sexta-feira, 2 de janeiro de 2009





Ouso ensaiar os primeiros passos do actor,
neste momento, em que me sinto melhor.
O palco é imaginário! Não há esplendores!
É este mundo em que vivo, com seus bens e seus horrores!

Nunca estudo os meus papéis!
Sou apenas personagem, às vezes com mais coragem...
Em dias alternados da permanente "viagem",
actuo cenas cruéis, sempre que estou de passagem!

Cenas cruéis, tão patéticas como o actor que eu sou...
E ao olhar o palco, indago: " Mas para onde é que eu vou"?
Então, choro e rio, simultaneamente...
sou louca e sou sagaz,
preguiçosa e pertinaz;
igual ao vento feroz,
que a pouco se desfaz!

Ser actor, assim, põe-me num grande dilema:
repetir a mesma cena, recomeçar,
parar
recomeçar...

Procuro na personagem novos sentidos
para uma velha vida,
de maneira desmedida...

Sigam-me, outros actores!
Façamos do nosso palco um estrado de valores!

CAD3C-58-JAN708

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