quarta-feira, 12 de junho de 2013

SANTO ANTÓNIO, DR DA IGREJA E PADROEIRO DE LISBOA


Santo Antônio, esse desconhecido
Frei Hugo Baggio

1. O risco de ser taumaturgo

Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa confunde-se com o milagre. Seu nome é uma legenda. Sua vida histórica, uma sucessão de fatos extraordinários. Sua afirmação na Cristandade, em mais de 770 anos após sua morte, um esbanjamento de poder e força. Realmente, Santo Antônio e o milagre confirmam, na opinião do povo cristão, a frase de Cristo: “Fareis coisas ainda maiores do que eu”. Sem dúvida, mais numerosas. Não há canto ou recanto da humana fragilidade e necessidade que Santo Antônio não tenha visitado com seu poder ou não tenha marcado com sua presença carinhosa, atendendo pedidos e refazendo ou consertando situações humanamente irreparáveis.
Se de um lado, tal aspecto coloca Santo Antônio entre os santos mais conhecidos e mais queridos e, consequentemente, mais procurados, do outro, distorce a verdadeira feição de Santo Antônio. Fica ele, assim, sendo conhecido e admirado apenas sob o aspecto do maravilhoso, permanecendo, por completo, nas sombras, as outras facetas, de tal maneira que, mesmo publicações sérias e especializadas, omitem-se em muitos pontos importantes, ou silenciam completamente, manifestando um estranho desconhecimento. Assim, como teólogo, como místico, como exegeta, como moralista, como psicólogo que sabia conduzir as massas, Antônio é quase totalmente desconhecido. Porque os milagres enchem as biografias e os estudos, historiadores do dogma o ignoram, pesquisadores da Escolástica o deixam de citar, estudiosos da mística medieval não lhe dedicam verbete ou coluna, silenciando sua contribuição à mística e à ascética.
No entanto, no dia 16 de janeiro de 1946, o Papa Pio XII, pelo Breve Exulta Lusitania felix, proclamava Santo Antônio Doutor da Igreja."( Através de www.conventodossantos.br

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