sábado, 4 de julho de 2015

POEMA



























RUMORES POÉTICOS







no meio da noite, no sítio do nada, na água parada de um solene lago…um cisne adormeceu-


-os ventos não falam, águas não rumorejam…o cisne dorme-


-uma resiliente pedra granítica ampara o lago na solidão das águas.


um sino imóvel ouve-se no ar da noite. movediça arquitectura das nuvens canta hinos à criação espiritual. catedrais rangem indelicadas a intensidade irreal de labirintos musicais. florestas de pedras tranquilas de recolhimento, rasgam-se na luz dos vitrais que dormitam nas paredes.


.a sonoridade musical da imagem do cisne move-se, lentamente, como farrapos de tempo, em rugas feitas pelo vento no meio das palavras mergulhadas num poema…








Maria Elisa Ribeiro-ABRIL/2012

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