Íngremes, fantásticas lascas de rochas,
Cobrem os recantos ondulantes, feitos colinas;
Montanhas de pedra e matos queimados
Mais urzes rasteiras e cinzas abandonadas
Pelo” homem-fogo”, que acendeu a tocha,
Inundam estas terras, mesmo assim, divinas.
Falcões, águias, melros e cotovias,
Perdem-se, plenamente, pelos ares densos,
Procurando, avidamente, nos matos frios,
a doce substância para os seus sustentos.
Escuto a água escorrendo pelas encostas,
Cantando, contente, vibrando de alegria!
Atraída pelo abismo das rochas escarpadas,
Sinto mesmo o cheiro das árvores, que já o não são…
Procuro nelas, repouso para a alma, angustiada
Pela visão dantesca das rochas escurecidas.
Concentro-me nas minhas próprias energias
E abraço a montanha, com forças redobradas.
Quero ver árvores a florir, pássaros a cantar
E todos os elementos criando novos musgos,
Urzes, torgas, abetos e demais arbustos…
Deste modo, o Paraíso acontecerá novamente!
O sol, então, brincará com as nuvens, eternamente…
A Vida voltará a Ser, lentamente…
Deuses da vida! Dai vida aos deuses
Para que a revitalização seja, serenamente
O presente de um deus à Natureza descrente.
Cad.2B 24 SET/07
Queira Deus e a vontade do Homem que assim seja, Maria.
ResponderEliminarQue se acabem de vez com esses crimes contra o mundo, que o sao tambem contra a humanidade, e que a Natureza torne a desabrochar em todo o seu esplendor.
A terra e que nos da tudo, e se o Homem nao se convencer de uma vez por todas dessa nossa dependencia,
acabara tambem por se auto-destruir, destruindo este maravilhoso planeta.
Fantastico este seu "desabafo".
Aquele Abraco
Amiga
ResponderEliminarTens um mimo especial no Bilros. Um Abraço