segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sem ajuda extraordinária do Estado, Segurança Social é deficitária. Não tem excedente como dizem PSD e CDS
PSD-CDS acenam excedente na Previdência, mas ela é deficitária

Paulo Portas e Pedro Passos Coelho, no Algarve
LUÍS FORRA/LUSA

26/08/2015 | 20:30 | Dinheiro Vivo


Sem ajuda extraordinária do Estado, a Segurança Social tem um défice efetivo de 253 milhões de euros nos primeiros setes meses deste ano, e não um excedente de 630,7 milhões como dizem PSD e CDS (coligação PAF - Portugal à Frente) num novo cartaz de pré-campanha eleitoral hoje divulgado que faz eco de dados publicados pelas Finanças na terça-feira.

O facto não é sequer novo, mas a coligação de direita insiste em acenar ao eleitorado com uma situação "boa" ao nível do sistema previdencial. O registo é entusiasta ao ponto de dizer que "também estamos a melhorar na Segurança Social".


Os números mostram que a situação financeira de fundo não é boa e que a mensagem positiva nem sequer é consistente com o discurso quase dramático que o PSD e o CDS têm ensaiado (desde há meses) em volta da situação da Previdência. À direita, muitos dizem ser insustentável.

Por isso, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas defendem que tem de haver uma reforma a sério na Segurança Social, propondo, por exemplo, um teto para as contribuições (e direitos atuais e futuros). E abrindo o sistema público a formas privadas de poupança para eventualidades.

Governo, PSD e CDS protegem-se e reclamam que para fazer essa reforma profunda é preciso incluir o PS na discussão. Em pleno ano eleitoral, o PS diz não estar interessado.

A reforma da Previdência e a abertura do sistema aos privados (que já acontece de facto, veja-se o crescimento do sector social e das IPSS) é também uma das exigências da troika, que agora avalia o país no âmbito do pós-ajustamento.

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