sexta-feira, 26 de junho de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"



Foto do google

Ruas pejadas de sólidas pegadas
De passos perdidos nas noites a decorrer…
Impressivas marcas forçam o olhar
Do escuro que passa sem ver!
Gritos surdos de tempestades distantes
Rompem o ar que estou a beber!
Lajes desgastadas
Vergadas ao peso de tantos andantes
Meros caminhantes que teimam não ser…
Pombas da paz em suave canto
Na hora do sono que satisfaz…
Amanhã é dia de sol rompendo a alegria
Aos viajantes vergados a ares do passado…


Espero por apanhar tantas gotas deste luar
E beber da folha p’ra me embriagar…
A flor avara desse suor nega-me o odor das lágrimas suas
dentro do luar…
Vou ressurgir do meio da noite do meio do dia
Em plena harmonia com o passar da aragem
Na sua habitual normal ritual VIAGEM.

Creio nas horas nas fracções de tempo
Em qualquer segmento do meu percorrer
As lajes gastas, pelo contínuo pisar
De quem por aí passa a VIVER…




C6F-114/3-JNH/09
POEMA

4 comentários:

  1. Oi, Maria! Estava lendo o seu blogue e apreciei demais as imagens da festa do Espírito Santo! Nossos países são irmãos até nas tradiçoes religiosas! Beijus

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  2. Obrigada, luma!Volte sempre
    Beijito de lusibero

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  3. "Impressivas marcas forçam o olhar
    Do escuro que passa sem ver!
    Gritos surdos de tempestades distantes
    Rompem o ar que estou a beber"

    "Amanhã é dia de sol rompendo a alegria"

    "A flor avara desse suor nega-me o odor das lágrimas suas
    dentro do luar…
    Vou ressurgir do meio da noite do meio do dia"

    "De quem por aí passa a VIVER…"


    Grande beijinho, amiga.

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  4. Daniel(Lobinho):apanhaste, realmente, os pontos mais impressivos do poema...Já énormal e eu confio na tua visão de qualquer um dos meus textos. Como tu sabes, a poesia é ,para mim, mais um outro olhar sobre o mundo que nos rodeia. talvez por isso não mereça de ninguém senão um olhar indiferente...
    Beijo de lusibero

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