quarta-feira, 29 de julho de 2015

HISTÓRIA de PORTUGAL: O REI D. PEDRO V


Pedro V de Portugal
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Dom Pedro V

Rei de Portugal


Governo
Reinado 15 de novembro de 1853
11 de novembro de 1861
Coroação 16 de setembro de 1855, Lisboa
Consorte Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen
Antecessor D. Maria II
Herdeiro D. Luís (irmão)
Sucessor D. Luís I
Casa Real Bragança-Saxe-Coburgo e Gota
Dinastia Bragança
Títulos O Esperançoso
Vida
Nome completo Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio
Nascimento 16 de setembro de 1837
Lisboa, Portugal
Morte 11 de novembro de 1861 (24 anos)
Lisboa, Portugal
Sepultamento Panteão Real da Dinastia de Bragança, Mosteiro de São Vicente de Fora, Lisboa
Pai D. Fernando II
Mãe D. Maria II
Assinatura


}} D. Pedro V de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança BTOGCNSC (16 de setembro de 183711 de novembro de 1861), cognominado O Esperançoso, O Bem-Amadoou O Muito Amado, foi Rei de Portugal de 1853 a 1861. Filho mais velho da rainha D. Maria II e do seu consorte, o rei D. Fernando II e era sobrinho do imperador do Brasil D. Pedro II, irmão mais novo de sua mãe.



Índice [esconder]
1 Biografia
2 Ascendência
3 Títulos
3.1 Outros títulos
4 Bibliografia
5 Ver também


Biografia[editar | editar código-fonte]

D. Pedro, Duque de Bragança (à esquerda) e D. Luís, Duque do Porto, noPalácio da Vila de Sintra. Quadro encomendado pela rainha Vitória do Reino Unido a William Barclay Jr., 1843.




Pedro V.

Embora muito jovem aquando a sua ascensão ao trono português, com apenas 16 anos, foi considerado por muitos como um monarca exemplar, que reconciliou o povo com a casa real, após o reinado da sua mãe ter sido fruto de uma guerra civil vencida. D. Fernando II, seu pai, desempenhou um papel fundamental no início do seu reinado, tendo exercido o governo da nação na qualidade de regente do reino, orientando o jovem rei no que diz respeito às grandes obras públicas efectuadas. Pedro V é frequentemente descrito como um monarca com valores sociais bem presentes, em parte devida à sua educação, que incluiu trabalho junto das comunidades e um vasto conhecimento do continente europeu.

A 16 de setembro de 1855, completando 18 anos, foi aclamado rei, presidindo nesse mesmo ano à inauguração do primeiro telégrafo eléctrico no país e, no ano seguinte (28 de outubro), inaugura o caminho de ferro entre Lisboa a Carregado. É também no seu reinado que se iniciam as primeiras viagens regulares de navio, entre Portugal e Angola.

Dedicou-se com afinco ao governo do país, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas. Criou ainda o Curso Superior de Letras, em 1859, que subsidiou do seu bolso, com um donativo de 91 contos de réis. Nesse mesmo ano é introduzido o sistema métrico em Portugal.

Pedro V foi um defensor acérrimo da abolição da escravatura e data do seu reinado um episódio que atesta a convicção do monarca nessa matéria e que simultaneamente demonstra a fragilidade de Portugal perante as grandes potências europeias: junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo deFrança não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português.

Portugal é, por essa altura, flagelado por duas epidemias, uma de cólera, que grassa de 1853 a 1856, e outra de febre amarela, principalmente em 1856/1857. Durante esses anos o monarca, em vez de se refugiar, percorria os hospitais e demorava-se à cabeceira dos doentes, o que lhe trouxe muita popularidade.

Em 1858, D. Pedro V casa-se, por procuração, com a princesa Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que veio a morrer no ano seguinte.

Sendo a saúde pública uma das suas preocupações, foi, juntamente com a sua esposa, a princesa Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que Pedro fundou hospitais públicos e instituições de caridade. Aliás, cumprindo os desejos por ela manifestados, o monarca fundou o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, após a sua morte.

Morreu com apenas 24 anos, em 11 de novembro de 1861, que segundo parecer dos médicos, devido à febre tifóide (enquanto o povo suspeitava de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). Sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França.

Jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador. Recebeu ainda inúmeros conselhos sobre governação e sentido de Estado por Mário Jorge de Castro Botelho, com quem trocava correspondência durante o período do seu reinado.

No dizer dos biógrafos, Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança [...] mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se [...] O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste [...]".

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