segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sobre o caos dos roubos do desgoverno às pensões e aos reformados e aposentados. Opinião de BAGÃO FÉLIX

















Através de www.sábado.pt











O antigo ministro Bagão Félix afirmou hoje que o anúncio realizado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, revelou uma "OPA hostil e gratuita" do Ministério das Finanças sobre o regime público de pensões.

Por Lusa - Jornal de Negócios

Em reacção às medidas anunciadas por Pedro Passos Coelho, o antigo ministro das Finanças declarou que "quem neste momento trata das pensões é o Ministério das Finanças" e realçou que "praticamente não vale a pena ter mais nenhum ministro neste domínio social".

"Recordo que na Alemanha as pensões constituem um direito de propriedade. Ou seja, que o Estado apenas vai pagando, mas já é das pessoas, como é lógico. E alguém tem que defender este direito de propriedade, não pode ser expropriado e as Finanças, de algum modo, apropriaram-se deste sistema e vêem isto numa lógica de 'curto-prazismo'", lamentou Bagão Félix à Lusa, sublinhando haver uma "perspectiva ideológica" por parte do ministro Vítor Gaspar.

"Creio que, para o ministro das Finanças, esta questão não é apenas uma questão de cortes. Ele pensa assim, há aqui também uma perspectiva ideológica. Repare bem que na intervenção toda do primeiro-ministro não se falou uma vez de desemprego", salientou.




O ex-ministro da Segurança Social de Durão Barroso reconheceu que algumas das medidas anunciadas por Passos Coelho devem ser compreendidas como "aceitáveis" e "razoáveis", exemplificando com "a maior convergência das regras laborais do sector público e privado nas suas diferentes vertentes" e as alterações da tabela remuneratória da função pública.

"Mas quanto ao resto o que verificamos é que se trata mais uma vez de um forte ataque aos reformados e pensionistas", afirmou Bagão Félix, acrescentando que o primeiro-ministro "disse que não havia aumento de impostos, mas a seguir anunciou uma contribuição de sustentabilidade".

O antigo governante referiu-se, ainda, à questão da reforma do Estado: "No fundo, isto não é uma reforma do Estado enquanto reforma das funções do Estado e portanto mais uma vez, dois anos depois de o Governo entrar em funções, das reformas das funções do Estado não há nada. O que há é cortes de pensões, contribuições sobre contribuições, redução da função pública, mas não norteada por uma lógica do Estado estruturado de maneira a que seja mais racional e eficiente".


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2 comentários:

  1. Este comportamento dos nossos governantes é desastroso para todos nós. Mostra falta de visão, de responsabilidade, de justiça e de palavra de todo o Estado.
    Caminhamos a passos apressados para uma guerra sem precedentes. Eles fogem e os portugueses ficam ainda pior e mais débeis.
    Nunca pensei que veria o meu país entregue assim a tanta má fé e incompetência semeando .um futuro negro para todos nós...

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  2. Obrigada, Luis...Mete medo, tem razão!
    Deus nos livre destes trastes!
    Beijo
    lusibero(Maria Elisa Ribeiro)

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