terça-feira, 17 de novembro de 2009

A ESCRAVIDÃO das escravidões..."


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“A Escravidão das escravidões…”

No dia 16 do presente mês, a TVI passou, logo depois do “Jornal das 21Horas”, um documentário da jornalista ALEXANDRA BORGES, sobre as crianças da região do LAGO do ALTO VOLTA, no GANA, escravas da miséria dos pais que as vendem, aos 5/6 anos a exploradores de outras aldeias, que por sua vez as escravizam ,obrigando-as ao trabalho da pesca no lago, ao longo de muitas horas de muitos dias de alguns anos…Muitas dessas crianças morrem crianças, ou por doença e fome ou por afogamento, em desastres no lago.
Já há cerca de dois anos tinha visto pelas mãos e pela boca da mesma jornalista, a denúncia desta miserável situação de hecatombe moral do “dito” ser humano. Perguntarão os mais desatentos: escravas dos pais?
Sim, porque ,sendo estes, escravos da miséria e sendo as mulheres de certas regiões do mundo autênticas máquinas de “parir”, os filhos são tantos que é melhor desfazerem-se deles, vendendo-os por 30/40 euros, para poderem comer durante algum tempo…Tragédia humana, esta da escravidão provocada pela fome, pela carência das necessidades básicas da sobrevivência!
A miséria é tanto mais chocante quanto o vermos as mães de algumas dessas crianças insurgirem-se contra quem as pretende salvar, das mãos dos” traficantes-amos” !E assim se pode ver como a necessidade de sobreviver pode ultrapassar “os laços” do amor maternal e paternal.
O Homem dá, por vezes, mesmo diante das câmaras de TV, provas de que, - temos que duvidar da sua faculdade de possuir alma, espírito ou qualquer coisa que o transforme num ser superior…E, acho, então, que Deus se enganou ou se distraiu, ao criá-lo…Neste documentário de que falo do dia 16 de Novembro, vimos serem salvas mais algumas crianças, das mãos dos exploradores que as ganharam, nesse momento, para o mundo humano.
O tema da ESCRAVIDÃO, aniquilador, só por si, para a dignidade humana, leva-me o pensamento para mais longe, para outros tipos de indignidades que bem podem ser tidas como escravizantes. Lembro-me da escravidão da fome e da miséria, no meu próprio país, onde 25% da população já estão a cortar nas refeições, milhares não encontram emprego e não sei como vivem só consigo imaginar! -…Tenho medo de pecar por defeito, ao referir alguns casos de escravidão… Que dizer da escravidão sexual das índias da região amazónica, subjugadas pelos madeireiros e pelos trabalhadores das multinacionais que as raptam e compram, para as meterem em bordéis asquerosos, no meio da selva?
E as raparigas, contratadas para trabalharem em tantos países da EUROPA e do MUNDO, que acabam escravas sexuais em prostíbulos, dancings e bares de “streap tease”, às vezes pelas mãos dos próprios amigos e vizinhos? E as meninas de alguns países asiáticos como a THAILÂNDIA, que vivem nas regiões de turismo sexual, nomeadamente o “PAT PONG”, em BANGKOK, prostituindo-se para alimentarem as pobres famílias que vivem nos sítios mais recônditos do país? E os portugueses, vítimas de portugueses, em trabalho de escravos, nos campos do PORTUGAL desconhecido e da ESPANHA?
Uma nova forma de escravidão está a emergir: crianças ao serviço da ideia de auto-suicídio, cultivada por certas religiões… NÃO QUERO FALAR MAISDISTO! FICO DOENTE, POR DEIXAR TANTO POR DIZER…

15 comentários:

  1. Aos quatro anos de idade, perdi-me de meus pais nas ruas do Carnaval da Cidade do Salvador. Senti o gosto do abandono, o desespero, a dor que o mundo não advinha, ainda que me tenham encontrado horas depois. Não me esqueço do enorme palhaço pendurado entre prédios, no começo da Rua Chile, daquela cidade. Tristes crianças, tristes mulheres, triste mundo. Quais seriam os limites das mazelas humanas, especialmente daqueles que, apesar de teimar em viver, já tenham desistido até deles mesmos e de seus próprios frutos. É muito triste falar nisso, muito triste!
    Seu tão bom texto me tocou bem fundo, doeu bem dentro de mim.

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  2. COSTA CARVALHO: ainda bem que seu "abandono" foi momentâneo. Imagine o abandono para toda a vida...Essas imagens que você ,hoje, recorda tão bem, nunca mais as esquecerá, pois foram imagens a que se agarrou no auge do desespero.
    Ficou tanto por dizer, meu amigo... Vou desenvolver o texto nos jornais com os quais colaboro, porque no blog tem que ser dito o essncial, uma vez que os amigos têm menos tempo e, talvez, paciência,para textos grandes.
    BEIJO DE LUSIBERO

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  3. Lusibero

    Eu já nem vou por aí. São tantas as formas efectivas de escravidão que pertencem ao conjunto das "injustiças humanas", que individualizá-las se torna quase um exercício inglório. O Homem desde sempre que perde a inocência com que nasce, e cedo se corrompe... por isso a necessidade DOS VALORES porque até a actual crise económica, por mais estranho que pareça, é fruto da falta de valores.

    E depois vêm criticar a Igreja, os budistas, os pacifistas, os anónimos que pugnam pela formaçao humana. Com formaçao humana nao ha corrupção nem escravidão. Essa, a escravidão, é sempre mais interior... e depois dá nisto...

    beijinhos amigos por um mundo melhor

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  4. DANIEL SILVA(LOBINHO): Eu critico , acima de tudo as igrejas, meu amigo, que se esqueceram do espírito ecuménico.Em ROMA, neste momento, no "SUMMIT" sobre a fome discute-se o cd do PAPA!A defesa dos pobres , dos escravizados pela falta de valores dos "grandes", foi esquecida...
    ENQUANRO EU PUDER, mesmo que o assunto se torne cansativo, hei-de lembrá-lo...
    BEIJINHO DE LUSIBERO

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  5. Bom dia, Maria
    Falemos um pouco da escravidão aqui, no Brasil, há alguns séculos atrás, que apesar de distânte ainda causa horror na memória.
    Muitos acham que que ela extinguiu-se apóa a assinatura da princesa Isabel, mas mal sabem da verdadeira história e o que aconteceu aos escravos libertos. Foram os mais abomináveis fins, pois as concepções ideológicas que lhes foram incutidas eram muito mais fortes do que as próprias almas que lhes pertenciam.
    Quanto hoje, a escravidão no mundo, o escravizar sutil e descaradamente, o homem achando-se superior ao próprio homem... os governantes, os legados que se acham acima do bem e do mal, que realmente tem o poder de fazer algo, vivem a passar a bola às instituições e pessoas que se condoem com a situação, enquanto eles nada fazem...
    Vou mais além, apesar de ser a mídia uma forma de desmascarar tais fatos, pelo menos aqui tem sobrevivido às custas das fragilidades humanas, sem nada de efetivo por fazer.
    Desculpa-me por tão feroz desabafo, mas é que aqui, as coisas também andam numa profunda escravidão e o nosso governante "mor" acha que alguns PROJETOS ESMOLISTICOS, resolvem todo o problema e cala a boca do POVO.
    Quantos tipos de escravidão corroem a humanidade...
    Beijinhos, AMIGA!!!

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  6. Cara amiga,

    Aqui estou de novo em tua casa. Vi a reportagem a que te referes. Não me tocou a fundo, porque já há uns anos, andava por Angola como jornalista, fiz algumas reportagens sobre as crianças, que a RTP transmiti. Duas me marcaram para sempre: uma a de miúdos que viviam em buracos cavados nas areias da Ilha de Luanda, ali passando as noites cobertos por cartões. Tão logo o Sol nascia, saíam à procura de comida, xafurdando nos caixotes do lixo de restaurantes à volta. Muitos eram encontrados mortos.
    Outra de miúdos que passavam as noites em galhos de árvores a que se amarravam para não cairem!
    Um dia chamei a atenção para um alto responsável político, que encolheu os ombros e despejou um seco "isto é África!".
    Arrepiei-me, fiquei em silêncio. De Lisboa disseram-me: vamos propor as tuas reportagens para um prémio. Disse-lhes que não. Sou avesso a prémios que resultem da amostragem do sofrimento alheio, prefiro que o tema se vá mostrando por onde for possível. Assim aconteceu, as reportagens foram oferecidas à Eurovisão e apresentadas em muitas televisões europeias.
    Como poderia eu pendurar um prémio neste coração que sangra?
    Tenho pena que os putos de Angola estejam esquecidos das nossas televisões. Porque será?
    Quanto à tua critica às igrejas, completamente de acordo.
    Um beijo daqui

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  7. Amiga Lusibero

    Não impute à Igreja e muito menos ao CD do Papa cujas receitas revertem para associações locais (italianas, portanto) todo um problema ancestral que parte da natureza do homem como ser acrítico no que lhe convém e sábio no que quer, sendo que o "sábio" é sinonimo -neste contexto - de corrupção, e muito menos impute à Igreja a falta de espírito ecuménico. Desde os pri,meiros encontros de Assis promovidos pela Igreja e que são encontros ecuménicos, que o Papa ia sendo corrido à pedrada, quando estava ali (como na Rússia e outros países) numa atitude de maos abertas porque Deus se manifesta de formas várias e por isso cada religiao deterá uma parcela da Verdade, mas mais do que isso, se o "objecto" é Deus e todos o proclamam, então que O proclamem cada um à sua maneira nos rituais das sua religiões, mas sem a ofensiva humana de hostilidade. Nisso a Igreja Católica é precisamente aquela que tem demonstrado maior humildade.

    O CD do Papa se pode servir para encantar muitos, sendo excertos de homilias e cãnticos seus compilados, nao apenas ajudar como também para pessoas que gostam de ouvir, pelo prazer da cultura e da música, nao vem mal ao mundo por aí. Nem a Igreja anda a defender o CD, por amor de Deus. A Lusibero faz-me lembrar as pessoas que falam do Papa a calçar Prada mas se calhar nao sabem que o papamobile onde ele se desloca tem um motor potente e da Ferrari e que ambas as marcas oferecem ao Sumo POntífice, nao é a Igreja que compra; de resto, o Papa tambem nao devia andar de serapilheira... ou acha que para seguir o exemplo de Cristo devemos anda de burrico e vestir no dia a dia as vestimentas da época?

    A escravidão de que fala nop seu post nada tem a ver com a Igreja como culpada directa ou imediata da mesma. O que diz, equivaleria a dizer que Noronha do Nascimento como supremo do STJ que andou com disparates com o juiz Ricardo retirando-lhe progressao na carreira por ter acusado Paulo Pedroso embora invocando atgumentos mais subtis, é igualmente o culpado dos processos de corrupção anteriores á propria constituição do ordenamento do sistema jurídico português.

    Foi apenas um exemplo. Nao versa sobre a parvoice do Noronha do Nascimento nem do Pinto Monteiro o seu post, mas isolar um CD ou qualquer outro acto da Igreja e daí extrapolar para a escravidão de que fala, é (desculpe-me o termo que vou usar) desonestidade intelectual.

    A Igreja como instituiçao milenar tem imensos erros muitos dos quais ja pediu perdao, e comete outros porque feita por Homens e nao por santos (é tao mais facil criticar) mas também faz muitíssimo mais do que aquilo que se ouve, como as casas de maes solteiras, as ajudas de mae, toxicodependentes e alcooluicos anonimos, sem falar nos centros de dia paroquiais, nuns casos apenas voluntariasdo da Igreja com pessoas qualificadas de varias areas ou simples leigos, noutros casos com ajudas do Estado, quando a Igreja nao se devia substituir ao estado naquilo que é obrigaçao do estado e nao da Igreja.

    SE ha coisa que a Igreja nao pode ser criticada é de apontar valores. E se ha coisa que os homens fazem, é esquecer-se deles. O Homem julga-se o criador e nao uma criatura e depois ja nem sabe a quem culpar...


    beijos amigos

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  8. DANIEL SILVA (LOBINHO): sabes que nestas coisas que metem igrejas, devemos tocar-lhes, "com PInÇAS" ,pra não ferirmos susceptibilidades. Quiseste levar o assunto, deliberadamente, para o facto de eu ter falado no CD do PAPA, de "raspagem". Aquilo a que eu qis dar um maior enfoque foi à falta de ecumenismo das igrejas , DE TODAS AS IGREJAS, no tratamento dos problemas humanos.
    Não quero entrar pelo tipo de discussões que por aí tem havido , noutros casos, e afirmo o que disse , quanto a TODAS AS IGREJAS! E digo-te mais: em termos de amor e caridade cristãs, os italianos, pela sua xenofobia e racismo, até contra "brancos", não deveriam ser o palco de um "summit" contra a fome...Vivi lá, por alguns anos e sei do que falo!
    Ficas com a tua visão do problema, eu fico com a minha... Afinal, pelo que estou a ver , tinhas mais que dizer que aquelas palavras do 1º comentário... Eu não sou assim, digo logo o que sinto... e,como eu disse no meu post, não disse nem metade daquilo que queria dizer!
    BEIJO DE LUSIBERO

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  9. CARLOS ALBUQUERQUE: pensava que tinhas ido para alguma reportagem ,no mundo! Ainda bem que voltaste, amigo: Apraz-me saber que concordas com algumas coisas que eu disse , mas acredita que só digo o que sinto sobre o que vejo, leio ou sei e não procuro polémicas de pessoas predispostas à polémica! Depois, se os meus amigos quiserem juntar às minhas, mais algumas ideias , melhor. SEI que em todos os lugares do mundo há os problemas que foquei, mas não os conheço particularmente, e é aí que eu acho que as igrejas, de todas as fés têm o dever de intervir ,denunciando, com " garras", de preciso for, as tremendas situaçoes de injustiça a que assistem nos seus países! CRISTO não deu a vida, segundo os católicos, por todos nós? Então, onde estão os seus "substitutos "na TERRA?
    Obrigada, amigo pela tua intervenção.
    beijitos de lusibero

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  10. MALU: os portugueses tiveram a sua quota de responsabilidade , principalmente na época dos descobrimentos, em todos os tipos de escravatura! Mas tivémos também a virtude de acabar com a escravatura primeiro que outras grandes potências mundiais!Eu, neste post procurei dizer o que sinto, sobre outras "escravaturas"...
    Obrigada, amiga, por teres feito um esforço por entender...
    Beijitos de lusibero

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  11. Maria, muito bem entendi teu texto, o que quis dizer e talvez por falta de habilidade nas palavras é que toda escravidão traz dores e é consequência de uma evolução social que sempre a teve, desde da formação dos grandes impérios... seja ela qual for, não deixa de ser ESCRAVIDÂO, pois desde que nos sejam podados os direitos de ir e vir no espaço e nas idéias, somos escravos; toda vez que o homem vê-se acometido de uma servidão forçada ele é um escravo. Usei a escravidão do Brasil colonial, como ponte para dizer que os homens sempre foram escravos de outros homens e que seus fins são tristes porque a escravidão deixa marcas profundas.
    E mais uma vez reforço que a mídia tem vivido destas fragilidades sem nada fazer, apena vendendo suas reportagens.
    Aqui, a semana passada passou uma reportagem sobre pequeninos que lidam com o corte da cana nos canaviais, muito se falou e dou um braço como estes pobres pequeninos continuam lá, a serem escravos dos grandes produtores de cana-de-açucar e o repórter que ganhou muito dinheiro para fazer esta reportagem está a fazer outras...
    Nosso mundo vive num círculo vicioso, ou melhor, perniciosos, longe de se extinguir.
    Beijinhos para ti

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  12. A força fez os primeiros escravos, a sua cobardia perpetuou-os .

    Abraço.

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  13. MALU: OBRIGADA AMIGA, POR TERES ENTENDIDO O QUE EU QUIS DIZER.
    BEIJITOS DE LUSIBERO

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  14. MANUEL MARQUES: È uma grande verdade que eu penso que resuma o que eu pretendi dizer! OBRIGADA, amigo.
    BEIJO DE LUSIBERO

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  15. Felizmente temos o aquecimento global e o terrorismo no Afeganistão para nos preocuparmos...

    Para os que por cá se revoltam contra o RSI, este exemplo devia de lhes tocar de perto, uma vez que estas crianças trabalham...

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