"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 27 de março de 2015
De Portugal...
Auditoria do fisco diz que lista VIP já estava “implementada”
PÚBLICO
25/03/2015 - 21:37
(actualizado às 09:14 de 26/03/2015)
Relatório de Novembro tinha sido referido pelo director-geral na carta de demissão, afirmando que referência à “lista VIP” tinha sido um engano.
16
MULTIMÉDIA
TÓPICOS
Ministério das Finanças
Finanças públicas
Tecnoforma
Estado
Fisco
Conselho de Ministros
Comissão Nacional de Protecção de Dados
partidos e movimentos
Lista de contribuintes VIP
MAIS
Datas-chave no processo da alegada lista VIP
Governo tem 90 dias para lançar o concurso para direcção da Autoridade Tributária
Director da AT garante que nunca informou Governo de proposta de lista VIP
Subdirector do fisco admite que validou ideia de uma lista VIP
Ex-número dois do fisco garante que não recebeu instruções de ninguém
Altos dirigentes confirmam criação de lista VIP mas sem o secretário de Estado saber
Subdirector-geral da Justiça Tributária e Aduaneira demitiu-se por causa da lista VIP
Lista VIP deixa secretário de Estado do CDS na corda bamba
Passos Coelho afirma que o Governo não sabia de nada
Ainda vão rolar mais cabeças VIP?
Passos não comenta relatório sobre lista VIP
Na auditoria interna que o anterior director-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) pediu em Setembro do ano passado, após o jornal i ter divulgado dados fiscais do primeiro-ministro (no auge do caso Tecnoforma), refere-se: "[Entre as] medidas de controlo já implementadas [há] alertas que serão despoletados [o termo correcto é espoletados], em caso de verificação de consulta ou alteração de dados de determinados contribuintes que, na ausência de melhor conceito, denominamos VIP."
O conteúdo deste relatório, que inclui assim a proposta da área de segurança informática da AT, é divulgado nesta quinta-feira pela Visão. A revista, que publica excertos do relatório, diz que a criação de um controlo informático para o "apuramento de eventuais responsabilidades disciplinares" dos trabalhadores do fisco mereceu o "parecer positivo" do director dos serviços de auditoria, Acácio Pinto.
No ponto relacionado com as medidas de controlo interno já lançadas, e que foram sancionadas pelo ex-subdirector-geral José Maria Pires, escreve-se logo na alínea a): "[A área de segurança informática] configura alertas que serão despoletados em caso de verificação de consulta ou alteração de dados de determinados contribuintes que, na ausência de melhor conceito, denominamos VIP."
No documento divulgado pela Visão não são feitas referências aos nomes a incluir nessa lista VIP, nem ao carácter provisório da aplicação.
No relatório da auditoria incluem-se outras medidas "em fase de concepção como, por exemplo, a sensibilização dos utilizadores para as questões relacionadas com a ética, deontologia e segurança da informação". A conjugação das várias medidas, refere-se, "obterá resultados positivos num curto prazo de tempo".
Na carta de demissão enviada à ministra das Finanças a 18 de Março, o anterior director-geral da AT António Brigas Afonso já mencionara a inclusão de uma referência à “lista VIP” na auditoria, mas, segundo garante, isso aconteceu de forma desadequada e “erradamente”.
Nesse mesmo dia, o director-geral demissionário confirmou que foram efectivamente aplicados testes a um controlo preventivo de acessos às bases de dados do fisco, numa "mera análise de viabilidade de eficiência", que possibilitariam controlar abusos mediante um "sinal magnético".
Na passada sexta-feira, durante a audição parlamentar para esclarecer o caso das listas VIP, Brigas Afonso voltava a reconhecer que o relatório com data de Novembro de 2014 referia a existência de uma lista, mas que só se apercebeu disso quando o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais o questionou sobre a alegada lista já em Fevereiro de 2015. "Essa lista era referida. Erradamente, porque não há elementos no processo que o justifiquem", adiantou.
Brigas Afonso garantiu que “nunca foi constituída qualquer lista de contribuintes” com um estatuto diferente e alertas automáticos e que a tutela nunca foi informada “destes procedimentos e estudos internos”.
Além de Brigas Afonso, também o subdirector-geral, José Maria Pires, se demitiu do cargo. Este responsável foi quem deu o despacho favorável a “uma proposta de implementação de uma medida definitiva de salvaguarda do sigilo fiscal”.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, tem negadoperemptoriamente ter tido conhecimento ou sido informado da criação da dita "lista VIP". com Lusa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário