POEMA
HORAS-DE-MAGIA
Entre bosques e serranias, aprendi a amar
(O silêncio, hoje, é o ruído da canseira dos movimentos do AMOR…)
Imaginava-os minúsculos, com poderosos músculos,
para me susterem nas brincadeiras…
(Como tu, hoje, ao conduzires-me na hora da sensual magia…)
Irradiava, então, luz e calor, no fervor das tropelias loucas,
de quem nada sabia de outro amor que não o da Natureza fresca,
presa por raízes, onde se escondiam perdizes, codornizes e
pássaros do chão, nos ninhos da criação…
(Era a Hora da consumação no cio…)
Os insectos perdiam-se, loucamente, por entre os odores do farto pinhal!
(Hoje…eu e tu…não é igual?)
ÉTER, deus do silêncio, punha um dedo na boca, a lembrar-me que,
na catedral da vida, fazer ruídos era atitude louca…
(Agora, na hora de explodir de Amor, tapas, com a tua, a minha boca…)
Hoje, MULHER, revelo-me ao mergulhar em mim!
Sou fogo de amor…chama de paixão…
Exalto-me e consumo-me consciente da minha singularidade sensual…
E ao som da música da Primavera que escorre, em brasa,
da minha entrada mais funda, seduzo o mundo teu,
o que me dás na hora quente, em que nos fundimos em sexo ardente!
Imobilizo-me no tempo que dura o meu poema-música…
E sou Drama-Comigo-Própria! Ajo e reajo na consciência de MIM!
Vejo urzes e giestas…penso-as…sinto-as…no “leito –chão” com defeito,
ao qual dou a perfeição que advém da nossa união de amor!
Um relâmpago feito de Ideias, atravessa, impune, a Noite da VIDA !
(É teu corpo dentro do meu…Sou EU…parte do teu!)
O meu rouxinol interior desata a cantar sons de flor,
chuva de odores temporais, palavras de suspirar…
(Cheiro de sémen…semente no fundo de MIM- MULHER…)
Hoje, secretária das minhas recordações,
forço-as a ligarem-se por associações de alegria
para frutificarem em PALAVRA-POESIA!
…e Gaia, Mãe Natureza, identifica-me no conceito de Amor-Dádiva!
(Eu…agora…
momento de SER-MULHER
na oferta do tesouro meu,
a desabrochar…)
Maria Elisa Ribeiro-2013
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