Hackers voltam a atacar e exigem libertação de membros dos Anonymous
Ataque a site do ICS. Acção acontece um dia depois de operação da Polícia Judiciária ter levado à detenção de sete pessoas.
Menos de 24 horas depois da operação da Polícia Judiciária que levou à detenção de sete pessoas pelo envolvimento em vários ataques a sistemas informáticos de instituições públicas e privadas, o grupo Sudoh4kers, que se identifica como parte integrante dos Anonymous Portugal, reivindicou esta madrugada uma acção contra o Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.
Num post publicado na madrugada desta sexta-feira na sua página no Facebook, o Sudoh4kers identifica o site do Instituto de Ciências Sociais como alvo de um ataque informático, incluindo o endereço que dá acesso à base de dados de pós-graduação da instituição. No post são avançadaspasswords para aceder à base de dados.
Além do instituto, o grupo lista aqueles que parecem ser os seus próximos alvos, entre eles o site da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e páginas a ele associado. No final da mensagem na rede social, o aviso: "O ataque informático aos órgãos universitários e governamentais continuarão até que os mesmos [membros dos Anonymous] sejam libertados... O avanço com o processo sem conhecimento do mesmo trará futuros problemas para os vossos sistemas."
Horas antes deste post, o grupo publicava uma outra mensagem onde exigia a “liberdade imediata para os sete membros dos Anonymous detidos pela Polícia Judiciária”. "Nós temos ainda mais daquilo que vocês pensam, muito mais... Anonymous é imortal! Não podem prender uma ideia”, acrescentaram.
Pelas 12h15 desta sexta-feira, o site do Instituto de Ciências Sociais registava vários problemas no acesso a várias subsecções. Os separadores de contactos, informações sobre investigação ou sobre o próprio instituto abriam páginas incompletas. Ao PÚBLICO, o instituto recusou fazer qualquer comentário sobre o caso, indicando apenas que “está a tentar resolver o problema”.
O ataque acontece um dia depois de uma operação da Polícia Judiciária ter levado à detenção de sete pessoas, incluindo o criador do site Tugaleaks, Rui Cruz, suspeitas de ataques informáticos a servidores que alojam sites de instituições como a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, a Polícia Judiciária, o Conselho Superior da Magistratura, EDP e Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.
A operação da Judiciária incluiu 24 buscas em Lisboa e no Porto, tendo sido detidas as sete pessoas, com idades entre os 17 e os 40 anos, por suspeita dos crimes de acesso ilegítimo, dano informático e sabotagem informática.
Foram ainda constituídos outros 14 arguidos face a suspeitas de envolvimento nos crimes nesta operação à qual a Judiciária deu o nome de código C4R3T05 (Caretos), numa alusão à típica máscara que simboliza os Anonymous.
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