Poema de Paulo Ilharco, in Net
SILÊNCIO BY PAULO ILHARCO
De silêncio me grito e me dilato
Nas frases blateradas pelo Mundo
A ter de ser, serei, mas pouco exacto
Nas coisas que, ignorando, me aprofundo.
Fui rei enquanto fui vagabundo,
Sem ter de atraiçoar meu ar pacato.
Vivi a Eternidade num segundo,
Tendo sido a nudez meu próprio fato.
Das rosas não senti o seu perfume...
Das paixões, nem o gelo,nem o lume...
De mim, talvez a alma como emblema...
Por isso é que me grito de mudez
E a esse Ser Sublime que me fez
Eu entrego o Silêncio num poema!
15 de Fevereiro de 2002

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