sábado, 30 de novembro de 2013

POEMA: OPALA







Poema: OPALA (REP)


OPALA


Ao acaso, passeio por uma praia enluarada,
onde búzios e conchas de âmbar percorrem
areias de um mar salgado,
matriz dos meus sentidos
atentos à tua estrela acordada…

( É linda a noite, quando as estrelas acordam!)

Perdi-me dos deuses neste areal-vida,
onde as marés rumorejam
perto das dunas adormecidas.

Não sinto nem a vida das vielas empedradas
das cidades-perdidas-fechadas
na humidade do velho cimento, emparedado.

( Sou, aqui, meu-centro-de-mim!)

Lágrimas de um deserto ao sol da lua------------------------------------------------
luar encoberto por nuvens cinzentas barulhentas
que ofuscam a cor das opalas do pensamento…
Meus passos mergulham nas escamas prateadas, agarradas às
espumas dos ventos de Outrora, nas horas cheias de lenços brancos
de prantos ensopados de “Adeus”!
Um farol…janela aberta na noite das rochas, dos mistérios,
dos pescadores de faluas…rotas nuas…
vestidas de redes entrelaçadas
em teias de peixe-pão…

( A noite dança nas suas luzes…)

O som desse bailado louco não me deixa
dançar-em-mim---------------------------------

A alegria perdeu-se nos orientes fantásticos das flores de jasmim,
num lago- sem-fim, onde os nenúfares sussurram a minha viagem
para ti…

Conjugo um verbo que mistura a Terra com o Ar do respirar-Fogo-
-na alma das Águas,
à procura da génese da minha-manhã-para-renascer!


Maria Elisa R. Ribeiro



Marilisa Ribeiro-(mqc)-CP15-NOV/012

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