"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 24 de abril de 2009
"24 de Abril"...
Hoje, 24 de Abril, eu, que sou uma mulher de esquerda, na medida em que acredito numa sociedade justa e sem "ROLHAS",vejo decorrer, lenta e serenamente, a véspera do "25 de ABRIL".
Estão mais excitadas as TVs e outros meios de comunicação,com notícias sobre os eventos de amanhã ,em todo o país. Eu espero ,apenas, pelo concerto do Paulo Gonzo, lá na barragem,onde espero que não se afunde, porque até gosto dele...
E estou a festejar ,hoje, porque eu tinha vinte e pocos anos e uma alma cheia de esperanças...esperanças que os sucessores dos "capitães de Abril" (leia-se, os sucessivos governos),em "SÃO BENTO", não foram capazes de concretizar...
Todos os sonhos deste povo, constantemente adiado, foram pelas águas abaixo, tal como as naus e caravelas de outrora,que não conseguiram desviar-se dos "Mostrengos" e dos "Adamastores", que se opunham às ideias de grandeza, fama e glória, que forçaram o povo a abandonar as "fazendas", preterindo-as às pérolas do rio MEKONG".
Já Gil Vicente,secs XV/XVI,no seu "Auto da Índia", pela voz da personagem "marido", falava dessas famas e glórias dos portugueses, nestes termos, quando o "marido" responde à "AMA":..."Fomos ao rio da Meca,(rio Mekong")pelejámos e roubámos/ e muito risco passámos.../"
As minhas esperanças defraudadas, atiro-as à cara de todos os que me enganaram , a mim e ao povo crédulo, que sempre procurou sair da miséria, evitando sair da PÁTRIA...
Hoje, enquanto os espertos que não viveram o 25 de ABRIL, enriquecem ,de um dia para o outro, num oportunismo sacana, os portugueses voltam a fazer as malas da miséria e voltam a engrossar as filas da emigração!
COMO DIZIA PESSOA...È A HORA!
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Sabe minha amiga, hoje as novas gerações não dão valor à liberdade que usufrutam, é um dado adquirido e, pior pensam que sempre se viveu assim em Portugal, é claramente um problema de educação cívica e não só.
ResponderEliminarSó quem como eu que tive familiares torturados dias a fio por uma polícia política( muitos dos jovens de hoje julgam que isso nunca se passou no nosso país, que um dia, houve uma polícia que torturava e matava, só porque pensava-mos diferente) e sofreram o exílio para fugir a uma guerra estúpida e injusta.
Sabe minha amiga, há coisas que nunca se esquecem, nem que venham novos ditadores das mais variadas cores.