sábado, 22 de novembro de 2014

POEMA(meu)











Poema:










PAUSAS




O sol sofreu com o anúncio da chegada
da noite, carregadamente estrelada.





Um ar suave e sublime subiu para as colinas
de onde partimos,
sem termos a certeza de Nós…de Nada!


Sabíamos que as asas dos anjos esvoaçavam,
pousando de copa em copa, a alegrar-nos,
imitando a vida das borboletas que, nas flores mergulhadas
bebiam o suco do amor da natureza.




Fios de sonhos tremiam nas folhas das árvores.
O fim da tarde voltava dos lados do mar
e trazia temas para organizarmos os nossos poemas.




Um crepúsculo, prenúncio de ocaso,
foi descendo até às margens do rio.
que connosco deslizava.


O rumor das águas fundas, no debaixo do solo,
escondia lagos,
que borbulhavam na areia
coberta de escuridão.




O dia rangeu.
O vento tornou-se verde.
A noite instalou-se nas pausas
do canto dos grilos.
A lua nasceu, magnífica, como um início de vida.




Numa pausa do tempo, tudo adormeceu…


Tudo…menos eu!


Os fios de sonho continuam a tremer
nas folhas das árvores, cobertas pelo céu…
Falta-lhes a comunhão da nossa verdade
irmanada com os sentidos, de quando nos sentíamos vivos…




Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
Abril/014

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