quarta-feira, 30 de novembro de 2011

POEMA: LEVA-ME CONTIGO...

FOTO GOOGLE










POEMA: LEVA-ME CONTIGO

Há uma janela onde não estou,
neste meu corpo, que habito.
É aquela onde espero, que me leves ao Infinito!
Leva-me contigo!
Não deixes perder-se o sonho que vejo
latente, nas asas do teu viver…
esse velejar sem velas, que é teu odor, a correr!

Deixa que sonhe a varanda onde vais aparecer…
…MEU-SER-A-ARDER!
Serás águia esplendorosa, com asas para me suster?
Serás harpia fulgurosa, possante, ao deixar-me voar?

.luz.vento sagaz.mundo, capaz de agradecer sons de flores , a rebentar.
.aroma de pétalas preciosas do meu perfume, a desejar…
…crescendo entre raios de luar, a arder.
.luar do meu escurecer, brilhando Quarto-Crescente!
.aurora do alvorecer nas forças guardadas para teu prazer.

Voa comigo a paixão de me conduzir a grutas escondidas,
fendas abertas no magma quente, a escorrer…
…a preencher espaços do teu árido viver…
É tua, a lama a escaldar do vulcão que eu sei SER!
Vive nela e eu prometo-te um rio para arrefecer
no Depois do nosso arder!

Quero teus dedos em meu corpo
a tactear caminhos que desconheces…
Quero teus lábios nos meus
a conduzir-te ao céu de todos os céus!
Dou-te um sorriso anuente, arrebatado e quente,
que incendeia teu ramo crescente…

Preciso de te provocar! Preciso de te Viver!

Grito contigo ao entrares num espaço adormecido,
anestesiado pelo teu olhar ,a respirar…

Pego na tua mão e conduzo-a à minha vida…

E penso no lavrador que abre o saco das sementes
atirando-as à terra…ao sol e à chuva…haja paz ou guerra…
para as sentir a arfar, ao som da luz e da água,
no momento de germinarem…


Marilisa Ribeiro

C11L- 179(EROT)-AGT/011
IGAC-USR12038

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

FADO: PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE

ALMA portuguesa, navegante de todos os mundos, nas cordas de uma guitarra!

sábado, 26 de novembro de 2011

POEMA: NÃO DIGAS...

FOTO GOOGLE

Não digas a ninguém, o modo como te amo…
…o calor que de ti dimana…a vida que de mim brota
ao estender-me no leito
ou o ardor com que me agarro, coladinha, ao teu peito.
Não digas a ninguém
o que escondo sob a pele…
…ou aquilo que vivemos
quando, juntinhos, estamos,
enrolados “em anel”!

Não permitas que alguém sonhe
o vulcão que tu transformas, em orvalho matinal…
…ou que esse orvalho diga o poço de Luar
onde o foste buscar…

Deixa que o segredo se esconda
no Tempo que vai passando,
suspirando pela Terra…pelo Ar…pela Água…pelo Fogo
da vida do nosso querer…

Não, não digas a ninguém
como é seres meu, também…
Esconde da luz das estrelas
levianas… porque belas!´-
a chama que de ti sai…

Não digas a ninguém, da minha pele macia
que se estende ao palpar das tuas mãos
em leve e doce agonia…

Vive no mundo do meu querer…
no modo como sei SER
quando te encostas a mim,
perguntando ,sem falar,
a que se deve o fogo do meu olhar…

Não, não digas a ninguém,
quando o coração me sussurra no corpo que tenho,
no vento que passa,
no mar que se exalta,
quando as ondas estremecem, numa vaga de Fogo…
Dói-me a alma quando te perdes do meu corar…
…quando deambulas por outros céus
onde eu não posso estar…
e quando o meu pensamento se perde
nas ondas do teu prazer…

És o meu espaço de Terra que cicia…
ao gemer do Amor!

Não o digas a ninguém…
C11L-198- (ERTS) -AGT/011
Marilisa Ribeiro-IGAC-USR12038

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

LITERATURA PORTUGUESA:Fernando Pessoa


FERNANDO PESSOA (1888-1935): OS HETERÓNIMOS.


Afirma a crítica brasileira NELLY NOVAES COELHO (NNC), estudiosa da obra de FERNANDO PESSOA (FP):”Fernando Pessoa foi um ser-em-poesia”, isto é, alguém que criou e viveu “quase todas as possibilidades de Ser e Estar-no-mundo”, através dos diversos poemas e culturas que exprimiu. O seu temperamento levou-o a criar dramas, em actos e acção, com personalidades diferentes, que se revelam na heteronímia.”
A heteronímia é, em FP, um fenómeno que não se explica. Tentou, o poeta, na carta a Adolfo Casais Monteiro (ACM) dar uma explicação, digamos assim, do processo de personalidade OU não, que conduziu à existência de um CHEVALIER DE PAS, aos seis anos de idade, e ao aparecimento de tantas outras personagens-dentro-de- Pessoa, que são FP, como foram FP, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos ou Bernardo Soares.
Já me referi a esse processo da génese dos heterónimos e à poesia ortónima, embora de modo sucinto, em artigos modestos, há pouco tempo. Sei que o que disse não é “nada” desse mundo conhecido/ desconhecido, sobre o poeta; os nossos amigos e leitores não gostam de textos longos…Hoje, tentarei ser o mais breve possível, no estudo das principais características desse mundo, que é a poesia heteronímica de FP.
Pessoa viveu a fase mais importante da sua vida literária depois de Cesário Verde (1855-1887) ”O poeta do olhar”; é de notar, no entanto, que Cesário o influenciou verdadeiramente, pelo menos na poesia de ALBERTO CAEIRO, o “GUARDADOR DE REBANHOS”, o poeta heterónimo na sua genuinidade telúrica, no seu gosto pelo deambular pela Natureza…
Não poucas vezes o referiu nos seus poemas, tanto nos heterónimos, como na obra ortónima.
E aqui lembro o poema em que escreve:”Ao entardecer, debruçado pela janela, / E sabendo de soslaio que há campos em frente, /Leio até me arderem os olhos/O livro de Cesário Verde. Pastor sem rebanho, que não o das suas palavras, somente, Caeiro deambula, errática e bucolicamente pelos campos, numa perfeita comunhão com a Natureza que o poeta realista-parnasianista tanto cantou. Depois de conhecer a sua poesia, Pessoa tratava-o por MESTREtal a sabedoria de vida que reconhecia haver em CV, que a tuberculose cedo ceifou das nossas LETRAS.
Caeiro distancia-se, no entanto, voluntariamente, de CV, pelo vocabulário simples, quase rudimentar (voluntariamente, também!) para nos dizer que não acredita senão nas sensações, no ver e ouvir, no não atribuir pensamento ao que escreve, pois que (poema I de O GUARDADOR DE REBANHOS) …Pensar incomoda como andar à chuva…pensar é estar doente dos olhos…pensar é não compreender…E assim, por aí adiante, numa recusa de pensar na origem das coisas, na Metafísica, no significado dos “porquês”…Portanto, diz : “Há metafísica bastante em não pensar em nada…O único sentido íntimo das coisas/ É elas não terem sentido nenhum”.
No poema VI, está latente, a sua filosofia de vida:”O meu olhar é nítido como um girassol. /
Tenho o costume de andar pelas estradas/ Olhando para a direita e para a esquerda, / E de vez em quando olhando para trás…”
Versilibrismo, (ausência de rima ou ritmo) muitos “e”, para dar a ideia de falta de cultura, paganismo ao deificar a Natureza, não impediram, que os outros heterónimos o considerassem O MESTRE, pela ciência simples de vida.
Nota-se na poesia de FP, que o poeta “passeia” em dois planos, perfeitamente perceptíveis, distintos: o interior, o do seu EU, e o plano das projecções ou exterior.
No plano íntimo, o poeta como que se decide a “peregrinar” por si próprio, em busca de uma espécie de “GRAAL” que é a sua alma multipartida (Não sei quantas almas tenho…/ (Poema NÃO SEI QUANTAS ALMAS TENHO) “Sentir? Sinta quem lê…/ (Poema ISTO ou “Minha alma procura-me/ Mas eu ando a monte…”( do poema SOU UM EVADIDO)
É como se fossem uma ou muitas MÁSCARAS de si próprio, nas PERSONAS que dentro, encontra.
E esta temática leva-nos, decididamente, às questões da eterna pergunta do homem: quem sou? Caso decidisse, neste momento, entrar por essa via, iria ter ao EXISTENCIALISMO, assunto que já tratei no nosso jornal.
Falar do plano projectivo não é difícil, se nos lembrarmos das impressões da vida exterior que condicionaram e influenciaram a vida dos modernistas e que eles pretenderam projectar nas sociedades, para verem, definitivamente banidas atitudes decadentistas e falsamente românticas. Foi a época do “ULTIMATO INGLÊS, DA Iª GRANDE GUERRA, DO ASSASSINATO DO REI D.CARLOS E da IMPLANTAÇÃO da REPÚBLICA, em 1910. As dores exteriores incidem, profundamente, no mundo interior!
Tanto é verdade, que o próprio FP, a respeito dos heterónimos, diz:” É sério, tudo o que escrevi, sob os nomes de CAEIRO, REIS E CAMPOS. EM todos pus um perfeito conceito de vida, diferente de um para os outros, mas em todos seriamente preocupados com o mistério da existência.”
Na realidade, um leigo na matéria pode ver três personalidades diferentes, três estilos poéticos diferentes, três “persona” com características próprias mesmo que divergentes,
mas que, pela temática, se apresentam seriamente angustiados com as questões da existência humana, o que transforma o POETA numa só entidade: FERNANDO PESSOA, ELE-MESMO!
Falemos um pouco de Ricardo Reis, o heterónimo clássico, o Dr.Ricardo Reis, que FP viu “ nascer”em1912, todo voltado para o Passado clássico e nebuloso poeta pagão, por conseguinte.Nos seus poemas tristes entram os deuses e outras figuras míticas, fala-se do Fado (Destino), da transitoriedade da vida, de como o tempo passa correndo como as águas de um rio, da mudança que se opera, consequentemente, no ser humano, sempre à mercê dos deuses… da MORTE, inevitavelmente. Por, isso, o poeta sente que deve viver todos os momentos da melhor maneira possível, sem compromissos, gozando o Momento e tentando superar a dor (estoicismo e epicurismo, Carpe diem e magna quies)já que os deuses é que comandam a vida humana com uma indiferença pasmosa! Acima deles, só o FADO, a que todos obedecemos e que comanda os nossos passos, até à morte!
Nos seus poemas, vemos expressões como estas:”Amemo-nos tranquilamente…Colhamos flores…pensemos que a vida passa…não fica nada, nada deixa e nunca regressa….”Só esta liberdade nos concedem os deuses: submetermo-nos ao seu domínio….No mesmo hausto em que vivemos, morremos….Colhe o dia, porque és ele….gozemos o momento…aguardando a morte, como quem a conhece…Nada fica de nada…nada somos….cadáveres adiados que procriam…este é o dia. Esta é a hora, este o momento, isto é quem somos e é tudo…Perene flui a interminável hora…Cada um cumpre o destino que lhe cumpre…ETC…
RR, um homem pouco feliz, um exilado, porque o seu Tempo é outro, é o da antiguidade clássica!

NOTA: impossível, tendo em conta o espaço deste artigo, concluir o estudo dos heterónimos e falar de Álvaro de Campos (AC) e de “MENSAGEM” (obra ortónima).
Falarei desta matéria, brevemente, pois em AC há três partes distintas. Depois, é preciso “unificar”, digamos assim, a poética pessoana.

Para já, termino com esta opinião do estudioso da obra de FP, ANGEL CRESPO:” Pessoa é um dos poetas mais enigmáticos de qualquer tempo e lugar! Os heterónimos conferem-lhe um prestígio oracular, de uma aura absolutamente fantástica…”

Mealhada, 22 de Novembro de 2011
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
maria.elisa.ribeiro@iol.pt
http://lusibero.blogspot.com
vv

terça-feira, 22 de novembro de 2011

POEMA: À NOITE--------------O SONHAR!

FOTO GOOGLE





À NOITE o SONHAR…


Penumbras de silêncio criam imagens interiores
incapazes de sair para o mundo da clarividência

Gaivotas fogem do meio dos trovões da tempestade
e aninham-se em cavernas
nas margens do mar alterado
o tempo é uma plenitude que não conseguimos adivinhar
e os relógios não param no meio dos trovões
. calam-se as teclas dos pianos no desalento das mãos
que se encolhem de frio…

Momento de cólera infernal
dilui-se na força do temporal.

A Terra, lavrada, encharcada,
Responde ao estertor
Murchando a semente …in memoriam

À noite o sonhar é meu
À noite o silêncio, sou EU
À noite é escuro como breu

E uma alma amargurada dá por si…Não é Nada!

Cavalos loucos não galopam a Noite.
Estrelas-do-mar refugiam-se na areia-abrigo
lá no fundo, onde o mundo não fala…
onde há algas esverdeadas de sonhos…
…esperançadas…
Os órgãos das catedrais não alegram as noites
com sonatas imortais…

Resta a quimera da Verdade
que fugiu…
…que se encobriu na capa do sono!


Cheira à sensibilidade do sorriso da noite.
Cheira à alegria de qualquer espaço no Dia.

No cimo da montanha, há uma praia abandonada,
na alma calada…

Marilisa Ribeiro
R-C12M-64-NOV/011-(MSN)

LUSIBERO PROTEGIDO!

ESTE BLOG PASSA ,DESDE HOJE, A ESTAR INSCRITO NA "INSPEÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES CULTURAIS"-IGAC, SOB a ORIENTAÇÃO DO/A ADMINISTRADOR/A USR12038.
ARTIGOS AQUI PUBLICADOS PODEM SER CEDIDOS ,PERANTE PEDIDO EXPRESSO À ADMINISTRADORA.
MARIA ELISA RODRIGUES RIBEIRO

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

FADO: PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE


É com alegria que apoio este processo.

Por muitos países do mundo, criam-se sites de apoio a esta causa que os estrangeiros, como italianos e búlgaros, nomeadamente, deliram em apoiar.

Quem passa pelas casas de fado, em qualquer bairro da capital ou mesmo, em Coimbra, não pode deixar de se emocionar ao ver as lágrimas nos olhos de turistas, que não viveram ,até hoje, O FADO, como nós vivemos.

Lindo de ver ,as novas gerações a espalharem o sentimento nacional, pelo mundo: Carminho, Ana Moura, Camané, Mafalda Arnauth...Tantos novos valores!

Apoio, incondicionalmente!


Mº Elisa-IGAC-usr12038

sábado, 19 de novembro de 2011

POEMA: TERCETOS INDISCIPLINADOS...

FOTO GOOGLE



TERCETOS INDISCIPLINADOS…

Abre-se o peito, à força do Vento, em dias de tempestade.
Vento é música do ar e a voz do silêncio pensa o vazio
no âmago, a arder de ansiedade.

Na voz do Vento oiço odores de flores da Primavera,
rubras, brancas, amarelas…sentadas num bloco de Terra
a cantar, ao desafio, numa paleta de azuis…

As nuvens perdem raízes e choram lágrimas-pérolas,
quando o Vento rasga seu ventre-casulo- de –água
que elas vertem para a Terra…

Promontório arrogante, pedra dura, disforme falésia,
não se rende à força do mar que o contorna,
qual nau procurando a paz, que não encontra na guerra…

E eu sinto o coração dos dias, no marfim
dos meus-poemas-ribeiros-de-mil-perfumes-
-capas- cristalinas, que se tecem num jardim…

Da crista dos pinheiros, ao ar erguidos, escorrem névoas
perdidas, depuradas pelos raios de sol que alegram
vidas, flores coloridas e neves endurecidas…

Cantam cigarras, no pino do Verão, a mais linda canção
da Terra, escondidas nos plátanos, nos pinheiros e nos
arbustos em flor…Eu sento-me nesse cantar, depurando o coração!

Cheiro pedras seculares de muros de Lamentação!
E as oliveiras crescem, junto ao Templo de Salomão…
Verte-se azeite no copo, que ilumina a devoção do mundo…

Pincelo as Palavras…torno-as apetecidas!
Surgem ideias, caladas, vindas da mente, viajando meu corpo
feito Poema, num orgasmo linguístico…o da PALAVRA-TEMA!

Marilisa Ribeiro
R-C12M-62 (vds) -SET/011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

NOVA VISITA DA "TROIKA"...






1_Estiveram cá, outra vez, os homens que controlam, ferozmente, as dívidas de PORTUGAL e as vidas dos portugueses.
Decidiram, porque Portugal "é um pau mandado", que podemos receber a próxima parte do empréstimo do estrangeiro.
Todos se vangloriavam por "esta vitória"!
Nem uma palavra para a miséria que estamos a viver, com os pobres que procuram restos de alimentos nos contentores do lixo, com o desemprego que atingiu 12'5% da população activa, com os milhares de jovens ,licenciados ou não, que não conseguem o primeiro emprego...

No meio disto tudo, choca o modo como os governantes portugueses se "ajoelham" perante três tipos que representam o capital da Europa e do FMI, que não são governantes nem nada mais que faces do dinheiro que estamos a receber e que temos que pagar com juros escandalosos.Teremos também que pagar pelo " trabalho"destes homens mais de 600 milhões de Euros, segundo uns, ou mais de 400, segundo outros.

Questionados sobre esta exploração de povos que não podem viver com estas dívidas, os senhores da "massa" responderam nada saberem desse assunto! Mas...Como, se eles sabem de tudo ? Sabem, em muitos casos, mais do que sabiam os novos membros ,do novo governo...?

PORQUE MOTIVO TÊM ESTES HOMENS DIREITO A DAR CONFERÊNCIAS DE IMPRENSA, COMO SE FOSSEM DONOS DE PORTUGAL, E AINDA POR CIMA DAR ORDENS QUANTO AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E QUANTO AO ALARGAMENTO DOS "CORTES" , AOS PRIVADOS? NÃO SOMOS NÓS UM PAÍS INDEPENDENTE DESDE O SÉCULO XII?

Mas o que dói ,mais notoriamente ainda, é o ar frio, álgido, esfíngico, do ministro das finanças, o homem que continua ,sem um pingo de HUMANISMO, a dizer que serão "roubados" mais dinheiros aos portugueses, se assim for preciso!

Precisamos de morrer de fome e doença para continuar a pagar impostos ,do outro mundo para este?

E as grandes riquezas de Portugal, os reformados de elite com carradas de milhares e milhares de Euros de pensão e muitos milhões de riqueza , adquirida, em muitos casos, nas duas últimas décadas?

Sabe-se ,hoje, pela boca de muitos constitucionalistas, que estes "cortes" nos subsídios, são INCONSTITUCIONAIS!Mas o que esperar de homens que não sabem o que fazer para implementar uma política de Crescimento do país? que prometeram tudo, só para chegarem com o rabinho às cadeiras de veludo do PODER -, durante a campanha eleitoral e ,logo nos primeiros dias de governação nos brindaram com roubos de pensões, com impostos sobre impostos, sobre gente que nada tem?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

sábado, 12 de novembro de 2011

O nosso país...

Foto google

Quem leu alguns dos vários jornais de hoje,começa a ver que, nos tempos de sócrates, afinal quem mandava era Vara...Tínhamos dois primeiros ministros!País singular, este onde vivemos e de onde ,muitos de nós já não podemos sair! Mas, gente jovem, se puderem...escapem! Venham matar saudades ,de quando em vez, e não voltem enquanto "as limpezas"não estiverem feitas!

Temos nos tribunais o julgamento do caso "Face Oculta". Quem pensa que vai ser feita Justiça. num caso em que o dinheiro é a "mola real" de tudo quanto se lá souber?Eu não! Não há Justiça neste pobre país!Vejam aos anos em que se fala nos casos de pedofilia do caso "Casa Pia"...Ninguém diz nada...eles andam por aí a gozar os seus dinheiros...as crianças foram intimidadas...foram esquecidos os alegados criminosos...quem pode falar do que sabe, está calado, porque a vida tem muito valor! e porque os "grandes" ,alegadamente envolvidos, SABEM MUITO DE OUTROS GRANDES...As "escutas"que, alegadamente,ALGUÉM do SUPREMO não queria que fossem ouvidas NUNCA...afinal, estão a enlouquecer os advogados dos GRANDES...que parece estarem a perder a cabeça com as verdades que estão a ser divulgadas...O próprio Manuel Godinho, o "rei " das sucatas que pagava a corrupção, está a sentir-se mal com o monstro que criou, entre os poderosos ...

O caso de Duarte Lima, acusado do homicídio de Rosalina ribeiro, no Brasil, está a mostrar-nos quanto o dinheiro pode transformar um ser humano.Pois o nosso Ex-deputado soma acusações atrás de acusações, de tal maneira que só de ouvir o seu nome, o homem já se tornou odioso...pois o dito tipo, foragido à Justiça do Brasil e procurado pela INTERPOL, não se faz ver, declara-se o mais angélico tipo do mundo, mas...fá-lo, através de carta para a AGÊNCIA LUSA! Olhem que nem põe o nariz fora da porta para se justificar com HONRA, nem perante os brasileiros ,nem perante a Justiça portuguesa! Tenho a certeza que, se tivesse "coisos" para se apresentar, via-se logo livre de trabalhos porque a nossa justiça só funciona com os pobres!

Grande manifestação hoje, em LISBOA, mobilizou as duas centrais sindicais e teve a adesão das forças de segurança, como nunca se viu...Os portugueses começam a dar provas de que Passos Coelho não sabe o que anda a fazer! Mas ,como se pode querer relançar a Economia dum país deixando de pagar ordenados, roubando tudo o que os pobres têm, inventando continuamente impostos sobre impostos sobre impostos...roubando o mais que podem e não devem, de tal maneira que não há dinheiro para comprar o necessário, quanto mais uns presentitos de natal?!

Outra ameaça ao país é o aumento de assaltos a tudo quanto é casa e quanto é loja! Portugal está a salto...Acreditam que não me lembro se temos Administração Interna?!!!!!!!!!!

Os bispos portugueses ,pela voz do CARDEAL PATRIARCA, mostram-se mais que preocupados com a miséria que, lentamente, vai corroendo o ar dos portugueses! Dizem que falta equidade na distribuição dos sacrifícios ,pois são sempre os mais pobres a pagar os alegados roubos de todos os "outros"...Descobriram " a fórmula" da pólvora...Mais vale tarde que nunca e fico feliz por a Igreja começar a" entrar"nas manifestações de desagrado deste povo, subjugado pela DUPLA "MERKOZY"...
Chega ,por agora, para não cansar...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

POEMA: DEGELO...

Circulam vocábulos pelo ar e pelos campos repousados,
na espera da eterna Primavera
dos sons semeados , prontos a desabrochar.

POETA-LAVRADOR!

Com dor, pintas letras matizadas, ainda por ordenar,
na cadência de uma sonata-visual!
Os arbustos das montanhas- dicionários
afastam o espírito inseguro, com que estou para lhes chegar…
As Palavras que toco com beijos alados
revoltam-se ,numa atitude de refusão…
Por cima do glaciar-fonético-lexemático ,rompe um sol de verdade
e o espírito arde na melancolia da Mensagem dos ares frios, à chegada!
Quereria sentir-me segura , neste deambular frásico…

Os seres emotivos …sofrem!

E como os nautas de Outrora que, inconscientemente,
através de ignotos mares enfrentaram o medos dos palmares,
segue o Poeta, a rota do reconhecimento da liberdade das sílabas,
para encontrar “canelas” em jóias de dicionários, de paginas amarelecidas!
As Palavras vindas das sílabas, dão-me total liberdade…
…com elas ,rezo, amo, convido e repilo…
…praguejo, cicio, sussurro…
-ENVIO-ME PARA O MUNDO!-
…desprezo e aclamo…desejo, suspiro, canto e proclamo!
Aglomero conteúdos, teço frases com sentido
e escondo-as, dentro, comigo…

O meu poema transforma-se numa Constelação!

Brilha, proporcional ao sentido que produz,
na mente de quem seduz…

Existo entre a vida dos meus poemas!

Quando a escrita desaparece dos dedos doridos do poeta,
choram Campos de Concentração…
…morrem vítimas de genocídios infernais…
…mugem refugiados dos campos de fome, da Somália e do Sudão…
sofrem seres dos Alpes aos Urais…

Corre , POETA, relata ao mundo, pela ponta da caneta,
a tristeza assinalada nas sílabas maceradas!
A Musa espera e leva-te no dorso do cavalo alado,
não permitindo que te veja desesperado!

POETA, anjo ARIEL da escrita…
Berço pesado das desditas universais…
E dos céus enluarados,
entregando-te sacos de vocábulos iluminados,
caem, por perto, areias de lexemas sagrados…




POEMA: C10J-86 (MSG) -Abr/011
Marilisa Ribeiro

domingo, 6 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

PASSAGEM DE OLHOS PELOS JORNAIS...





Torna-se cada vez mais doloroso ,este exercício diário...Fico angustiada a pensar em nós...na Grécia...na Europa , velho continente, sempre mais caduco...sempre mais dividido.

Como todo o Mundo sabe, PAPANDREOU, primeiro ministro do país com uma das civilizações mais antigas do universo, convocou um referendo para que os gregos digam ,de uma vez por todas, se aceitam mais imposições de miséria ou se, simplesmente, querem abandonar o EURO.Mas, pensando bem, a Grécia que sempre quis aderir à UE(união europeia), mesmo sabendo que tinha as contas dos seus Orçamentos todas ocultas, sem que alguém suspeitasse do estado miserável das suas Finanças,lá entrou e até já recebeu muitos milhóes de Euros para se equilibrar.O caso é simples de se pôr, aparentemente...Por que é que os gregos receberam esse dinheiro, que é de todos nós, ANTES de anunciar o referendo?Tudo isto parece uma "punhalada pelas costas" dos parceiros europeus, uma falta de dignidade de um governo desacreditado e incapaz, uma traição desta gente para com quem, ainda há uma semana declarou ir continuar a ajudá-los...Mau prenúncio para nós, portugueses?

É que, pensando bem, a Grécia foge porque já não tem dinheiro para roubar das contas dos pobres! Há gente a procurar sobreviver, deitada na rua, ao relento e procurando comida nos caixotes do lixo! Se bem nos debruçarmos sobre a situação portuguesa...Há anos que sabemos de gente que procura restos nos caixotes do lixo...há gente na miséria, como não se via há décadas, há ricos que não pagam impostos e estão cada vez mais "gordos", há gente que vive sem viver, sem direito à saúde , à segurança interna, à educação, aos cuidados médicos, porque "os cortes" na despesa são cada vez mais...

A Democracia deixou de interessar aos péssimos políticos que temos...não só nós, mas todo o espaço europeu!Como a política grega, a cair aos bocados, está também a portuguesa!A anarquia prepara-se para reinar; à Grécia, espera-a a bancarrota, o cancelamento da ajuda externa, a falta de dinheiro para pagar salários e pensões...enfim, um suicídio em massa!

A zona Euro está à beira do caos!Os Bancos e as Bolsas reflectem já as piores consequências!
Penso , em PORTUGAL, que tem que haver limites ao que os governos grego e português estão a exigir ao povo que já não vive...vai sobrevivendo com a ajuda de instituições de caridade que, elas próprias, já não dão vazão a tanta miséria!

Tempos negros, amigos, os que estamos a viver. Só nos faltava aquela "saída" do secretário de estado, um que tem emprego garantido no actual governo ,agora, e que o terá numa qualquer empresa, depois...A de dizer que é melhor os portugueses começarem a emigrar porque não é vergonha nenhuma e podem dar bom nome ao nosso país...

POEMA:IDEIAS DISPERSAS...(EM TI...)

IDEIAS DISPERSAS…


Nasce o sol.
Um céu rosa-avermelhado entra, lentamente, no âmago emocional.
A floresta rejubila o alvorecer.
Insectos irrequietos pululam por entre as flores e as ervas
Sorrindo, saltitantes, ao murmurarem alegrias silenciosas;
as nuvens são algodão doce que se desfaz, de repente;
o mar está calmo…não rumoreja tempestade,
não se agita no nervoso das ondas alteradas.

É hora de oração de beleza!
É hora de agradecer a Criação!
É hora de viver um momento de religião-cósmico-telúrica!
É Hora-Deus!

O puro ar que se respira no alvorecer vem carregado de memórias
dos homens que correram mares, para encontrar continentes.
Vejo olhos marejados a sofrer o sol que bate nas “sete colinas”…
Distingo, nas ondas, lá mais distantes, perfis de velas e mastros imponentes
de naus e caravelas do Outrora, vivos, ainda,
no sol avermelhado dos horizontes de Agora!

Sozinha, nesta nesga de mundo distante de ti,
sorvo ares de fantasia
e mergulho nas mãos das conchas e búzios, espalhados pelo areal.
Gaivotas desenfreadas aterram-me nos pés…
Parece que me ouviram O segredo…e voltam, logo, para as marés!
Nadam ao sabor das ondas na madrugada desperta…oscilam…
…e bicam a espuma esbranquiçada da água de escamas, prateada.
Oh…se não houvesse remorso e consciência,
não estaria em permanente penitência
a embrulhar os dedos, na areia desfeita.

(Mudez impenetrável obedece ao meu pensamento e sinto-me aniquilada!)

Falam-me belezas da Natureza a quem não sei responder…
Angústia…desespero e Vida…
Errâncias da memória, desenfreadas, enroscam-se-me no Ser!
Não posso estar sozinha, quando oiço os gritos de dor
vindos de mundos vizinhos…

Sofro!
Palavra-companhia! Meu cristal funcional!


E continuo a procurar-te, meu amor.
Esta determinação dói-me,
nos dias de sol e nas noites rubras de suor e névoas…
Procuro-te nos vultos sombrosos de árvores desfeitas
Pela força do vento…
…nos lagos luminosos, de luar resplandecente…
…na doçura da minha face, só e carente…
…nas mãos inquietas, de areia debruadas…
…nos sentidos toldados pelo sangue da loucura de um beijo ausente…

A minha Esperança é redonda, como o sol que te alumia
no orgasmo-luz que irradia…

R-C12L-28 (vds) -OTB/011
Marilisa Ribeiro