quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

POEMA: deus EM RUÍNAS...

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“… deus EM RUÍNAS…”



Eu, ser humano em ruínas,
“deus- homem” destroçado,
procuro a minha reconstrução…
Mas os deuses invejosos,
ciosos das suas perfeições fictícias,
não consentem que levante a minha habitação.

Os deuses falham, também…
Não são perfeitos… pois não!
E eu dedico-me a espreitar a vida interior,
à espera da revelação.

Pequenos , na grandeza que supõem ter,
esses deuses imperfeitos,
exilados do mundo das perfeições,
perderam a magia com que os via…

Seres banais, como os mortais,
condeno-os a progredir no caminho do Porvir,
fazendo o trabalho da reconstrução
do mundo antigo, perdido,
que procuro, em vão…

Recuso-me a ser a ruína de mim!

NÃO QUERO SER deus EM RUÍNAS!

Há meios para me elevar do fim de Mim!
O meu interior imaterial, espiritual,
levanta-se ,severo, contra deuses, com fim…

Noutras minas acharei,
o ouro puro de lei,
que é minh’alma a Sorrir!

Olharei as florestas,
o verde das suas ramas,
os ninhos das avezinhas
e acenderei a chama do meu SER-ESTAR…

Mãe – Natureza! Beleza plantada
dentro do meu sofrer,
ajuda-me a Viver!

Sou druida dos tempos idos
plantada no meu PRESENTE,
que com a força da mente
dará novas flores às gentes.

Vida da minha Vida no campo a germinar,
quando a Terra estrumada, adubada, fortalecida,
me fará parir alegria e beleza
no acto de estar à mesa…

Olhos no Céu
exijo ser Eu!
Ser deus que não morreu,
que não se pôs em ruínas.
que quer outra”HABITAÇÃO”…
onde more um Mundo novo,
que devo reconstruir…

Veleidades? Utopias?
É claro!
Isto é fruto de certos dias…




C7G- 30/99- VDS- JAN/010

10 comentários:

  1. Somos todos campos de batalha, nos quais se digladiam deuses ...


    Beijos.

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  2. Silenciamos e em oração, procuramos
    Uma entrega sôfrega.
    Estranha essa sofreguidão
    Pois sabemos que o silêncio
    Deveria ser calmo neste caso.
    Por que não a oração tensa?
    Por que não a oração raivosa?
    Orar é entregar o que se tem para entregar.
    Pai, a ti entregamos nossa sofreguidão
    E nossa raiva.

    P A Z !
    Tácito

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  3. Olá
    Como está a Mealhada, prálém de possuir uma maravilhosa poetisa?
    Besito

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  4. Bonito poema.
    A realidade está muito longe do sonho e sobra muito desencanto, por todos os sonhos quebrados
    beijos

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  5. Ângela:sobra sempre desencanto...precisamente porque o "sonho comanda a vida". Esta é feita de duras realidades, nas quais misturamos a magia.
    Beijo de
    lusibero

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  6. amordemadrugada: obrigada pelas tuas palavras!
    Olha ,a Mealhada está como todo o país: cansada de chuva e a preparar o Carnaval...para se distinguir um pouco do carnaval que é o próprio país...
    Beijito
    lusibero

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  7. T@cito: deixaste comigo este poema, grande maravilha da tua amizade! Obrigada, meu lindo amigo!
    Paz para ti, também!
    LUSIBERO

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  8. GRANDE VERDADE, MANUEL MARQUES! Os deuses não nos largam...
    BEIJITO DE
    LUSIBERO

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  9. Vim agradecer a visita que muito me honrou e espero continuar a merecer., mas fui surpreendido por este poema cheio de magia e, que desmonta o que se têm de reconstruir.
    Gostei muito e espero voltar, obrigado por este momento,
    Kandando amigo

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  10. KIMBANDA: obrigada por ter vindo!É uma honra, para mim também ser sua amiga!Obrigada por ter sentido o meu poema ,desse modo!
    Abraço amigo de
    LUSIBERO

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