"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Alentejo do meu fascínio!
Ouro contido num pedaço de terra
tornado vivo com a força do vento,
oscilando lento, lento…
Esforço-me por viver o gosto da seara loura
que grita, pujante, exaltante no seu ouro.
Mar ondulante ao sabor do vento!
Exaltas, tu, trigo louro, sem um lamento,
sabendo que serás do Homem, o sustento.
De barco (quem sabe?) irás até ao moinho
onde o homem, lesto, te transformará
em pão, mui fininho.
O teu calor de seara ardente
perde-se nas águas do litoral,
no oeste, veemente!
Seara anelante, ofegante, sedenta!
A foice levezinha cumpre o seu dever,
Nas mãos da calosa ceifeira, potente!
Sofro, também eu, de outros penares,
Lembrando seareiros de velhos mares!
E o Tejo, serpenteante, já foi tão distante…
CAD4D -95 (1) – JNR/08
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
eu gostei... inspirador.
ResponderEliminarMuito bom .
ResponderEliminarOLá Lusibero,
ResponderEliminarPartilho a sua visão do Alentejo. Para mim é uma zona muito especial, onde já tive vivências muito agradáveis e especiais. Gosto dessas imensas paisagens e das pessoas afáveis e calorosas, com a sua forma tão interessante de falar. Gente que muito passou e que tão bem está retratada por bons escritores neorealistas.
Beijinhos,
Manuela
Maria
ResponderEliminarQue saudade do meu Alentejo...onde o mar era distante.
O teu calor de seara ardente
perde-se nas águas do litoral,
no oeste, veemente!
Lindo
Beijinhos
Sonhadora
Bom dia Maria.
ResponderEliminarO seu poema é sentido.
Caso nunca o tenha feito, um dia que tenha oportunidade vá até Serpa. Dirija-se à posada de São Gens, peça um licor e assista ao por do Sol. Verá que esses minutos mágicos nunca mais serão apagados da sua memória.
Abraços Fraternos :.
AZOTH: realmente, nunca fui a Serpa. MAs vou seguir o seu conselho, meu amigo. Todos os anos, antes do período de calor forte, dou lá uma saltada, porque ,verdadeiramente, amo o Alentejo...aquela paisagem de trigo, quase mística, que apela ao melhor que há em nós e que devemos dividir , irmamente, com outros.
ResponderEliminarAbraços fraternos:.
LUSIBERO
Sonhadora: é fascinante, apelativo, o ALENTEJO! Não compreendo como pode haver quem o não ame...Ali, na paz bucólica dos campos e dos animais, vive-se uma paz redentora!
ResponderEliminarBEIJINHOS DE LUSIBERO
DANIEL SANTOS EJOÃO ANTÓNIO: obrigada pelas vossas palavras!
ResponderEliminarBeijo de
LUSIBERO
Manuela FREitas: estou a preparar um artigo sobre os escritores Neorrealistas, em geral, e sobre MANUEL DA FONSECA, em particular. Como a MANUELA, adoro ,com todo o fervor, aquela parte de PORTUGAL.
ResponderEliminarBEIJINHO AMIGO de
Lusibero
Bonjour,MARIE !
ResponderEliminarEm post esse Alentejo,adoçastes minha alma dolorida e sofrida pelos acontecimentos narrados em campos meus de girassois,aii Deusssssss!
Solidariedade e sintonia sua ,em sensibilidade nossa,bem me fez Maria,obrigado!
Te abraço e em ombros seus ,me permita,sniffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff
Ricardo Calmon: já conhece o Alentejo?Já por cá viveu? Desculpe a curiosidade, mas como ,realmente, os campos de girassóis são uma característica dessa região de Portugal, deixou-me intrigada...
ResponderEliminarBEIJOS E MUITO OBRIGADA, pela expansividade dos seus "vivos" comentários!
LUSIBERO (Mª ELISA)
Maria, não conheço teu Alantejo a não ser por belas fotos, pois o senhor Erasmo, um grande amigo que mora aqui, mas todo ano vai a Portugal, também tem verdadeira paixão. O que posso dizer-te é que senti o frescor, os cheiros, as paisagens que descreveste com tamanho amor.
ResponderEliminarBeijinhos, AMIGA
De uma Alentejana:
ResponderEliminar(…)
Quero voltar! Não sei por onde vim…
Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra
Por entre tanta sombra igual a mim!
Florbela Espanca.
Beijos.
MALU; o ALENTEJO é uma linda região de Portugal, conhecido por muitas coisas, nomeadamente pela luta dos trabalhadores rurais contra o "salazarismo"; já foi o "celeiro" de Portugal. Hoje, embora se tenha adaptado aos novos tempos, mantém as características; não é uma região industrializada, daí o tanto desemprego e a permanente nostalgia.
ResponderEliminarFlorbela Espanca era alentejana!
BEIJOS DE
LUSIBERO
Manuel Marques: tenho um poema, que ainda não expus ,aqui, no blog, dedicado a FLORBELA ESPANCA.Portanto, de uma beirã(EU) para essa alentejana, que adoro ler:"Ser poeta é ...ter garras e asas de condor!/Minha irmã-mulher Florbela, /Sentiste ,como ninguém, a dor/Essa garra que atravanca/ O bem-estar interior.(...)
ResponderEliminarViveste , amando, teu Alentejo a arder!/Queria ser capaz de assim o fazer.../Aspirar ao IDEAL, é tarefa do IMPOSSÍVEL./Só isso é permitido sonhar.../ Quem me dera ser mais insensível!/" (...)
BEIJO DE
LUsibero
Conheci o Alentejo, há muitos anos atrás, quando lá fui fazer uma reportagem sobre os seareiros. Ao ver aqueles campos a perder de vistas, com as searas ondulantes, como escreves, senti que estava nas chanas da minha África Natal!
ResponderEliminarFoi amor à primeira vista.
Adoro o Alentejo, o seu espaço, as suas gentes, a sua gastronomia e os seus cantares. Tenho-o sempre presente no rememoriar das lutas que ali se travaram contra a ditadura de então.
Que mais dizer!?
Beijo daqui
Amiga:Gostei do texto alentejo terra de planicies e alguns montes,também terra de pao e de trabalho.Terra linda e de boa gente...Camaradas e amigos que conheci,desde Estremoz Evora, a Reguengos de Monsarraz, imcluindo o alto Alentejo...Camaradas de armas, claro...
ResponderEliminar