Há 46 mil desempregados a trabalhar no Estado
por P.J.Hoje
Fotografia © Arquivo Global Imagens
Os desempregados são colocados a trabalhar em serviços da administração pública sem receberem salário, apenas com uma bolsa.
Há 46 mil pessoas desempregadas a trabalhar para a administração pública com contratos emprego-inserção. A informação foi avançada pelo secretário de Estado da Administração Pública na comissão parlamentar do Orçamento, Finanças e Administração Pública.
José Leite Martins falava sobre o processo de requalificação quando foi questionado pela deputada do PCP Rita Rato: revelou que existem 11 mil desempregados a trabalhar na administração central e 35 mil na local.
O Provedor de Justiça já acusou o Estado de criar trabalho "ilegal" ao contratar desempregados para preencher lugares destinados a cumprir funções essenciais. José de Faria Costaalertou em novembro para a utilização "abusiva e ilegal" dos contratos emprego-inserção, até na própria Autoridade para as Condições do Trabalho.
Ao abrigo destes contratos os desempregados que estão a receber subsídio (ou rendimento social de inserção) são colocados a trabalhar em serviços da administração pública para fazer trabalho "socialmente necessário" sem receberem salário, apenas com uma bolsa. Os contratos têm a duração máxima de 12 meses, com ou sem renovação.
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