terça-feira, 1 de dezembro de 2015

História de Portugal: o 1º de DEZEMBRO (in Canal Moritz)


Dia da Restauração da Independência






Ao longo da História muitas foram as épocas em que Portugal correu o risco de desaparecer como Nação soberana e independente. Mas em todas esses períodos, felizmente, surgiram homens corajosos capazes de dar o «corpo às balas» para salvar a Pátria. Contudo, nenhum tempo foi tão extenso, nem tão negro, quanto os 60 anos da ocupação filipina que vigorava desde 1580.

Porém, em 1640, há 375 anos, um grupo de 40 fidalgos portugueses, designados pelos conjurados, entregou o trono de Portugal ao Duque de Bragança D. João, recusando ficar sob jugo da Coroa espanhola.

Os conjurados contaram com o apoio de D. João, 8.º duque de Bragança e 14.º Condestável do Reino. O duque era senhor de uma das maiores e mais rica casa nobre, podia financiar a campanha contra a coroa espanhola, e por ser trineto do Rei D. Manuel I, podia assumir a coroa de Portugal independente.

Nas diferentes reuniões secretas que mantiveram, os conjurados chegaram a projetar a constituição e uma "república aristocrática", na ausência de um herdeiro direto dos Reis de Portugal, ou caso D. João, o segundo duque deste nome, não aceitasse o encargo do Governo.

A revolta eclodiu na capital do reino, com forte adesão popular, e da varanda do Palácio dos Duques de Almada, hoje conhecido como «da Independência», o povo de Lisboa atirou pela janela Miguel de Vasconcelos, que governava Portugal em nome de Filipe IV de Espanha (III de Portugal).

É, pois, esta Data e são esses Homens que hoje devemos evocar e homenagear.

Uma das primeiras decisões da República Portuguesa foi decretar o dia 1 de dezembro, feriado nacional, como medida popular e patriótica. No entanto, essa decisão, como se sabe foi revogada pelo XIX Governo Constitucional, de Passos Coelho, passando este feriado a ser comemorado em dia útil a partir de 2012.

Esperemos que nesta nova legislatura o dia de hoje volte a ser feriado para que o possamos comemorar com a dignidade que merece.

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