sexta-feira, 12 de junho de 2009

Miséria no interior do nosso país...

DE BUDAPESTE,a jornalista ANA CRISTINA PEREIRA, aprofunda este assunto, que me merece algumas reflexões. É certo que o interior de Portugal está pobre, em todos os aspectos:acabou a assistência à doença, fecharam-se escolas, acabaram muitas esquadras da GNR e acabaram tantas outras conquistas que, do ponto de vista humano. o interior corre, a passos largos para a desertificação, Penso,no entanto, que a miséria deve ser mais visível nas cidades,pois conhecendo a vida das nossas aldeias vejo que o humanismo e a solidariedade não são obra morta, Há sempre quem tenha couves a mais, batatas, alfaces, fruta e até ,de vez em quando, um naco de carne da matança do porco...É esse sentimento humano de partilha que está a minorar a triste vida de milhares de desempregados, também.

NOTA:o assunto da senhora jornalista é tratado,hoje, no jornal "público" e vem de Bucareste.A ler na página 6 do referido diário.

14 comentários:

  1. Estou em total desacordo. Não será por acaso que dois dos três distritos com melhor qualidade de vida são do interior.

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  2. ...o que só confirma a opinião da Lusibero...no interior, há ainda um sentido de solidariedade e partilha que é muitíssimo menos evidente na cidade, seja ela no litoral ou no interior...trabalho todos os dias com situações difíceis, de famílias que lutam com garras fortes contra a pobreza que impera neste país, ao contrário do que querem crer aqueles que, supostamente, nos governam...
    ...e não deixa de ser verdade que o interior luta com todas as suas possibilidades para fixar pessoas, jovens casais e seus filhos, para não cair na desertificação que, célere, avança. Porque não há escolas; não há acesso à saúde; não há.....não há....mas há ainda, e ainda bem, espaço para a comunidade.

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  3. "Há sempre quem tenha couves a mais, batatas, alfaces, fruta e até ,de vez em quando, um naco de carne da matança do porco..."

    Independentemente da crise, também se faz isto pelo simples gesto da partilha, e isso é tao bonito...

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  4. Claro que é...e quem conhece a vida na aldeia, sabe que a fome é menor...

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  5. No centro de Viseu não se plantam couves, meus caros. E é a segunda cidade com melhor qualidade de vida do país. A terceira é Castelo Branco, pertinho do mar, também, não é?
    A questão de no interior não terem, não terem, não terem, não é tanto assim. Não é por acaso que, por exemplo, no caso dos SAP, as manifestações foram sobretudo em localidades do litoral. Talvez eles lá para cima estejam já habituados a dificuldades, admito que possa ser isso. Ou o contrário... nós estarmos habituados a muitas facilidades.

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  6. Ainda hoje vi a reportagem sobre como vivem alguns dos ex-combatentes do ultramar - na penúria! Fiquei sei palavras...

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  7. Sim, também vi - e isso sim, é verdadeira miséria...

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  8. Concordo com os dois, no que respeita aos ex-combatentes...

    Quanto a Castelo Branco e Viseu, conheço o seu crescimento e a qualidade de vida que se tem por lá...ainda assim, não é o - digamos assim- interior profundo...nas cidades, certamente, vive-se bem. castelo Branco é um bom exemplo, de facto.

    E reconheço que estamos bem habituados, por cá...o que só confirma a ideia inicial, certo?

    Cumprimentos a todos.

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  9. Concordo contigo a cem por cento, nas aldeias ainda se planta umas batatas, umas couves, feijão etc. e pelo menos não se passa fome.Agora na cidade as pessoas, não sabem, nem querem apreender a ser autosuficientes, graças a Deus, foi educado a saber umas vezes melhor, outras piores a cultivar a minha autosuficiência, na cidade perfere-se por é muito mais fácil, os produtos chegarem à nossa mão já feitos e pronto a comer, e pior do que isso muitos preferem viver da subsídio-dependência.

    :) Beijo Teresa.

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  10. o desemprego é uma facada naquilo a que chamamos direitos humanos; em nome da crise há muita gente a aproveitar-se e quem não tem rede resta-lhe esperar e sofrer. Um abraço minha professora de Português preferida...

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  11. No que toca à Miséria parece-me sacrílego mensurá-la falando das cidades, vilas, aldeias ou do mais abstruso lugar.
    A Miséria é uma Dor que, parece, ninguém culpa...

    abraços!

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  12. Infinito Pessoal:grata pela tua passagem, por cá.
    O desemprego, como o estamos a ver, assustadoramente crónico, neste momento, é uma facada , um sopapo na dignidade dos seres humanos. Mais ainda se pensarmos no reverso da medalha,que é o facto dos grandes terem cada vez mais tachos, de haver cada vez mais casos de "inexplicáveis" fugas de dinheiro que nós pagamos com os nossos impostos,com língua de palmo, etc, etc, etc..
    Beijo de lusibero

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  13. "Tinta permanente":Estou feliz porte encontrar por cá!
    A miséria é a vergonha da humanidade ,que pode conduzir a todas as arbitrariedades, se pensarmos que um faminto é vulnerável...
    Abraço e vem mais vezes...

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