sábado, 4 de maio de 2024

POEMA






 RUMORES DO CÉU

A noite, sem luar, veste-se de um manto nevoento, baço.
A alma das coisas é assim mesmo, toda crepuscular.
Campos, casas, aldeias e cidades,
arvoredos que cobrem os montes rios e ribeiros silenciosos,
o mundo todo sente a dor do dia a findar.
Fim de tarde!
Fim de dia!
O sino da velha Igreja ouve-se em todo o lugar
e toca-nos o coração
quando as badaladas nos convidam a rezar
a “Avé-Maria”!
Rumores do Céu!
Acordam as estrelas matizadas de cores cintilantes
ainda inconstantes e verdadeiramente vacilantes.
Geme a ramagem...lastima-se a brisa nocturna...
...flutua, no azul do pensamento, a “Estrela do Pastor”
Amanhã é um novo dia de trabalho...
...valha-nos, Deus, Nosso Senhor!
©Maria Elisa Ribeiro
Direitos Reservados
Maio/2022

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