sábado, 27 de junho de 2015

DA GRÉCIA...


Tsipras: “Não subestimem o que pode fazer um povo quando se sente humilhado”



26 Junho, 2015


eurocrise

negociações


A tensão subiu na cimeira do Conselho Europeu, quando o seu presidente, Donald Tusk, voltou a dizer que “o jogo acabou”, a propósito das negociações com a Grécia. Alexis Tsipras respondeu dizendo que “a Grécia tem 1.5 milhões de desempregados, 3 milhões de pobres e milhares de famílias sem rendimentos que vivem da ajuda dos avós. Isto não é um jogo.”

“Nem você, sr. Tusk, nem ninguém deve subestimar o que um povo pode fazer quando se sente humilhado”, prosseguiu Tsipras, explicando que a Grécia apresentou propostas com medidas difíceis para um país em crise. Para o primeiro-ministro da Grécia, a mudança de posição dos credores durante a semana “reflete infelizmente as posições mais extremistas do FMI e que não são diferentes dos anteriores programas”.

“Estou empenhado em fazer reformas na Segurança Social, acabar com as reformas antecipadas e consolidar os fundos de pensões a partir de outubro”, acrescentou Tsipras, concluindo que “no futuro, os historiadores terão dificuldade em perceber como é que após a nossa proposta não se chegou a um acordo”.

Já esta sexta-feira, Tsipras voltou a encontrar-se com Merkel e Hollande, com o primeiro-ministro grego a insistir ser incompreensível a insistência dos credores na mesma receita de cortes que prejudicam os de sempre. O encontro de sábado no Eurogrupo, que se deve prolongar pelo fim de semana, é decisivo para o desfecho da fase de negociações.

Ministro do Trabalho: “O que os credores nos pedem é um suicídio”

Esta sexta-feira, o ministro Panos Skourletis também reagiu ao andamento das negociações, dizendo que ainda há algumas possibilidades de alcançar um acordo, não excluindo uma nova extensão do atual acordo com os credores.
O ministro do Trabalho confirma que a não existir acordo, a Grécia não vai pagar ao FMI, embora isso não constitua tecnicamente um “default” por se tratar de um credor institucional. Skourletis diz que o que os credores estão a pedir equivale ao suicídio do povo grego.

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