quinta-feira, 31 de maio de 2012

ARQUEOLOGIA


A ARQUEOLOGIA COMO FONTE DO CONHECIMENTO DO HOMEM-EM-EVOLUÇÃO


“A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) denunciou nesta quinta-feira que as tropas americanas e forças de segurança privadas contratadas pelos Estados Unidos para atuar na Guerra do Iraque causaram graves danos a sítio arqueológico da Babilônia.”
Folha de São Paulo, 09/07/2009” (apoio wikipedia)


Trago-vos, hoje, amigos leitores, um tema diferente para amenizar um pouco a nossa informação e porque há muitas verdades, para além das mentiras em que vamos vivendo.

Ao ler a notícia, em subtítulo, estamos a reportar-nos a tristes acontecimentos da época em que os americanos invadiram o IRAQUE. É sabido que estes homens, que não mostraram sensibilidade para com as obras de arte que foram encontradas, ao longo dos milénios, sacramentalmente guardadas no sítio arqueológico da BABILÓNIA, no, então, ilustre, museu de BAGDAD, não primavam pela Cultura e, por conseguinte, não perceberam que estavam a profanar provas da cultura clássica da existência do mundo, em que nós, europeus, nascemos. Tenhamos presente que, pelos mesmos motivos (falta de cultura), foram destruídas as culturas índias do território americano, para se fazer a colonização do mesmo, com a ajuda de gente que os estados europeus não queriam no seu espaço territorial.

Isso passou, os factos históricos o atestam, e aí temos a grande potência americana, onde muitos portugueses encontraram e ainda encontram o que a Pátria lhes não pode dar.

Seguindo: admiro os homens e mulheres que, com paixão, passam a “vida de cócoras” para exultarem com um simples “caco”, um bocado de pedra ou qualquer simples objecto de cerâmica, que, mudos, falam a língua dos nossos antepassados.

O homem evoluiu, em todos os sentidos, ao longo dos milénios. Infelizmente, evoluiu também no mal, tendo-se tornado o pior dos predadores, falso, hipócrita e farisaico. Mas nós não somos perfeitos e até os nossos piores defeitos são fruto da evolução.

A Arqueologia é um fascínio. Os meios de comunicação têm feito eco de imensas notícias sobre o passado milenar do Homem, que não podemos deixar de referir como passos importantes a atestar a nossa história; mostram, ao mesmo tempo, a nossa característica de seres únicos da Criação, dotados de inteligência, capacidade de manipular objectos, de comunicar por meio de um aparelho fonador e de usar as mãos para transmitir história. É aos arqueólogos que devemos todos os conhecimentos de que hoje desfrutamos, no que concerne às descobertas sobre as nossas culturas e os berços originais da nossa formação.

Pensemos no nosso país, particularmente; se nos lembrarmos de tudo o que se tem descoberto, facilmente concluímos, com orgulho, de que, de Norte a Sul e de Este a Oeste, somos um verdadeiro museu da história dos povos que ainda vivem na nossa genética. O Centro é um retrato vivo das civilizações que aqui viveram, nomeadamente, os romanos, os árabes, os judeus, os celtas, etc. Pena é que o nosso país não disponha de facilidades financeiras para se descobrir tudo e pôr à nossa apreciação verdades como as das gravuras do Côa e do vale do Ave. A perfeição dos traços artísticos de gente que por ali passou, há mais de 20 mil anos, é comprovada por especialistas mundiais de renome.

Ultimamente, de há dois meses, mais ou menos, a esta parte, imensas notícias têm engrandecido os nossos conhecimentos, no aspecto arqueológico. Foram encontradas provas de um calendário da civilização maia, destruída, como se sabe, pelos espanhóis na época da conquista do ouro. O “santuário” estava coberto de terra e vegetação densíssima na região de XULTÚN, na GUATEMALA (notícia do jornal “PÚBLICO” de 11 de Maio/012, da autoria de NICOLAU FERREIRA); foi encontrada uma sala em cujas paredes, hieróglifos milimétricos, decifrados pelo cientista WILLIAM SATURNO, da Universidade de BOSTON, mostram um calendário com a contagem dos dias que confirmam “Os antigos maias previam que o mundo ia continuar e que, daqui a 7000 anos as coisas iriam ser como agora”(do mesmo artigo de 11/05/012).

Um outro artigo, mas do dia 8/05/012, da autoria de ANA GERSCHENFELD, fala das pinturas rupestres da gruta CHAUVET, no sul de França que são, a par das de ALTAMIRA, em ESPANHA as mais antigas do mundo. Ao ver a perfeição das cenas retratadas por esses homens primitivos, não podemos deixar de nos emocionarmos com o dote da inteligência com que a espécie humana foi criada! Apesar de primitivos, foram deixando para a posteridade o testemunho das suas vivências, do que comiam, de como viviam, do espírito de agregado familiar, da descoberta do fogo e de como tudo modificou as civilizações, a partir daí. O território australiano, nas regiões habitadas pelos aborígenes, é outro “santuário” de testemunhos antigos. Na ÁSIA, nas grutas onde alguns povos vão recolher a “baba” das andorinhas para vender aos ricos, há provas da passagem dos homens antigos, como as que encontramos na Europa e na América. E que dizer do VALE DO NILO, no EGIPTO? E da escrita hieroglífica decifrada da “PEDRA DE ROSETA”, por Jean François Champollion?

Haveria tanto, ainda, para dizer…Mas, como sempre, sou forçada a parar, porque sou “perigosa” com uma caneta na mão…
Até sempre, amigos.



Mealhada, 2012-05-30
Maria Elisa Ribeiro
Maria.elisa.ribeiro.@iol.pt
http://lusibero.blogspot.com

quarta-feira, 30 de maio de 2012

POEMA:EROS


EROS


Quando o sol acorda, durmo ainda no calor repousante
de teu corpo.
Uma lassidão forte como droga embriaga-me os sentidos,
cansados, desinibidos.
No meio do oceano, acordam as sereias, no dorso dos golfinhos
que respiram a luz do sol e cantam hinos marinhos.

Vivo das tuas mãos, no som da voz que percorreu minhas avenidas
de cheiro a jasmim e a rosas do jardim do paraíso.
Meus caminhos de mulher são o lençol de linho bordado
a rosas abertas, onde teu corpo conspirou uma sinfonia de amor…

A noite adormeceu nos nevoeiros do bosque
sob os braços do luar.
O silêncio mágico é agora cortado pelo canto dos pássaros,
que bicam os frutos do pomar amadurecido.

E a vela , tocada pelo vento, sabe ser este o momento
de largar pelo mar fora
cortando a água azul ,que vai até ao firmamento.

Quando a noite acordar, percorrerei teus caminhos
como sereia, no dorso dos golfinhos …

O mundo, à volta, não importa!



Marilisa Ribeiro-Maio/012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O 28 de Maio de 1926


A revolução propriamente dita tem origem em Braga, a capital da província do Minho, uma das regiões mais povoadas de Portugal. O comando das operações é assumido pelo General Gomes da Costa, que chega à cidade na noite do dia 27.

A 28 de Maio, uma Sexta-feira é proclamado o movimento militar e inicia-se a movimentação de forças desde Braga para Lisboa. Ao longo do dia seguinte, Sábado, 29 de Maio, unidades militares de todo o país declaram o seu apoio aos militares golpistas, enquanto que em Lisboa a chefia da polícia também adere ao golpe.

Gomes da Costa:

Gomes da Costa comanda em Braga as forças do Regimento de Infantaria nº 8.
No entanto, opõem-se-lhe as forças comandadas desde o Porto pelo comandante da III Divisão do exército, Gen. Adalberto Sousa Dias, que manda as suas tropas avançar em direcção a Braga e assumir posições defensivas em Famalicão, a meio caminho entre o Porto e a cidade revoltosa.
Mas no dia seguinte, 29 de Maio, são anunciadas adesões ao golpe por parte de divisões militares com base em Vila Real, Viseu, Coimbra, Tomar e Évora (4ª Divisão), isolando as forças do Porto

domingo, 27 de maio de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

POEMA: HÁLITO DA NÉVOA


HÁLITO DE NÉVOAS…


Doeu-me o queixume da alma em chama
quando teus olhos poisaram,
lenta e profundamente,
no pôr-do -sol do meu horizonte.




Perdeu-se a pobre, ao olhar-te…
e passou, então, a adorar os fragmentos
do fulgor de um sonho resplandecente,
da tua imagem de deus.



(Tive ciúmes, ó céus…)



Partilhamos, eu e ela, uma- chama -que- me- arde
quando, ao cair da tarde, debruçada da janela,
desfaço fios-da-meada-do-tempo
para que possas ver o hálito de ouro do meu templo.



Imaginas o que fazes, quando sinto, no
meu poema-secreto,
a doçura dos lábios que roçam lençóis
na noite ereta do meu telurismo
perdido no abismo das tuas veias?



O corpo-meu-em-delírio revela-te
os segredos de um arquiteto-desejo
que erige pontes e catedrais numa onda de vagas alteradas
que não param nunca mais!




Tuas mãos, saídas das névoas, suam flores de odorosos sussurros
que,
sob o peso do céu,
sem pudor,
se acomodam em teu oceano-ilha-poema-meu…




Palavras perdem o corpo ao enredarem-se em nós…
E já nem sei o sexo das flores ou das montanhas
quando é hora-de-nós-no-teu-morrer-em-mim…



Almas fundidas não sentem as frias ondas do mar…
Navegam adormecidas em bafos de suave calor…
Ciciam meias palavras, loucas e entorpecidas…
Ondulam, drogadas, em espumas de doce torpor …



Uma densidade líquida a escorrer pelas algas nuas
banha o hálito das névoas …
Um orvalho deslizante insinua-se entre as quatro paredes
da nossa floresta-ser-a-viver…
Cumpre-se o antigo rito das mãos entrelaçadas
enquanto que os olhos se afogam em ramas enevoadas…


Como é pungente o inverno-do-não-ter-amor…
Como é diferente o verão quando não há calor…


Quão baço é o canteiro onde os pássaros não sonham…


Quão tristes são os aloendros, quando perdem as pétalas!




Marilisa Ribeiro
C13 N-46-(ERT)-Abl/012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

POEMA: TOCA_ME A ALMA


TOCA-ME A ALMA…


Toca-me a alma…
Aperta as pálpebras e sobe à balança do meu querer-te…

Os astros cintilam no som verde das florestas
e ouvem a alegria das nossas gestas…
Ao encontro do teu azul desce meu mar de amor,
a ondular marés –cheias…

Nos grãos de areia estelar, deponho a face,
tela do coração em vibrante vermelho
a faiscar o encanto de te querer.

Ampara os muros por detrás do sol e deixa-me amanhecer-te!

Aponta teus dedos ao infinito do meu amar-te…
Canta-me aos ouvidos
os sons do entardecer-até-que-eu-te-saiba-ser!

Não oiças a brisa dos pinheiros
que não tocam músicas nos gritos silenciosos
da minha sinfonia!

Deixa que a poesia levante a voz
nos lexemas-paixão do meu hino de amor…

Nunca saberei escrever todas as palavras da noite
em orgasmo-luz…

Sopra-me no sangue o aroma das pétalas vermelhas
que acordam centelhas…

No firmamento, explodem astros a espalharem
raios de fulgor nos caminhos mágicos onde a seiva dos
álamos os reproduz…
Amo-te nesta poesia onde faltam palavras
que se perdem, entontecidas, na prata das águas do mar.

Murmuro-te sentidos…perdidos…a resvalar em aromas de prazer.
…mas permaneço o sulco do campo que tu não podes arar…

Toca-me a alma…
…com mãos delirantes de semeador
de searas ondulantes, ao som do calor.

Esta poesia vai seguindo, insaciável de ti,
ser planetário- em -processo -de -desfragmentação -de –MIM…



Marilisa Ribeiro-MAIO/012

terça-feira, 15 de maio de 2012

PASSAGEM DE OLHOS PELOS JORNAIS...


Continua na ordem do dia o discurso de Passos Coelho, primeiro -ministro de Portugal, que há dias disse e repetiu, até à exaustão, que "estar desempregado, em Portugal, não é o fim do mundo de nada; antes pelo contrário, é uma oportunidade para começar uma nova vida"!

Num país onde a fome é já a mais triste realidade, em todos os sectores da sociedade, excepto nos ricos gerentes e administradores de grandes empresas, num país onde não há aumentos de ordenados e o estado vai roubando o que quer, das reformas dos idosos, num país onde os centros de apoio alimentar estão em ruptura porque não podem suportar ajudar tanta gente com necessidades, num país onde as crianças chegam às escolas sem comer, num país onde os universitários são forçados a abandonarem os estudos porque os pais deixaram de ter dinheiro para suportar as despesas, num país onde os grandes do PSI-20 se aumentaram de ordenado e ganham 44 vezes mais que os trabalhadores, depois de tal discurso deste homem desumano e insensível, somos forçados a rever, mentalmente, aquele filme de George Clooney-O DESPEDIDOR-onde ele tem o papel de decidir do futuro das gentes que trabalham.

Seria hora de pôr no desemprego, sem oportunidade de que algum dos "gordos" amigos lhe desse trabalho, este passos coelho, para ver como ele faria frente a "tal grande oportunidade na vida" e como alimentaria as necessidades da sua fam~ilia de berço d'oiro!

Lembremo-nos, amigos, que temos mais de um milhão de desempregados e que as estimativas das entidades internacionais apontam para um contínuo aumento de gente sem trabalho!

2-A UNESCO, felizmente! está contra a construção das barragens que o governo, desde os tempos do malfadado sócrates, tinha planeado para o território da região património da humanidade do FOZ-TUA!Nunca assistimos a tantos desastres na linha do TUA, como depois de os políticos, em segredo, terem decidido fazer barragens, roubando.nos a riqueza da água dos rios, a riqueza das paisagens, da fauna e da flora de uma região de ímpar beleza.

A obra seria ruinosa para a economia nacional! Até porque , sendo pobres como somos, pagamos a energia mais cara da União Europeia, sem beneficiar de tantas barragens!

Nota: voltarei, com mais notícias...

Maria Elisa Ribeiro
Mealhada, 15 de Maio de 2012

quarta-feira, 9 de maio de 2012

DE TUDO UM POUCO...A cimeira da CPLP, em Luanda, sobre o desacordo ortográfico...

DE TUDO UM POUCO…

“Não escrevo em outras línguas, pois muitos não entenderão, escrevo em Português, para todos saberem!”

Dandara Medeiros

A cimeira de Luanda da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), no dia 30 de Março/012, teve como fim discutir a oportunidade do novo Acordo Ortográfico (AO) e todos, na acta final, escreveram PORTUGUÊS, a língua que alguns, de entre nós, portugueses, querem que se desaprenda; e de tal modo que, à revelia de todo o tipo de ética, já os nossos filhos e netos estão nas escolas, a aprender “essa coisa”, misto de inconsciência e de ignorância linguística a que chamam português, assim…com letra minúscula.
E aqui, cito uma ideia da nossa escritora Agustina Bessa-Luiz (ABL) que, por sua vez foi citada num artigo do “PÚBLICO”, no dia 3 de Maio (página 46) : “Onde não há inocência, pode haver pecado; mas onde não há sabedoria, há sempre desgraça.”
Acontece que nessa cimeira esteve, também, como seria de esperar, o Ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato. Deve ter falado, na cimeira…Não me lembro se falou, quando chegou a Portugal, na volta de Luanda…
Nas semanas que precederam esta reunião dos ministros da Educação dos países, nossos irmãos de Língua, Angola esforçou-se por mostrar o seu desagrado por este “AO” tendo feito sair, no influente JORNAL DE ANGOLA, um artigo em que se afirmava o desacordo com a atitude unilateral de Portugal de “obrigar” os povos falantes e escreventes de Português a mudarem a identidade nacional da Língua. Diziam os angolanos, nesse artigo, que ninguém, nenhum país da CPLP” tem mais direitos ou prerrogativas, só porque possui mais falantes ou uma indústria editorial mais pujante”…e mais: …” queremos a Língua Portuguesa-assim, com letras maiúsculas!-que brota da gramática e da sua matriz latina…e se o étimo latino impõe uma grafia não é aceitável que através de um qualquer acordo ela seja, simplesmente, ignorada…devemos, antes de mais, respeitar a matriz do Português e não deixar que ela possa ir a reboque de um difícil comércio das palavras.” Vergonha! Devia corar de vergonha essa coisa que dá pelo nome de Governo de Portugal! E esse senhor que, sendo também escritor de Português, que se chama Nuno Crato e até é ministro da Educação deste país, se submeteu, por ambições de poder, a aceitar pôr em prática essa aberração, essa mixórdia de degradação linguística em que se transformou a nossa Língua!
É sabido que num artigo aqui publicado, há dois meses, mais ou menos, tratei esta matéria, com o espírito crítico de revolta, próprio de um Professor de Português, que o serei SEMPRE! É conhecida a minha vontade expressa de continuar a escrever na Língua que aprendi e ensinei!
Podem os editores de um e de outro lado do Atlântico esfregar as mãos de contentes pelo “negócio”, mas o seu ganho é uma realidade minúscula à luz do nosso prejuízo maiúsculo. Não vou sequer entrar ou discutir teses sobre a etimologia ou a fonética, porque disso tratarão os linguistas. Podem obrigar os alunos e o restante povo a esquecer as consoantes mudas…o que não podem é calar a voz do mal-estar , com forte acento gráfico e um hífen gravado entre o “anti” e o tal “acordo”, feito entre eles…A disciplina partidária reinante no nosso presente político-parlamentar obrigou a votar um ABSURDO…impô-lo nos livros que estão a ensinar as primeiras letras e não só, aos nossos filhos, é crime! Os cidadãos portugueses e de expressão portuguesa estão a aprender a deixar de saber escrever… Que a atitude dos nossos amigos de ANGOLA sirva de exemplo e que os portugueses se manifestem sobre se querem a mixórdia anti- pessoana…Mas como isso seria uma atitude democrática…não sei se “eles” quereriam que o povo se pronunciasse…
Os homens incultos das caravelas expandiram por todo o mundo uma Língua- Mãe que tem que ser respeitada, como factor de identidade nacional que, no dizer de PESSOA, “ uniu…já não separou….”Penso que não há paralelo nem precedente em qualquer grande língua de grande cultura uma situação como esta, tão difícil de qualificar. Mesmo os ingleses que, como nós , tiveram a Língua como elemento de união com os países onde estiveram ao longo dos séculos, são a favor da evolução linguística, aceitando as características adaptadas pelos falantes da COMMONWEALTH, sem revolução linguística. Dizem eles “ EVOLUTION RATHER THAN REVOLUTION”!(evolução sim, revolução não!)
O facto do AO não suscitar consensos e de a defesa da nossa Língua estar consignada na CONSTITUIÇÃO, a par da Lei de Bases do Património Cultural, o facto de o AO estar a viver num mar de erros de ortografia, tudo isso e muito mais, deveria suspender, imediatamente, este processo vergonhoso de quem esqueceu que a nossa Língua tem identidade marcante, no contexto do mundo cultural.
A Angola, agradeço a luta encetada! Por mim, que nada sou, estou a vosso lado!


Mealhada,9 de Maio de 2012

Maria Elisa Ribeiro
Maria.elisa.ribeiro@iol.pt
http://lusibero.blogspot.com

domingo, 6 de maio de 2012

DIA MUNDIAL DA MÃE


DIA MUNDIAL DA MÃE


Saúdo todas as MÃES, de todo o mundo!
Nem de outro modo poderia ser…
Ser Mãe é dar vida –à –vida! no mais lindo e terno milagre da Criação.
É ser árvore que gera ramos que geram folhas e flores, que vão dar fruto!
Ser Mãe é ser flor que desabrocha mesmo na alma da rocha!
…é ser Lua a sorrir, em fase Quarto-Crescente
marota…feliz…irreverente!
Ser Mãe , é ser segredo maior que sabe que vai ser alegria-na-dor!
Ser Mãe, é ser-mulher-a-dar-se e viver um momento mágico
que ninguém pode descrever!
É sorrir e é chorar! É sofrer-vivendo-a-amar!
É ter a liberdade de perder a Liberdade de Viver…
É amar a toda a hora de todos os momentos dos dias,
com ar de alegria e coração a gritar!
Que ninguém possa viver se te profanar, ventre de Mulher, com a força da violência!

Amo-vos, Mães do Mundo como Eu,
que tudo dais pelo vosso bocado de céu,
para que o Mundo-possa-Ser!



Nota: não pretendo ter escrito um poema!
É somente o meu sentir a viver nas Palavras do Amor de Mãe!


Marilisa Ribeiro
Maio de 2012-Homenagem às MÃES do MUNDO

sexta-feira, 4 de maio de 2012

POEMA: IMPÉRIO


IMPÉRIO


Verga-se meu corpo, na falta do teu…



Foge-me o solo de debaixo dos pés
pronto a explodir de dor
na minha saudade-de-fogo
vivida-no-teu- peito-mina –d’oiro, consumada…



A travessia do meu império dos sentidos acorda e relembra…



v Ateia-se uma chama-vulcão-fénix…



Meu espelho de palácio íntimo, de esplendorosa marginalidade,
viveste-o na tua natural sensualidade.
Fiz um futuro nos braços com que Me viveste
à força do teu sol que ardia, quando Te sentia…
Era a ter-me, tão lindo!o nosso anoitecer em Vénus…
E era um céu, atravessar a força do teu rio…



Ninguém percebia o prazer, nos traços do rosto que tu bebias…
Desaparecias nos braços onde desaguavas os teus oceanos de cansaço-descansado…


Uma tempestade de intenso magma sensorial
abala as minhas estruturas.



Incauto, não ouves as vozes dos ventos que se soltam das marés…
…que desviam rotas que-afastam-desejos-dos-rios-
-que se colam aos horizontes de fé…
…que extinguem o sol brumoso do rio
cujas margens se apagam, quando esfriam…



Conheço
ainda
de cor
o estalar da valsa de Chopin
que comigo dançaste
num louco rodopiar…

Permanece no ar aquela luz sobrenatural
que nos forçava a ressoar!


Extenuada de sonhar, adormeço-contra- teu-corpo-sem-ti!



A noite verga-se à ventania amarga, sem forças para se impor!



Um dia-prometo!-se o teu desmaio se ouvir nas asas do vento norte,
vou esperar-te junto ao mar,
naquela espuma leitosa que ainda –vive-no-tempo-do-nosso-AMAR,
presa da embriagante paixão do meu-DAR-ME…



Marilisa Ribeiro-FEV/012

LITERATURA PORTUGUESA

CAMILO PESSANHA (1867/1926)

“CAMILO PESSANHA ensinou a sentir veladamente; descobriu-nos a verdade de que, para ser poeta, não é mister trazer o coração nas mãos, senão que basta trazer nelas a sombra dele”
FERNANDO PESSOA, in “DIMENSÂO LITERÁRIA”- ISBN972-0-40055-2


Nasceu CAMILO PESSANHA (C.P) em Coimbra, onde se formou em Direito.
Poeta do período conhecido como o da POESIA FINISSECULAR (fins do século XIX, princípios do séc. XX), autor de vasta obra da qual destacamos a colectânea de poemas, intitulada “CLEPSIDRA”, foi C.P. um verdadeiro cultor do SIMBOLISMO, um “homem poeta” que nos forçou a visualizar imagens da vida, com SINESTESIAS de uma beleza rara. O SIMBOLISMO preconizava, precisamente, que a cada Imagem correspondesse um som. Assim, a sua poesia é rica de imagens que, aliadas ao som que recordam, convertem a mesma em sensações maravilhosas, de um encanto inegável.
Ao descrever o som do violoncelo que toca ou das águas que passam sob a ponte, o leitor é, como que levado, a ouvi-los e a vê-las como se lá estivesse a “viver” o fluir das águas e dos sons musicais, que as mesmas sugerem.
DE notar que este violoncelo que toca, pode significar a própria VIDA! Quando jovens e saudáveis, no tempo em que “os Outonos”ainda não pesam, somos como instrumentos musicais, que tocam as mais belas melodias…
Seguidor do poeta simbolista EUGÉNIO de CASTRO, podemos afirmar, do que já ficou dito, que a sua poesia de angústia, pessimismo, desalento e solidão, transborda de impressionismo ao deixar-nos “ver” símbolos nas palavras.
Cada seu poema é, por conseguinte, rico de imagética (deixa ver imagens), que provoca sensações nos leitores, de modo a permitir uma ajuda preciosa na interpretação das mensagens.
Vejamos extractos do poema “VIOLONCELO /”: “Chorai arcadas/ Do violoncelo! / (…) Por baixo passam/Se despedaçam, /No rio, os barcos, / (…) Águas…Fundas, soluçam Caudais de choro…/”. É impossível não “ouvir” o violoncelo a “chorar”… e não ver as arcadas da ponte por onde passam os barcos… e não ouvir as águas do rio a correrem…
Num seu soneto, bem conhecido dos leitores da sua obra, diz o poeta: “Quem poluiu, quem rasgou os meus lençóis de linho (…)/ Quem quebrou(…) a mesa de eu cear, - tábua tosca de pinho?/ E me espalhou a lenha?E me entornou o vinho?/ (…) Ó minha pobre mãe!...Não te ergas mais da cova./Olha a noite, olha o vento. Em ruína, a casa nova…/ “.
Lindíssimo poema, de carácter rememorativo, onde”sentimos “ a infância dele e de cada um de nós, ao “ver” os lençóis, a mesa, o vinho, a casa em ruína… a mãe já falecida… E” ouvimos” o escaqueirar da mesa, “vemos” o vinho entornado na “ toalha branca”, lembrando o “sangue” dos nossos desgostos, entornado, inclusive, nos limpos panos em que dormimos…
Por toda a poesia de C.P , feita de Imagens- símbolo, repassa a angústia da transitoriedade da vida, o envelhecimento quotidiano e implacável, as “sombras” do nosso dia-a- dia, a Morte…
Veja-se, ainda:”Imagens que passais pela retina/ Dos meus olhos, porque não vos fixais? / que passais como a água cristalina/Por uma fonte para nunca mais…! / Ou para o lago escuro onde termina/ Vosso curso, silente de juncais (…) /”.
Viajou muito, o poeta, tendo vivido noutros países, como MACAU, por exemplo. Nunca deu muito nas vistas, mesmo quando andou em Coimbra. Foi a revista literária “ORPHEU” quem deu pela poesia diferente deste homem, que se exilou no Oriente. “Homem de escrita fina, refinada e um pouco difícil…”- afirma PAULO FRANCHETTI, in “DIMENSÃO LITERÁRIA.
Dos seus verdes anos, a escrita e a temática, demonstram influências notáveis: ANTERO DE QUENTAL, JOÃO DE DEUS e, sobretudo, CESÁRIO VERDE. Deste último, principalmente, nota-se a influência do recurso à mistura de sensações visuais, auditivas, gustativas, tácteis e olfactivas, que redundam em sinestesias vivíssimas, geradoras de um visualismo provocador de EMOÇÕES; e parece que cheiramos o vinho despejado, que ouvimos o escaqueirar da mesa, que vemos os lençóis brancos e a toalha suja desse vinho…
Alguns estudiosos consideram CAMILO PESSANHA um precursor do MODERNISMO pelos ares de cansaço, tédio, abulia em relação à decadência finissecular; mas é, particularmente, pelas primeiras atitudes poéticas de “fragmentação” do EU, que assim o consideram. Esse aspecto de poesia de fragmentação irá ser a génese dos heterónimos de FERNANDO PESSOA, que tratarei, brevemente, em várias secções, pela complexidade e riqueza temáticas.
A ÁGUA é um dos motivos poéticos mais recorrentes em C.P, até porque, se nos recordarmos do que tenho dito a respeito deste elemento da VIDA, é ele que sugere o passar dos dias, o fluir do tempo, o nosso envelhecimento… A água corre sempre, rejuvenesce sempre… Mas nós, humanos, vamos decaindo e andando para o NADA final, que é o culminar da nossa ligação com a NATUREZA. PROFUNDA AMARGURA…
Artigo, forçosamente, reduzido, dada a grandiosidade da obra do grande poeta.


Mealhada, Maio de 2012 (REP)
maria. elisa.ribeiro@iol.pt
http://lusibero.blogspot.com

terça-feira, 1 de maio de 2012

Foto google

DIA DO TRABALHADOR




O meu ABRAÇO UNIVERSAL A TODOS OS TRABALHADORES QUE, COM A FORÇA DOS SEUS BRAÇOS E DA SUA INTELIGÊNCIA, CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DO MUNDO! QUE OS PATRÕES SEJAM HUMANOS! QUE OS POLÍTICOS DEFENDAM OS SEUS OPERÁRIOS, SEM OS QUAIS NINGUÉM PODE VIVER! QUE O HUMANISMO IMPERE, NUMA UNIVERSAL CADEIA DE UNIÃO ENTRE OPERÁRIOS! ABRAÇO FORTE PARA TODOS OS PORTUGUESES QUE, NÃO TENDO FUTURO ENTRE NÓS, FORAM E CONTINUAM A IR PELO MUNDO INTEIRO, À PROCURA DE TUDO O QUE A PÁTRIA LHES NEGOU!


Mª Elisa-1º DE MAIO DE 2012