terça-feira, 22 de março de 2016

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Onda de Protestos no Brasil: Primavera ou Massa de Manobra?
21.03.2016



Onda de Protestos no Brasil: Primavera ou Massa de Manobra?

"A sociedade não se transforma, se não se transforma o ser humano,

não o objeto mas aquilo que ele tem dentro da cabeça. Revoluções são culturais, ou não são tais"
Gustavo Pereira Prêmio Nacional de Literatura (Veneuela), 22.6.2013 (em entrevista à TV Telesur)

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Desde que, em junho de 2013, milhares de brasileiros passaram a sair às ruas em massa para protestar em geral "contra tudo o que está aí" (discurso predominante), nenhum, absolutamente nenhum sociólogo tem sido capaz de explicar o fenômeno que envolve uma sociedade vítima do Estado que está, há décadas, no último lugar em gastos proporcionais com educação em todo o mundo. Se por um lado há total contradição nestes dois fatos que lançam inúmeros pontos de interrogação no ar, por outro faz todo o sentido a influência da CIA [aos mais desinformados pela mídia conservadora: trata-se de uma agência de Inteligência norte-americana que, reconhecidamente, aplica golpes de Estado nos mais remotos rincões do planeta, utilizando-se para isso, em diversos casos, de um velho e simples artifício: agitar sociedades internamente, jogando multidões às ruas para derrubar governos que, independente da orientação ideológica, contrariam os interesses do regime de Washington (pasmem!) e de seus parceiros, a nível global].

O próprio colunista da conceituada revista brasileira Caros Amigos, Gershon Knispel, observou no início de toda a efervescência social brasileira: "Quanto mais busco resposta nas inúmeras palestras de sociólogos que assisto, com mais dúvidas saio dali". Knispel sugeriu, como sempre fortemente embasado, que a agitação era artificial, com endereço bastante certo: Washington.

A onde de protestos no Brasil segue a mesma forma, idêntica de países que, comprovadamente, sofrem a Revolução Colorida formulada pelo cientista político norte-americano Gene Sharp (http://www.telegraph.co.uk/culture/film/filmmakersonfilm/8841546/Gene-Sharp-How-to-Start-a-Revolution.html). São vários e vários os fatores que apontam para tal revolução no Brasil, enquanto a tese de que se vive no país sul-americano uma Primavera é fragilíssima, para não dizer mesmo que é insustentável.

Envolvendo classes alta e média do Brasil, cidadãos saem às ruas repentinamente, sem nenhum tipo de liderança, e deixam as ruas por algum tempo da mesma maneira, de repente. Essas massas são conclamadas, via de regra, pela mídia conservadora e até pela própria classe política mais reacionária (ambas, paradoxalmente, sofrem de bem conhecido horror a protestos públicos, por questões óbvias). Exatamente assim, ocorreu às vésperas do fatídico 31 de março de 1964. Quem não se recorda ou desconhece a pauta canalha da mídia naquela época, e da tão reacionária quanto totalmente despolitizadaMarcha da Família com Deus, pela Liberdade?

Até o início das manifestações em junho de 2013, os índices de aprovação da presidente Dilma eram altos, acima dos 57%, repentinamente, passaram a cair vertiginosamente sem nada que motivasse de modo ao menos razoável tal queda. Mas junto dos protestos crescentes, enchiam as manchetes de jornais bombardeios contra o governo federal, recheados de verborragia e "previsões" de crise, política e econômica. Rebaixada à casa dos 30%, a aprovação ao governo Dilma seria o mais baixo desde Fernando Collor de Melo, ás vésperas de sua cassação em 2002.

Em agosto de 2013, a Câmara dos Deputados simplesmente conclamou a sociedade às ruas, sugerindo como suposto foco "eles [os políticos] não me representam". Outra grande curiosidade é que os meios de comunicação, um dos grandes promotores da atual onda de protestos, não raras vezes apresenta informações distorcidas do que ocorre nas ruas, cujas principais reivindicações, e aí vem outra curiosidade, jamais contrariam os interesses do regime norte-americano e dos sionistas, donos da mídia predominante internacional e dos grandes bancos (tais como defesa da Petrobras, da soberania contra a espionagem massiva pela comunidade de Inteligência dos Estados Unidos, por reforma política, regulação midiática, diminuição dos exorbitantes lucros bancários, reforma agrária, julgamento dos ex-ditadores militares e de políticos ligados a eles, etc).

Quanto à espionagem, vale recordar que o Brasil tem estado (por mera coincidência?) entre os países mais espionados em todo o mundo, desde a presidente da República até os mais comuns civis. Em determinados anos, segundo documentos revelados por Edward Snowden, o Brasil foi exatamente o mais vigiado do mundo. Para tanto, os meios eletrônicos funcionam, por mais fictício que possa parecer, como principal ferramente à CIA.

A cada novo mandato presidencial nos Estados Unidos, essa mesma CIA antecipa a geopolítica e a economia mundial ao novo ocupante da Casa Branca. Pois em janeiro de 2013, a agência de Inteligência norte-americana observou ao presidente Barack Obama, no relatório intitulado Global Trends 2030 - Alternative Worlds https://globaltrends2030.files.wordpress.com/2012/11/global-trends-2030-november2012.pdf (Tendências Mundiais 2030: Novos Mundos Possíveis), que "[Os meios eletrônicos fornecem] uma capacidade sem precedentes para [os governos] vigiarem seus cidadãos".

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