Raivinhas e ranger de dentes
Não me refiro ao mau perder do PSD, cujo líder tirou do baú a farda social-democrata a tresandar a naftalina e montou um espectáculo de vaudeville para continuar a vender a banha da cobra que quase matou os portugueses. Apesar da lábia, os espectadores não vão na conversa para boi dormir e deixam-no falar para as paredes.
Também não me refiro ao CDS, cujo irrevogável líder se escapuliu pela porta dos fundos quando lhe tiraram o pote, deixando o partido entregue à vaquinha do presépio, que não tem tetas para tanto mamão e vai fazendo olhos melados ao PSD enquanto aguarda que o PS se liberte do feitiço lançado por Catarina Martins...
As criticas destes partidos ao orçamento de 2016 são meros ressentimentos pela perda do pote.
A minha atenção vai para os comentadores que durante mais de quatro anos bajularam a coligação PSD/CDS e se comportam como vuívas da defunta PaF. Ainda atordoados pelo safanão com que António Costa esfrangalhou a cassete da TINA (There is no alternative) que os formatava, recusam a aceitar a realidade e agarram-se a qualquer indício que possa fragilizar o governo de esquerda avolumando-o com uma salgalhada de mentiras, especulações e palpites, que seria ridículo se não fosse perigoso para o país, como foi a campanha de mentiras a que deram cobertura durante o governo Passos/Portas.
Não importa que o orçamento preveja o aumento das pensões e do rendimento das famílias e, simultaneamente, a diminuição dos respectivos impostos. Para estes vendilhões de mentiras a austeridade mantém-se, porque aumenta o imposto sobre o tabaco e sobre os combustíveis...
publicada por José Ferreira Marques
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