Borbulha-me um poema…
Atenta a este rumorejar do cérebro,
Espero uma mensagem serena.
Fixo-me nas margens do rio
Pulsantes de verde e de vida;
O poema, desalinhado, ainda,
Virá das flores
rejuvenescidas pelos pingos de água
que saltam do rio, em constante ebulição…
Fervilham, excitadas, as palavras em fila, à minha disposição!
Fervilha-me esse poema…
Indecisa na escolha do húmus para a minha obra,
Esforço-me, na margem da minha longa viagem,
Procurando o fruto certo da Hora exacta…
Na luz compacta!
Que constante saltitar, para trás e para diante,
Se opera no confuso pensamento de mim poeta!
Vou esperando, confiante…
Cada palavra tem seu uso… por vezes, confuso, difuso…
Serenamente, o fruto virá da semente…
C6F-76- ABL/09
Vou esperando, confiante…
ResponderEliminarCada palavra tem seu uso… por vezes, confuso, difuso…
Serenamente, o fruto virá da semente…
Sim, certamente que virá...creio ser precioso o uso das palavras, a escolha daquelas que, falando de nós, simultaneamente nos ocultam atrás das escolhas que fazemos...
Belíssima composição escrita. Deixa que te borbulhem os poemas, a prosa, as palavras soltas com que partilhas ideias, opiniões e sentimentos.