terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Sobre as "presidenciais"In "Jornal de Notícias"






Marcelo considera "um escândalo" campanhas de centenas de milhares de euros
Ontem
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa considerou, esta segunda-feira, que "é um escândalo" em período de crise gastar-se centenas de milhares ou milhões de euros numa campanha, e defendeu que poderia ter apresentado um orçamento ainda mais baixo.


GERARDO SANTOS / GLOBAL IMAGENS
Marcelo Rebelo de Sousa, esta tarde, na inauguração da sede de candidatura







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"É aquilo que eu sempre pensei, que as campanhas eleitorais devem ser muito mais modestas em termos de recursos financeiros, e então em período de crise é um escândalo estar a falar em centenas de milhares de euros, ou em milhões de euros, quando as pessoas estão com as dificuldades no dia a dia, na sua saúde, na segurança social, nas despesas básicas da vida", afirmou.
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Em resposta aos jornalistas, durante a inauguração da sua sede de campanha, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, o antigo presidente do PSD e ex-comentador político da TVI recusou qualquer relação entre o orçamento que apresentou, de cerca 157 mil euros, e a sua notoriedade.

"Eu conheço muitos candidatos com notoriedade muito elevada que, no entanto, tiveram campanhas dispendiosas ao longo da vida, quer em campanhas legislativas, quer em campanhas presidenciais. E eram muito conhecidos, muito, muito conhecidos - tinham décadas de experiência política e de notoriedade pública e de exercício de cargos públicos", apontou.

Sem nomear ninguém, Marcelo Rebelo de Sousa disse que esses candidatos, apesar da notoriedade que já tinham, "não deixaram de fazer campanhas naquela altura com valores muito superiores", e acrescentou: "Tratava-se, na altura, de contos de réis, e não de euros, e de campanhas muito caras, nada comparáveis com aquilo de que estamos a falar hoje".

"Se eu pudesse voltar atrás em termos de orçamento, teria apresentado ainda um mais baixo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. "Porquê? Por uma questão de princípio".

Segundo o antigo presidente do PSD, as despesas estimadas com "o digital" poderão ser excessivas.
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