sábado, 27 de outubro de 2012

SALVAR OS ÍNDIOS GENUÍNOS DA AMAZÓNIA




SALVAR A AMAZÓNIA E AS COMUNIDADES ÍNDIAS (artigo em duas partes: parte 1)

Que os índios da floresta amazónica estão ameaçados pela ganância de tantos homens, que muitos e muitos milhares têm morrido em consequência da cobiça do “Homem- Branco” que não olha a meios para conseguir os fins, que a magnífica floresta está em perigo e com ela todos os seus naturais habitantes, indígenas, fauna e flora, pelos fogos ateados por colonos e madeireiros, para conseguirem mais terras de cultivo ou para roubarem as madeiras e se irem apossando de solos carregados de minérios nobres, que os fogos não param naquele emaranhado de árvores onde vivem seres místicos, misteriosos, protegidos pelos novos sacerdotes Druidas, que são OS ÍNDIOS, de NORTE A SUL, DE ESTE A OESTE, que a floresta mais bela e rica do Mundo é considerada “O PULMÃO DA TERRA”, que muitas tribos indígenas têm sido dizimadas por doenças adquiridas em contacto com “o bicho branco”… TUDO ISSO SE SABE, DE SOBEJO, pois os meios de comunicação nada nos escondem!

Assim como se sabe também dos “bordéis” espalhados pelos segredos da selva, instalados por verdadeiros animais sem alma, valores ou ética, que raptam, drogam e exploram raparigas índias, para se prostituírem, como escravas sexuais, recebendo em troca a devassidão, a droga e o álcool, vícios que as levam à total degradação.

Assim como também se sabe que já o PADRE VIEIRA, jesuíta diplomata e pregador, que calcorreou as terras amazónicas, no século XVII, lutou, com todas as forças contra a ganância dos colonos, portugueses e não só, que escravizavam os pobres seres da floresta para uso próprio e para a apanha do café e do cacau, atitude que lhe valeu a ira da INQUISIÇÃO, que não queria perder a sua quota-parte da EXPLORAÇÃO e que também considerava animais sem alma, os pobres índios do Brasil…
Aqui há 3-4 anos foi-nos dado ver, na TV, um lindo documentário sobre os Índios XINGU, as suas lendas, tradições, a cultura em geral, que tem passado de geração em geração, a vida do dia a dia… Enriquecedor!
Hoje, na ODISSEIA, VI outro sobre os GUARANI, que, dizia um deles, desaparecerão dentro de 10 anos, caso não se faça a delimitação de terras, entre índios e colonos.
À beira da extinção encontram-se também os conhecidos YANOMÂNI; mas não são únicos, pois segundo vi na Internet, há dezenas de tribos nesta situação. Interessante, por outro lado, é o facto de, uma vez por outra, se saber que foram encontradas novas tribos, que têm conseguido viver quase em estado selvagem, digamos assim, facto que acho ser a sua salvação, neste mundo- cão de cobiça, exploração, interesses madeireiros e petrolíferos e todos os que se relacionam com riquezas impensáveis!

Ontem, dia 11, ao abrir a revista “Pública” do jornal “PÚBLICO”, li um artigo interessante e maravilhoso sobre outra tribo à beira do perigo de extinção, os MURA, que se julgava terem sido dizimados pelos colonos portugueses; guerreiros temidos, que conseguiram sobreviver por se terem misturado no meio de outras etnias! Coisa linda! Perdoem, mas sem conhecer a AMAZÓNIA, sinto-me guerreira das suas causas! Esta gente que os portugueses, de então, consideravam das mais perigosas tribos amazónicas, incapazes de aceitar ideias de modernização e de civilização (a deles…), adaptou-se no meio “da escuridão”, vivendo do peixe que tiravam do rio, da caça e de algumas culturas como a da mandioca, que era a base da sua dieta alimentar; hoje, a multiplicarem-se como mandam as leis de DEUS, já se tornou necessário criar organismos para os apoiar no campo da saúde, educação, instrução, noções básicas de higiene e outras que, -hoje sim! se vão tornando prementes.

FIM DA 1ª parte deste artigo. (CONT.)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

LITERATURA PORTUGUESA-FLORBELA ESPANCA


UM POUCO DE TUDO…
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Hoje: FLORBELA ESPANCA

Nasceu Florbela Espanca em Vila Viçosa, em 1894.
O poeta José Régio, referindo-se à grande poetisa, afirma: ”…Florbela viveu a fundo estados, quer de exaltação a si mesma quer de dispersão em tudo; na sua poesia, estes atingem vibrante expressão.”
( In “Aula Viva”-12º ano-Português B- Porto Editora, J.A da Fonseca Guerra e José A. da S.Vieira, pág.422 (1999)
Deixem-me ser imodesta…Não me é muito difícil escrever algumas palavras sobre esta grande, estranha, um pouco”misteriosa” poetisa, da Língua Portuguesa. Não é, portanto, vaidade que me faz falar assim. É amor pela sua obra, que adoro ao encontrá-la cheia, quer de vida quer de morte, tanto no aspecto linear, literal, como no aspecto subjectivo.
Ser humano, ao mesmo tempo emocional e deífico, Florbela não pode ser tratada, como merece, num artigo resumido como este… Farei os possíveis por vos dar algumas ideias, as necessárias para despertar em vós, leitores, a curiosidade indispensável para a lerem…
Era poeta seu pai também, pelo que, desde cedo encarreirou a vida dos filhos, Florbela e Apeles, no sentido do amor pelas artes Alma sensível, Florbela desde cedo lhe seguiu as pisadas, embora “quase” sem querer… Mulher de temperamento triste e angustiado, acabou por cair numa espécie de narcisismo próprio dos românticos, ao considerar que ninguém era tão infeliz nem tão incompreendido como ela. Não foi feliz no amor; por conseguinte, nem menos o foi no casamento; não teve filhos, mas consagrou a sua capacidade maternal de amar, -de corpo e alma! -ao irmão Apeles, no qual via o filho que não teve. No nosso meio pequeno-burguês houve quem quisesse atribuir a este amor pelo irmão outras feias conotações. Li muito a este respeito, até porque adoro a sua obra. NÃO ENCONTREI NADA DE MENOS PRÓPRIO, NO AMOR DE UMA IRMÃ PELO SEU IRMÃO.
A grande verdade está em que Florbela nunca se sujeitou a ninguém…foi um espírito livre e angustiado, que fracassou em três casamentos. Mulher demasiado moderna para os tempos em que viveu, o seu sentido de visão da vida com liberdade, não era bem aceite pelas mentalidades tacanhas e farisaicas dos princípios do séc.XX: ela sobressaía da mediocridade “empalada” entre as paredes da vitoriana Évora… Espírito livre, fumava, vestia calças, tinha carta de condução…Horror dos horrores, no meio do farisaísmo próprio daquela época! Os leitores sabem, como eu, que ainda hoje, em certos locais do nosso país, as pessoas diferentes são olhadas, também, de modo diferente…
A morte do irmão fê-la entrar em depressão e” precipitou” a sua dor de viver e ela que nasceu no dia de Nossa Senhora da Conceição e que ensinou no Colégio de Évora com o mesmo nome, veio a falecer no mesmo dia, com 36 anos de idade! Não sendo vasta, a sua obra é sentida e significativa. Cantou o Amor: amor pela vida, pela Natureza, pelas
coisas simples da vida…Ao Amor liga-se a ideia da dor dos desejos nunca alcançados e, aí está a mistura explosiva da obra da poetisa:”Eu quero amar, amar perdidamente! / Amar só por amar: aqui…além…/Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…/Amar! Amar! E não amar ninguém!”
Discípula de Antero de Quental, na medida em que, pelo estilo,”atirava ao vento” o drama íntimo da falta de Amor, diz ela sem ligar às convenções morais burguesas, tantas vezes falsas, vitorianas e hipócritas: “O amor de um homem? Terra tão pisada, / Gota de chuva ao vento baloiçada…Um homem? - Quando eu sonho o amor dum Deus!” (pág.423, do livro já citado). E, para além deste tipo de Amor, outro dominava a vida de F.E: perdia-se, ela, pelo Alentejo, região “entidade mítica” a sofrer o desprezo dos deuses da chuva, que dela se esqueciam, no momento da sua distribuição equitativa. Vai daí: “Horas mortas…Curvada aos pés do Monte/A planície é um brasido…e, torturadas, / As árvores…gritam a Deus a bênção duma fonte! /…Árvores! Não choreis! Olhai e vede: -Também ando a gritar, morta de sede, / Pedindo a Deus a minha gota de água!”
Mas, para dizer tudo isto, a poetisa sabe que são precisas Palavras…Não há poeta que o não saiba…Palavras que falem, sentidas, cheias de “mistério” na mensagem que o leitor deve descodificar! Não é poeta quem quer…E então, diz Florbela: “Ser poeta é ser mais alto…é ser maior…/É ser mendigo e dar…É ter fome e sede de Infinito!”
Não há na obra de F.E. muitas palavras de optimismo e /ou alegria de viver; ficamos sempre com a sensação de que, narcisicamente, ela se “decide” a não ser feliz…Encontramos, nessa obra, um lote significativo de palavras de conotação triste, como:”ciprestes”, “poentes de agonia”,”brasido”, “mar de mágoa”, “só”, “ crepúsculo”, “noite”…Pode dizer-se que ela procurou a felicidade no desespero insaciável da vivência e que isso a conduziu ao pessimismo do existencialismo absurdo, de depois da IIª Grande Guerra.
Não é seguro afirmar que ela se suicidou, segundo vários estudiosos. Isso é um mistério entre ela e Deus, que tanto procurou: ”Meu Deus, dai-me esta calma, esta pobreza…/Queria encontrar Deus! Tanto O procuro!”
Chegamos a esta conclusão: em Florbela Espanca, quando acaba o sonho da vivência que não teve, começa a dor do que tem…E tem solidão, amargura, angústia! NARCISISMO? Ah! Mas com certeza!

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro-(REP.)

 

sábado, 20 de outubro de 2012


Muitos dos visitantes do meu Blog LUSIBERO, pelo que posso ver através do contador NEOCOUNTER, são amigos que vivem no estrangeiro e muitos, com toda a certeza são emigrantes portugueses.

Lembrei-me ,hoje, de vos falar um pouco destes dois concelhos do centro de PORTUGAL:no de ANADIA nasci, nas TERMAS da CURIA. A vida de estudo e de trabalho afastou-me um pouco, mas como ainda lá tenho as tias e primos, vou lá muitas vezes, até porque vivo no concelho limítrofe de MEALHADA, onde fui colocada no liceu, como Profª de Português,e onde fiquei até me aposentar , com 37 anos de trabalho.
São dois concelhos do Distrito de Aveiro e com características comuns, na sua vivência: ambos são turísticos, ambos são termais , ambos têm riquezas gastronómicas comuns, como o célebre LEITÃO DA BAIRRADA e a "CHANFANA". No concelho de ANADIA, no lugar da CURIA temos as TERMAS da CURIA e no de MEALHADA, estão as conceituadas TERMAS DO LUSO. Creio que há poucas diferenças , quanto às mazelas orgânicas para que são benéficas as águas; no entanto, a Câmara da MEALHADA tem sido mais pródiga no reconhecimento do valor do Luso e tem cuidado mais as riquezas naturais desta região. Inserida na região do LUSO, está a conhecida SERRA do BUÇACO(ou o contrário, como quiserem...) onde se encontram belezas e riquezas como o GRANDE HOTEL DO BUÇACO, património nacional, e a MATA, célebre pelas espécies raras de plantas e flores. Ambos os concelhos são também rurais e é célebre o nosso vinho da Bairrada, conhecido e vendido em todo o mundo.
A CURIA mereceu, desde o ano passado, honras de aperfeiçoamento das vias, por parte da CÂMARA DE ANADIA.

O PARQUE, no entanto, no qual se situa um lago que já foi o maior LAGO NATURAL DA PENÍNSULA, está tremendamente abandonado e mal tratado, com o lago assoreado por lamas , que já quase não deixam passar "AS GAIVOTAS".

Vou continuar a falar da nossa região bairradina, em próximos artigos, para não vos cansar.

Publico, igualmente, algumas imagens desta nossa terra, para vos ajudar a matar as SAUDADES.


Maria Elisa Ribeiro
Mealhada, 20 de Outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

POETAS PORTUGUESES-DAVID MOURÃO-FERREIRA


David Mourão-Ferreira nasceu em 1927 e faleceu em 1996.

É detentor de uma das escritas mais belas da Literatura Portuguesa do século passado , que continua a deliciar o nosso espírito, hoje ainda.

Gosto, essencialmente da POESIA! Poucos autores modernos usaram a PALAVRA com a alma , como Mourão-Ferreira o fez. Poemas sobre temáticas que enchem a vida e a obra de todos os poetas, ele viu-os de modo humanista, com um vocabulário elevado e simples de arrepiar.

Escritor, poeta, jornalista, apresentador de programas de televisão, colaborador da "SEARA NOVA" e do "DIÁRIO POPULAR", foi, em 1973, Secretário Geral da Sociedade Portuguesa de Autores.

Depois do 25 de Abril , de 1974, dirigiu o jornal "A CAPITAL" e exerceu o cargo de Secretário de Estado da Cultura, com breves interregnos, de 1976 a 1979.

Foi ele o criador da Companhia Nacional de Bailado.

Tantas e tão ricas e variadas actuações no campo cultural português originaram que recebesse vários grandes prémios, com que se procurava prestar-lhe tributo: foi condecorado com o Grau de Oficial de Santiago de Espada; pouco antes de falecer, recebeu o Prémio de Carreira  da SPA e foi agraciado com a GRÃ CRUZ da Ordem de Santiago de Espada.

A sua poesia de índole mais sensual é das coisas mais delicadas que podemos ler sobre o amor físico, pelo respeito e admiração que nutria pela MULHER.

Fui à NET procurar estas datas todas e o poema que vos deixo.Deliciem-se, procurando mais poemas do grande Homem de Letras.



Crespúsculo

É quando um espelho, no quarto, 
se enfastia; 
Quando a noite se destaca 
da cortina; 
Quando a carne tem o travo 
da saliva, 
e a saliva sabe a carne 
dissolvida; 
Quando a força de vontade 
ressuscita; 
Quando o pé sobre o sapato 
se equilibra... 
E quando às sete da tarde 
morre o dia 
- que dentro de nossas almas 
se ilumina, 
com luz lívida, a palavra 
despedida. 






PALAVRAS NAS NUVENS-LIVRES


Mesmo que não me oiças nem vejas ou sigas os passos meus…
 …eu quero-te…
…e quero-te nas subtis entrelinhas do poema
que a razão me dita,
 com o sentimento a escorrer pelas veias dum pedaço de papel…

                                                 !Quero-te!

E as flores que se abrem, na Primavera, juntam seus doces odores
à sombra  deste inconformismo do amar,
premente…a  despontar.

Então,
canto, no meu poema, o renascer permanente da vida
com todas as vozes do mundo dentro da minha voz.
É isso que exige a Humanidade…
------------------------------------------que  seja  um de entre todos,
------------------------------------------um qualquer de entre vós
------------------------------------------a abrir a boca das palavras a que não se dá voz!

Da maceração das sílabas, dos fonemas de todos os lexemas
elas sairão, prontas a derrubar um muro de ideias …
…ideias nefastas, madrastas no dividir a Mensagem-Paz
-----------------------------------------que deve fluir, livre como nuvem flutuante,
-----------------------------------------ao encontro do Ser.

O amor e o querer derrubam muros…Por isso te digo

                                                                !Quero-te!

Será que vais ler meu poema
 ao som do ribombar de um qualquer trovão
que te desperte a emoção?
Só então voarão livres os pássaros de fogo
e se abrirão novas e frondosas flores!
Só então correrão rios por entre as searas, a caminho do mar…
Só então…
                   -quem sabe?-
                    a paz ataque a guerra…
e corramos livres pela terra, na aragem das palavras-livres-das-nuvens…



Marilisa Ribeiro-Maio/ 012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

"ESTA APAGADA E VIL TRISTEZA..."







“ESTA APAGADA E VIL TRISTEZA”


Ainda mal nos tínhamos refeito dos erros do ministro das finanças, eis que o mesmo, de braço dado com passos coelho, veio a público anunciar a mais hedionda carga de novos impostos sobre o pouco que as famílias portuguesas e os reformados têm, para sobreviver. O “murro no estômago” foi tão forte desta vez, que “nem coice de cavalo” poderia causar tanto pânico  em quem já não sabe o que fazer à vida ,para ir à loja comprar o arroz ou o azeite.

Lembro-me da miséria que caracterizou o meu período da infância. Lembro-me da “caderneta” da loja onde tudo se anotava para se ir pagando, à medida das posses; lembro-me da peça de roupa que se comprava, uma vez por ano, no dia da festa da terra; lembro-me de se comprar 100 e 200 gramas de arroz. Lembro-me que os ricos não eram TÃO ricos com são, agora, e que a Igreja ajudava os pobres com esmolas que alguns países como a Holanda, distribuíam por essa Europa fora. Era o pós guerra que se prolongava para além dos tempos numa Europa martirizada, esfomeada, abalada na sua dignidade.

Nunca me faltou com que matar a fome, mas não havia “luxos” na mesa; o frango dava ovos para vender e a carne com arroz comia-se uma vez na vida; o talho? Era para os ricos dos hotéis e das pensões que tinham hóspedes no Verão, nas Termas da Curia…De vez em quando, lá vinha a matança do porquito, para ajudar e as cabras davam o leite que se não podia comprar. Quanto leite bebi das “tetas” dos animais que tantas vezes espremi!
Não havia luz eléctrica… Os trabalhos da escola e do Colégio eram feitos à luz do gasómetro, com aquele cheiro característico que vive, ainda hoje, no meu cérebro…
Pensava que tudo tinha passado…Mas eis que, no dealbar do novo século, Portugal volta à miséria indigna de então … PORQUE OS GOVERNANTES NOS ROUBAM, DESPUDORADAMENTE, PARA PAGAR LUXOS! para pagar ROUBOS que se têm feito a este povo, debaixo “das suas barbas” , sem termos dado por eles. Trabalhámos 35 , 40 anos, na esperança de termos uma velhice descansada, com direitos que a força dos braços e do cérebro nos garantiam. Estamos a perder tudo!

ESTAMOS NA MISÉRIA, NOVAMENTE! E agora, é pior este tipo de “vandalismo social” porque estão a roubar a quem menos tem, a quem quase nada tem, para pôr na mesa ou para pagar os seus encargos, como qualquer povo do mundo. A nossa famosa democracia  acabou , às mãos duma cambada de incapazes que, não sabendo o que fazer com este povo, resolveu, pura e simplesmente, aumentar BRUTALMENTE, IGNOMINIOSAMENTE, os impostos ,que nos estão a atafegar, pois não sabemos para onde nos virarmos , a pedir socorro.
A proposta de Orçamento de Estado ( OE) para 2013 apresenta a mais brutal subida de impostos que alguma vez pensámos que um homem pudesse propor. A vida dos portugueses será impossível pois é um exemplo da cegueira com que estes homens do desgoverno congeminam contra o povo, sem alma, sem decência, sem pudor, sem humanismo. O governo apenas trabalha no como acabar com os reformados, pois são eles os mais penalizados com esta hecatombe de impostos. A nossa economia não existe; as lojas, restaurantes, distribuidores de gasolina etc, estão a “cair como tordos”, a fechar, porta sim, porta sim, pois não há quem compre e os portugueses voltaram ao tempo em que se levava o tachito de casa , com a sopa para o almoço.
ESTAMOS A ASSISTIR À MORTE LENTA DE UM POVO QUE FOI GRANDE!
É um ataque imoral, brutal, vergonhoso ao , já parco, sustento das famílias. Não se pode estar doente, porque não se ganha nada na doença e ainda se pagam todos os custos da saúde, mesmo que continuemos a pagar impostos nesse sentido. A sociedade está em trauma.
Comentadores conotados com todos os partidos, da esquerda à direita, avisam para a gravidade desta situação.
Hoje, no debate na Assembleia da República, o primeiro-ministro parecia louco a teimar em todas as medidas e mais as que forem precisas, se ele assim o entender, para pagar as contas que até a chefe do FMI já reconheceu serem excessivas num país dos que ela sabe que estão em dificuldades…Portas não esteve lá… o primeiro-ministro, à vontade, riu-se muito com as palavras da oposição… Bagão Félix, do CDS, diz que estas medidas são um terramoto, no país; o Bastonário dos fiscalistas afirma que se ultrapassou o limite da dignidade humana!

TEMOS QUE LUTAR! TEMOS QUE NOS DEFENDER DA LOUCURA DESTES TIPOS! A resposta do (des)governo de Portugal e dos seus “lautos e jovens assessores “à miséria em que estamos a viver tem sido deplorável, chamando-nos  "Piegas" e "ignorantes”. Entretanto, os lobbies que gravitam atrás deste "governo" ficam mais gordos e o cidadão é esmagado no chão. Todos os governos em Portugal desde 1974, assumiram o cargo com as palavras "Não vamos pedir mais sacrifícios ao povo português", e em seguida, procederam à implementação de políticas que servem os donos do capital, reduzindo os trabalhadores à miséria, à escravidão, e hoje, à fome.

Um epitáfio político nojento para os partidos que levaram Portugal, um país de médio porte europeu, para a sarjeta, gerido por estrangeiros também, em grandes empresas, que não têm qualquer ideia sobre a realidade , quer do campo, quer da cidade. Os portugueses, protegidos pelas políticas de esquerda, mais uma vez descobriram o Poder Popular, uma força invencível contra o terrorismo social implementado pela direita política. Se souberem usá-lo, não se esquecerão das enormes manifestações de “massas” de há poucos dias; se não se revoltarem, pacificamente, como é, apesar de tudo, hábito deste massacrado povo, tudo nos cairá em cima, de tal modo, que o “pequeno rectângulo” pode desaparecer…O Futuro negro que adivinhávamos quando a Direita assumiu o poder, está aí, meus amigos. Sente-se na indignidade desta governação; e não advogo o não pagar as dívidas que assumimos…Advogo a possibilidade de alargar prazos para que não morramos de fome a pagar impostos sobre impostos, para os quais não temos dinheiro. OS REFORMADOS SÃO SAGRADOS! JÁ CUMPRIRAM UMA VIDA DE TRABALHO E IMPOSTOS! QUE OS PAGUE QUEM TEM FUGIDO AO SEU DEVER SOCIAL!




Mealhada, 12 de Outubro de 2012
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
http://lusibero.blogspot.com

domingo, 7 de outubro de 2012

OCEANO-A-GEMER… .foi breve a minha viagem ao centro do fogo. .rangeu a minha mão ,quando a passei pelos teus cabelos, submissos a ondas de calor. .as lavas dos vulcões são eternas e os salpicos das ondas furam camadas de nevoeiros-fumo -lento a desvendar águas- azuis-de-oceanos-a-gemer. .pus as minhas mãos nas águas e, longe dos teus cabelos, senti-as arrefecer numa bruma de adormecer. .invade-me a alma esse nevoeiro difícil de prever. Alongo os braços para o ar e tento espremer as gotas de água, que nos dedos me parecem descansar… Passa o tempo… Pareço atrasada nele… Não dou pelo anoitecer e esqueço-me que vai amanhecer… Levaste o sorriso do meu poema e torna-se difícil Acontecer! Escrevo mágoas num cristal frio que, pelas encostas de um vulcão, foram cair num rio a-deslizar-para-um-enorme-desvio… .pairam no ar as exclamações que, Outrora, pareciam responder a grandes interrogações. A montanha, sob o seu manto de neve, escondeu árvores prontas a despertar… Marilisa Ribeiro-SET/012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

TEXTO: Meus amigos: o novo blog está a impedir-me de publicar os poemas, com a forma própria da POESIA.Ao escrever em "nova Mensagem" o poeta está na configuração normal, mas ao "PUBLICAR" , depois aparece no Blog, como um texto, em prosa. Se algum dos amigos ler isto e me puder ajudar, agradeço, pois, humildemente, não sei muito destas problemáticas! Beijinho Mª Elisa Ribeiro

terça-feira, 2 de outubro de 2012

PARTE II DO ARTIGO ANTERIOR -Hoje, ao acordar, por volta das 8h, liguei a rádio e sintonizei a TSF, minha estação preferida, sempre super –actualizada e pronta a “pôr na mesa”, à discussão, os temas mais quentes da actualidade, nacional e internacional. Ouvi, então, a notícia de que o Conselho de Ética tinha mandado ao ministro da saúde e ao governo um documento no qual dizia que não seria necessário tratar, até ao fim, ou com medicamentos caros demais, os doentes com males em estado terminal, (para reduzir despesas com a saúde!), pois estes doentes à partida estavam condenados! GELEI! Ao longo do dia fui ouvindo e vendo, na cara e na boca de seres humanos como o Bastonário da Ordem dos Médicos e Mª de Belém Roseira, antiga ministra da saúde, a mais viva expressão de repúdio perante a opinião dos “deuses da morte”, corporizados nas palavras de um membro da tal comissão de ética? que retomava a mesma opinião, dizendo “ de que valem mais dois meses de tratamento, se o doente vai morrer e os medicamentos servem mais a um com mais probabilidade de viver?” Vós, leitores deste artigo, podeis imaginar tudo o que me passou pela cabeça, desde as monstruosidades de HITLER às de um qualquer ditador, como CEAUSESCU da antiga ROMÉNIA, para quem “o melhor doente de um hospital era o doente MORTO”! Agora ponham-se no papel do pobre doente que toda a vida foi obrigada a pagar impostos para o Serviço Nacional de Saúde e se vê, quando mais precisa, atirado para o monte da morte! (Deixem-me repousar desta “horrorosa visão” intercalando outro tema, senão vomito). (Notícia de última hora deste dia 27 de Setembro de 2012: o governo aprovou as novas medidas que anunciou depois de, aparentemente, ter recuado na TSU, ignorando as críticas do Conselho Económico e Social, que é constituído por empresários e economistas, que são contra a nova onda de austeridade, por verem que o povo não suporta mais e não está a consumir!) Bem…continuemos… Sendo uma mulher com ideias bem delineadas sobre os direitos de um povo à justiça social, consciente de que mentes ditatoriais passeiam por aí, impunes,( precisamente porque as “mentes” não se vêem) ,alio-me a todas as demonstrações de desconforto, de angústia e descontentamento que, -seja quem for !- se decida a promover, demonstrando a minha indignação contra os roubos sucessivos e sistemáticos ,na minha e nas pensões e salários dos portugueses com menos posses. Neste caso , pouco importa se somos de esquerda ou de direita: importam é que sejamos considerados seres humanos, com direitos e deveres, conforme estipulam as Constituições dos países e a Carta Universal dos Direitos do Homem. Qualquer leitor estará, neste momento, horrorizado com as palavras de um médico, Presidente da Comissão de Ética, que deu ares de querer ter o poder de decisão sobre o tempo que devemos viver, depois de ter feito um juramento sagrado que o obriga a salvar vidas e não o contrário! É impossível que as pessoas, sejam de esquerda, sejam de direita, não estejam atemorizadas com os actos e os pensamentos deste (des) governo, que quer decidir até, do nosso direito à vida. Sentimo-nos vexados, humilhados e maltratados por causa dos tantos “deficits” que vamos conhecendo, no dia-a-dia da fala destes governantes que continuam, contra todas as boas correntes, a condenar-nos à mais constante e depauperada miséria. As vozes que vão falando, de homens com “saber, de experiências feito” dizem, a alta voz que o governo está cego e que o caminho está errado, porque faliu, nos países onde a TROIKA implantou cortes sobre cortes, ao ponto de já não se saber onde cortar, tal a situação em que nos encontramos. Os governantes andam atemorizados com as prementes reações de desespero do povo; reforçam a segurança, entram pelas traseiras dos locais onde devem discursar, passam nas avenidas a toda a velocidade como se não existissem semáforos no seu percurso… Pergunto-me: não será hora de encontrar, SR. PRESIDENTE, homens com experiência e vontade de tirar o país da mão dos “brincalhões” que pensam que os portugueses são brinquedos a testar, até não haver portugueses válidos? Decididamente, esta Direita mais extrema que o país alguma vez conheceu, está a abrir “a sepultura” do nosso serviço nacional de saúde, da nossa educação, da nossa justiça, das nossas já tão poucas esperanças. Há dois meses, mais ou menos, escrevi, aqui no jornal, um artigo onde falava da angústia de um médico de Oncologia, que se queixava por ter notado que os medicamentos para estes pobres doentes estavam a faltar. Mas, não andamos uma vida inteira a pagar impostos para ter assistência na doença? Se não nos querem dar esses direitos, por que continuam a roubar-nos impostos para esse fim? Posso perguntar de que cor será a alma destes tipos que se sentem os maiores a ponto de decidir se deve morrer o rico ou o pobre…o idoso ou o jovem…o político ou o seu oposto…? 2-Preocupa-me tudo o que possa estar na base da decisão de um povo que sai à rua indignado, como tem acontecido em Portugal e por essa Europa fora. O que está em causa, como todos sabemos, são as tremendas injustiças cometidas SEMPRE sobre os mesmos, os pobres, os funcionários do estado e os reformados…O que vemos, quer na Grécia, quer em Portugal, é que essa Europa que, em tempos conhecemos, não existe! E se ainda pertencemos a esse espaço de ricos, é porque continuamos a pagar impostos,”com língua de palmo”, para manter as economias de gente como os alemães! Enquanto “o homem sério “nos for roubando para lhes mandar os milhões que eles querem, deixar-nos-ão estar entre eles…Se não deixarmos que os roubos continuem, verão como nos dão um pontapé no sítio e nos tiram da Europa deles! O povo manifesta-se contra, sai à rua, corre perigos, MAS NÃO PODE DESISTIR! Os seres QUEREM dizer de sua justiça, a sua VERDADE! A índole paranóico-ditatorial deste governo da mais odiosa direita que se tem visto no nosso país, fá-lo continuar mudo, fechado, sem dialogar ou admitir erros, recuar nas injustiças e encerra-se na sua “concha” de poder a decidir que” ninguém tem motivos para se rebelar”! Os militares e as polícias, como cidadãos que são, vão queixar-se também, na manifestação de sábado. Raro é o dia em que acordamos em paz…Daí a pouco, lá vêm mais notícias de cortes, recortes, aumentos. Bem: porque tarda o governo em “NACIONALIZAR” as tremendas fortunas de quem nos roubou, ao longo destes trinta anos e que estão doiradinhas nos “paraísos fiscais”? Eu nunca vivi para além das minhas posses! Não roubei nada a ninguém! Por que é que hei-de ver , agora, todos os meses , a minha reforma a mingar, para pagar o que outros roubaram? Mas a verdade é que este governo tem dinheiro, constantemente, para dar às grandes empresas, aos bancos e a entidades que nós nem sequer sonhamos! Dizem os “entendidos” nestas coisas da democracia que isso não é possível, precisamente porque seria atentar contra as liberdades! E a minha liberdade de ter direito, como todos, ao que é meu? 3-Disse o falhado ministro das finanças (falhado…porque não acerta numa previsão!) que vão taxar as casas multimilionárias, de mais de 1000000 de Euros, em 0,5 a 1%! Digo eu: Só? Então, por que não 10 ou 20%? Quem tem um milhão para comprar uma casa, tem outros para se governar e bem pode ajudar a crise! A estes, o governo não incomoda! Aos reformados e funcionários é que se deve tirar a força cortando, cada vez mais, os proventos vitais! Não vai por bom caminho, o nosso primeiro-ministro; e não vai, nem quer tentar ir. Como todos os governos que temos tido, nas últimas décadas, queixa-se do anterior. Mas isso já é uma desculpa estafada, (embora não deixe de ter as suas razões). Só que, para tudo há um limite; ele sabia a quem se propunha suceder; sabia, nos meios políticos, sociais e económicos em que se movia, o que se passava em Portugal…Se não estava preparado, não deveria ter concorrido a sucessor do anterior… Contentes estarão as empresas agraciadas com os milhões, de que hoje fomos conhecedores…Onde vai ele buscar o dinheiro para as sucessivas “derrapagens” e benesses para os que mais têm? Sim…eu sei que todos sabem a resposta que eu também sei… Temo, amigos, que tudo isto, apesar de mau, não seja senão a “ponta do icebergue”…Pelo que…VIVAM AS MANIFESTAÇÕES DE DESAGRADO DESTE POVO, QUE TEM DEIXADO NOME NA HISTÓRIA, AO LONGO DE CENTENAS DE ANOS! Deixo-vos, com este pensamento de Edgar Allan Poe: “A vida real do ser humano consiste em ser feliz, principalmente por estar sempre na esperança de sê-lo muito em breve.” Mealhada, 27 de Setembro de 2012-09-28 Maria Elisa Ribeiro