sábado, 2 de janeiro de 2016

Poema...








Poema

O Olimpo-do-QUANDO...




Da janela aberta para o mundo
vê-se a montanha, deitada sob o abraço
nocturno das estrelas-em-mar-de-luz./


Dá para a rua, também…sempre a Mesma, sempre Outra,
sempre ocasional, como a hora que se aceita ser esse
o momento especial para viver./

Vê-se o Passado no Presente segundo,
e interroga-se o projecto de Futuro…/

Pensa-se a Infância, fábrica de sonhos,
de fábulas e de mentiras, que dura só no Imperfeito./

Depois, tem-se a coragem de repetir o “Era uma vez…”,
da vez que fomos fadas oníricas a cavalo de um sonho,
desfeito em brumas do tempo, louco por vencer o Tempo./

Da minha janela via um Olimpo,
no Quando as verdades conservavam
as mentiras, que tinham o seu quê de verdade./

…e ouvia as noites escuras em tom de azul sinfonia,
_______________na sombra de cada nota que acordava
__________________na alegria crepuscular de cada som do luar./

Flutuo no Tempo…ando para trás e para diante…
_____________confundo as vias por onde viajei, com as minhas melodias…
______________…saio de labirintos de faunos audazes, vorazes enganos dos dias…

O Vento continua nas costas do Tempo
que passa na altivez de Sempre, dispersando cinzas
de poeiras da distância-da-infância … Imperfeito do Passado./

Maria Elisa Ribeiro/014

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