quinta-feira, 30 de abril de 2009
















Borbulha-me um poema…
Atenta a este rumorejar do cérebro,
Espero uma mensagem serena.

Fixo-me nas margens do rio
Pulsantes de verde e de vida;
O poema, desalinhado, ainda,
Virá das flores
rejuvenescidas pelos pingos de água
que saltam do rio, em constante ebulição…

Fervilham, excitadas, as palavras em fila, à minha disposição!
Fervilha-me esse poema…

Indecisa na escolha do húmus para a minha obra,
Esforço-me, na margem da minha longa viagem,
Procurando o fruto certo da Hora exacta…
Na luz compacta!

Que constante saltitar, para trás e para diante,
Se opera no confuso pensamento de mim poeta!

Vou esperando, confiante…
Cada palavra tem seu uso… por vezes, confuso, difuso…
Serenamente, o fruto virá da semente…




C6F-76- ABL/09

1 comentário:

  1. Vou esperando, confiante…
    Cada palavra tem seu uso… por vezes, confuso, difuso…
    Serenamente, o fruto virá da semente…


    Sim, certamente que virá...creio ser precioso o uso das palavras, a escolha daquelas que, falando de nós, simultaneamente nos ocultam atrás das escolhas que fazemos...

    Belíssima composição escrita. Deixa que te borbulhem os poemas, a prosa, as palavras soltas com que partilhas ideias, opiniões e sentimentos.

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