quinta-feira, 31 de março de 2022







 De um sopro…

*escalei a tua montanha de brechas;
não cheguei ao coração
da pedra em que repousei;
encontrei outra pele diluída
no papel onde soprei um poema;
*De um sopro…
só soprei…não escrevi!-
-mas encontrei os endereços das frestas abertas na tua rocha.
vomitei essa pele fria…e foi no papel que escrevi a Poesia.
*De um sopro…
no meio do nevoeiro denso que cobre a montanha, cedo a alegria
aos raios de Sol e canto, canto o belo amanhecer
que irradia do âmago dos meus lexemas.
*De um sopro…
tu és, só e apenas,
um estranho ponto de interrogação
sobre a encosta de uma perigosa ravina.
*De um sopro,
chama-te meu coração,
em surdina,
receosa dos defeitos
da madeira da velha colina...
JAN/011
Maria Elisa Ribeiro





 POEMA:

…D’OUTRA DISTANTE PRIMAVERA
viajam ternuras pelo sopro de alegres brisas,
que respiras nos dedos da vida…
O sol, de espírito sereno, descobre frestas numa janela de vidro
e estende-se pelo campo telúrico
rumo a um mar de azul deslumbramento.
Não, não olhes para trás…
…verás apenas uma extensão de neve
no pavor que, em estilhaços,
escondo do calor-dos-traços-de-ti…
vou atrás de uma primavera ofegante, a desfolhar pétalas-floridas-
-desabrochadas na luz d’Outra distante primavera,
cujo rosto é um canto de aves aceso no dentro-do-silêncio das tardes,
a passar pelos verbos de cantar-poemas- dos-lábios-que-te-invento…
Não, não é o vento que te roça ao de leve…é Outra-EU…
…que percorre os raios de sol das urgências
num respirar breve,
a aflorar a ousadia da angústia…
Outra-Eu…distante primavera fora da infância…
labirinto pessoal em sinuosa intensidade emocional
a querer SER
-em-clima-de-ousada-ânsia…
Maria Elisa Ribeiro- Portugal -2013

 

Patrocinado · Financiado por Amnistia Internacional Portugal
 
"Os meus filhos gritaram. Durante vários segundos, foi como se apenas existisse silêncio e o tempo tivesse parado. Assim que pude, tirei os meus filhos debaixo dos escombros."
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Réplica da Torre Eiffel, construída no Aterro do Flamengo, como parte dos festejos para comemorar o bicentenário da Revolução Francesa, com 60 metros de altura e pensando 60 toneladas, a maior já vista no mundo.
OBS: em destaque, à esquerda, o maestro Isaac Karabtchevsky e o pianista Arthur Moreira Lima, a festa de inauguração ainda contou com a participação do bailarino argentino Jorge Donn, o ballet de Dalal Achcar e da solista Fátima Alegria, tudo com patrocínio da Mesbla.
Foto publicada na revista "Manchete", em 08.07.1989.
Via grupo o Passado do Rio
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 Poema de Fernando Pessoa (inédito), in Internet:

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Arquivo Pessoa
Obra AbertaOBRA ÉDITA · FACSIMILE · INFO
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Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente..."
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