"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quarta-feira, 17 de junho de 2015
PORTUGAL VENCEU A ITÁLIA, trinta e tal anos depois
CRÓNICA DE JOGO
Ponto final na longa ausência de vitórias com a Itália e de golos de Éder
DAVID ANDRADE
16/06/2015 - 21:23
Ao fim de 39 anos, a selecção nacional conseguiu finalmente derrotar a Itália. Um golo do avançado bracarense, à sua 18.ª internacionalização, foi suficiente para Portugal garantir um triunfo merecido.Portugal derrotou a Itália, em Genebra FABRICE COFFRINI/AFP
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Fernando Santos tinha pedido aos jogadores da selecção nacional para procurarem motivação no escudo de Portugal, no hino e nos milhares de emigrantes que eram esperados em Genebra e, no final dos 90 minutos do último jogo da equipa portuguesa em 2015-16, o seleccionador pode desejar, com convicção, “boas férias” aos 17 atletas que actuaram na Suíça. Com uma exibição bem conseguida, Portugal foi quase sempre superior à Itália e com um golo do “patinho feio” Éder, colocou um ponto final num longo jejum de 39 anos sem derrotar os transalpinos.
Após a missão cumprida em Ierevan, Fernando Santos alertou na antevisão da partida que o jogo era “muito importante”, apesar de ser de preparação, e que por isso não iria preencher o “onze” com os “menos utilizados”.
No entanto, para além das inevitáveis substituições de Ronaldo e Danny, que tiveram direito a férias antecipadas, e do lesionado Ricardo Carvalho, o seleccionador trocou mais três nomes em relação à equipa que iniciou a partida na Arménia.
POSITIVO/NEGATIVO
Éder
Muito criticado pelos adeptos, quase sempre de forma injusta, o avançado do Sp. Braga estreou-se a marcar pela selecção. Para além do golo “à ponta de lança”, Éder esteve muito activo e criou problemas constantes à defesa italiana.
Danilo
Confirmou que pode ser uma boa opção para a selecção nacional.
Defesa da Itália
Tradicionalmente, as formações italianas assentam o seu futebol numa sólida base defensiva, mas o sector mais recuado da Itália esteve bastante inseguro.
Lesão de Fábio Coentrão
Após uma época repleta de lesões, Coentrão não podia terminar a temporada de pior forma. O defesa do Real Madrid abandonou o relvado ao fim de 24 minutos com problemas físicos.
Com a titularidade de Quaresma já anunciada, Fernando Santos lançou ainda Beto, José Fonte, Danilo, Éder e Varela e, embora ninguém se tenha destacado pela negativa, dois jogadores confirmaram que podem ser opções credíveis (Danilo e José Fonte) e Éder mostrou que com a camisola portuguesa também pode fazer o que tantas vezes faz em Braga: marcar golos.
Tal como Portugal, a Itália tinha algumas ausências forçadas (Buffon, Verratti e De Silvestri estão lesionados) e, tal como Fernando Santos, Antonio Conte lançou seis caras novas no “onze” em relação ao jogo de qualificação que realizou na sexta-feira, na Croácia.
O início do jogo até mostrou uma squadra azzurra superior, mas apenas aos 19’ (Bertolacci) e 27’ (El Shaarawy) os transalpinos ameaçaram a baliza de Beto e no último quarto de hora da primeira parte, foi Portugal que esteve claramente por cima (Varela e Moutinho estiveram perto do golo).
Após o intervalo, voltou a ser a Itália a entrar melhor (Bonucci acertou no poste aos 49’), mas três minutos depois, Eliseu deixou três adversários para trás, colocou em Quaresma e o portista, de trivela, assistiu Éder para o único golo do jogo.
Com a vantagem, a selecção portuguesa ganhou confiança e acabou por conseguir anular bem a ténue reacção da Itália, que apenas nos descontos ameaçou impedir a sexta vitória em oito jogos de Portugal desde que Fernando Santos é o seleccionador nacional.
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