sábado, 16 de novembro de 2013

Partilhada de um grupo social, na Net, mensagem de um Homem de Abril

GENERAL PIRES VELOSO

MENSAGEM MUITO URGENTE





REENVIEM, PARA VÊR SE O POVO " ACORDA ..."



O General Pires Veloso, um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que naquela década ficou conhecido como "vice-rei do Norte", defende um novo 25 de Abril, de raiz popular, para acabar com "a mentira e o roubo institucionalizados".



"Vejo a situação actual com muita apreensão e muita tristeza.

Porque sinto que temos uma mentira institucionalizada no país.

Não há verdade.

Fale-se verdade e o país será diferente. Isto é gravíssimo", disse hoje, em entrevista à Lusa.


Para o General, que enquanto Governador Militar do Norte foi um dos principais intervenientes no contra-golpe militar de 25 de Novembro que pôs fim ao "Verão Quente" de 1975, "dá a impressão de que seria preciso outro 25 de Abril em todos os termos, para corrigir e repor a verdade no sistema e na sociedade".



Pires Veloso, 85 anos, considera que não poderão ser as forças militares a promover um novo 25 de Abril: "Não me parece que se queiram meter nisto. Não estão com a força anímica que tinham antigamente, aquela alma que reagia quando a Pátria está em perigo".



"Para mim, o povo é que tem a força toda.



Agora é uma questão de congregação, de coordenação, e

" pode ser que alguém surja" a liderar o processo.
Inversão de valores

E agora que "o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de entrar numa espiral de violência nas ruas, que é de acautelar", alertou, esperando que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com "uma imposição moral que leve os políticos a terem juízo".



Como solução para evitar que as coisas se compliquem, Pires Veloso defendeu uma cultura de valores e de ética. "Há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética.



Não aceito a actuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o País, as finanças e a economia.



Tinha obrigação moral, e não só, de dizer ao País em que estado estavam as coisas", defendeu.
Pires Veloso lamentou a existência de "um gangue que tomou conta do país.



Corra-se com êste gang, mas tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer.



E ponham-se os mais ricos a contribuir para acabar com a crise. Porque neste momento não se vai aos mais poderosos".



O general dá como exemplo o salário do administrador executivo da Eletricidade de Portugal (EDP) para sublinhar que "este Governo não deve atender só a privilégios que determinadas classes têm".



"Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos.



Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os acionistas é que querem, mas isto não pode ser assim.



Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável.



Se o povo percebe isso, " acorda e reage de certeza", disse.



Para Pires Veloso, "se as leis permitem um caso como o Mexia, então é preciso outro 25 de Abril para mudar as leis", considerando que isto contribui para "a tal mentira institucionalizada que não deixa que as coisas tenham a pureza que deviam ter".



Casos como este, que envolvem salários que "são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome", fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior, mesmo, do que antes do 25 de Abril:



"Na altura havia um certo pudor nos gastos e agora não: gaste-se à vontade que o dinheiro há de vir".
Inversão do 25 de Abril

Quanto ao povo, "assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto.



Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha.



" Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles".





"Quando se deu o 25 de Abril de 1974, disseram que tinha de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens.



Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril exigia", considerou Pires Veloso, para quem "o primeiro-ministro tem de arrepiar caminho rapidamente".



Passos Coelho "tem de fazer ver que tem de haver justiça, melhor repartição de riqueza e que os poderosos é que têm que entrar com sacrifícios nesta crise", defendeu, apontando a necessidade de rever rapidamente as parcerias público-privadas.







O Governo mexe nos mais fracos, vai buscar dinheiro onde não há. E, no entanto, na parte rica e nos poderosos ainda não mexeu.



Falta-lhes mais tempo ? ...



Não sei. Sei é que tem de mudar as coisas, termina



Pires Veloso


Partilhada

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