sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

 

Patrocinado · Financiado por Amnistia Internacional Portugal
 
Em Portugal, o direito à habitação ainda é uma realidade por cumprir.
Mais de 86 mil famílias enfrentam situações desumanas, vivendo em bairros degradados e acampamentos informais, em espaços sobrelotados, sem acesso a serviços básicos ou saneamento adequado. As condições insalubres e os riscos para a saúde são uma realidade diária para homens, mulheres, crianças e pessoas idosas.
Exigimos ao Governo que cumpra a sua obrigação de garantir a todos uma habitação condigna e sem discriminação.
➡️ famílias vulneráveis sujeitas a desalojamentos forçados;
➡️ sobrelotação, insalubridade e falta de acesso a serviços essenciais;
➡️ direitos humanos violados.
A Amnistia Internacional tem vindo a fazer investigação no terreno e apela ao Governo português para que implemente políticas eficazes que garantam habitação digna para todas as pessoas.
Todas as assinaturas serão enviadas pela Amnistia Internacional.
Assine a petição e ajude a assegurar o direito à habitação para todos em Portugal.
Assine a petição!

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POEMA:

 






SUAVEMENTE

 

 

Ouves, luar?

É o amor, impaciente, a clamar por atenção.

Ouve-o , atentamente, no respirar das estrelas saltitantes

perturbadoras e insistentes

do mágico movimento.A Lua Crescente compreende a impaciência, 

em que, conhecedora das noites dos amantes,

por lá pernoita, brilhante e prenhe de luz.

A lua sabe da nossa existência, porque a sente no irremediável odor

do toque que acabas de dar-me na face e nos cabelos, que se ajeitam...

...que cabem nessas mãos em que ME existo e ME entrego

 de um modo cego.

 

(Não há códigos, nem divinos nem humanos,

 que tolham a inocência da demência da entrega.)

 

Suavemente,

 seguras o meu pescoço e viras meu rosto para o teu.

Milagre do céu...Vertigem do Amor...Sufoco da dor natural...Ardor de cio fatal...

 

Perdidos os sentidos(Todos num confundidos-Verso de GARRETT)

Há acordes musicais que soam aos ouvidos como sinos das catedrais.

 

Tudo nos é indiferente, pois existimos só nós

Nesta leveza pesada da lua, tremendamente embaraçada.

E até logo à noite, o dia inconsciente da nossa verdade

Cheia de intensidade, decorre

                                                       naturalmente.

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

DEZ/2021

Bom dia, meus amigos, apesar da chuva!


 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

POEMA

 







ARABESCOS-VIDA

 

 

 

Correm-nos nos braços arabescos-vida colorido azul avermelhados

Desenhados no tornear genético do SER-EM-GÉNESE...

 

Percorrem teu corpo-monumento do pensar...do sonhar...do viver...

 

Veias, avenidas de líquido vivo a deslizar,

A  querer confluir na foz do meu exclamar.

 

Colunas de força e vigor teus arabescos vitais

Acolhem-me com toda a força do amor.

 

Errática,

Sulco esse monumento que respira a calmaria de um cansado mar,

Numa estafada nau,

Acostada ao porto- abrigo do cais das Sensações.

 

Então, desenhas o meu sentir nos arabescos ancestrais,

Que desnudas para eu poder viver.

 

©Maria Elisa Ribeiro

Texto registado

OUT/2021

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

POEMA

 


A MONTANHA RECORDA...

 

 

No cimo da montanha, em frente da casa onde nasci

e aprendi as primeiras ingénuas brincadeiras,

estão as ruínas daquilo que a lenda diz ser um templo

antigo, que o tempo foi roendo, com golpes de vento.

 

Conheço tão bem os atalhos e estreitos caminhos

que me lá conduzem...

Foi nesse meio

que brincámos tu e eu com as velhas pedras

que dele se foram desprendendo.

 

(Quanto Tempo já passou...

Hoje, a montanha recorda, como recordo eu...)

 

E despertou-me a aurora quase dourada com os raios

de Sol, que davam vida viva às flores, aos insectos sugadores

de mel e aos meus olhos desejosos de cores.

 

Sinto o Tempo-em-mim-por detrás de mim-na minha- frente-

-a-cada-momento-Presente.

 

Recordo. Cresci. Amadureci com os tempos de afastamento…

Mais um dia passou…Tu não vieste…

Vai-se anunciando o crepúsculo,

onde devem viver os deuses das palavras

que os meus dedos desejam escrever, para te ler_____

______ a ti, que não sei onde procurar______

 

 

 

 

Maria Elisa Ribeiro

AGT/017

 

Bom dia, meus amigos!


 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Poema:

 


                                                                   ALÉM  TEJO

 

 

 

O céu apresenta-se naquele azul-cinzento, que regala o olhar

onde as sombras mais imponentes são as das árvores

que se desenham,  estendendo-se pelo ar.

Na calma da noite vivem as sombras dos grilos e outros insectos

Que fazem ouvir os seus zumbidos ao cirandar pelos espaços abertos.

O silêncio é de tal modo irreal, que se podem ouvir os nossos pensamentos.

 

A noite vive em todo o país.

Estou a descansar num lugar que amo, perto de ÉVORA. Cheira-me a cortiça e a bolotas e pode ver-se que há vida

debaixo dos velhos sobreiros, filósofos da seca terra onde,

 de tempos a tempos, a envolvência mística explode em verdes, brancos, vermelhos,

lilases e noutros tons alterados a que a chuva dá vida,

quando consegue chegar aos montados.

 

E se estivermos atentos à solidão dos nossos pensamentos,

Ouviremos os passos de FLORBELA junto às suas papoulas

Onde, rentes aos rebentos de trigo, estarão sonetos antigos

Do ALÉM TEJO DE AGORA!

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

MRÇ/2024

 

 

 

domingo, 26 de janeiro de 2025

Literatura

 BREVES

No mundo todos gritamos desvarios,
dos dias que vamos vivendo.
Gritam os jardineiros,
que tratam das flores.
Gritam as árvores,
que não resistem ao fogo,
que as destrói,
da raiz até ao topo.
Gritam os homens simples,
quando os políticos mandantes
não entendem seus dolorosos clamores.
Outros, em longes tempos, gritaram já tantas dores! Eram os nossos navegadores, pais, filhos, noivos e outros pequenos-grandes senhores, todos eles homens navegadores,
que se ajoelhavam perante as massas de água de desconhecidos oceanos,
que geravam grandes temores.
Gritaram escravos,
que arrastaram pedregulhos para construir pirâmides nos desertos, conventos e catedrais.
Grito EU!
____________________________ Quero o céu do meu viver para Me engrandecer!
©Maria Elisa Ribeiro
Todos os direitos reservados
JAN/021

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Poema






 POEMA :

TERRA ARTERIAL
Passam os anos____a pouco e pouco
as raízes agarram-se à terra____sempre mais
fundas____até tocarem o mais profundo____
veio de lágrimas do solo
Longínquo e nocturno, o Tempo passa
e devassa o interior.
O Exterior resiste melhor à luz das estrelas
que se alongam pelos penhascos
___________onde os lobos uivam.
Não há mistérios no ventre do vento.
_____mistério é o que ele sente
sempre que uma abelha-favo-de-mel
o desperta ,
calmamente,
naquela Hora de Descoberta_____
Passam os anos_____
Vejo-os nas veias do sangue, que me corre
nas artérias-terra-de-MIM_______
Sinto-me TERRA ARTERIAL
_______e acalento palavras do mundo primevo
de lúcida inocência lexical_______
Mas, POESIA não é lamento! É olhar! É Placenta de vidas
inocentes, recém-chegadas aos dedos de um Poeta
a fixarem residência num solo-poema______
É Natureza no seu fulgor inicial, sem deuses,
sem tacto nítido da origem matricial
de TUDO-para-ALÉM- de –TUDO
Passam os anos….pois passam!
Situada no Eterno-do-Tempo, ao LONGE,
________uma guitarra desfalecida tange as cordas da verdade
envelhecida, sem Hora para chorar despedidas.
©Maria Elisa Ribeiro
JULHO/2018

Bom dia, bons amigos!


 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

POEMA:








SENSAÇÕES
Senti-te, ali perto de mim, em torno do meu respirar,
quando estava para adormecer.
Senti-te respirar...
Melodia acariciante, doce como as brisas do vento
que afagam árvores distantes.
Devagarinho,
acendeste a luz do minúsculo candeeiro,
passaste a mão pela minha face e apoiaste
a cabeça no nosso travesseiro.
Sei que os astros sorriam...
as nuvens claras passavam devagar...
a lua cobria a terra
e as montanhas não se cansavam de rumorejar
o leve som do vento a soprar.
Sempre que estás para chegar
ao meu calmo adormecer
há o cheiro peculiar do teu “after shave” a fazer-me esperar.
Passo-te a mão pela face, quase sem o saber...
E a verdade
é que o nosso dia começa
na noite
que acabaste de me trazer...
©Maria Elisa Ribeiro
Direitos reservados

Maio/2022 

Bom dia, meus amigos, com este lindo solinho!


 

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

sábado, 18 de janeiro de 2025

Feliz fim de semana, amigos!


 

POEMA

 







POEMA : ABRAÇA-ME (2)


Surgiste como furacão,
Empurrado pelo vento,
Em fragmentos do céu
Feridos por um trovão.
Esse momento único foi tão rápido e veloz
como a força da tempestade
que se espalhou pelo céu.
Senti que a felicidade não tocou meu coração
Pois o relâmpago estrepitoso feriu belas estrelas
Que se passeavam serenas
perante meus ternos olhos.
Logo me deste a protecção dos teus braços e eu pedi
para neles demorar a receber teus beijos,
nesse crepitar de vida,
que me correu pelas veias.
Essa música suave
soou aos meus ouvidos,
num divino aroma
que se dispersa pelas almas
que se afagam,
quando se encontram.
Abraça-me...assim...como se a noite fosse acabar nos raios de luar
e te levasse a passear,
por entre florestas iluminadas,
estrelas calmas e sossegadas,
rios a correrem para o berço-mar...
Beija-me como se o mundo fosse acabar e nada houvesse para nos conter.
Percorre meu corpo quente numa chama de relâmpago
que se não pode perder...
Deixa-me empalidecer de amor
até que a loucura escorra pela parede
que nos vai ver adormecer.
Enche toda a casa de amor,
como se fossem flores vermelhas, pujantes,
que eu ponho nos vasos para durar...
©Maria Elisa Ribeiro
Julho/2021