quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

POEMA meu

 SEGUNDO VITAL

Custa-me acertar a hora porque vejo que me falta
Sempre o Segundo Vital, o do Presente, esse instante virtual.
Sem ele sou apenas uma ilusão do corpo...sou Passado-já -passado
Lembrança
de um campo de palavras semeado.
Só elas são o que sou
E com elas vou onde vão.
Verdade se diga que, lá no fundo da verdade
São dúbias pois são ponteiros do Tempo
O grande senhor das vidas-do-mundo.
Levo-as sempre que me passeio,
quando me extasio com a delirante Primavera
quando me rebolo nas brancas areias
da beira-mar-dum-mar-de-palavras...
Levo-as
Mas volto a trazê-las para dentro da hospitalidade dos poemas,
(eternos companheiros)
Onde me fecho
Na ânsia de encontrar o fio que me permita sair,
(sair do labirinto das ideias.)
©Maria Elisa Ribeiro-Portugal
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NOV/2021
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