domingo, 28 de junho de 2015

Poema meu(obra regª)








Poema:

Distâncias

Em busca de mim, escorro pela vida, como água do rio
que desliza para o seu além.
Migro com a minh’alma por percursos desconhecidos,
ansiosa por respostas que afluam à flor da pele.
Aventuramo-nos por dentro do vento, no calor do fogo
que penetra as algas no profundo mar, e germinamos das flores
numa tela de mil cores…
A luz das estrelas bate-me nos olhos, fixando-se na ponta dos dedos
que agarram esta pena ,que dói da humidade do nevoeiro do sonho.
Minhas veias transportam a vontade do abrir e fechar de cada flor,
que abre e que fecha
enquanto o colibri, que a deseja ,
engole o sumo do amor…o néctar da flor!


Tão-longe-estou-de- mim -tão -perto!

Do mar passo ao deserto…não chego nem cedo nem tarde…
não vou nem venho…
ESTOU-em viagem-vida-da-Palavra-em-processo-
-idade- que- confesso.

Do tecto da alma pende-me um candeeiro de cristal-verdade
querendo acender-se na claridade mística da-sombra-de-mim…
Incide sobre as teclas de um piano desafinado,
ansioso por acordes à altura da sua beleza e perfeição…
PERFEIÇÃO?
Pura pretensão! Consciência da ilusão…
Alma minha, emerge do-meu-dentro
e voa nas asas brilhantes das estrelas silenciosas,
mais luminosas que a noite cristal-puro do sono-ao-luar!

As nuvens rolam, lentamente,
afastando-se do meu céu.
O espelho devolve o humano brilho castanho de meus olhos.

RECONHEÇO-ME.
O SOL BRILHA.
ABRO AS CORTINAS DA ALMA.

O claro sol entra. Cheira-me a brilho-vida. As rosas rubras florescem.
Odor mágico de mundo-universo-no-meu-verso/poema…
Perfeita realidade…
Os anéis estouvados do meu cabelo repousam nos braços da noite.
Perto de mim, não estou,
afinal,
tão longe…
Sinto-me a desabrochar num pedaço de poema…

Maria Elisa Ribeiro
Jan/2013

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