viajam ternuras pelo sopro de alegres brisas,
que respiras nos dedos da vida…
O sol, de espírito sereno, descobre frestas numa janela de vidro
e estende-se pelo campo telúrico
rumo a um mar de azul deslumbramento.
Não, não olhes para trás…
…verás apenas uma extensão de neve
no pavor que, em estilhaços,
escondo do calor-dos-traços-de-ti…
.vou atrás de uma primavera ofegante, a desfolhar pétalas- floridas-
-desabrochadas na luz d’Outra distante primavera,
cujo rosto é um canto de aves aceso no dentro-do-silêncio das tardes,
a passar pelos verbos de cantar-poemas- dos –lábios-que-te-invento…
Não, não é o vento que te roça ao de leve…é Outra-EU…
…que percorro os raios de sol das urgências
num respirar breve,
a aflorar a ousadia da angústia…
Outra- Eu…distante primavera fora da infância…
labirinto pessoal em sinuosa intensidade emocional
a querer SER
-em-clima-de-ousada-ânsia…
Maria Elisa R. Ribeiro
(Marilisa Ribeiro)
-16-(OI)-FEV/013
Sem comentários:
Enviar um comentário