolver formas alternativas de lançamento.

A mudança na política espacial abriu espaço para a criação da atual indústria espacial comercial, que em 2014 registou um movimento de 5,9 mil milhões de dólares, de acordo com um relatório publicado no ano passado pela Associação da Indústria de Satélites.

Os acidentes, no entanto, continuam inevitáveis à medida que o campo espacial amadurece, disse Mike Leinbach, ex-diretor de lançamentos da Nasa.

“O voo espacial é como qualquer outro grande sistema de engenharia”, disse destacando que as aeronaves tornaram-se mais seguras após o acidente.

Mais informação sobre
Agência Espacial Europeia
Exploração espacial
NASA

United States Federal Reserve- in LUSA

NOTÍCIAS
Primeira decisão da FED em 2016: “congelamento” das taxas de juro

29/01 15:41 CET

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| updated at 29/01 - 15:05

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Outras Notícias
Mercados: Todos à espera das primeiras decisões da FED em 2016


A Reserva Federal (Fed) norte-americana decidiu esta semana manter inalteradas as taxas de juro de referência, entre os 0,25 e os 0,50 por cento.

Em comunicado emitido quarta-feira, após a reunião de dois dias do comité de política monetária, a Fed argumenta a decisão com o facto de o crescimento económico se ter mantido “moderado” nos Estados Unidos e considerando que a inflação vai continuar baixa “no curto prazo”.






A Fed espera que “a inflação se mantenha baixa no curto prazo, em parte devido às maiores descidas dos preços da energia”, antecipando que este indicador permaneça ainda distante do objetivo de médio prazo, de 2 por cento.

Na reunião anterior, em dezembro, o banco central norte-americano tinha qualificado o crescimento económico do país como “sólido”, pelo que a alteração de linguagem supõe um reconhecimento do abrandamento económico.

Relativamente à evolução das taxas de juro, que subiu em dezembro pela primeira vez desde 2006, o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) da Fed reiterou a expectativa de que “as condições económicas evoluam de maneira a que sejam exigidos apenas incrementos graduais”.

A instituição liderada por Janet Yellen evitou dar referências concretas à recente volatilidade registada dos mercados norte-americanos e chineses, adiantando simplesmente que “está a vigiar de perto os acontecimentos económicos e financeiros globais”.

A votação sobre o comunicado hoje divulgado foi unânime, tendo havido 10 votos a favor e nenhum contra.

fonte: LUSAMais informação sobre
Economia norte-americana
EUA
Reserva Federal

In www.euronews.pt

NOTÍCIAS
Brasil e Angola agravaram índices de corrupção em 2015

Por Francisco Marques | Com TRANSPARECY INTERNATIONAL, CHRIS HARRIS

26/01 12:26 CET

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| updated at 27/01 - 15:49

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Outras Notícias
Espanha: Polícia detém vários responsáveis do PP por corrupção


Brasil e Angola são os dois representantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em queda no índice de perceção de corrupção de 2015, que engloba 168 países de todo o mundo (contra 175 em 2014) e é publicado esta quarta-feira pela Transparecy International, uma coligação global anticorrupção.Portugal é o melhor classificado da CPLP, subindo do 31.° lugar de 2014 para o 28.° (com os mesmos 63 pontos), seguido de Cabo Verde em 40.°/55 (42.°/57 no ano anterior). O Brasil é o 76.°/38 (69.°/43 , no ano anterior) e Angola é o último da CPLP, em 163.°/15 (161.°/19).


(O quão corruptos são os países africanos? Más notícias. A média é de 33 numa escala de 100.)

São Tomé e Príncipe e Timor Leste tiveram as maiores subidas, escalaram 10 lugares, embora mantendo a mesma pontuação do ano anterior. Os são-tomenses surgem em 66.°/42 (76.°) e os timorenses em 123.°/28 (133.°).

Moçambique manteve os mesmos 31 pontos, mas subiu de 119.° para 112.°. A Guiné Bissau melhorou a pontuação em duas unidades, escalando do 161.° lugar/ 19 pontos para o 158.°/17. A Guiné Equatorial é o mais recente e nono membro da CPLP, mas não é tida em conta nesta tabela da Transparecy International, por a informação encontrada ter sido considerada insuficiente.


Espanha sofre a maior queda da União EuropeiaA Espanha foi o Estado Membro da União Europeia (EU) que mais recuou na atualização de 2015 do “ranking” dos países com menos corrupção do Mundo, de acordo com a análise dos dados efetuada pela euronews.





Alguns especialistas da Transparecy International justificam a derrapagem espanhola de 10 por cento ao longo dos últimos 4 anos com a crise financeira e as consequentes medidas de austeridade. O curioso é que, por exemplo, Portugal e Grécia foram afetados pelos mesmos problemas e estiveram inclusive sob resgate financeiro da “troika” e melhoraram a respetiva classificação.
Os portugueses subiram ao 28.° lugar, com os mesmos 63 pontos; os gregos escalaram 9 posições, com mais 3 pontos que no ano anterior.






O índice ordena os países numa escala de 0 a 100 pontos; quanto mais baixo o resultado mais alto será a perceção de corrupção no respetivo país.A escandinávia dominou os lugares mais altos da tabela da UE apesar de alguns escândalos de corrupção. A Hungria, por outro lado, contrariou a tendência de melhoria no centro e leste da Europa.

A UE e Europa ocidental tiveram a melhor média regional (67), enquanto a África subsariana registou a pior (33).

A Transparecy International garante que o índice que promove anualmente é o indicador mais usado para controlar os níveis de corrupção no mundo. A coligação explica que este estudo é composto recorrendo à “combinação de pesquisas e apreciações de corrupção, recolhidas por uma variedade de reputadas instituições.”
A derrapagem da Espanha

A Espanha derrapou 10,77 por cento, caindo dos 65 pontos em 2012 para os 58 do ano passado. “Não penso que seja uma surpresa. Houve uma série de revelações de casos de corrupção em Espanha desde que a crise financeira e bancária atingiu o país há 3 ou 4 anos”, disse à euronews Carl Dolan, diretor do gabinete da Transparecy International na UE, acrescentando: “O que me parece interessante nestas revelações é que elas nos mostram a forma sistémica como todos os aspetos da governação em Espanha foram atingidos por estes escândalos.”


(Se a União Europeia está preocupada com a corrupção então ainda tem um longo caminho a percorrer.)



“Os números estão ali, a preto e branco. É um declínio dramático para um país habituado a estar no top-20 do índice de corrupção antes da crise financeira”, sublinhou Carl Dolan.

Entre os exemplos está, por exemplo, a prisão a 26 de janeiro de 10 pessoas na região de Valência, incluindo um antigo presidente do Partido Popular (PP), em resultado de uma investigação a uma alegada rede de corrupção. Ou o alegado esquema envolvendo o antigo tesoureiro do PP, Luis Bárcenas, acusado de ter feito pagamentos secretos a altas figuras do partido, recorrendo um fundo de doações de empresários.
Terá sido um bom ano para a Grécia?

A Grécia registou o melhor nresultado entre os “28”, dando um salto de 27,78 por cento, saltando dos 36 pontos, em 2012, para os 46 do ano passado. Isto poderia sugerir que a crise não terá tido os mesmos efeitos negativos registados em Espanha.

Carl Dolan que deve enquadrar-se melhor o caso grego: “Por norma, a Grécia e o pior estado mebro da UE no nosso índice de perceção de corrupção, por isso isto são boas notícias, é sinal de que está a melhorar, mas é preciso salientar que os gregos partiram de uma posição muito baixa e ainda têm um longo caminho a percorrer.”

“Em contraste com a Espanha, o que estamos a ver na Grécia é uma tentativa séria dos partidos [helénicos] resolverem o problema da corrupção. Houve muitas investigações anticorrupção, em particular no setor da defesa”, sublinhou o diretor da coligação.

Por Francisco Marques | Com TRANSPARECY INTERNATIONAL, CHRIS HARRISMais informação sobre
Corrupção
Espanha
Grécia
Hungria

Poema de David Mourão-Ferreira



Poema de David Mourão-Ferreira (1927-1996), in Net

Paisagem
Desejei-te pinheiro à beira-mar
para fixar o teu perfil exacto.


Desejei-te encerrada num retrato
para poder-te contemplar.

Desejei que tu fosses sombra e folhas
no limite sereno dessa praia.

E desejei: «Que nada me distraia
dos horizontes que tu olhas!»

Mas frágil e humano grão de areia
não me detive à tua sombra esguia.

(Insatisfeito, um corpo rodopia
na solidão que te rodeia.)

David Mourão-Ferreira, in "A Secreta Viagem"

O Pensamento do Poeta/escritor...



O Pensamento de José Luís Peixoto (1974- ), in Net

"Impossível é não Viver
Se te quiserem convencer de que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. Viver é um verbo enorme, longo. Acreditamos em todo o seu tamanho, não prescindimos de um único passo do seu/nosso caminho.


Sabemos bem que é inútil resmungar contra o ecrã do telejornal. O vidro não responde. Por isso, temos outros planos. Temos voz, tantas vozes; temos rosto, tantos rostos. As ruas hão-de receber-nos, serão pequenas para nós. Sabemos formar marés, correntes. Sabemos também que nunca nos foi oferecido nada. Cada conquista foi ganha milímetro a milímetro. Antes de estar à vista de toda a gente, prática e concreta, era sempre impossível, mas viver é acreditar. Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos.

Além disso, é magnífico estragar a festa aos poderosos. É divertido, saudável, faz bem à pele. Quando eles pensam que já nos distribuíram um lugar, que já está tudo decidido, que nos compraram com falinhas mansas e autocolantes, mostramos-lhes que sabemos gritar. Envergonhamo-los como as crianças de cinco anos envergonham os pais na fila do supermercado. Com a diferença grande de não sermos crianças de cinco anos e com a diferença imensa de eles não serem nossos pais porque os nossos pais, há quase quatro décadas atrás, tiveram de livrar-se dos pais deles. Ou, pelo menos, tentaram.

O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.

Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhe que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz."...

José Luís Peixoto, in 'Abraço'

Bom dia, amigos de Lusibero!


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

oa noite, amigos de Lusibero!





À lire dans www.lefigaro.fr


Alain Finkielkraut, un Immortel ému... mais un peu nerveux
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Par Noémie Halioua
Mis à jour le 29/01/2016 à 16:46
Publié le 29/01/2016 à 11:02























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NOUS Y ÉTIONS - Le philosophe a été reçu jeudi à l'Académie française. Le Figaro a assisté à sa réception et raconte le déroulement de cette prestigieuse cérémonie.
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À 14h30, les invités commencent à pénétrer par les portes de l'Académie française. Ce 28 janvier, ils sont plus nombreux que jamais, et pour cause, Alain Finkielkraut, l'un des philosophes les plus populaires - mais aussi des plus clivants - de l'époque, s'apprête à devenir «immortel».

Le tout-Paris de l'intelligence est là: de Pierre Manent à Régis Debray, de Pascal Bruckner à Jean Daniel en passant par Fabrice Luchini, Jacques Julliard, Franz-Olivier Giesbert, le grand Rabbin de France Haïm Korsia, Yasmina Reza... des éditeurs, des journalistes, tous ont pris place pour la cérémonie dans cette salle circulaire de colonnes en marbre et surplombée de la célèbre Coupole du Collège des Cinq Nations. Autour du dôme, on peut lire l'inscription en latin: «Il siégera sous son ombre au milieu des nations.» (Sedebit sub umbraculo ejus in medio nationum). Gravée en lettres d'or, cette phrase du prophète Ezéchiel a été choisie par Richelieu.

Soudain l'assemblée s'agite. Manuel Valls fait son entrée, suivi d'une trentaine de journalistes. «Il était obligé de venir?», demande un convive à son compagnon: «Non pas du tout... François Hollande était venu pour l'élection de Dany Laferrière, mais la présence d'un homme politique n'est pas obligatoire.» lui répond-il. La venue du premier ministre n'avait pas été annoncée. Elle surprend tout le monde.
Roulements de tambours

À 15 heures, retentissent les tambours de la Garde républicaine: la cérémonie commence. Le public se lève et les académiciens font leur entrée, munis de leur épée et habillés du costume traditionnel, brodé de rameaux d'olivier vert et jaune que l'on appelle «l'habit vert». Hélène Carrère d'Encausse, le secrétaire perpétuel, l'historien Pierre Nora ainsi que l'écrivain Amin Maalouf, prennent place sur le pupitre qui surplombe la pièce. «La séance est ouverte», annonce alors le président de séance.

Immédiatement, Alain Finkielkraut débute son discours. Chaque mot est ciselé, la voix est posée. Seules les mains qui tiennent les feuilles tremblent et trahissent l'émotion du philosophe. «On y trouve de l'émotion et de l'humour» dira plus tard une dame, en manteau de fourrure gris. Durant une heure, comme il est de coutume, l'auteur de La Défaite de la pensée évoque la vie et l'œuvre de son prédécesseur, Félicien Marceau.

L'exercice est ardu: l'auteur de Chair et Cuir avait été accusé de collaboration pendant la guerre. Finkielkraut rend justice à son prédécesseur en le lavant de tout soupçon d'antisémitisme. «Félicien Marceau a toujours su préserver sa singularité. Reste qu'il faisait partie de cette société littéraire qui s'était placée sous le parrainage des deux superchampions de l'impénitence: Jacques Chardonne et Paul Morand Je suis donc fondé à penser avec regret que, pour l'essentiel, il en partageait l'humeur», explique-t-il, avant d'aborder «son présent, c'est-à-dire l'œuvre qu'il nous laisse.»

L'intellectuel termine alors son discours par une charge violente contre ce qui le «scandalise» dans notre époque.

«La mémoire devenue doxa, la mémoire moutonnière, la mémoire dogmatique et automatique des poses avantageuses, la mémoire de l'estrade, la mémoire revue corrigée et recrachée par le Système [Ce Système évoqué dans l'œuvre de Félicien Marceau].» Il ajoute: «Ses adeptes si nombreux et si bruyants ne méditent pas la catastrophe, ils récitent leur catéchisme. Ils s'indignent de ce dont on s'indigne et qui se soutiennent comme on se souvient.»

À son discours succède celui de Pierre Nora, l'historien rappelle les éléments biographiques de ce juif ashkénaze, qui n'est pas si «imaginaire» qu'il l'écrit dans son œuvre. «La Compagnie vous a ouvert les bras, vous allez connaître avec elle ce que c'est qu'une identité heureuse. Alors souffrez, cher Alain Finkielkraut, - souffrez sans trop souffrir! - de vous y savoir le bienvenu.» conclut-il dans un joli mot d'esprit.