quinta-feira, 21 de maio de 2009

Poema: ciclo "Mulher-quarto-crescente"...


Estiveste aqui...sinto-o!
Há um rasto de odor familiar,
que me recuso a cheirar!
Não tinhas o direito de entrar
no espaço restrito, sagrado,
que me apressei a renovar!

Na mesa de entrada
estava sozinha guardada,
a chave d'outros momentos,
de tantos tormentos...

A gaveta conspurcada
por mentiras repetidas,
vi-a aberta, desnuda...

Sacrário meu, violado!

Não o farás, -nunca mais!
Sou EU quem guarda meus ais!



C6F-65/19- ABL/09

1 comentário:

  1. Lindíssimo poema, passando pelo título (criativo) e pela foto.

    beijinho amigo :=)

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