quinta-feira, 18 de novembro de 2010

POEMA: TEMPESTADE...


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TEMPESTADE

Pressinto-a…
Ares frios…palavras desconexas…de circunstância…
Visão de um “nocturno” que incomoda, que afije…
Me deixa suspensa…
Tensa…
Sem vontade de pensar…

SINTO-ME INSEGURA!

A Noite Escura volta a aproximar-se
Em tom sensual…
O meu Sentir a VIDA não é normal…
Mudas com tal frequência
Que as minhas questões de maior evidência
Ficam sem resposta…tal a impossibilidade de transpor o teu muro…
Começo a não querer entender…

Os ares das negras nuvens
Desabam impiedosos
Sobre as águas do meu mar interior…
Vontade de me desprender!
Não é justo desconhecer
Sem que me deixem entender…

Fica-te pelas tuas oscilações entre DIA e NOITE…
Não me arrastarás na voragem do teu egoísmo atroz…

Pedra difícil de moldar…és tu, nesse persistir na dor…

Não há amor que consiga resistir
Quando não pode compreender
Porque não consegue sobreviver…
Até as pedras mais duras
Se deixam burilar…
E daí, deixam entrar flores que se perfilam
Resistentes, aos espaços mais carentes…
Tua aridez faz-me mal!
Teu fechares-te numa concha de coral,
Muito egotista, muito tua,
Pouco natural,
Não consente que, em ti, se desenvolva
A PÉROLA IDEAL…

TEMO-TE,- ser de improvisos!-
com permanentes avisos de… “sou…mas não posso ser”…

Admito que me engano nos pressentimentos…
Mas …- NUNCA!- a vontade da FELICIDADE
Afastou a minha noção de VERDADE!

Não verás as estrelas do firmamento…
Verás só “AS”…do momento…

Vai-te com a tua “dor”…
DEIXA-ME , EM PAZ, por favor…

C9I-(oi)/50/NOV/010

8 comentários:

  1. Querida amiga, todo o amor tem seus momentos de tempestade e tormenta, mas em seguida os ventos se acalmam, as ondas apenas quebram na areia, e tudo volta ao normal. Lindo poema. Beijocas

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  2. Minha querida

    Como eu compreendo o teu poema...ser e não ser...querer e já não querer...mas querer, é complicado no meio da incertezas, encontrarmo-nos.

    Deixo um beijinho carinhoso
    Sonhadora

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  3. Minha querida Sonhadora:que cansada que estou...amiga!
    Recuso-me a viver, assim! Quero paz, dentro de mim...
    BEIJINHO DE
    Mª ELISA

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  4. Achas que é tempestade
    Essas nuvens baixas, correndo em tropelada?
    Vão em busca do sol, talvez de alguém...
    Caravana de chuva assim empurrada
    Pelo vento a cantar e voar também.
    São como naus de chumbo e passam. Nada
    Se sabe delas ou de onde provêm
    Somente que são águas em cavalgada
    E agora vão diluir-se em chuva, além.
    Amontoam-se assim nos horizontes
    Como grandes cetáceos, mastodontes,
    Ameaçadoras, por sobre a cidade.
    Se caírem em chuvas sobre as ruas
    Irão lavar calçadas e por nuas
    Muitas imagens de felicidade.

    Beijos
    Tácito

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  5. OBRIGADA, TÁCITO!
    Esperarei por ver essas imagens de felicidade...depois de minhas calçadas que acabam de me lavar...
    BEIJO Mª ELISA

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  6. QUERIDA MARILU: obrigada por tuas palavras...Sabem-me a mel...eu, que odeio o "FEL"!
    BEIJINHOS, QUERIDA!
    Mª ELISA

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  7. "Viver é não esperar a tempestade passar... É aprender como dançar na chuva."

    Beijo.

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  8. MANUEL MARQUES: por outras palavras, já me deram esse conselho, hoje!
    Sábio conselho, aliás, para quem é inseguro, por vezes...
    BEIJO
    Mª ELISA

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