sexta-feira, 27 de setembro de 2013

POEMA: AMANHÃ

POEMA:AMANHÃ


AMANHÃ


O Amanhã é sempre inesquecível…
…é imprevisível o tempo-do-seu-SER…


No Amanhã podem colher-se os frutos que não
amadurecem Hoje…
Pode limpar-se o espelho empoeirado,
cheio de amarras
que ignoram a vida dos homens,
que andam a mudar os caixilhos do mundo.


No Amanhã imprevisível, talvez eu seja [capaz

de completar o poema de fogo da vida
que ‘inda não escrevi,

por ser segredo a tua verdade nos meus [versos,

submersos em interrogações!


(É segredo o amor que fizemos, como da primeira vez…)


Mas, só no Amanhã possível, de todo imprevisível,
o poderei confessar… para te recordar…e perturbar, também…

Depois de ti, o céu foi embora…não mais voltou…
Eu fiquei a contemplar…
…a contemplar-desejar…
… desejar a Vida quente que hibernou no mistério do teu corpo,
absorto na contemplação de milhentas belas flores…

Quase perdi o verbo brilhar, que o [sol

mandava para me animar…

onde contemplei
a memória dos atalhos da montanha
onde te percorri…


( Minha fome-de-Ser!)


E vejo os frutos-seios-das-árvores a sorrirem ao sol,
…que possui as águas das puras cascatas
que têm por dentro o Sonho-das-matas.

Os meus sonhos?


…esses vivem nas asas das aves
que se estendem
aos ventos de Ontem …

Os de Amanhã permanecem imprevisíveis, na dúvida fatal !


Volto ao leme da vida…
…o homem do leme não pode sonhar…
…não anda à deriva!


Guardo o meu Poema…minha viagem que devo completar
ao leme das tuas mãos, num Amanhã que se esqueça
que- foi- a- dúvida- de- Hoje !




Maria Elisa Rodrigues Ribeiro


Marilisa Ribeiro-SET/012-C 15P-8(VDS)

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