segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Através do amigo do Facebook, Manuel Torres da Siva-------NÃO, DR. ...OS PORTUGUESES NÃO ACREDITAM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



DESEMPREGO "BAIXOU" - AINDA HÁ QUEM ACREDITE?
Segundo Passos Coelho, na Assembleia da República (6ª feira, 30 de Janeiro de 2015), o desemprego baixou, apesar de ter aumentado entre os jovens.
Isso não passa de mais um sofisma, segundo J. Manuel Cordeiro (http://aventar.eu/…/sobre-a-engenharia-politica-do-desemp…/…):




"Ou seja, quem nunca teve emprego está a ter mais dificuldade em o conseguir e baixou o número de inscritos nos centros de emprego, entre aqueles que já alguma vez trabalharam, já que esta é a definição de desemprego para fins estatísticos.
Esta última situação acontece por várias razões:


1. O desempregado atingiu a duração máxima da atribuição do subsídio de desemprego, nada o obrigando a fazer os diversos rituais que o manteriam inscrito no centro de emprego (apresentação quinzenal, por exemplo), assim vendo a sua inscrição cancelada pelos serviços.


2. O desempregado foi colocado num estágio profissional ou numa acção de formação, ambas de aceitação compulsiva, sob pena de perda do subsídio de desemprego, assim deixando de contar para a estatística do desemprego. Tem sido exemplo disto os estágios na administração pública e a prática da chamada requalificação.


3. O desempregado emigrou, tal como o fizeram centenas de milhares de portugueses nestes últimos 4 anos, tendo deixado de contar para os números do desemprego, seja porque comunicaram ao centro de emprego que emigraram, seja porque faltaram a duas apresentações quinzenais.


4. O desempregado encontrou emprego. É pública a enorme dificuldade que desempregados com mais de 50 anos têm em conseguir emprego, a tal ponto que até se inventou o conceito da pré-reforma. Entre os 25 e os 35 anos, muitos emigraram, à procura do el dourado enquanto a força da juventude ainda brilha. É conhecida essa bolsa de emprego precário em sectores como restauração, serviços e comércio, pelo que haverá desempregados a encontrar emprego nestas áreas. Tal como haverá empregados a irem para o desemprego ao não verem renovado o contrato que os tornaria efectivos na empresa – prática frequente nestes sectores.


5. O INE tem mudado algumas vezes (2011, 2014) a metodologia de contabilização do desemprego, o que, só por si, deveria impedir qualquer primeiro-ministro honesto de fazer comparações directas de números.

As notícias de novas falências têm sido abundantes, ao contrário daquelas sobre o início de novas actividades, sendo legítimo perguntar COMO É QUE É POSSÍVEL O DESEMPREGO BAIXAR SEM CRIAÇÃO DE EMPREGO. E a resposta é que o desemprego não baixou. BAIXOU, ISSO SIM, O NÚMERO DE INSCRITOS NOS CENTROS DE EMPREGO, o que nada tem a ver com baixar o desemprego, devido às regras de inscrição nestes centros.



As empresas gostam de contratar jovens por várias razões. Por um lado, estes estão dispostos a ganhar menos e a trabalhar mais para compensarem a sua falta de experiência. Por outro, as empresas que pretendem ter quadros estáveis apreciam a capacidade de aprendizagem dos jovens, encarando a contratação de jovens como um investimento. Já empresas que funcionam com quadros precários de pessoal aproveitam-se das menores responsabilidades familiares dos jovens para lhes retirarem maior rendimento.



É inequívoco: havendo geração de emprego, cresce a contratação entre os jovens. Se a economia estivesse a gerar emprego, tal como pretende Passos Coelho, os jovens estariam a encontrar emprego, mas não é isso que está a acontecer.







A FALÁCIA DO PRIMEIRO-MINISTRO CONSISTE EM NÃO DIZER QUE AS ESTATÍSTICAS DO DESEMPREGO MELHORARAM DEVIDO A ENGENHARIA POLÍTICA. Pegar na estatística do INE que contém dados provisórios e alterados por diferentes metodologias é uma tentativa de demonstrar que o rumo político escolhido é o correcto, já que, supostamente estaria a produzir resultados desejáveis.
Mas a propaganda tem pés de barro e estes quebram-se pela demonstração dos efeitos da emigração e das regras de inscrição nos centros de emprego sobre o número de inscritos nesses centros, a par com a evidenciação da mudança de metodologia do INE para o cálculo da taxa de desemprego."

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