terça-feira, 21 de abril de 2015

Poema (obra regª)





Poema:




JAMAIS-tudo…JAMAIS-nada




jamais terei sono na tua boca nos teus gestos
nos teus membros ocultos pelas sombras das névoas_____





beberei da tua imagem a vigília de uma lâmpada
a guardar o sono-do-rio-sem-sono
nos patamares dos ventos-voadores-do-Tempo________




colocarei nebulosas da terra dentro das paredes
esquecidas na memória dos horizontes das casas sem luz
para que se possa ver-a-sentir a infância celular
perdida na distância milenar-dos-poentes-de-Mim_______




serão abstractos os teatros das cidades que não guardem
as palavras nas colunas-dos-tempos ____________




jamais pararei na convergência das estradas
que não interpretam as imagens das línguas colossais
capazes de levantar a voz do mar
no sonho de uma canção-a-desaparecer nos rasgos dos areais___




jamais-TUDO
jamais-NADA




o resto serão lexemas agrafados ao rumor dos sonos
que procurarei nas névoas explicativas das órbitas-dos-dedos
descansados como sol nascente-a-eclodir na alma dos rochedos____




Maria Elisa Ribeiro
ABRIL/015

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