quarta-feira, 22 de abril de 2015

Poema(meu)











Poema meu
Da série "Rumores poéticos"

-RUMORES POÉTICOS


eram ilhas de oceanos escondidos nas espumas alterosas de areais desejados. eram desejos de povo nos cravos rubros de Abril, noutras eras ansiados. eram águas de um rio despejadas na glória de territórios-mil.




foram cravos foram rosas foram flores das vielas zarpadas em caravelas para longe para camas de canelas que só de vê-las a vida se tornou um tropel de destinos




pelas janelas abertas das árvores entravam odores da luz crepuscular que caía como folhas sobre as palmeiras ondulantes-a-rumorejar misteriosas solenidades de cocos adormecidos




os dias deixaram o amor lá longe dos sentidos na terra das amendoeiras-em-flor e não se via o corpo das sécias no jardim da casa-lar


não havia urzes de florinha roxa a tocar as florestas das giestas-em-cor
as copas das árvores não ostentavam picos de catedral gótica do país-jardim a brilhar ao sol




à noite ouviam-se alterosas ondas dos clamores de todos os “adamastores” vencidos vergados á força de humanos-desumanos-suores




um mar de prata escamada vomitava perfis de sereias malvadas que vinham deitar-se nas areias -do-sonho-país ansiosas pela boca das florestas-matriz de pinheiros-lis e de urzes roxas até à raiz




Ficou de molho o sabor a Natal com que se cobriu o ocidente-do-Sonho
perdido num Oriente…………………………………………………………….-risonho…?







Maria Elisa Ribeiro

ABRIL/015

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